Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Anahí narrando:

Era meia noite em Londres, e eu não tinha um pingo de sono.

Dez mensagens para o Christopher, doze ligações sem retorno, e eu ainda esperando que ele pudesse fazer ao menos um sinal de fogo.

Pedi apenas uma pizza, mas era de calabresa, a preferida do Alfonso, e já no primeiro pedaço ficou travado na garganta. Eu tinha que voltar. Precisava voltar para não perdê-lo, mas estava complicado.
Entrei no Facebook, e vi a janelinha da Angelique online. Resolvi falar com ela.

Anahí Portilla:

Oi, amiga.

Angelique Boyer:

Oi, branquinha haha. Conseguiu?

Anahí Portilla:

Que nada. Não consigo falar com o Christopher. Acho que ele não deve ter chegado.

Angelique Boyer:

Eu vou na sua casa. Sério, são oito da noite, vou chamar o Bingo.

Anahí Portilla:

Fria isso por mim?

Angelique Boyer:

Você sabe que faço tudo por você, amiga. E quero vocês bem logo, poxa.

Anahí Portilla:

Obrigada, amiga. De verdade.

Angelique Boyer:

Vou falar com ele aqui, só um minuto.

A Angelique demorou cerca de cinco minutos, e voltou só para avisar que irria se arrumar para ir com o Bingo até minha casa. Só me faltava respirar fundo e esperar para ver se ela conseguiu falar com ele. E rezar, apenas isso.

Fiquei ainda nas redes sociais, e não resisti. Acabei indo até o Facebook do Alfonso, mas não gostei muito das mensagens que tinham por lá. E muito menos da sua frase recente.

Partiu baladinha – se sentindo feliz.

-Filho de uma... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – joguei o celular na cama, e me levantei com a raiva ainda se fazendo presente em mim.

Sentei-me no chão encostada na cama, e esperei para receber alguma notícia. Se passou meia hora e nada.

Alfonso narrando:

Estava com tanta raiva, que minha única reação foi tomar um banho para esfriar a cabeça. Ficar ali olhando a porta como se ela fosse dizer: “vou abrir pra você, Poncho, está me seduzindo com esse olhar”, não ia resolver. Nem “abre-te sésamo” não resolveria.

Entrei no banheiro, e fui tomar meu banho. Demorei cerca de meia hora. Aproveitando ao máximo para tirar a Anahí da minha cabeça. Lavei meus cabelos, e fiquei cheiroso para curtir minha noite. Não iria desistir de sair daquela casa. Assim que terminei, desliguei o chuveiro e me enxuguei. Saí do box, coloquei minha roupa, passei perfume, baguncei meu cabelo, coloquei o boné, e saí. Coloquei um All Star preto, peguei minha carteira, a chave da moto, capacete e celular.

Caminhei até a porta e gritei a Mai, mas só ouvi uma risada.

- NÃO VOU ABRIR – gritou, para que eu pudesse escutar.

- Não vai abrir? Beleza – sorri travesso e olhei para a janela – Não precisa abrir, Maitezinha.

Anahí narrando:

-Você é muito cabeçuda, cara, sério! – Christopher riu – Eu disse que iria se arrepender, tonha! Eu disse.
Revirei os olhos e continuei ouvindo o “sermão” que o Chris me passava.

Angelique havia conseguido conversar com ele, e explicou tudinho o que estava acontecendo, e que eu queria voltar para casa. Queria encontrar-me com o Poncho, e queria consertar pessoalmente a burrada que tinha feito.

Conversamos mais um pouco, e ele pediu para o meu pai. Ainda ouvir o doutor Ricardo só não me chamar de Santa, de resto...

Disse que eu era confusa, e da próxima vez me arrastava até onde ele iria.

Enfim, apesar da bronca, Christopher conseguiu convencê-lo, e eu estava super feliz. No mesmo minuto fui fazer a minha mala, ainda conversando com meu irmão.

Uma hora depois, estava tudo arrumado. A mala estava no canto do quarto, e eu já estava arrumada. Queria ir naquela mesma noite. Sem perder mais tempo, e nem correr o risco de perdê-lo.

Peguei a mala, fui até a sala, verifiquei se estava tudo fechado, e então saí do apartamento. Trancando a porta em seguida.

Graças a Deus havia um voo programado para sair em uma hora. Por mais que eu estivesse mega ansiosa, antes uma hora do que mais alguns anos.

Fiquei olhando o Facebook pelo celular, esperando o voo. Entrei no do Alfonso, e havia várias curtidas naquele post que dizia que ia sair. Eu curti só pra provocá-lo. Quando ia sair de lá, vi que uma pessoa tinha acabado de me adicionar. Era a Maite.

Juro que não acreditei. Pensei, pensei e quase recusei, mas no mesmo minuto ela me mandou uma mensagem inbox.

Por favor, não recusa meu convite. Não quero brigas.

Aceitei, e abri a janelinha para respondê-la.

Anahí Portilla:

Oi? Confesso que não esperava que fosse me adicionar. O que quer?

Maite Perrone:

Baixa a guarda garota kkkk. Olha, o Alfonso e eu não temo nada, tá? Eu o amo sim, muito. Mas é como meu irmão. Quero apenas que ele seja feliz, e se vocês se amam, não vou impedir.

Anahí Portilla:

Obrigada, mas ele é marrento. Não quer nem falar comigo.

Maite Perrone:

Relaxa que logo passa a raiva dele. Acho que está bravo comigo, também.

Anahí Portilla:

Por quê?

Maite Perrone:

Tranquei ele no quarto para não sair.

Eu dei risada. Amei ela ter feito isso.

Anahí Portilla:

Mas o Poncho é esperto, será que ele não pulou a janela?

Maite Perrone:

Puts, cara, a janela! Espera aí.

Esperei cerca de dez minutos, mas tive que sair do Facebook, porque estavam dando a chamada para o meu voo. Desliguei o celular e fui até a porta do embarque.

Alfonso narrando:

Quando sou proibido ou desafiado à fazer certas coisas, aí é que faço, mesmo. E quando me vi preso naquele quarto, era questão de honra fugir. Dei minha escapulida, e saltei da janela, quase me rachando inteiro. Não seria a primeira vez, e eu não ia desistir.

E lá estava eu com o Rodrigo no barzinho antes da balada. Fazia quase uma hora que estávamos paquerando umas minas e bebendo, colocando o papo em dia com uns amigos dele que também aparecerão por lá. Porém, o mais estranho, é que ao contrário de todas as vezes que saia pra me divertir, dessa vez não estava gostando.

Na verdade minha cabeça não estava lá.

Eu só conseguia pensar na Anahí, e no aniversário da Angelique onde ela apareceu, depois de voltar de Londres. Lembrei-me de toda a nossa história, e da caminhada longa que tivemos pra chegar até onde chegamos.

Não estava me divertindo, mesmo. Essa era a verdade. E me perguntei porque não continuei trancado no quarto.

-Meu, - Rodrigo me cutucou – a mina da mesa seis está de olho em ti. Chega lá, cara.

Eu olhei para a tal mesa, e realmente a menina era linda. Loira, olhos claros e um sorriso encantador. Seus cabelos caiam ondulados nos ombros, o que deixava charmosa. Mas pela primeira vez, travei. Não era ali que queria estar. Não era bebendo, e nem pegando todas.

Eu queria estar nos braços de uma única pessoa. Pena que ela era cabeça dura demais para me ouvir.

- Depois eu vou. Quero beber por enquanto – disse, dando mais um gole na minha caipirinha. Era apenas uma desculpa para prolongar falar com a loira.