Fanfics Brasil - Capítulo 76 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 76

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Narração extra:



Para Ricardo, ouvir aquelas palavras fora pior que arrancar seu coração a unhadas. Ao voltar para casa, as palavras de Anahí ainda martelavam em sua mente, e ele acabou por se sentir fracassado como homem, como pai, e em tudo.



Acontece que para Ricardo as suspeitas de que Anahí não era sua filha, não poderia passar despercebido por sua mente. Ele simplesmente não aceitava que a menininha que tanto quis ver ao nascer, que tanto amou durante a gravidez de sua mulher, pudesse não ser sua como pensava. Eram lembranças assombrosas por pensar que seu irmão, além de tomar o lugar no coração de sua mulher, havia tomado também o lugar de pai de Any. Era doloroso demais pensar que seu irmão era o verdadeiro pai da sua menininha. E por esses motivos, o seu comportamento poderia ser outro, por mais que amasse Anahí incondicionalmente. Talvez até mais do que amava Alicia. Embora não parecesse.



Ao fechar a porta de sua casa devagar, Alicia correu em sua direção e olhou em seus olhos forçando suas lágrimas.



-Cadê a Any, papai? Não conseguiu encontrá-la?



Ricardo não estava muito dentro das suas condições sentimentais. Sua cabeça latejava de tal forma, que nada poderia alcama-lo naquele momento.



- Vai para o seu quarto, Alicia – esbravejou – Não quero ouvir sua voz por hoje!



A menina não entendeu muito bem os gritos do pai, e assustou com a maneira que falava, coisa que jamais fez antes. Porém, subiu as escadas e murmurrou baixo o quanto o odiava.


Anahí narrando:



Cerca de quarenta minutos depois desci no ponto mais próximo da casa de Alfonso. Ainda sentia minhas lágrimas caírem, e por nada elas paravam. Caminhei devagar pelo bairro, até que dez minutos depois cheguei em sua casa. Toquei a campainha e quem atendeu foi justamente quem eu queria.



-Amor... – murmurei sem força alguma, enquanto a abraçava tão forte, que tive a impressão de que estava machucando-o. Porém, como Alfonso não reclamou, não afrouxei o abraço.



- Ei! O que foi, branquinha? O que aconteceu, hein? – Alfonso me apertou em seus braços, e permitiu que eu chorasse, sem intervir em minhas lágrimas.



Seus braços me ergueram de maneira delicada, e ele entrou em sua casa comigo em seus braços. Fechou a porta e subiu as escadas. Escondi meu rosto em seu peito e chorei ainda mais, enquanto ele caminhava até seu quarto. Fechou a porta e deu alguns passos, me levando até sua cama. Assim que senti a cama debaixo de mim, apenas fiz como quem sente uma dor profunda no peito, fazem. Aninhei-me encolhida no canto da parede e permiti chorar até sentir pena de mim mesma.


Alfonso me aconchegou em seu corpo em formato de concha e me abraçou forte, prendendo-me completamente em si.



- O que aconteceu, amor? – entrelaçou nossos dedos – Estou preocupado.



- Posso te contar daqui a pouco? Agora eu preciso de um abraço seu. Só isso, amor. Só preciso que fique comigo – funguei – Estou me sentindo sozinha.



Alfonso beijou meu ombro e deitou sua cabeça ali, encostando seu rosto ao meu.


Tudo o que eu precisava era dele, para dizer a verdade. Alfonso tinha um poder mágico de me fazer sentir melhor sem precisar de palavras extravagantes ou exageradas. Sendo apenas ele, o marrentinho do sorriso malandro, bastava para me fazer sentir uma paz única, que poucas vezes senti na vida.



- Tudo bem – sussurrou no meu ouvido – Quando quiser me contar estarei aqui, ainda abraçado em você. Sua dor é a minha, amor.



As palavras que Alfonso soltou eram exatamente tudo aquilo que eu precisava realmente. Eu precisava de alguém que ficasse comigo, me abraçasse e me acolhessem em seus braços, apenas isso. Apesar de não parecer de seu feitio ser tão romântico assim, Alfonso superou meus pensamentos e eu me apaixonei ainda mais se possível. Eu estava onde precisava.



Não respondi. Apenas apertei meus dedos entrelaçados com os dele, e deixei subtendido que eu agradecia imensamente todo aquele carinho. O silêncio que se instalou pelo quarto passou longe de ser algo ruim. Nos braços do Alfonso não tinha como ser ruim. Eu ainda chorava, e esse era o único som que ouvíamos, mas ele soube me respeitar, até que finalmente consegui me acalmar.



Durou quase uma hora. E ele não dormiu. Ficou acariciando meu braço e vez ou outra me dava um beijo no ombro ou na cabeça.



- Estou com dor de cabeça – murmurei, ainda de costas à ele – Está doendo muito.
Alfonso tirou seus braços de mim, sentou-se ao meu lado e me puxou para sentar-me também.



- Vêm, cá. Vamos tomar banho e depois pego algo para você comer, para tomar o remédio – limpou minhas lágrimas – Você precisa se acalmar, branquinha. Está quase roxa de tanto chorar.



Eu o abracei novamente e deitei minha cabeça em seu peito, desejando ficar ali para sempre. Desejando que o mundo parasse de girar por alguns minutos que fosse, só para eu me sentir segura como me sentia naquele momento.



Ele beijou meu rosto e se afastou lentamente. Suas mãos tiraram minha roupa com carinho, e não havia nem um pingo de malícia em seu olhar. Na verdade, ele olhava-me nos olhos enquanto me despia. Me deixando apenas de ligerie, pegou-me no colo e me levou ao banheiro. Voltou ao quarto e em segundos voltou com uma toalha limpa, colocando-a pendurada no box. Delicadamente, tirou meu sutiã, minha calcinha, sua cueca, e abriu a porta do box.



- Entra, princesa – disse carinhosamente e assim o fiz.



Entramos juntos, e ele abriu a torneira, temperando a água do jeito que eu gostava. Nem muito fria e nem muito quente. Suas mãos rodearam minha cintura e ele me colocou junto a ele debaixo do chuveiro, deixando que a água escorresse pelo nosso corpo sem pressa alguma. Encostei minha cabeça em seu peito e o abracei pela cintura, fechando meus olhos para não chorar novamente.



- Um anjo do céu, que trouxe para mim – começou a cantar – É a mais bonita, a joia perfeita. Que é para eu cuidar, que é para eu te amar. Gota cristalina, tem toda inocência. Vêm, oh meu bem, não chore não... Vou cantar para você – beijou minha cabeça carinhosamente, e novamente o silêncio permaneceu.



Somente ficou o barulho do chuveiro, e do seu coração que dava para ouvir, enquanto minha cabeça estava ainda encostada a seu peito. Agradeci mais uma vez mentalmente a Deus, por ter Alfonso em minha vida. As coisas eram mais fáceis quando estávamos juntos. As coisas eram mais simples quando lançava-me um sorriso de canto que fosse. Mesmo não sendo como essas garotas que sempre idealizavam se casar e encontrar um príncipe encantado, Deus mandou um anjo em forma de homem para cuidar de mim, e eu agradeci por isso.



- Eu te amo – sussurrei com os lábios próximos ao seu peito, quase encostando.



Alfonso tocou meu queixo com o indicador, erguendo-o, e abaixou sua cabeça para que nossos lábios pudessem se encontrar. Ele nos selou carinhosamente e eu o abracei com mais força em seguida, assim que nos afastamos. Voltando a encostar-me em seu peito.



- Eu te amo ainda mais, mina – beijou minha cabeça.



Logo senti Alfonso passar o sabonete pelo meu corpo, deixando apenas minhas partes intimas, deixando assim claro que queria mesmo cuidar de mim. E isso me encantou ainda mais. Não havia malícia em suas ações, e até quando passou pelos meus seios, não fez gracinha.



Confesso que não estava muito no clima de deixar que esquentasse entre nós. Eu precisava mesmo era de cuidado, de mimo. Eu precisava que ele me fizesse sentir querida, porque com a briga do meu pai, isso era o que eu menos sentia.



- Você que é o meu anjo – beijei seu peito – Não me deixa, não.



- Eu vou sempre estar com você – sussurrou com a voz rouca, da maneira que eu amava, e que ele parecia fazer de propósito. Mas não. Era algo natural, que o deixava ainda mais charmoso.



- Promete? – como uma menina carente, deixei fraquejar meu lado mais seguro, deixando claro que eu estava prestes a desmoronar.



- Prometo – beijou meu ombro – Depois de todos esses meses que passamos tanto juntos como separados, eu não imagino você longe de mim. Não imagino vida pós Anahí, sacas? E acho que nem existe. Você me fez sentir amado, mina, você me faz bem só de me olhar ou apenas sorrir. Acha que vou te perder? – perguntou e eu o olhei – Se eu te perder, me perco junto.



Foi tão, mas tão bom ouvir suas palavras, tão confortante, que apenas o abracei ainda mais forte, em resposta para tudo o que ele disse. Queria poder dizer tantas coisas a ele naquele momento. Dizer o quanto o amava, o quanto estava me sentindo inteira, completa e até mesmo pedir novamente que ficasse comigo para sempre, mas não consegui. Não tinha forças para pronunciar absolutamente nada. A única coisa que consegui foi abraça-lo bem forte e chorar novamente.



- Não chora mais, branquinha – sussurrou em meu ouvido – Está me doendo te ver assim.



- Já vou parar – sussurrei de volta – Posso ficar aqui por alguns dias? Será que a sua mãe se importa?



Eu não queria incomodar, realmente era uma coisa que me preocupava. Mas, no momento em que briguei com meu pai, só pensei no Alfonso e sua casa, e se ele não aceitasse, tinha que correr para a casa da Angelique.



- Claro que ela não se importa – afagou meus cabelos – Ela só vai querer saber o motivo.



Respirei fundo, prevendo que isso aconteceria. Ruth era correta demais para não querer saber se eu estava fugindo ou se meus pais sabiam onde estava. Bem, eu estava fugindo, mas meu pai sabia onde escolhi ser meu refúgio.



- Eu conto – murmurei, erguendo minha cabeça para olhá-lo.



Alfonso me encarou de uma maneira tão profunda naquele momento, que quis me perder e me afogar naquela imensidão castanha meio esverdeada ao sol. Não dava para definir muito bem. Subi minha mão direita até sua nuca vagarosamente e acariciei. Nossas testas foram caladas delicadamente, e sua mão direita enroscou em meus cabelos molhados com cuidado para não me machucar.



- Eu também quero saber – disse baixinho – Quero que divida sua tristeza comigo, meu amor. Namorados não servem só para beijar, transar ou rir. Quero que você divida comigo sua aflição, sua tristeza, agonia, medo... Tudo – selou nossos lábios – Vai me contar?



- Eu te amo tanto, sabia? – sorri – É bom ter você comigo, moreno. Você não imagina – fiquei na pontinha dos pés e acariciei sua nuca, sentindo nossas respirações se misturarem – Vou te contar sim. Só me deixa parar de chorar, senão nem vai entender – sorri de lado – Vai me mimar até eu ficar mais calma?



- Vou sim, minha princesa. Mas vou querer seus mimos também – nos selou – Um beijo, um carinho.



- Sempre, minha vida – mordi seu lábio inferior e puxei devagar, voltando a soltar.



Estava tudo muito meloso, e apesar de saber que Alfonso era fofo, estava estranhando todo aquele romantismo. Mas, confesso estar gostando muito. Acho que serviu para que eu me sentisse cuidada, amada, e era tudo o que mais precisava no momento.


 



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Autor(a): anyeponcho

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Alfonso narrando: Ver Anahí chorando em minha porta desesperadamente foi uma das piores coisas que aconteceram na minha vida. Suas lágrimas incessantes, seu coração disparado que dava para perceber, seu corpo inteiro tremia, e sua mão estava tão gelada que mais pareciam pedras de gelo. Fui sincero o tempo todo. A abracei, a beijei ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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