Fanfics Brasil - Capítulo 95 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 95

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Alfonso narrando:



Cheguei ao escritório do Ricardo às 6h. Ficamos revendo os documentos e conversando até de manhã, quando nossos olhos não estavam mais aguentando de tanto sono. Eu ainda quis ficar lá mais um pouco, mesmo com sono. Por mim, tomaria café e ficava até de noite só para não pensar, mas Ricardo insistiu para que eu fosse para casa. Alegou que viramos a noite e que eu precisava descansar da viagem. Dormir mal era pedir para ficar doente,e talvez ele até tivesse razão, mas eu não queria ter de raciocinar, apenas não queria pensar na branquinha.




Ao chegar em casa, minha mãe estava saindo e quase me bateu por eu não ter dormido em casa. Quando expliquei que ainda estava trabalhando, ela ficou mais relaxada, mas mãe é mãe, passou sermão mesmo assim, e ainda brigou por eu não ter nem dado um telefonema avisando que ia demorar. Isso porque avisei onde estaria e com quem.
Assim que ela saiu, tomei um café rápido aproveitando que a mesa estava posta e repleta de refeições e fui tomar um banho para “esticar o esqueleto”. Apesar de não querer admitir, eu precisava descansar, pois a viagem ainda fazia efeito no meu corpo, e a noite inteira acordado também só me deixou ainda mais cansado. Não demorei-me no banho, era apenas para relaxar meu corpo, para que eu pudesse dormir melhor. E então rapidamente coloquei apenas uma cueca boxer vermelha, que era a cor preferida da branquinha, apaguei as luzes e deitei na minha cama que estava ainda desarrumada por causa da Anahí. Ela não tinha arrumado, e eu não fiz questão de arrumar, porque tudo ficou seu cheiro e eu precisava daquilo.



Poderia ser tortura, e eu me senti até masoquista, mas eu precisava dormir sentindo o cheiro do seu cabelo no meu travesseiro, e o cheiro do creme que passa no corpo, que ela deixou nos lençóis da minha cama. O perfume que usava ficou ali no quarto, e para piorar a situação, esqueceu o batom que mais usava em cima da mesinha do computador, onde dava para ver perfeitamente da minha cama.



Fechei meus olhos em busca do meu sono, mas não consegui dormir. Aquilo estava me angustiando demais. Eu poderia estar com ela naquele momento. Curtindo seus beijos e fazendo amor como tínhamos planejado. Eu poderia sentir seu corpo no meu, seus carinhos enlouquecedor e até olhar em seus olhos e perceber que havia amor ali. Eu poderia tê-la naquele momento, mas não a tinha. Por orgulho, por um deslize, por ser cabeça dura demais para ceder, eu havia perdido a mulher da minha vida, e não sabia até quando continuaria naquilo.



Anahí não era uma pessoa de difícil convivência. Ela era do tipo que escutava, cedia, compreendia e deixava pra lá, mas eu não merecia mesmo, tenho que admitir. Ela estava magoada com as minhas atitudes, e eu me senti na obrigação de deixar o tempo passar, apenas, para tentar descobrir o que nos tornaríamos algum dia. Não dava para ser como das outras vezes, e eu só pedia baixinho para Deus, que ela voltasse para mim.



Fechei meus olhos com mais força que antes, e praticamente rendi o sono com uma arma para que ele viesse. Acabei dormindo, mas já se passavam das oito horas da manhã.


Anahí narrando:



Eu estava sentada no sofá olhando a televisão fazia algum tempo. É. Eu estava realmente olhando a televisão, porque nem forças para ligá-la em um canal que prestasse, eu não tinha. Eu olhava meu reflexo, e até via a imagem do Alfonso rindo comigo, como antes. Como se nenhuma briga tivesse existido.



Depois de uma noite muito mal dormida, eu só poderia sentir todo o meu corpo doer, mesmo. As costas doíam, os olhos, as pernas, a barriga e principalmente a cabeça que aguentou meus pensamentos a noite inteira. Pensamento conturbado. Lembranças mistas, as boas e as ruins. Todas as brigas, todos os beijos, as idas e vindas, o jeito que ele me olhava e dizia “minha branquinha”, seus músculos contra meu corpo, se movimentando da forma que me enlouquecia, sua pegada, seu abraço... Tudo! Tudo veio à tona naquela noite. Lembrei-me de cada pequeno detalhe que havíamos passado. Das trocas de olhares e das palavras. Meu marrentinho fazia tanta falta, que meu peito implorava por um toque seu. O celular estava ali sem nenhuma mensagem sua, sem nenhuma notificação no Facebook, e sem nenhum pedido de desculpas. O WhatsApp estava aberto na sua janela, e a última vez que apareceu online, tinha sido no dia anterior às 20h. Foi inevitável chorar.



Chorar novamente. Pela milésima vez seguida. Meus olhos doíam demais, e eu me sentia inchada até para abrir os olhos. Meus lábios pareciam os da Angelina Jolie, e minha mente ainda rodava em volta do Alfonso, querendo que ele me sequestrasse no meio da tarde ou jogasse pedrinhas na janela do quarto da Angelique para me ter de volta. Como havia feito na minha casa uma certa vez.



A saudade era enorme, e a dor de não tê-lo mais... Era maior ainda. E assim foi minha quinta feira. Se resumiu em tédio, lágrimas, Angelique aparecendo com filmes de comédia no meio da tarde, e a tia Luma me enchendo de guloseimas dizendo que isso resolveu quando se separou do tio Luciano há alguns anos atrás. Posso dizer que engordei uns dois quilos só de ver o quanto de comida que tinha colocado sobre a mesinha de centro na tentativa de me animar. Aproveitei quase tudo, pois quando ficava triste, queria realmente comer sem pensar no dia seguinte.



A noite lá estava eu na cama tentando dormir. Visualizei todas as linhas redes sociais e me surpreendi quando li o status do Alfonso atualizado.



“Não sou de dizer o que sinto, não choro na frente de ninguém e evito ao máximo reclamar da minha vida. Mas, nada faz sentido sem você aqui.”



Não curti, não comentei, não fiz absolutamente nada. Virei-me para o lado e abri o WhatsApp no celular, segurando uma pequena lágrima que queria escapar dos meus olhos. Havia uma mensagem do Alfonso, que me deixou ainda mais surpresa. Abri sua janela e não aguentei. Acabei chorando outra vez.



“Minha cama está tão vazia sem você, mas acredite, mina, meu coração sem você não tem nada. Está oco, vazio. Um dia sem ouvir a sua voz, não existiu, foi perdido.”



Angelique me consolou aquela noite, até às 4h. Acabei dormindo no meio do choro.



No dia seguinte acordei com algumas vozes no andar de baixo. Eram gargalhadas altas, como se as pessoas tivessem todas embebedadas. Levantei-me da cama, troquei rapidamente e desci para ver o que estava acontecendo. Olhei no relógio da parede, e ainda eram 6h45m, e ainda assim Angelique não estava mais no quarto, e a gargalhada era dela misturada com de um garoto. Pensei que fosse o Cris, mas ao aparecer na cozinha, pude reconhecê-lo bem.



Eduardo, primo da Angelique e meu primeiro namorado. Mais conhecido como Duca, ele foi o garoto com quem tive a primeira relação sexual, mas que havia se mudado para uma cidadezinha de Minas Gerais assim que seus pais se separaram, dando fim ao que tínhamos. Eu o via por fotos no Facebook, mas havíamos perdido um pouco do contato. Eu o via pelas redes sociais da Angelique, porque no começo tinha sido doloroso para mim, então nem quis adicioná-lo em nada que era meu.



Não nego que Eduardo foi um namorado excepcional, e que vê-lo ali na minha frente depois de anos, mexeu um pouco com o meu psicológico, mas não o suficiente para esquecer Alfonso.



Aproximei-me ainda mais, quase adentrando a cozinha, e ele olhou na minha direção, travando o riso quando nosso olhos se encontraram. Seus olhos miravam os meus sem piscar. Havia carinho ali ainda, havia respeito. Esbocei um meio sorriso e ele retribuiu um pouco sem graça, se aproximando de mim lentamente.



-Você.. – disse ele, baixinho – Você não mudou nada. Só está mais loira, baixinha.



Aumentei um pouco mais o sorriso e balancei a minha cabeça negativamente.



- Depois de anos ainda me chama pelo mesmo apelido? – ri – Eu cresci um pouco, vai. Poucos centímetros, mas já é alguma coisa.



Eduardo me puxou pela cintura e me abraçou forte, depositando ali todo o tempo que havia nos afastado, toda a saudade que parecia sentir, e o carinho que ainda não tinha passado. Seus dedos subiram até meus cabelos, e ele colocou para trás, como tinha mania de fazer sempre quando me abraçava. Começando pela franja.



- Algumas manias não mudam, não é? – sorri. Eduardo se afastou devagar e sorriu ao voltar a me encarar.



Seus olhos brilharam como eu me recordava. Toda vez que sorria, parecia sorrir com a alma, e isso era realmente encantador. Lembro que quando namorávamos, eu me perdia em seu sorriso, e até fazia alguma gracinha para ver o brilho que havia em seus olhos. Foram tempos felizes.



- Eu senti tanto a sua falta! – disse ele, acariciando meu rosto – Dói todos os dias, sabia? Sim, ainda dói não te ter mais na minha vida. Dói quando lembro que éramos tudo, e por obra dos meus pais, acabamos por parecer dois estranhos.



Eu fiquei um pouco sem graça, e nem tinha muito como responder aquilo. Fui pega completamente de surpresa, pois do mesmo jeito que havia seguido em frente, pensei que Duca tinha seguido também.



Pensei em lhe falar muitas coisas, e até dizer que o tempo passou e que as coisas para mim, apesar de sentir um enorme carinho por ele, não era nada que nos fizesse ser o que éramos antes, e nem iniciar de onde paramos. Depois de anos, meu coração se tornou de outro alguém, e por mais que Alfonso fosse complicado, esquecê-lo era ainda mais.



Percebendo que eu fiquei sem resposta, Angelique nos interrompeu para mandá-lo subir. Disse que precisava de um banho e descansar para talvez mais tarde almoçar fora. Eu apenas sorrir em agradecimento e fui até a sala, me jogando no sofá para verificar meu celular. Tinha outra mensagem do Alfonso.



“Acha que não merecemos nem uma última conversa?”



Respirei fundo e lhe enviei uma resposta, sem saber ao certo se tinha feito a coisa certa.


........................


O que acharam dessa volta do ex namorado da Any? Será que terá treta por ai? E esses dois que nao se acertam kkkk. 


Comentem, amanhã tem mais.


xoxo.



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Autor(a): anyeponcho

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Alfonso narrando: -Não vou esperar – disse ao Cris, enquanto pegava meu capacete no meu quarto – Dane-se se ela não quer falar comigo, dane-se ainda está emburrada. Ela vai me ouvir, Christian! Nem que for para eu dizer um adeus, mas vai me ouvir até o fim! Meu coração estava completamente disparado, e ficar ali esperan ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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