Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos

Alfonso narrando:

Acabei fazendo a branquinha chorar quando me contou o que estava acontecendo. Confesso que não esperava que a briga fosse tão séria assim, mas acho que Ricardo precisava de um “acorda” daquele. Não a tratava como filha, e não percebia. Pelo menos não parecia perceber. O triste, é que com Alicia era diferente. Com apenas um sorriso, conseguia tudo o que queria, até as suas cuecas se duvidasse.

Dormimos abraçados como sempre. Como eu aprendi a gostar, porque sabia que ela amava. No dia seguinte eu acordei antes mesmo do galo cantar. Como o voo estava marcado para às 7 h e eu ainda tinha tomado bronca por me atrasar no dia anterior, e não queria correr esse risco novamente. Arrumei minhas coisas, a bolsa, tomei meu banho, tomei café e me aproximei da cama para me despedir da branquinha.

Tentei acorda-la quatro vezes, e somente na última, quando estava quase desistindo, ela abriu os olhos lentamente e sorriu. Beijei seu pescoço e selei nossos lábios.

-Bom dia, amor – disse ela, enquanto se espreguiçava.

- Bom dia, minha gostosa – selei-nos novamente – Eu tenho que ir já. Não sei que horas o ônibus que vai para Guarulhos passa por aqui, então vou indo.

Anahí se sentou e pulou nos meus braços, sentando em meu colo com uma perna de cada lado do meu corpo. Nós dois tão próximos daquele jeito, com sua perna desnuda pela minha camiseta que subiu, e aqueles lábios rosados, estavam me enlouquecendo. Não era uma boa combinação.

- Poxa, não quero que vá.

Confesso que nem eu queria ir. Se eu pudesse, ficava ali com Anahí e daria um jeito de eternizar cada detalhe com ela.

- Eu tenho que ir, vida – entortei os lábios – Você sabe que eu preciso.

- Eu sei – roçou nossos narizes – Juízo, hein? Nada de passar muito tempo com a Beatriz, ou ficar fora do hotel até muito tarde. Se for a algum lugar, só lembre que agora você namora!

Revirei os olhos e dei dois selinhos em seus lábios.

- Ô menina ciumenta! – sorri – Não se preocupe, tá? Eu amo você e só vou mesmo para trabalhar. Não estou pensando em conhecer a cidade nem me divertir.

Ela soltou seu ar aos poucos, bufando no fim. Rolou seus olhos e passou seus braços pelo meu pescoço. Subi minhas mãos pela sua cintura com calma, subindo sua camiseta e quase a tirando. Confesso que estava difícil resistir, e considerando a cara de safada que Anahí estava, era isso exatamente o que queria.

- Está atrasado, mesmo? – colocou sua mão direita por dentro da minha camiseta e arranhou minha barriga lentamente, me deixando maluco.

- Estou... no horário – disse, com a voz trepidante, quase perdendo meu lado racional e a agarrando ali mesmo.

Talvez fosse uma tática para eu não ir à Campinas, talvez fosse somente vontade e nem fosse por maldade, mas estava complicado ser racional. Sua voz sensual, minha camiseta em seu corpo deixando-a mais sexy ainda e seu olhar profundo conectado ao meu, me deixando pirado. Sinceramente não tinha vontade de sair de casa.

- Não dá tempo de uma despedida? – sua pergunta me pegou de surpresa, e acho que minha resposta foi ainda mais surpreendente ainda.

- Não dá, amor. Vamos ter que esperar dois dias.

Não que eu não quisesse, mas não podia.

Anahí pareceu não ter gostado, mas acho que era mais pelo fato de eu realmente ter que viajar com Beatriz. Ela ameaçou sair do meu colo, mas eu a segurei firme, deixando-a quase imóvel no meu colo.

- Pode parar – selei nossos lábios – Você sabe que não posso me atrasar, branquinha. Pensei que tivesse entendido.

Ela passou seus braços novamente pelo meu pescoço e encostou sua testa na minha.

- Eu entendi, mas estou com medo – suspirou – Não que não confie em você, mas não confiei muito naquela menina, entende?

Eu até poderia entender. Acho que se fosse o contrário, também ficaria com pé atrás. Aceitaria Anahí viajar com outro cara por causa do serviço, mas sentiria sim ciúmes. Dois dias só os dois em outra cidade, eu também teria paranoia. Porém, só restava confiar.

- Mas eu preciso ir, vida – selei nossos lábios – Daqui dois dias estou aqui, tá? Aí comemoramos a noite inteira.

Anahí me olhou com malícia e assentiu, colando rapidamente seus lábios aos meus. Apertei sua cintura com firmeza, enquanto sentia seus dedos puxarem tão forte meu cabelo, que até doeu um pouco. Subi minha mão direita até sua nuca por debaixo dos seus cabelos, dando continuidade àquele beijo repleto de desejo e malicioso. Havia carinho, sim, mas a vontade que estávamos um do outro, era expressa conforme nossos lábios se encaixavam mais e mais. Nossas línguas estavam em contato uma com a outra, deixando aquele momento mais inesquecível e irresistível. Eu não queria encerrar o beijo, mas não tinha outro jeito.

-Tenho que ir – selei nossos lábios – Preciso mesmo ir, meu amor!

- Uhum – nos selou – Eu sei – ela arranhou minhas costas e desceu até o cós da minha calça jeans – Volta na quarta, né?

- Sim – colei nossas testas – Quero uma surpresa bem sensual, hein? Uma lingerie nova, que tal?

Anahí bateu em meu braço e riu.

- Você é muito safado, garoto. Fala sério! – disse Anahí, como se realmente só eu quisesse algo mais que beijos naquele momento.

- Vou estar com saudades. Sei disso.

Anahí deu risada e saiu do meu colo, deixando-me finalmente ir. Ela ainda me levou até a porta, e após me despedir de todos, fui a caminho do ponto de ônibus que ficava mais para baixo daquela rua. Demorou quase meia hora, mas o ônibus que tinha que pegar, acabou chegando.