Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos
Anahí narrando:
-Feche a porta e sente-se – disse meu pai, assim que entrei em sua sala. Seu olhar era sério, como se fosse meu chefe pronto para me dar uma ordem irrecusável. Fiz o que ele mandou e mordi o cantinho da minha boca.
- Aconteceu alguma coisa, papai? – pensei ser algo relacionado ao Alfonso. Juro que me deu medo de ser proibida de namorar com ele, e até comecei a bolar um plano na minha cabeça, para não ser impedida de ficar com meu moreno.
Papai respirou fundo e passou as mãos em seu rosto.
- Eu soube que está namorando com o Alfonso – sorriu de lado – Fico feliz por isso, Anahí. Gosto muito desse garoto, e acho que é uma boa influência para você. Mas, - apertou os lábios – você não vai viajar com ele.
- Como é? – ri, ironicamente – Papai, não vou deixar meu namorado sozinho sei lá quanto tempo, com uma garota que eu nem conheço. Eu vou sim.
Meu pai arrastou a cadeira para mais perto da mesa e debruçou. Respirou fundo e me encarou sério.
- Expliquei ao Alfonso, e irei explicar à você, que já deveria saber disso sem que eu precisasse ficar aqui tendo essa conversa com você – pausou – Meu escritório é sério, e algo muito importante para mim. Eu não quero brincadeiras e nem distrações aqui dentro. Pedi para que o Alfonso viesse hoje, e olha só a hora que chegaram! – pausou novamente – Eu sei que são adolescentes e cheios de saudades, mas eu não quero que misturem as coisas. O que é diversão, é diversão. E o que é compromisso, é compromisso! E se fazem isso em Campinas? O que digo aos...
- Pai! – o interrompi – Isso não vai acontecer novamente. A culpa foi minha. Pensei que como hoje Alfonso não trabalha, pudesse chegar um pouco mais tarde. Nos atrasamos, eu sei, mas isso jamais iria acontecer em Campinas. Sei que lá o negócio é bem mais sério, e tudo o que não quero é atrapalhar meu namorado.
- Não dá para confiar depois do que houve hoje – afastou-se da mesa – Não quero que misturem as coisas, já disse! Alfonso vai à trabalho, apenas isso. Se quiser, outro dia deixo vocês irem passear, mas amanhã ele vai sozinho.
Levantei-me abruptamente e empurrei a cadeira, fazendo-a colidir com a mesa bruscamente. Seus olhos estatelaram, e sua boca foi aberta duas vezes, mas ele a fechou sem dizer nada.
- Eu estou cansada disso, pai. É sempre a mesma coisa! Tudo tem que ser do seu jeito, ou o doutor Ricardo simplesmente não se satisfaz! – bufei – Uma vez... Pelo menos uma vez você poderia confiar em mim! Eu jamais atrapalharia o Alfonso, sabendo que ele precisa desse emprego! Eu detesto quando me trata como uma menininha imatura, doutor Ricardo! Detesto quando me proíbe de tudo. Estou farta disso!
Levantei-me da cadeira, e meu pai levantou quase que em um pulo. Suas mãos espalmadas bateram na mesa, assustando-me e ele suspirou, parecendo tentar controlar sua irritação.
Na verdade irritada estava eu. Irritada e decepcionada com tudo que tinha escutado. E o pior era ter que ser obrigada a aceitar Alfonso viajando com outra menina, para ele não perder o emprego. Aceitar calada.
- Sente-se, Anahí. Para de dar seus chiliques, porque aqui no meu escritório eu não vou admitir!
Revirei os olhos e neguei com a cabeça.
- Não precisa admitir nada, eu vou embora.
Sem esperar por sua resposta, simplesmente dei-lhe as costas e saí da sua sala batendo a porta com toda a força que tinha. E confesso que minha raiva só fez com que minha força triplicasse. Ainda no corredor, puder ouvir a porta se abrir novamente, e sapato social com pequeno salto que meu pai usava, fazer barulho.
- ANAHÍ! – gritou, esquecendo-se de onde estava – Anahí, volta aqui agora!
Não lhe dei ouvidos mais uma vez. Andar, correr... Era só o que me restava.
Fui até a recepção, e passei tão avoada, que nem tive coragem de olhar para os lados para ver se Alfonso estava me esperando. Simplesmente passei como um furacão e caminhei até fora do escritório. Virei a esquina e abaixei-me, desabando em lágrimas. Não conseguindo mais prende-las. Em poucos segundos, enquanto meu peito doía de forma não imaginário, senti braços envolverem minha cintura, e colar-me em seu corpo. Não precisei virar para saber que era o Alfonso. Virei- me abruptamente e o abracei com força, terminando por desabar em seu ombro.
O motivo não era mais deixar Alfonso viajar com a menina para Campinas. Nele eu confiava de olhos fechados. O choro era consequência do que meu pai pensava de mim. Das atitudes que ele tinha, da maneira como me tratava. Sua grosseria, sua diferença entre Alicia e eu... Era isso que doía, era isso que me deixava triste.
Respirei fundo, mas não conseguia parar de chorar de maneira alguma. Alfonso ainda tentava me acalmar com palavras doces como: “calma, amor. Estou aqui com você,” mas não dava. Era mais forte do que eu a vontade que tinha de chorar. Era mais forte que eu a vontade de sumir das vistas do homem que eu chamava de pai.
Levei cerca de dez minutos mais ou menos para que eu pudesse me acalmar. Afastei-me vagarosamente do Alfonso e respirei fundo, deixando escapar um último soluço.
-Eu não vou poder ir com você, Poncho – funguei – Mas eu confio em você, tá bom? – passei o indicador por sua sobrancelha esquerda, contornando, e ele sorriu.
- São só dois dias, eu volto logo para ti – sorriu – Pode confiar em mim, branquinha. Não vou te magoar.
Eu o abracei novamente e o apertei ao máximo contra meu corpo.
- Eu sei que não irá me magoar – solucei – Você é a pessoa que mais confio.
E eu confiava mesmo. Alfonso era o meu alicerce, e somente ele sabia me fazer bem, sendo assim a confiança que tinha por ele, só aumentava a cada gesto seu. E eu me apaixonava mais a cada segundo que se passava.
- Vamos pra casa? – beijou o topo da minha cabeça – Quer ficar lá comigo?
Querer eu queria. Era tudo o que eu queria. Mas isso significava arrumar mais confusões com o doutor Ricardo, talvez, e isso era o que eu amaria conseguir evitar. Por mais que eu quisesse ficar com o Poncho em sua casa, parte minha dizia para voltar para minha casa. Mesmo que não me entendesse com meu pai, apenas por não dar mais motivos para me dar bronca.
- Acho melhor eu ir para casa, moreno – suspirei – Não quero mais brigar com meu pai.
- Eu entendo – Alfonso nos desvencilhou do abraço calmamente e beijou minha testa com aquele carinho que somente ele tinha.
Marrento, mas carinhoso demais.
- Que horas você vai? – não queria saber o horário, mas tive que perguntar.
- Acho que é amanhã de manhã. Não sei direito – entortou os lábios – Vou te levar na sua casa, vêm.
Suspirei e fiz bico, olhando em seus olhos. Alfonso mordeu meu bico e sorriu de lado. Sorri de volta, mesmo fraco e soltei outro suspiro.
- Justamente quando volto, você tem que viajar – disse, com os olhos marejados – Isso não é justo.
Alfonso acariciou meu rosto e beijou minha testa de leve.
- Nem sempre a vida é justa, amor – suspirou – Mas eu volto em dois dias. Vamos estar juntos rapidinho, nem vai dar tempo de sentir minha falta.
Revirei meus olhos e neguei com a cabeça.
Eu ainda estava com tanta saudade presa em meu peito por ficar meses sem vê-lo, que seria impossível não sentir sua falta. Eu senti, com certeza. Dois dias ou um, apenas horas ou segundo... Eu ainda sentiria sua falta. Era amor demais.
- Eu duvido, mas já que não tem jeito, vamos para casa – lhe dei um selinho e então caminhamos até sua moto, que estava estacionada na calçada do escritório.
Alfonso colocou o capacete reserva em mim, colocou o dele e subimos na moto. Passei o braço pela sua cintura e o apertei, arrumando-me na moto. Poncho ligou a moto, e deu uma arrancada que me fez apertá-lo ainda mais. Dei uma leve batida em seu braço, mas ele não diminuiu a velocidade, ainda fez questão de deitar em uma curva, sabendo que eu detestava aquilo. Bufei e lhe dei outro tapa. Deu para ouvir seu riso abafado pelo capacete.
Autor(a): anyeponcho
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahí narrando: Assim que chegamos à minha casa, desci da moto, tirei o capacete e o entreguei. Alfonso tirou o dele e desceu da moto rindo. -Você é um palhaço – fiz bico – Detesto quando faz aquilo e você sabe! Alfonso me puxou bruscamente pela cintura, colando nossos corpos e selou nossos lábios. - Queria coloc ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 246
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degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00
Contínua 🙏
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34
Continuei =)
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AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57
Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado
anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28
Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....
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AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33
Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08
=) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)
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luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41
Continua
anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23
Continuando.... =)
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AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16
Continuada <3
anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48
Postei 2 vezes hoje 😀
AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44
Continua* hehehe
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10
Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(
anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20
Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer
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AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58
Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3
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AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27
Cadê você?
anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51
Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)
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AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48
Tadinha da Mai :(
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AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19
Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua