Fanfics Brasil - Capítulo 80 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 80

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Anahí narrando:



Assim que Alfonso virou a esquina, entrei novamente em sua casa e a Ruth me chamou. Pediu para que eu subisse até seu quarto para conversarmos, e eu logo imaginei que era sobre o que eu estava fazendo ali. Na verdade, não queria falar sobre aquilo novamente, me doía muito por ser recente demais, mas eu sabia que Ruth não iria sossegar enquanto não falássemos sobre isso. E dava para entender. A casa era sua, era natural querer saber os motivos que me fizeram sair da minha casa. Subi as escadas receosa pela conversa e entrei em seu quarto que era o último do corredor. Ainda encontrei com o Miguel que correu para me dar um abraço, mas logo desceu dizendo que iria jogar videogame.



- Posso entrar? – a porta do quarto estava aberta e eu via Ruth sentada em sua cama, pelo espelho que ficava na parede de frente à ela.



- Claro, querida! – respondeu Ruth rapidamente.



Entrei e me sentei em frente a ela, esperando pela enxurrada de perguntas que iria vir. Respirei tão fundo, que tive a impressão que não pudesse mais respirar. Ruth segurou minhas duas mãos em um gesto de consolo e sorriu docemente.



- Pode me contar? – pediu gentilmente, ainda mantendo aquele sorriso brado nos lábios. Abaixei minha cabeça para não chorar em sua frente, e respirei fundo novamente.



- Posso – respondi – Mas, não sei se vou conseguir dizer sem chorar. Contar o que aconteceu me dói, Ruth.



- Eu sei – ergueu meu rosto com o indicador – Mas estarei ao seu lado independentemente de qualquer coisa.



Contei a história inteira sem ocultar nada. Cada detalhe até da fisionomia do meu pai, eu contei. Queria que tudo ficasse esclarecido para que eu não parecesse que eu estava fugindo de casa por mero drama, pois não era verdade. Simplesmente não estava aguentando mais o jeito que ele me tratava e a diferença explicita que fazia entre Alicia e eu. Conforme ia dizendo, minhas lágrimas desciam com tanta facilidade que os olhos de Ruth também encheram de lágrimas. Ela chorou comigo e me abraçou consolando-me. Quando terminei de contar, ainda chorei em seu colo como uma criança indefesa, e me senti confortável. Minha mãe também não me negaria um abraço, mas o da Ruth era realmente acolhedor, era abraço de mãe, como poucas vezes senti na vida. Ela pediu para que eu não dissesse mais nada, e apenas disse que tudo ficaria bem. Acho que era isso que eu precisava, um abraço e alguém me dizendo que ficaria tudo bem.



O resto da tarde passou como uma tarde de mãe e filha. Ela fez pipoca, brigadeiro, e tomamos refrigerante como se aquilo não causasse estrias, celulites e nem engordasse. Assistimos filmes atrás de filmes, e no fim, até a Maite se juntou conosco na cama. Alfonso me mandou uma mensagem para o celular de Ruth, dizendo que tinha chegado, mas que não podia me ligar porque estava indo para uma reunião, mas antes de dormir me ligaria. Ruth me deu o recado, e continuamos curtindo o filme, esquecendo-me completamente do motivo que me fez chegar ali. Sabia que depois Ruth tentaria conversar comigo novamente, mas naquele momento eu só queria me snetir querida.


Alfonso narrando:



Assim que chegamos em Campinas, já fomos em uma reunião com alguns advogados. Ricardo havia me dado a liberdade de fechar contrato se visse que valia a pena, o que não era o caso. Porém, Beatriz era a estagiária, e como ela alegava que era uma boa, remarcamos a reunião para o dia seguinte, dando-nos a oportunidade de conversar com Ricardo para saber sua opinião.



Saímos de lá e fomos diretamente para o restaurante que não era muito distante de lá. Eu não queria estar ali, pois a comida era cara e não caseira como as da minha mãe. Eu preferia muito mais um arroz com feijão e uma boa carne, do que aquelas frescuras com nomes estranhos. Não comi muito. Não sei nem o nome da comida, mas o gosto era de areia e eu não gostei. Após passar a tarde toda em um escritório onde só se serviam café com bolacha de água e sal, eu desejava a comida da minha mãe com um omelete enorme que eu tanto amava. Era isso que mataria minha fome.



Assim que chegamos ao hotel, por volta das 20 h, Beatriz me chamou para comermos algo no restaurante do hotel. Como tudo era bancado por Ricardo, eu acabei aceitando. Estava morto de fome.



-Eu também não gostei muito da comida – disse Beatriz, enquanto descíamos pelo elevador.



Eu não imaginava, pois a cara de patricinha não negava que frequentava restaurantes chiques e de comidas com nomes difíceis. Mas foi bom saber que não fui o único a entortar a boca por aquele negócio estranho.



Quando chegamos ao restaurante, me surpreendi quando vi omeletes sendo servido. Não eram tão grandes, mas peguei dois, me deliciando com aquilo somente por olhá-lo. Era comida por kilo, mas eu só exagerei no arroz e feijão. Sentamos à mesa e ergui as sobrancelhas ao ver o que Beatriz tinha pegado.



- O que é isso? Que coisa estranha.



Beatriz deu risada e colocou um daquele negócio estranho no meu prato.



- É sushi. Experimenta, te garanto que vai gostar.



Confesso que não havia gostado do cheiro, e ainda mais por não saber que gosto tinha aquele negócio verde que envolvia o arroz, mas apertei com o garfo e mordi.



- Coloca inteiro na boca – disse ela – Não é elegante morder.



Fiz o que ela mandou e quase cuspi no papel, mas para não ser indelicado, acabei engolindo aquele negócio estranho.



- Prefiro a minha comida – disse, e ela riu – Isso tem cara da Anahí, aposto que gosta dessas coisas esquisitas, mas comigo não funciona.



Beatriz riu novamente e continuou comendo aqueles negócios de nome estranho que tinha um gosto pior ainda. Quando terminei, me senti satisfeito, e agradeci a Deus por aquela comida do hotel ser melhor do que a do restaurante. Me fartei com os olhos, e depois me deliciei com o gosto caseiro que ela tinha.



- Vamos? – disse. Nos levantamos da mesa e fomos direto ao elevador para voltarmos ao nosso quarto. Não via a hora de falar com a Anahí. Estava morrendo de saudades de ouvir sua voz.



Assim que chegamos no nosso andar, Beatriz sugeriu que esticássemos a noite em seu quarto. Tomássemos um vinho e conversássemos, mas eu prometi a Anahí que não faria aquilo. Prometi que me comportaria e acabei negando. Ela ainda insistiu, mas era melhor eu ir para o meu quarto, pelo menos minhas consciência permaneceria tranquila. Nos despedimos com um beijo no rosto e eu entrei em meu quarto.



Ricardo havia me emprestado um notebook para passar as horas em que não estivesse ocupado, ou talvez conversar com ele ou Any. Entrei no skype e vi que a Anahí estava online. Enviei uma chamada de vídeo e deixei o note sobre a cama enquanto trocava de roupa.



- Amor? – ouvir aquela voz era tudo o que precisava, na verdade. Estava prestes a entrar no chuveiro, mas larguei tudo para poder falar com ela.



Era saudade demais, mesmo que estivesse longe dela apenas por algumas horas.



- Oi, princesa! – sorri – Tudo bem?



Anahí mordeu o lábio, e foi aí que percebi que estava apenas com uma cueca box preta e aparecendo no vídeo. Sentei-me na cama e coloquei o notebook em meu colo, deixando apenas meu peitoral e rosto a mostra.



- Que sexy – disse ela, com uma cara de safada que dava para excitar qualquer homem – Tudo bem, e você?



- Melhor agora – sorri, bagunçando meu cabelo.



Sem querer, acabei dando uma bocejada em sua frente. Estava morrendo de sono, mas não trocaria minha branquinha para dormir.



- Ai que soninho, menino – sorriu – Como estão as coisas por aí, amor? Conseguiu fechar o negócio que o meu... – parou a frase e suspirou – que o Ricardo queria?



Eu poderia ter tocado no assunto do pai dela novamente, mas não queria deixá-la ainda mais triste. Se vendo-a chorar em meus braços já doeu, imagina ter que vê-la longe de mim, sem que eu pudesse a consolar...



- Ainda não – entortei os lábios – Na verdade eu não concordo com a proposta. Acho que seu pai vai perder parte do dinheiro, por besteira. Mas a Beatriz acha que vale a pena, então prefiro conversar com o Ricardo.



Anahí assentiu e continuou olhando o computador como se me olhasse nos olhos.



- Eu confio mais em você do que nela – fez uma careta engraçada e riu. Eu sabia que confiava, mas que também tinha dito aquilo por estar com ciúmes. Isso me deixou ainda mais pirado nela. Com vontade de tê-la, de senti-la. Estava ficando louco só de pensar em Anahí me instigando antes de eu sair de casa naquela manhã.



- Que cara de safado é essa, hein? – perguntou, surpreendendo-me. Eu nem havia me tocado que estava fazendo caretas safadas.



- Estou pensando em você no meu colo hoje cedo – mordi o lábio inferior – Pô, que vontade de você que estou, branquinha!



Anahí mordeu o lábio inferior e desceu a alça da camisola fazendo uma cara maliciosa que estava me deixando cada vez mais excitado. Como o notebook estava sobre a mesinha do meu computador, deu para ver até onde ela baixou a alça, quase mostrando seu seio direito.



- Não brinca com fogo, menina!



Ela me ignorou completamente. Pareceu nem ter escutado minhas palavras brincalhonas, mas que estavam mais para um apelo do que singelas palavras. Seus lábios foram mordidos novamente por seus próprios dentes, e ela baixou mais um pouco, deixando quase seu seio todo à mostra.



- Sério, cara, não brinca com isso – suspirei, sentindo meu membro pulsar – Preciso de um banho gelado agora.



- Se quiser usar a mão, pensa que sou eu ai.



- Anahí, Anahí – a repreendi, pedindo mentalmente para que ela parasse com as provocações antes que eu gozasse sem nem mesmo usar as mãos. O volume da cueca era nítido, e eu não estava mais aguentando de calor.



- Você é safado demais, sério! – ela riu, voltando sua alça em seu ombro novamente.


– Também estou com vontade de você, mas tenho que esperar até quarta. Aliás, TEMOS! – deu ênfase, fazendo-me sorrir com sua frase.



Menina ciumenta demais a minha.



Eu mudei o foco da conversa para tentar me controlar, mas não estava conseguindo parar de pensar nela. Mesmo seu corpo estando coberto por panos, eu a imaginava nua em minha frente, e eu matando toda a vontade que eu estava. Descontando meu dia cansativo no prazer que somente ela me fazia sentir.



- Amor, vou tomar banho – disse, e ela riu – Não ri, a culpa é sua!



- Não tenho culpa se é safado, Alfonso! – ela continuou rindo – Tudo bem, amor, eu espero para ao menos te dar boa noite. Mas não demora! E caso pense em usar a mão, pense em mim!



Revirei os olhos com a maneira natural com o que falava sobre aquilo, e fui para o banheiro tomar meu banho. Não usei a mão. Apesar de ter vontade, achei meio desrespeitoso mesmo que eu pensasse nela. Eu tomei um banho gelado e mudei meus pensamentos. Vinte minutos depois o Júnior voltou ao estado normal, e eu saí do chuveiro. Enxuguei-me rapidamente, coloquei uma cueca box vermelha e voltei para a cama. Anahí estava vidrada no computador, mas pelo som, estava vendo outra coisa. Parecia um filme.



- Amor? – a chamei, mas não obtive resposta. Tentei mais quatro vezes, e somente na quinta ela voltou a colocar no skype.



- Desculpe a demora, amor, estava lendo um texto aqui – respirou fundo – Deu tanta saudade de você, sabia? Sei que saiu de manhã, mas só de pensar que vou dormir na sua cama e não vou te ter...



Realmente, isso não agradava nem a mim. Mas, negócio era negócio, e eu não tinha como fugir da minha responsabilidade.



- Calma, vida. Logo estarei ai contigo, te mimando, acariciando, beijando, fazendo amor...



Anahí riu e revirou os olhos.



- É. Acho que a primeira coisa vai ser fazer amor, né? Não tem jeito.



Mordi meu lábio inferior deixando a resposta no ar, e seguimos um rumo da conversa que não nos deixasse com os hormônios a flor da pele. Ficamos conversando até as duas da manhã, e acabamos dormindo com o notebook ligado. Anahí disse que era romântico e uma maneira de dormimos juntos. Não tinha como negar um pedido daquele.



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Autor(a): anyeponcho

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Anahí narrando: A noite em que havia passado com Alfonso, foi incrível, mesmo que não estivéssemos juntos. Na verdade, conversar com ele através do computador, supriu de certa forma, não tê-lo presente. A única coisa foi não poder abraça-lo, mas dormir com o notebook ligado, o vendo dormir, foi especial. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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