Fanfics Brasil - Capítulo 83 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 83

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Alfonso narrando:



Para completar minha agonia, meu celular deu fora de área, e eu não conseguia mais ligar para a branquinha. Respirar era tudo o que eu podia fazer, porque já sentia um ninho se formar em meu estômago, só de pensar o que ela poderia fazer quando soubesse disso. Eu não sossegaria enquanto não fosse sincero com ela, mesmo não tendo culpa, eu me sentia obrigado a ser sincero. De dizer o que realmente havia acontecido mesmo tendo de encarar consequências sérias.



Fiquei deitado na cama pensando no que fazer, até que lembrei-me de que poderia ligar pelo telefone do hotel, que não pagaria tão caro. Tinha um ao lado da minha cama, e eu estava tão atordoado, que nem tinha pensado nisso. O peguei na mesinha ao lado da cama e liguei para minha casa, que sairia mais barato.



Primeiro toque e nada... Segundo...Terceiro...Quarto...


Eu já estava ficando nervoso. Uma parte de mim sabia que Anahí deveria estar em casa, ou talvez estar curtindo com nossos amigos. Não tinha como ela ficar sabendo do beijo. Só estávamos Beatriz e eu no hotel, e ela não faria propositalmente. Não tinha nem nexo eu pensar em uma coisa daquelas.



Fiquei ainda na cama tentando ligar em casa, mas ninguém atendia. Caia na caixa postal toda hora, e toda tentativa frustrada que eu tinha, me deixava ainda mais agoniado e nervoso. Desisti na quinta tentativa, e fui tomar banho para esfriar a cabeça. Confesso que estava difícil não pensar no beijo. Não por ter gostado, mas por me sentir obrigado a contar à Anahí, e simplesmente não conseguir. Eu queria ser correto comigo mesmo, com a minha própria consciência, mas o destino não estava permitindo.



Sai do chuveiro sentindo o meu estômago embrulhar de nervoso. Mesmo com o banho gelado, eu não consegui me acalmar em momento algum, e todos os vinte minutos que fiquei de baixo da´água, só serviram para que eu ficasse ainda mais nervoso com o incerto. Porque tudo naquele momento era muito certo, eu conhecia Anahí o suficiente para saber que era compreensiva, mas depois de brigar e ficar horas ou dias sem conversar com a pessoa que a magoava.



Ao voltar no quarto, com a toalha enrolada na cintura, sentei-me na cama em mais uma tentativa abortada de ligar para ela. Anahí ainda não atendia a droga do telefone de casa, e nem a Maite. Minha mãe eu sabia que estava trabalhando, mas algo me dizia que tinha alguém sim naquela casa, e que não queriam atender. Meu celular ainda estava fora de área, e não conseguir falar por nem um meio com a Anahí, me deixou com vontade de matar alguém em praça pública.


Anahí narrando:



-Mas você nem sabe se é ele, Any – disse Maite, na tentativa de atender o telefone.



Como Alfonso tinha tentado me ligar uma vez, eu imaginei que seria ele tentando me ligar pelo telefone de sua casa. Embora não soubesse o que ele poderia querer comigo, eu não queria ter que escutar sua voz por aquele momento. Não quando meu sangue ainda borbulhava, pedindo por um mero ar que fosse, só para eu não sufocar nos meus próprios pensamentos.



- Tenho certeza que é ele, Maite, e enquanto eu não der um tempo, não vou falar com ele – respirei fundo, tentando prender as lágrimas que queriam vir do fundo da minha alma.



Eu sentia uma dor tão aguda em meu peito, que tinha a impressão de que algo estava perfurando-me sem anestesia. Doeu quando vi sua foto com a tal Isabele no facebook, doeu quando tive que me afastar dele para ir à Londres, doeu quando ele rompeu comigo todas as nossas ficadas, e até quando me mandou voltar para Londres quando eu quis ficar, mas, naquele momento, a dor parecia ter triplicado.


Talvez pelo amor que aumentou conforme o tempo foi passando, talvez por eu ter passado a confiar ainda mais nele e ter me sentido traída completamente e em todos os sentidos... Mas doía tanto, que estava praticamente impossível não chorar.
Levantei-me da cadeira em que meu corpo havia caído assim que vi a foto, e andei feito uma maluca de um lado para o outro, sem saber o que fazer. Minhas pernas quase não sustentavam meu corpo, e minha cabeça doía. Minha mente não apagava o que tinha visto na foto, e toda vez que os fleches apareciam em minha cabeça,, meu coração se partia mais e mais.



Seus lábios eram meus, e não era justo estar tocando os outros. No fundo, eu sabia que isso poderia acontecer, até porque, Beatriz pareceu ser assim. No momento em que a vi, percebi que não era tão inofensiva quanto parecia. Eu queria esganar meu pai por não ter me deixado ir junto, queria esganar a garota atrevida que tocou os lábios do meu namorado, e queria matar Alfonso por permiti-la beijá-lo.



- Vai furar o chão desse jeito – disse Maite, enquanto devorava mais um pedaço de torta de morango.



Eu poderia falar que se continuasse comendo daquela maneira, iria passar mal. Mas, preferi me calar para não ofendê-la.



- Por favor, não me irrita – sentei-me novamente à mesa e suspirei. Maite não tinha nada a ver com a minha raiva, eu sabia disso, mas estava difícil controlar-me. Eu precisava descontar em alguém, ou em alguma coisa, já que não dava para esfolar aqueles dois.



Maite deu de ombros e continuou comendo sua torta como se não fosse existir mais no mundo no dia seguinte. Ainda tentei me controlar, mas o que eu sentia não tinha nome. Era uma raiva que vinha do fundo da minha alma, coisa que jamais senti antes.



- Vou quebrar o Alfonso – bati na mesa – Muito bom ele não estar na minha frente nesse momento, porque ele não estaria vivo!



Miguel apareceu na cozinha e sorriu quando viu as tortas de cima da mesa. Peguei um pratinho para ele, cortei um pedaço de cada uma e coloquei em sua direção.


Quando me sentei, Miguel se sentou em meu colo e beijou meu rosto.



- Está triste, branquinha?



Branquinha não, Miguel!



O que poderia responder? Não dava para dizer que estava triste com o irmão dele, porque com certeza teria que explicar o motivo. E não tinha certeza de que ele entenderia. Apesar de ser uma criança com a mente adiante, era uma criança de apenas cinco anos, e não dava para esquecer disso.



Pensei em várias desculpas, mas acabei dizendo que era apenas uma dorzinha de cabeça. Miguel me abraçou forte e fez carinho em meus cabelos, me fazendo quase chorar em seu pequeno ombro desnudo pela camiseta de manga que ele usava. Passei meus braços pela sua cintura e respirei fundo, prendendo o choro.



- Não fica assim, branquinha. Minha mamãe tem remédio em algum lugar, não é, Mai?



- Sim. Tem no armário do banheiro dela – respondeu de boca cheia. Maite sabia que não era isso. Ela viu a foto, mas achou que era alguma montagem, ou que Alfonso teve algum motivo para fazer aquilo.



Que motivo teria? Se prender ao emprego? Isso seria insanidade usar uma garota para se prender a um emprego que, por mais que fosse excelente, não era o único que havia no mundo. Se Alfonso preferisse jogar o relacionamento fora por conta do escritório do meu pai, acabou de jogar todo o respeito que tinha por ele, fora.



- Eu tomo depois – beijei seu rosto – Come a torta, Miguel. Trouxe de chocolate porque sei que é a sua preferida.



- Depois eu como. O Poncho me disse uma vez que, quando uma garota fica dodói, temos que dar carinho a ela, e é isso que farei com você. Vou te dar carinho que a dor logo passa – Miguel beijou meu rosto e ficou abraçado em mim um bom tempo.



Não consegui segurar, e sem que eu me desse conta, as lágrimas que prendi desde a hora em que vi a foto, acabou saindo com a força de uma enxurrada. Miguel apertou ainda mais nosso abraço, e ficou sussurrando coisas bonitas em meu ouvido como: não chora, branquinha, vai passar. Isso não ajudava muito, mas o abraço era tudo o que eu realmente precisava.



Ficamos abraçados por minutos, até que o telefone tocou. Como de costume, Miguel correu para atender antes mesmo que a Mai fosse. Na certa havia pensado ser sua mãe, que sempre ligava lá pelas 17 horas, para saber se ele estava se comportando, e normalmente era ele que atendia, pois já sabia que seria ela. Porém, acabou falando um tanto alto o nome do irmão, me causando um gelo no estômago, que tive impressão que tinha me deslocado para o Alaska.



- Sim, ela está na cozinha – ouvi Miguel dizer – Não sei se ela vai querer falar, mano, a branquinha está chorando.



- Não, Miguel! – murmurei batendo a minha testa na mesa – Não era para ter falado!
Maite apenas riu de mim. Miguel apareceu na cozinha com o telefone sem fio, sentou-se novamente no meu colo e continuou falando com o Alfonso.



- Ela está com dor de cabeça, irmão, e está chorando de dor – disse novamente – Está perto sim, estou no colo dela – riu – Relaxa, irmão, não vou roubá-la de ti. Eu a respeito ow. Sim, se ela fosse solteira eu investia.



Maite quase cuspiu a torta na mesa, e eu acabei rindo da sua ingenuidade de nem pensar na diferença em que tínhamos de idade. Só ele mesmo para tirar-me daquela tristeza em que me encontrava. Naquela bola de dor que estava envolvida por culpa do seu próprio irmão.



- Você vem amanhã? – fez uma pausa, esperando a resposta do Alfonso – Tá, então nos vemos amanhã – outra pausa – Mamãe não está, disse que volta mais tarde. A branquinha vai me colocar para dormir – riu – Fica tranquilo, Poncho, eu vou cuidar bem dela, tá? Ela não vai chorar mais. Tá, vou passar para ela. Tchau, vou comer minha torta de chocolate.



Miguel me passou o telefone e se sentou em outra cadeira. Levantei-me e fui direto ao quarto do Alfonso. Não aguentei, antes mesmo de falar alguma coisa ou de ouvir a sua voz, já comecei a chorar novamente.



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Autor(a): anyeponcho

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Anahí narrando: - Fala – disse entre as lágrimas, não ocultando o quanto irada estava. Alfonso seu uma pausa, como se tivesse com receio. Eu só conseguia ouvir o som da sua respiração. Ficamos em silêncio por alguns segundos, até que finalmente ele o quebrou. - Você não está com dor de cabe ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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