Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Alfonso narrando:

Desde que Anahí e eu brigamos, fiquei em função de esquecê-la. Tentei colocar na minha cabeça que havia acabado, e que ela só voltaria daqui dois anos. Bom, dois anos seria incerto demais. Dois anos, uma pessoa pode estar casada, gostando de outra, e a vida seguindo outro rumo. O melhor pra mim, era realmente fazer de Anahí apenas lembranças bonitas. Como se fosse um amor de verão que mudou com a estação.

Porém, no momento em que entrei no meu quarto e a vi tão perto de mim, tão próxima e tão real... Não acreditei. Não parecia real. Parecia uma alucinação, uma coisa da minha cabeça, ou até da minha vontade querendo pular fora da mente. Eu tive a impressão de estar em um universo paralelo.

Meu primeiro pensamento era agarrá-la e esquecer de tudo, mas ao abrir a boca, meu orgulho saltou antes de qualquer outra palavra que pudesse mudar o rumo de nossas vidas. Fui orgulhoso até que ela decidiu ir embora. E então, vendo-a ficar distante novamente, me doeu o coração. Doeu tanto que minha única reação foi abraçá-la e não deixá-la partir. Não novamente. Não aquela vez.

- Sua, é? – disse com dengo – Desde quando sou sua?

- Acho que desde quando nos esbarramos na porta do escritório do seu pai, mina – beijei seu pescoço – Desde lá, tu passou a ser minha. Mesmo não sabendo, ou não querendo.

Anahí entrelaçou seus dedos no meu cabelo e puxou com força, fazendo com que minha cabeça inclinasse para trás. Roçou seus lábios pelo meu pescoço, que ela tinha acesso completo naquele momento. Fechei meus olhos, instantaneamente, sentindo um arrepio imenso tomar conta de todo o meu corpo. Apertei sua cintura com força. Subi minha mão direita até a sua nuca e entrelacei em seu cabelo, puxando-a para mim. Endireitei minha cabeça e colei nossos corpos de tal forma, que não sobrou espaço para nada. A olhei nos olhos e aproximei ainda mais nossos rostos.

- Eu te amo – ela sussurrou, com nossos lábios quase colados – Não me deixa mais ir, Poncho. Não me deixa fora da sua vida por mais nenhum dia.

- Não vou – disse tão baixo, que fiquei em dúvida se falei ou simplesmente pensei – Agora não te solto mais – respirei fundo, sentido nossas respirações acelerarem – Quero te beijar, mina. Aliás, vou te beijar!

- Me beija – sussurrou – Por favor, estou morrendo de saudades.

Eu sorri. A puxei rapidamente em direção ao meu rosto, e nos selei rapidamente. Nossas respirações aceleraram mutualmente, enquanto ainda sentíamos um os lábios do outro. Eu queria aproveitar cada pequeno pedacinho da minha branquinha. Queria aproveitar cada segundo de seus lábios, do seu corpo, de tudo! Seus lábios pressionados aos meus, estavam trêmulos. Parecia que ela queria tanto aquele beijo, que o desejo a fazia tremer. Eu só não entendia por que os meus não tremiam. Eu queria, talvez, mais que ela. Eu sonhava com aquele beijo desde quando ela fora para Londres, e eu me recusei à ir ao aeroporto.

Sua mão direita subiu até a minha nuca passando pelo meu braço, e ela enterrou a pontinha de seus dedos em meus cabelos, chegando até o coro cabeludo. Ela pressionou ainda mais nossos lábios, e logo entreabriu os seus. Minha língua não demorou a invadir sua boca, e encostar à sua. Era como se elas também sentissem falta uma da outra. Aliás, todo o nosso corpo, cada músculo, cada vértebra, cada fio de cabelo nosso parecia sentir falta um do outro. Parecia que nos completávamos. Que tudo se encaixava e fizesse sentido quando estávamos juntos.

O beijo era longe de ser lento. Anahí tentava diminuir a velocidade, mas eu me recusava á iniciar um novo ritmo. Eu queria aquele. Queria veloz, com volúpia, quente, cheio de malícia, e delicioso como estava. Apesar de querê-la naquele momento, eu queria também era beijá-la para a vida toda. Mesmo com todo o calor que eu sentia, o beijo era mais cheio de amor do que qualquer coisa.

- Preciso... de ar – ela disse entre o beijo, mas eu não parei de beijá-la. Não queria, não podia. Tinha medo de que quando abrisse os olhos, tudo não passasse de sonho. Sonho que eu vinha tendo desde que nos separamos.

- Não – parei o beijo lentamente, mas continuei com meus lábios encostados aos seus – Não vou para de te beijar. Só quando me cansar.

- Vamos ter cãibra – riu – Mas acho que valerá a pena. Também não quero – suspirou – parar de te beijar.

- Saudade – nos selei – Muita saudade.

Colei nosso lábios rapidamente. Puxei seu lábio inferior e soltei. Anahí entreabriu seus lábios, e nossas línguas novamente entraram em contato uma com a outra. Desci minha mão até sua cintura, lançando-a e abraçando-a completamente, fazendo com que meus braços fizessem a volta certinha em seu corpo. Juntei-nos ainda mais, e mordisquei seu lábio inferior. Any puxou meu cabelo de leve, fazendo-me soltar um suspiro de prazer, entre o beijo. Ainda com o ritmo acelerado, empurrei Anahí delicadamente até a minha cama, a deitando devagar, sem separar nossos lábios. Continuamos com o beijo cheio de calor, fazendo o meu corpo entrar em chamas. Eu já estava ficando maluco, querendo-a ali, naquele momento, sem muitas delongas. Subi sua camisa lentamente, e separei nossos lábios rapidamente para que pudesse tirá-la de seu corpo. Anahí fez o mesmo que eu, e jogou a camiseta longe. Ela me puxou novamente contra seus lábios e me prendeu em um selinho demorado. Parei com o beijo e desci meus lábios calmamente por todo o seu corpo. Beijei seu maxilar, o color, os seios por cima do sutiã, a barriga e lambi o cós de sua calça, fazendo-a soltar um suspiro pesado. Anahí colocou suas mãos ao alto da cabeça, e curvou suas costas, a tirando da cama, e deixando cair novamente, de uma vez.

Subi com os beijos, e antes de tornar a beijá-la a olhei nos olhos e sorri.

- Minha gostosa – selei nossos lábios – Tu não sabe quantos sonhos tive com nós dois assim, mina. Quantas noites em claro eu passei, pedindo com que você voltasse pra mim.

- Eu também queria você comigo – sussurrou – Temos uma conexão forte, Poncho. Por mais que eu tente, não consigo me manter afastada. Eu me apaixono por você todos os dias.

Mal sabia ela que eu também me apaixonava todos os dias. E todas as horas do meu dia entediante, mesmo passando a gostar do meu trabalho. Sem ela por perto os segundos eram eternos, e até jogar vídeo game com o meu irmão, às vezes era um saco. Anahí deixava tudo mais fácil, mais límpido, mais claro, mais leve. Queria poder parar no tempo aquela hora, enquanto beijava cada parte do seu corpo. Queria poder eternizar seus movimentos bruscos de prazer que ela fazia na cama, me deixando ainda mais excitado. A queria comigo pra sempre.

Subi minha mão direita até seu cabelo, puxando levemente. Colei nossos lábios mais uma vez, e a beijei me uma velocidade maior que antes. Anahí quase não conseguia mais acompanhar meu ritmo. Era de faltar até o meu fôlego, mas eu simplesmente não conseguia parar. Tinha a impressão que se diminuísse o ritmo, Any poderia ter a chance de sair correndo. Parei de beijá-la e apenas rocei nossos lábios com calma. Sua mão direita fincou em meu ombro, enquanto a esquerda agarrava meus cabelos com força. Não machucou, apenas apimentava o momento de tal maneira, que minha vontade de tê-la, quadruplicava.

- Não sou a melhor pessoa do mundo – sussurrei, parando de beijar, para olhá-la – Tenho meus erros, meus acertos, minha carga de vida com 18 anos, e ainda ajudo minha família. Meu dinheiro é pouco, não vou poder te dar presentes caros nos Natais, nem aniversário. Restaurante luxuoso, tu esquece, mina. Só aqueles cachorro-quentes, ou algum restaurante mais barato que podemos procurar juntos – rocei meu nariz em seu pescoço. Anahí puxou novamente meu cabelo, e eu a olhei – Sou orgulhoso pra caramba, tu sabe! Vou bater de frente contigo muitas vezes na semana – ri baixinho, e a Any revirou os olhos – Tem coisas que tu ainda não sabe sobre mim, e muitas delas não vou querer reviver. Sou ciumento, mas tu só vai ver uma crise minha, vez ou outra. Na maioria das vezes vou te dar as costas e não vou querer te escutar. Talvez passe uma semana sem querer te ver, por raiva, mesmo morrendo de saudade...

- Eu sei bem disso – interrompeu-me – Mas, continua.

- Sou exigente, tu também sabe. Muitas vezes vou preferir ficar em casa, do que sair. Vou preferir a minha, do que a sua. Vou conhecer seus pais somente quando estiver confiante para isso, e vou tentar me acostumar com dedos entrelaçados, beijos em público e melação – sorri de lado – Vou acostumar com seu jeitinho mimadinho, patricinha, e meigo de ser. Aliás, até sinto falta dele quando estamos longe. Não tenho uma aliança para te dar, e nem tampouco dinheiro para comprar uma prata. Prometo que dou algo que valha algo emocionalmente para mim, mas – apertei meus lábios, sentindo meu coração acelerar muito – Quer ser minha, mina? Minha namorada?

Eu sabia que tudo era incerto demais. Ainda havia a possível volta de Anahí para Londres, mas que eu faria de tudo para ocorrer novamente. Ainda tinha sua mãe que eu não conhecia, seu pai era meu chefe, e muitas outras coisas que complicariam nós dois. O dinheiro era muito, e Ricardo poderia pensar que minha intenção com sua filha era chegar até ele. Coisa que graças a Deus não tinha nada a ver. Ainda assim tinha muita coisa para resolver, que eu estava disposto realmente a enfrentar. Eu só precisava dela ao meu lado. Precisava saber se seu sentimento era tão imenso quanto o meu, pois eu a troquei toda minha vida por sua causa. Eu mudaria até a minha rotina, se a branquinha estivesse ao meu lado.

A vi ficar atônita. Sua respiração travou instantaneamente. Seus olhos se perderam nos meus, mas ela parecia parada no tempo. Fiquei com medo do que sairia da sua boca ao me dar uma resposta, mas ainda assim preferia arriscar, do que permanecer calado, esperando que ela partisse, sem fazer absolutamente nada como da outra vez. Arriscaria todas minhas fichas, se preciso, mas fiz o que meu coração mandou.

Cerca de dois minutos se passaram, e ela ainda não falava nada. Estava começando a ficar impaciente, sem saber o que fazer. Se insistia ou não. Anahí fixou total seus olhos nos meus, me olhando mais profundamente que antes, e então balançou a cabeça negativamente.

- Não – disparou de uma vez – Não quero namorar contigo, Poncho.

Naquele momento meu mundo acabou, simplesmente isso. Sai de cima dela e sentei-me na beira da cama, tentando prender minhas lágrimas. Aquilo não poderia ser real.

- Não? – perguntei, só pra ter certeza – Veio atrás de mim por que então, mina? Pra pisar em mim, é isso? Só porque eu não te impedi de ir para Londres quando pude?