Fanfics Brasil - Capítulo 9 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 9

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Alfonso narrando:



Até amanhã, branquinha – eu sorri, e lhe dei mais um selinho.



- Até, moreno – Any sorriu daquele jeitinho lindo, e então foi embora.



Entrei novamente no escritório, e haviam mais cinco pastas. Lá fui eu entregar os documentos rapidamente. Dia puxado aquele, mas valeu a pena o meu descanso.



Assim que terminou o meu turno, fui embora com um sorriso intenso no rosto. Não conseguia nem disfarçar. Me sentia leve, e nem me dei conta de que não tinha comido nada o dia todo. Não tinha ideia de como estava aguentando passar o dia somente com água no estômago. Cheguei em casa, e não havia ninguém. Fui até a cozinha, mas não tinha comida. Os pães já tinham acabado. Precisava receber logo meu salário, ou procurar um emprego. Resolvi tomar um banho e dormir, assim não ia pensar em comida.



No dia seguinte, após uma noite mal dormida, levantei-me e fui até a casa do Cris. Ele era irmão e como seus pais ralavam, sempre tinha algo para comer. Cheguei lá antes mesmo de tomar banho, e entrei sem bater na porta.



- Cris? – gritei, indo até a cozinha – Acordou, irmão?



- Sim, chega ai, cara. Quer tomar café? Deu para o velhos comprarem requeijão –disse feliz. Cris também não tinha uma vida fácil. E requeijão ou mortadela em sua casa, era como joias. Bom, na minha casa era uma vez por ano e olhe lá.



- Pô, velho, vou aceitar. Ontem não comi nada pra deixar para o Gui e minha mãe – fiz um suco de leite com achocolatado, dois pães, um com manteiga e um com requeijão e me sentei ao seu lado. –Preciso de um segundo emprego, tem algum para me indicar?



- Velho, vai se matar trabalhando – disse ele, tomando um gole do seu leite – Pega leve que logo tudo se resolve.



- Logo não é o bastante, Cris. Preciso colocar comida em casa –mordi o pão como se fosse minha última refeição. Que delícia, velho! – Mas, se souber me dá um toque, ta? Se souber de alguém que queira arrumar computador – suspirei – No fim do mês acho que tudo se ajeita um pouco.



- E como está lá no seu novo emprego? Faz dois dias que não nos falamos direito, pô.



- Pois é no primeiro dia encontrei a Mai em casa –disse, malicioso – E ontem, cheguei direto pra dormir. Estava com fome.



- Por que não bateu aqui, mané? – revirou os olhos – Sabe que é irmão, né? Não tem essas frescuras – eu sabia que poderia contar com o Christian pra qualquer coisa. Mas não queria incomodar. Mal conseguia admitir que não estava dando conta de alimentar três pessoas. Sentia-me fracassado. Erra é a palavra.



- Ah, nada haver bater aqui a noite – tomei meu último gole do leite – Aí, a melhor coisa do emprego é a filha do chefe – mordi o meu lábio inferior ao lembrar-me da Any – Velho, precisa ver que mina.



- Ih, pegou? – riu – Mais uma para o álbum do Poncho?



- Não, cara, essa não é só mais uma figurinha. Acho que preenche o álbum inteiro – Nem percebi a veadagem que havia falado. Mas na real, a Any era demais. Não era apenas a garota, era diferente estar ao seu lado – Vou vê-la mais tarde.



- Ih, gamou mesmo? – Cris balançou a cabeça negativamente, e se levantou para colocar a louça na pia – Ela tem amigas? Podia apresentar aos irmãos, ne?



- Conheci uma ontem, chama Angelique. É bonita, mas fica na sua porque tu é enrolado com a Nathi – fiz um toque de mão com ele, e sorri – Valeu aí, irmão, te devo essa. Vou tomar banho pra mais tarde ver a Any.



- Que isso, irmão é pra essas coisas – ele me esticou quatro pães, um pote de manteiga e um litro de leite – Leva, irmão – eu não queria aceitar, mas o Cris franziu o cenho e bufou – Nem adianta dizer não. Seu irmão e a tia devem estar com fome.



- Valeu, irmão – fiz um toque de mão com ele, então fui pra casa.



Eu não gostava de depender dos outros. Gostava de ser independente, livre, responsável com meus deveres. Queria poder cuidar da minha família sozinho, sem me sentir impotente quando não consigo sustentar minha mãe e meu irmão, mas estava sim imensamente grato pelo Cris ter me ajudado. Esse sim era um irmão de verdade. Amigo que gostaria de levar pelo resto da vida.



Voltei para a minha casa, deixei os pães em cima da mesa, e subi para acordar minha mãe. Não precisei, porque assim que cheguei no segundo andar, minha mãe estava acordada, segurando o Miguel no colo. Sua cabeça estava apoiada no ombro dela, e ele não parecia nada bem.



- O que ele tem, mãe? – perguntei, começando a ficar preocupado.



Estava com medo de ser alguma doença, porque naquele pedaço em que eu morava, o hospital era uma decadência total. Fazia você esperar mais de 24 horas, às vezes, para poder descobrir o que tinha. Eu sei disso porque já demoraram dois dias pra descobrirem que eu estava com uma virose. Ninguém merece. Pela demora que levam, a pessoa sobrevive pela graça de Deus.



- Não sei, amor – respondeu, ela – Passei a noite em claro preocupada com ele. A febre chegou perto dos 39.



- Por que não me chamou, mãe? – caminhei até ela, e coloquei minha mão direita sobre a testa do Miguel. Sua temperatura parecia estar alta, ainda. E sinceramente, ver meu irmão doente acabava comigo. – Tem que levá-lo ao médico.



- Não precisa – disse ela – Eu sei o que é isso, Poncho, mas eu não sei o que fazer – os olhos de minha mãe encheram de lágrimas, e aquilo me matou por dentro. Detestava vê-la chorar. Qualquer picada de abelha era menos doloroso que isso.



Fiquei incrédulo ao ouvir suas palavras. Pensei que aquela não era a minha mãe, pois qualquer coisa já era motivo para querer nos levar ao médico. Mas, ai lembrei-me que uma vez, o Miguel ficou com vontade de comer abacate, e ficou com febre durante quatro dias, até termos dinheiro para poder comprar o que Le queria.



ABACATE! Isso era no mínimo inacreditável. Uma criança doente por uma fruta, só poderia acontecer no pequeno bairro em que vivíamos, realmente. E na minha casa, para ser mais preciso.



- O que ele tem, então? – pedi mentalmente que não fosse nenhuma vontade sua, ou então estaríamos perdidos. Eu mal conseguia descolar dinheiro para comprar um pão, o que diria alguma fruta ou coisa mais cara.



- Vontade de comer passatempo – suspirou, tristonha – É aquela bolacha recheada que você comprou há uns tempos atrás?



- Sim, mãe – passei a mão no rosto. Como iria comprar a bolacha agora? Roubar não era uma opção considerável na minha vida, mas não aguentaria ver meu irmão doente por causa de uma bolacha com recheio de chocolate.



- Não tem nenhum computador para arrumar?



Eu não tinha nenhum pedido por aqueles dias, mas parado de braços cruzados é que não ficaria. Seria o fim se alguma coisa acontecesse com ele.



- Não tenho, mas vou dar um jeito – dei um beijo demorado na testa da minha mãe, e a olhei nos olhos – Tem pão, leite e manteiga na mesa. O Cris mandou trazer para vocês comerem. Vão lá tomar café, que eu vou trabalhar e darei um jeito, certo? Confia em mim, mãe. Vou comprar a bolacha. – beijei novamente sua testa, beijei a cabeça do Miguel e fui me trocar para o longo dia no trabalho.



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Autor(a): anyeponcho

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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