Fanfics Brasil - Capítulo 6 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 6

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Alfonso narrando:



Acordei no dia seguinte às 6 horas da manhã. A Mai ainda dormia ao meu lado, então resolvi levantar-me o mais silencioso possível. Tomei-me um banho, troquei de roupa, passei perfume, baguncei meu cabelo, peguei o capacete e desci, pronto para mais um dia de trabalho, e desejando ver a Any novamente.



- Filho, não tem nenhum dinheiro aí? – perguntou minha mãe assim que entrei na cozinha.



- Não, mãe. Ontem não deu pra ir consertar o computador da dona Irene – eu fiquei de passar na casa de uma de nossas vizinhas para descolar uma grana, mas com a confusão toda com a Any, acabou nem dando tempo de mais nada, só de voltar pra casa e cair na cama – Por quê? A senhora precisa de alguma coisa?



- Não tem o que comer – disse, com os olhos levemente lacrimejados – Acho que vou ter que, não sei.



As minhas preocupações de não ter comida sempre, era a minha mãe e o meu irmão. Miguel tinha apenas cinco anos, e mal entendia quando não dávamos nada para ele comer de manhã. Às vezes sua única refeição do dia era o almoço na escolinha, e isso doía pra caramba! Eu me sentia impotente, sem saber o que fazer, e um completo inútil por não conseguir sustentar minha própria casa.



- Vou dar um jeito, mãe – acariciei seu rosto, e sorri, tentando passar segurança à ela. Segurança que nem eu mesmo tinha. Não sabia como daria esse jeito, mas iria dar algo à eles comerem nem que tivesse de pedir moedas no farol – Volto daqui a pouco, beleza? Vou ver se dou sorte da dona Irene estar acordada – beijei sua testa e saí apressado.



Cheguei à casa da dona Irene, que ficava na esquina da rua onde eu morava. Bati, e ela logo atendeu com um sorriso doce, como sempre.



- Oi, garoto – disse ela – Veio consertar o computador?



- Sim – eu sorri – Desculpe não ter vindo ontem, acabou complicando no serviço onde eu estou e, cheguei mais tarde do que presumi.



- Tudo bem, meu anjo, mas o computador desligou de vez ontem – ela entortou levemente sua boca, entristecida, e logo imaginei que ela havia o mandado para o técnico no fim da nossa rua, como da outra vez – Eu precisava dele, e então o Fernando o consertou.



- Droga – murmurei, sem me dar conta que ela pudesse ouvir – É, tudo bem. Vou indo então – beijei seu rosto, mas antes que pudesse me virar, ela segurou meu braço.



-Está abatido, anjo, o que aconteceu?



- Nada demais, dona Irene, vou tentar resolver – não queria dizer-lhe que não havia comida em casa. Parecia que estava chorando minhas mágoas, e não era essa a impressão que queria passar. – Vou antes que me atrase.



- Alfonso, ontem sua mãe comentou comigo que a comida estava faltando – dona Irene tirou uma pequena bolsinha do bolso do avental, abriu, e me estendeu dez reais – Não é muito, eu sei, mas é o que eu tenho agora. Eu não tenho muito, também, mas gosto muito de vocês e no que puder ajudar...



- Não é justo, dona Irene – A interrompi – Não consertei o computador, então não posso aceitar esse dinheiro.



- Pegue, garoto –disse, docemente – Sei que não dá para muita coisa, mas pães e leite, sim.



Fitei o dinheiro sem saber se pegava ou não, mas dona Irene pareceu que não iria mudar de ideia. Ela pegou a minha mão, abriu, e colocou o dinheiro fechando-a em seguida. Eu a olhei, tentando esconder as lágrimas que surgiam, e sorri, beijando seu rosto em seguida.



- Obrigado, dona Irene! De verdade, obrigado! – fiquei realmente agradecido, porque não sabia o que faria caso não tivesse nem como comprar um pão. Queria dar de comer ao menos para o Miguel e, graças a Deus existem pessoas boas no mundo.



- Sempre que eu puder, irei ajudá-los, eu sei que vocês fariam isso por mim, e não me custa! – ela acariciou meu rosto sorrindo, e eu me senti grato, de verdade. Beijei novamente seu rosto, agradecendo-a pela milésima vez, e então corri até o mercado.



Alguns minutos depois cheguei em casa sorrindo, com cinco pães, duas caixas de leite e um pacote pequeno de arroz. Ainda sobrou pequenos trocados caso minha mãe precisasse depois. Assim que coloquei as coisas na mesa, minha mãe olhou-me estranho, acho que com medo de eu ter roubado.



- Onde os encontrou, Alfonso? Consertou o computador da Irene?



- Calma, eu não roubei. – girei os olhos e sorri – D. Irene me deu dez reais, mãe. Não consertei o computador, mas ela deu.



-Filho, isso não está certo –disse em tom repreensivo.



- Concordo, e disse isso à ela. Mas ela insistiu muito, e eu não queria deixá-los com fome – lembrei-me do meu pai, e de como tudo poderia ser mais fácil se ele não tivesse sumido no mundo – Desculpa não ser tão bom pra cuidar de vocês, desculpa, mãe! –abaixei minha cabeça chorando, e minha mãe abraçou-me apertado.



- Está falando do quê? Alfonso? – perguntou ela – Você se desdobra pra trabalhar desde que seu pai sumiu. Você é o melhor filho do mundo, e não deixe ninguém te fazer se sentir menos que isso! – beijou meu rosto – Eu te amo muito, amor!



- Também te amo, mãe – solucei –Seu ex marido é um idiota por deixá-la. Mas espero que namore de novo, alguém que te dê valor. A senhora merece ser feliz – beijei sua testa.



- Não quero namorar mais ninguém- ela riu- Já tenho os dois homens da minha vida, não preciso de mais nada!



Eu a apertei ainda mais no abraço, e beijei sua testa. Estava contente pelo que havia me dito, mas eu sabia que depois do meu pai ter ido embora,ela não foi mais feliz como antes. Ela o amava muito, mas não era só isso. Apesar de tudo o dinheiro que ele ganhava, ajudava em casa, e pelo menos comida tínhamos todos os dias. Agora minha mãe se vê perdida carregando a casa e os filhos nas costas. Cara, aquilo doía pra burro!



- Vou trabalhar, dona Ruth – eu sorri – Se chegar atrasado posso perder o emprego, ai já viu.
- Deus o livre, amor – ela beijou meu rosto, e então eu saí.


Anahí narrando:



- Tirei 4 na prova – comentei com a Angel, enquanto esperávamos meu tio, que me buscaria novamente – Meu pai vai surtar.



- Seu pai é rígido demais – revirou os olhos – Vai trabalhar com ele hoje?



- Queria – mordi meu lábio inferior tentando não sorrir, enquanto lembrava-me do Alfonso – Mas de todo jeito vou ter que ir lá.



- Ah, tudo por causa do garoto? – ela riu – Gamou mesmo, hein?



- O jeito dele me fascinou, não vou negar. Quer ir comigo? Vai ver como é impossível não gamar nele.
A Angelique soltou um riso sacana, e foi telefonar à sua mãe para pedir que pudesse ficar em casa. Assim que ela saiu do celular, parou um carro em frente ao portão. Pelo carro, era o meu pai. Droga!



- Vamos? – perguntou ele, após abaixar o vidro do lado do passageiro. Só ai pude ver que quem dirigia era a Alicia.



Impressionante como meu pai adorava babar seu ovo. Não deixava sequer minha mãe pegar seu carro, mas não, a Alicia podia tudo. Se ela esboçasse um sorriso meigo, e falasse carinhosamente com ele, poderia conseguir qualquer coisa. Talvez até que ele pulasse de uma ponte.



- Oi, maninha – disse ela – Vamos, estou animada!



Puxei a Angelique delicadamente, e entramos no carro. Cumprimentei os dois, e tive que aguentar a falsidade da Alicia. É. Na frente do meu pai ela era bem diferente do que quando estávamos a sós.



- E aí, Any... Como estão suas notas? – perguntou ela, inesperadamente. Sabia que era de propósito, só para ter um motivo do meu pai brigar comigo.



- Tinha prova hoje, não é filha? – perguntou meu pai. Droga!



Pior é que eu não conseguia mentir para ele. Advogado parece ser treinado para pegar mentiras no ato. Realmente era difícil enganá-lo. A última vez que tentei contar uma mentira, me dei mal.



- É... pai...



- Ih, lá vem bomba. – Alicia me interrompeu – Tirou zero, mana? Liga não, recupera.



- TIROU ZERO, ANAHÍ?- Exasperou, sem nem ao menos me deixar falar.



A Alicia sabia ser muito irritante. Meu pai, acreditando no que ela dizia facilmente, dava-me bronca antes mesmo de alguma explicação. Incrível.



- Não tirei zero, pai – respirei fundo – Tirei quatro em matemática. Mas eu recupero na próxima – Apressou-se em dizer.



- QUATRO? – gritou – ESTÁ DE CASTIGO!



- Se acalme, pai – disse, Alicia. Cínica!



- Como me acalmarei, Licia? Olha a sua irmã – bufou, totalmente irritado – Eu disse pra estudar Anahí, eu disse! Fica a semana inteira fazendo o quê?



- Trabalhando com o senhor – respondi, incrédula – Eu não consegui estudar essa semana, porque todos os dias o senhor me trás para esse escritório. E eu ainda não entendi o por quê! Não quero ser advogada, caramba!



- Já conversamos sobre isso! – Irritou-se ainda mais – A Alicia trabalhava comigo, e ainda tirava ótimas notas. Acho que não é tão impossível assim.



- Pai, a Any é diferente – disse Alicia – Pega leve.



Não respondi. Apenas fiquei quieta, sentindo as lágrimas escorrerem em meu rosto. Chegamos ao seu escritório, e meu pai pegou no meu braço, arrastando-me pra dentro como se eu fosse espaçar há qualquer momento. Vi de relance Alfonso descendo de sua moto, mas nem consegui cumprimentá-lo.



- Você vai me ouvir – disse ele, assim que entramos no escritório – Fique na recepção, Angel, a Anahí já vai!



Sabia que lá vinha bomba, e a Alicia ouviria tudo com um sorriso interno de satisfação, que com certeza seria maior que sua cabeça. Ouvi muito, as mesmas coisas de sempre. Sermão que eu já sabia de cor. Eu tinha que ser responsável, eu tinha que parar de agir como uma criança, parar de pensar em fantasias e príncipe encantado, que a vida é dura e blá, blá, blá. Percebi que a Alicia riu baixo quando meu pai apertou meu braço, mas como ele não acreditaria em mim, não falei nada. Apenas continuei chorando feito uma idiota. Ouvi até não aguentar mais, e então sai correndo mais uma vez.



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Autor(a): anyeponcho

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Alfonso narrando: A Any entrou aqui praticamente arrastada. Fiquei realmente preocupado. Se aquilo era como o pai tratava um filho, não consigo imaginar em ter um pai. Entrei pra pegar mais documentos, e a Joana me olhava de uma maneira entristecida, fiquei intrigado. -O que foi, Jô? A Anahí, tadinha! Essa irmã dela sempre sai por cima de tudo. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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