Fanfics Brasil - Capítulo 63 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 63

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Anahí narrando:



-Não vai mesmo Anahí? Sua última chance – meu pai estava parado na porta da sala com as malas dele e da minha mãe em mãos. Ele esperava que fosse com todos para o Brasil, assim como tínhamos combinado no Natal, mas eu não queria.



Bom, havia se passado uma semana desde que o Alfonso ligou, e uma nova briga aconteceu. O ano novo seria em uma semana, e meu pais, meu tio, o Christopher e a Alícia, já estavam indo de volta ao Brasil. Mas eu não queria mais. Meu único motivo de voltar, era aquele que estava prestes a ser pai, e isso era muito pra minha cabeça.



- Não quero, pai – estava parada no batente da porta da cozinha de braços cruzados. Meus olhos estavam prestes à encher de lágrimas, mas eu não choraria na frente de todos.



- Você quem sabe – caminhou até mim, beijou a minha testa e me olhou nos olhos.



Parecia querer dizer alguma coisa, ou até mesmo insistir para que eu fosse. Senti isso pelo modo que me olhava, e se ele pedisse, talvez eu até fosse. Porém, quando abriu a boca para falar algo, Alicia o abraçou por trás.



- Vamos, papai? – disse, como se fosse uma criança mimada. Querendo mantê-lo longe de todos.



- Vamos – a olhou de lado e sorriu. Logo, transferiu seu olhar pra mim, e sorriu fraco – Até, então, Any. Espero que não se arrependa de passar o Ano Novo sozinha.



Dei um passo em sua direção, e passei meus braços pela sua cintura, sem pensar em mais nada. Tudo o que eu queria, era abraçá-lo, e depositar ali todo o meu amor. Queria que ele sentisse isso em meu gesto, e que não pensasse que apenas Alicia o amava.



De primeira, ele relutou, mas logo me aconchegou em seus braços e depositou um beijo em minha cabeça.



- Eu amo você, papai – beijei sua face, e me afastei.



A Alicia me olhou com a cara mais irada possível. Suas mãos cerradas em punho e a testa franzida, a entregavam de cara. Mas eu não me importei. Apenas sorri, cínica, e fui me despedi dos outros.



- Ô cabeção! – Disse Christopher – Tu vai se arrepender, branquinha – Fez questão de ressaltar o apelido infame que o moreno havia me dado.



E falando nele. Que saudade!



- Não vou – apertei os lábios – Se o Alfonso não pensou em mim, - dei de ombros – não vou vê-lo!


Alfonso narrando:



-Não vou falar com ela, Angelique, já disse!



- Eu ligo, Alfonso! Eu pago a ligação, mas pede pra ela vir, cacete!



Fazia mais de trinta minutos que Angelique bateu na porta da minha casa desesperada, e ficou me enchendo o saco! A Anahí havia desistido de voltar para o Brasil, e segundo sua melhor amiga, a culpa era minha. Estava irritado ainda. Passei uma semana irritado, querendo socar qualquer pessoa que aparecesse na minha frente.



Se Anahí quis mancar a mimada imatura e tirar suas conclusões sem me deixar explicar, o problema era dela. Eu não iria atrás. Não dessa vez.



- Sua amiga que resolveu bancar a imatura, mina, o problema não é meu! Não vou atrás e acabou!
Angelique bateu na perna e respirou fundo, puxando todo o ar de seu pulmão e soltando aos poucos, com os olhos fechados.



- Vocês dois vão me deixar de cabelos brancos antes dos 25 – olhou-me – Alfonso, enfia esse orgulho no rabo e pede pra ela vir, poxa! Ela não quer voltar, tem noção do que é isso? Você vai se arrepender.



- A culpa não é minha se ela não me deixou explicar – estalei os lábios – A Anahí desligou o celular na minha cara, não vou atrás! Já disse, mina!



E assim ficamos por mais vinte minutos naquela discussão que não nos levou à lugar algum. Angelique falava e falava sem parar, querendo impor sua opinião, e achando que ela estava coberta de razão. Mas eu me mantive irredutível o tempo inteiro. Não iria ceder, não iria atrás. Desligar o telefone na minha cara é uma coisa que não desculparia nunca.


Anahí narrando:



-Ainda acho que deveria deixá-lo explicar – Christopher apertou os lábios – Any, não estava escrito na foto que o filho era dele. Apenas que ela estava morando em sua casa.



Gargalhei forçado, fazendo todos me olharem assustados.



- Christopher, você é hilário – disfarcei, e voltei a falar baixo – E você acha que isso não é suficiente? Pensa bem. Na foto, o Alfonso estava com as mãos sobre as mãos dela, que estavam na barriga dela. E a legenda? “Bem-vinda em minha casa, amiga.” Ah, Chris, não sou ingênua!



- Talvez não. Mas é precipitada – apertou os lábios – Você é quem sabe, mas depois que ele aparecer com uma Isabele, Marcele, Bernadete ou Ivete...Não liga às quatro da manhã em casa pra chorar, beleza? – beijou minha testa – Pensa bem. Só isso. P-e-n-s-a b-e-m! se você se arrepender de não ter voltado pra casa, beleza. Eu converso com o pai, e certeza que ele te paga a passagem pra voltar no Ano Novo. Mas você pode não ter mais o Alfonso. Só pensa bem.



- Não vou me arrepender – naquele momento eu já não sabia de mais nada, para ser bem sincera. Eu não sabia se me arrependeria, ou se estava fazendo a coisa certa. Mas meu coração não queria me deixar ir.



Com as palavras de Christopher, eu queria me trancar no quarto e chorar. A legenda magoou, e a foto ainda mais. Alfonso poderia ter ao menos me respeitado.



- Também te amo – beijei seu rosto – Use camisinha com suas peguetes, não quero sobrinhos ainda!
Christopher riu e me deu uma tapa na testa.



Abracei mamãe e tio Fábio assim que me afastei de Chris, e como sempre, mamãe chorou como se não fosse me ver mais na vida. O tio disse que não queria ir, e até pude ver seus olhos marejados, o que me deixou confusa.



Depois de mais um beijo em cada um, os levei até à porta e eles foram à caminho do aeroporto.
Confesso que senti vontade de voltar atrás da minha decisão e sair correndo pedindo para me esperarem, mas não fiz. Não fiz, e não iria fazer.



Até que recebi uma ligação.



- Se você não arrumar a droga da sua mala e vir passar o Ano Novo no Brasil, eu não falo mais com você! – era Angelique, delicada e amigável como só ela. Principalmente quando estava nervosa.
Revirei os olhos e respirei fundo.



- Não vou e você sbae disso – apertei os lábios – Não adianta. Não vou ver o cara que eu amo cuidar de um filho de outra e...



- Cala a boca! – apressou-se em esbravejar – Presta atenção, e para de ser tão cabeça dura, Anahí – respirou fundo – O filho não é dele, anta. O filho é de um cara que ela conheceu na balada, e nem sabe o nome. Nem viu mais na vida. O Alfonso apenas emprestou o ombro amigo, apenas isso. Ela está morando sim na casa dele, mas por não abandonar sua melhor amiga. Se coloca no lugar dele, que acho que faria a mesma coisa –pausou – Ou então se coloque no lugar dela. Vê o desespero da garota quando foi expulsa de casa por causa da gravidez.



- Ela foi expulsa? – estava perplexa com toda aquela conversa, e realmente senti uma dor imensa do coração. Eu deveria ter esperado que Alfonso me explicasse. Poderia ter lhe dado a chance de explicar. Mas era tão idiota, e me sentia ainda mais, naquele momento.



- Foi, amiga. E o Alfonso apenas a acolheu. Mas nem no mesmo quarto não dormem, fica tranquila – ela riu – Viu a burrada que fez? O pior é que ele está irado, e não quer te ver mais. Nem pintada de ouro.



- Eu estava magoada, poxa. Eu pensei que realmente estavam me enganando.



- Claro, porque ao invés de esperar por uma explicação, você simplesmente desligou o celular na cara do Poncho.



- O que eu faço?



Ela riu.



- Se eu fosse você, corria atrás do prejuízo e rezava para que ele a desculpasse.



- Ai –mordi o lábio de nervoso – Meus pais já foram embora. Não posso passar o Ano Novo ai.



- Eu vou bater em você, Anahí, não estou brincando. Vai perder a melhor amiga e seu futuro namorado.



- Angelique, eles já foram, o que posso fazer? – estava realmente começando a me arrepender de ter deixado que fossem. Mamãe ainda queria ficar, mas papai disse que não queria esperar mais. Comprou a passagem para o primeiro horário.



- Se voltar amanhã, ainda salva nossa amizade – disse, com o tom de voz sério. Fiquei realmente com medo de perder a minha melhor amiga.



- Vou dar um jeito, tá? Vou da um jeito – parecia que eu estava dizendo isso não somente à ela, mas também à mim mesma. Tentando me convencer de que iria conseguir voltar antes do esperado.
- Conversa com o Christopher amiga. Certeza que ele dará um jeito.



- CLARO! – gritei, e ela riu – Christopher disse que daria um jeito caso quisesse voltar. Eu vou voltar, amiga.



Ficamos conversando por mais um tempo, e após desligar com a Angelique, liguei para o Christopher. Tentei mais de dez vezes, mas ele não atendia o celular, o que deu a entender de que já estavam à caminho do Brasil.



Joguei minha cabeça pra trás e respirei fundo, sem saber o que fazer. Estava sentindo medo de que o Alfonso, tomado pela raiva, ficasse com a Mai ou qualquer outra garota. Queria espantar aqueles pensamentos, mas não adiantava. Só conseguia pensar no meu moreno. Somente nele.



Tentei ligar pra ele, mas não adiantou. Alfonso não atendia o celular de maneira alguma. E na última tentativa, caiu na caixa postal direto, fazendo-me pensar que ele deveria ter desligado o celular.



- Droga – resmunguei, enquanto me sentava ao sofá, meio perdida.



Queria pegar um jato e ir até o Brasil, mas infelizmente não era possível.


Alfonso narrando:



Atende de uma vez – disse Bingo –Ela deve esta arrependida.



- Dane-se não mandei bancar a mimada e desligar o celular na minha cara. Agora que fique por lá, mesmo, e nem perca tempo vindo atrás de mim.



- Cara, vocês dois são cabeçudos demais – bufou. Ele pegou o celular, olhou no visor, e depois transferiu seu olhar pra mim. Tentei não me importar, pensei que fosse a Angelique me enchendo o saco de novo, e não iria mais repetir para nenhum dos dois que não queria mais que Anahí viesse no Ano Novo. Estava cansado de ter de falar a mesma coisa mais de mil vezes.



- Se for a Angelique, não quero saber se ela falou com a amiga dela, ou deixou de falar – peguei meu celular, e vi a mensagem de um dos caras que estagiava no escritório do Ricardo.



Abri, e li.



“Brother, barzinho às 20 horas e baladinha a meia noite, topa?”



- A Angelique explicou para Anahí – disse Bingo, lançando-me um olhar receoso – Contou a verdade, e é por isso que ela quer conversar, cara. Não banca o durão.



Revirei os olhos.



- Acho que vai ser maneiro sair, hoje. Estou precisando –ignorei o que ele dizia, e tentei não sentir também o meu coração, que deu uma batida descompassada. Levantei-me, e olhei novamente a mensagem.



“Beleza, irmão, topo sim. Manda o endereço.”



Coloquei o celular no bolso e subi, deixando o Bingo por ali, mesmo.



- Quando sair fecha a porta, irmão – foi só o que disse, e não ouvi mais nada.



Entrei no meu quarto, e a Mai estava sentada na minha cama pintando as unhas dos pés. Revirei os olhos e fui até o guarda-roupa.



- Logo não vou poder mais pintar minhas próprias unhas – disse, tristonha – A barriga não vai deixar.
Eu ri, e revirei os olhos novamente.



- Chama suas amigas que ela pintam.



- Vou chamar meu melhor amigo, afinal, são pra essas coisas, não são? – sabia que se referia á mim, e apenas dei risada, sabendo também que era brincadeira.



Peguei uma camiseta preta com estampa branca, um boné de aba reta preto, uma calça jeans, uma cueca branca e caminhei até o banheiro. Antes de abrir a porta, a Mai assoviou, chamando minha atenção.



- Fala, Maizinha – a olhei. Ela estava com um sorriso torto nos lábios, e me olhou, como quem quisesse falar alguma coisa. Revirei os olhos, e esperei seu tempo para desembuchar de uma vez.



- Vai sair – afirmou, ao ver as roupas na minha mão. Balançou a cabeça negativamente e riu – Vai fazer cagada, vai encher a cara, pegar mulher e se arrepender quando chegar em casa e for a Anahí que aparecer na sua mente.



Dei risada.



- E desde quando virou vidente? – ergui as sobrancelhas – Vou sair, me divertir, beijar quem eu quiser. E sabe por que? Porque a Anahí resolveu pensar que temos alguma coisa, não me deixou explicar nada, e bem... não sou comprometido.



- Poncho, a garota está com ciúmes. Isso prova de que gosta – fechou o vidrinho de esmalte vermelho, e suspirou – Não faz merda, meu. Pensa antes de ir.



Passei a mão no rosto, tentando manter minha calma. Não estava fácil, todos pareciam estar contra mim e minhas atitudes. Eu não queria mais pensar naquilo, queria apenas me divertir. Queria esquecer que Anahí viria em uma semana, mas resolveu ser mimada, resolveu me ignorar. Queria esquecer que no Natal esperei por uma ligação, e tive que ligar para poder tirar uma satisfação.



Maite se levantou da cama, e caminhou até a porta. Ela pegou a chave e sorriu sacana pra mim.



- Lembra uma vez que eu queria sair feito uma louca beijando todos, porque tínhamos brigado?



- Lembro – arqueei a sobrancelha direita – Tranquei você aqui no meu quarto... – nesse momento, caiu minha ficha. Ela ia fazer a mesma coisa – Maite...



- Foi bom, sabia? – interrompeu-me – Eu pensei, refleti, e depois nos entendemos. Acho que você tem que fazer a mesma coisa.



Corri em sua direção, mas ela rapidamente saiu do quarto e fechou a porta, trancando em seguida.



- Maite, abre essa porta – chutei a mesma – Maite abre agora, ou não falo mais com você!



- Comigo você fala, amor – ela riu – Você fala, porque eu tenho meus truques – disse, sem malícia. Ela era a única mulher, tirando minha mãe, que eu não conseguia parar de falar. Maite era como uma irmã, pra mim, e sempre que eu ameaçava não ir atrás, ela ameaçava fazer merda, e eu acabava voltando às boas.



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Autor(a): anyeponcho

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Anahí narrando: Era meia noite em Londres, e eu não tinha um pingo de sono. Dez mensagens para o Christopher, doze ligações sem retorno, e eu ainda esperando que ele pudesse fazer ao menos um sinal de fogo. Pedi apenas uma pizza, mas era de calabresa, a preferida do Alfonso, e já no primeiro pedaço ficou travado na garganta. Eu ti ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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