Fanfics Brasil - Capítulo 96 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 96

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Alfonso narrando:



-Não vou esperar – disse ao Cris, enquanto pegava meu capacete no meu quarto – Dane-se se ela não quer falar comigo, dane-se ainda está emburrada. Ela vai me ouvir, Christian! Nem que for para eu dizer um adeus, mas vai me ouvir até o fim!



Meu coração estava completamente disparado, e ficar ali esperando suas respostas que não chegavam, sentado no sofá ou no meu quarto ouvindo músicas que enterram a pessoa, já não bastavam mais. Não resolviam. Eu queria uma resposta da Anahí, enquanto seus olhos miravam os meus. Queria uma resposta pessoalmente, de pertinho. Queria ver sua sinceridade até se ela dissesse que quer me esquecer, ou se dissesse que o termino era sim definitivo. Queria ver a realidade por trás daquela postura de ferida. Queria vê-la!



Cris ainda tentou evitar. Alegou que talvez não fosse uma boa ideia e que eu poderia me machucar naquela história toda, mas machucado eu já estava, e precisava achar uma solução para o meu coração parar de doer. A única solução, era Anahí, então eu teria de correr atrás dela quantas vezes fossem necessárias.



Para não me deixar dirigir tão nervoso, Cris acabou levando minha moto e me acompanhando até a casa da Angelique. Bom, ele juntaria o útil ao agradável, pois de quebra ainda visitaria sua quase namorada.



Demoramos quase quarenta minutos para chegarmos até a Angelique.


Considerando que eu morava na zona norte e ela na sul, não poderia esperar tempo mais curto. Ainda tinha que agradecer à Deus por não ter pegado trânsito, ou chegaríamos quase na hora do almoço, pois já eram 11 horas. Eu tinha que resolver minha situação para eu ter uma noite bem dormida. Dormir às 8h para acordar à 10:30, não era coisa da minha rotina, e meu corpo inteiro estranhava.



Assim que Cris estacionou a moto, desci rapidamente e toquei a campainha inúmeras vezes seguidas. Cris me deu um tapa na cabeça para que eu parasse, mas eu tentei não me importar, ou descontaria toda minha raiva nele. Minhas pernas estavam vacilando só de imaginar ver a branquinha, e meu coração disparou tão intensamente, que pensei que fosse morrer.



Alguns segundos de agonia, a maçaneta girou, e a Angelique sorriu fraco ao me ver parado em sua porta. Olhou por cima dos meus ombros e sorriu mais largo ao ver o Cris.



- Entrem – com certeza só foi por causa do Cris. Sua expressão ao me ver, não foi das melhores. Isso me fez pensar que se eu estivesse sozinho, Angelique me mandaria voltar outro dia. Apesar de ter sido simpática, eu ainda sentia algo no ar. Alguma coisa parecia estar acontecendo.



Entramos e eu escutei algumas risadas vindo da cozinha. Uma delas era da branquinha, não tinha como negar. Eu reconheceria aquela gargalhada mesmo que em quilômetros de distancia. Eu reconheceria seu sorriso até de olhos vendados. Eu reconheceria Anahí sem olhá-la e nem tocá-la.



Andei em direção à cozinha sem nem perguntar se podia, e vi minha menina rindo com uma mulher um pouco mais velha, enquanto tentavam abrir uma gaveta da pia que parecia emperrada.



- Você é fracote, Anahí! – disse a mulher, rindo – Deixa-me tentar.



A moça tentou, mas também não conseguiu, e quase caiu ao sair com o feixe nas mãos. Anahí curvou seu tronco apoiando-se nos próprios joelhos e riu ainda mais, quase perdendo o fôlego. Confesso que era uma cena admirável, e eu não conseguia parar de mirá-la.



- Tia, você terminou de ferrar a gaveta – disse a branquinha – E agora?



Aproximei-me lentamente ainda sentindo meu coração disparar, e respirei fundo para não gaguejar.



- Posso ajudá-las? – não sei como consegui deixar meu tom de voz tão suave assim.


Ainda me perguntava se Anahí tinha algum poder em seu riso, que soube me deixar levemente mais calmo, mesmo ainda sentindo minhas pernas trêmulas.
Anahí ergueu seu corpo de uma vez só e ficou de costas, atônita. Como se não esperasse por aquilo, ou ainda tentasse descobrir se era sua mente ou a realidade. Toquei sua cintura de leve e a empurrei delicadamente para o lado, para que pudesse me dar passagem.



- Não ferrou nada não – sorri para a mulher, que me olhava sem entender absolutamente nada. –Só um segundo... – enfiei meu dedo no buraco que tinha ficado por causa do feixe, e depois de alguns minutinhos, depois de forçar um pouco... consegui puxá-la – Prontinho.



- Obrigada – a mulher estendeu-me a mão direita e eu apertei, quanto sorria – sou Luma, a mãe da Angelique e da Vitória. Você é?



Olhei para Anahí, mas como ainda não tinha coragem de me encarar, acabei por dizer o que éramos até terça-feira, e o que eu torcia ser novamente ainda naquele dia.



- Sou namorado da Anahí – olhei para Luma – Alfonso.



- Prazer Alfonso – ela sorriu – Vou deixar vocês conversarem, depois volto.



Luma pegou apenas uma tesoura que parecia para aparar as plantas, e saiu em direção ao quintal dos fundos, fechando a porta que ligava a cozinha. Abracei Any por trás e beijei sua nuca, aproveitando que seu cabelo estava preso em um coque. Rocei meu nariz em sua pele e beijei seu ombro.


-Podemos conversar? –sussurrei em seu ouvido – Não dormi essa noite, amor, senti sua falta.




Anahí não disse nada, apenas continuou parada de costas, enquanto parecia ainda assimilar o que estava acontecendo. Encaixei minha cabeça na curva entre seu ombro e pescoço, fazendo-a soltar o ar calmamente, como se seu corpo estivesse se relaxando aos poucos. Beijei seu pescoço e mordi o seu ombro de leve, na intenção de fazê-la ceder, mas ainda não sabia se iria conseguir. Estava quase perdendo a esperança.



- Podemos? – insisti, enquanto ainda distribuía beijos pela extensão de seu pescoço, até parar em sua orelha – Só conversar, tentar nos entender. Você chegou de viagem faz tão pouco tempo, e eu nem te curti direito, branquinha. Quero seu beijo, seu abraço, sua mão na minha nuca, seu corpo no meu... – respirei fundo – Quero você e eu juntos de novo, vida. Por favor...



Anahí não disse nada, era uma coisa que realmente estava me agoniando. Talvez um berro seria bem menos doloroso do que ficar quieta, calada. Ainda contida em meus braços. Meu único consolo é que, ela deixava que eu a abraçasse. Permitia sem me reprimir ou me empurrar. Mas ainda assim eu queria mais. Queria uma palavra, ou uma demonstração de afeto. Queria ao menos ouvir sua voz, nem que fosse para que ela dissesse “você é orgulhoso, Alfonso”. Eu precisava ouvir sua voz, uma resposta que fosse, mas, não ouve nada por cerca de cinco minutos.



- Acho que não quer responder para poder sentir meus carinhos, hein? – brinquei, tentando amenizar o clima. Pensei que ela fosse rir, e ceder um pouquinho. Mas isso também não aconteceu.



Pelo contrário.



Branquinha acabou reagindo, mas não foi como esperei ou desejei. Ela se afastou de mim rapidamente e ficou de frente, me encarando com aqueles olhos lindos azuis, que estavam avermelhados e inchados. Sua expressão era de tristeza profunda, mas ainda assim estava linda, e eu me apaixonei ainda mais naquele momento.



Ficamos nos encarando por alguns minutos, e eu não sabia mais o que falar. Talvez pedir desculpas fosse o começo, mas minha voz sumiu ao olhá-la nos olhos. Três dias sem beijá-la, e eu estava completamente morto de saudade. Fiz menção de me aproximar, mas Anahí recuou um passo, ainda me encarando de maneira indefinida. Fiquei confuso, mas estava disposto a não sair de lá de mãos abanando. Eu queria levá-la embora nem que fosse para apenas permanecer em minha casa até sua raiva passar. Eu precisava tê-la ao meu lado.



- O que foi? – suspirei – Não posso te tocar?



Anahí negou com a cabeça e derramou algumas lágrimas, deixando-me intrigado. Meu coração se apertou só de pensar que não conversar não adiantaria. E eu comecei a temer, novamente. Temer não tê-la mais, temer sair daquela casa sem uma resposta que fosse, para que eu continuasse a ter esperanças.



- O que você veio fazer aqui? Eu mandei a mensagem, Alfonso, eu...



- Eu não quis ver mensagem nenhuma – a interrompi – Eu não aguento mais isso, Anahí. Estou tentando. Estou fazendo de tudo para que volte comigo. Estou com saudades, morto, aliás – dei um passo em sua direção – Quero você de volta, mina! Preciso, entendeu? Preciso de você!



- Estranho – ela sorriu e negou novamente – Você diz que precisa de mim, que me quer de volta... Mas em momento algum admitiu culpa ou me pediu desculpas – cuspiu as palavras, fazendo com que eu me sentisse um otário. Tentei abrir a boca para retrucar, mas ela me interrompeu – Eu admiti minha culpa, Poncho, eu te pedi tantas desculpas, e você nada.



Aproximei-me ainda mais e segurei seu rosto com as duas mãos, forçando a me olhar.



- Quer que eu peça desculpas? Quer que eu admita que tenho culpa nisso tudo?- mordi o cantinho da boca e ela negou com a cabeça – Então me diz, cara... Eu faço qualquer coisa para te ter de volta.



- Não quero que seja uma coisa forçada, Alfonso. Quero que você sinta vontade de dizer, quero que seja verdadeiro. Se disser agora eu não vou acreditar, vai parecer que só estará dizendo para me ter de volta. Eu não quero assim, não desse jeito.
Suas palavras doeram em mim, mas eu tentei ignorá-la para poder tê-la de volta.


Aquilo estava parecendo uma novela mexicana, totalmente sem fim. Mas minha única motivação era pensar que pudesse tê-la de volta no fim daquela conversa, como todas as vezes que brigávamos.



- Eu preciso de você – colei nossas testas – Tenho mil defeitos, mas eu preciso de você!



- Eu também. Acredite – fungou – Não durmo faz dois dias, e eu estou quase surtando sem você, mas precisamos de um tempo. Preciso que você pense nas coisas que disse, no quanto me ofendeu.



Afastei-me dela e bufei, tentando manter a paciência. Bom, considerando que eu não sou tão calmo, estava difícil manter-me tranquilo ao ver que estava perdendo Anahí sem poder fazer nada. Minhas palavras não estavam resolvendo, e isso me desesperou muito. Me senti sem eira e nem beira. Diante de um precipício, pronto ao ser jogado por uma força maior.



Eu estava tentando mudar por ela, e pedia que Anahí levasse isso em consideração. Talvez estivesse mesmo completamente magoada, e quisesse me dar uma lição para que eu me desse conta de que sem ela não era nada. Mas ao contrário do que poderia pensar, eu já sabia disso. Senti na pele todos os dias em que ela esteve em Londres, o quanto eu tentava ser, mas não era nada mais sem ela. Eu funcionava nos trancos, pois sabia que tinha que continuar minha vida mesmo longe dela. Eu só não era de ficar falando e deixar transparecer, mas sentir sua falta e passar as noites em claro mesmo tendo que trabalhar de dia, era rotina sem a branquinha por perto.



- Não brinca com isso, mina – passei a mão no rosto – Vamos para casa, e ai conversamos.



- Alfonso...



- Por favor – a interrompi – Não julga o que tu não sabe, mina, não tenta sentir o que eu estou sentindo. Eu posso ser orgulhoso, idiota, um imbecil, mesmo... Mas não está sendo fácil para mim, também. Eu estou aqui, vida. Inteiro para você, cara, te implorando de volta. Eu não sei o que fazer – me aproximei novamente, e a abracei forte – Eu preciso de você.



Dizer tudo aquilo para mim não era fácil, pois desde que meu pai sumiu, demonstrar sentimentos era complicado. Mas, eu tentava. Tentava porque o medo de perdê-la era maior que qualquer orgulho. Eu tinha pânico só de pensar que enquanto eu dou o tempo que tanto pedia, alguém melhor pudesse aparecer e fazê-la perceber que não valia a pena ficar comigo.



- Eu... – Anahí ia falar alguma coisa, mas fomos interrompidos por alguém entrando na cozina cantando. Olhamos rapidamente na direção da porta, e vi um garoto moreno, alto, com apenas uma bermuda solta e sem camisa.



Olhei para Anahí pedindo uma explicação, e ela o chamou com a mão.



- Poncho esse é o Eduardo. Duca, esse é o Alfonso.



Apertamos nossas mãos, e quando soltei, olhei intrigado para ela novamente. Anahí respirou fundo e me olhou como se quisesse explicar alguma coisa, mas ainda assim não disse nada. Confesso que não estava gostando nada daquilo. Não sabia da onde tinha saído aquele cara, e não sabia nem se queria saber.



O garoto ainda ficou empacado perto de nós dois, como se fizesse a mesma pergunta que eu, como se quisesse saber quem eu era. Olhei novamente para Anahí e ela correspondeu meu olhar, parecendo ler a minha mente. Parecendo saber exatamente o que eu queria dizer.



- Vamos conversar no quarto da Angel? – perguntou ela. O garoto travou a passagem dela assim que Anahí fez menção de se afastar e ergueu suas sobrancelhas como se ela tivesse por obrigação de dizer quem eu era.



Não gostei do modo como a encarava. Não gostei nada de como parecia com o nariz empinado, como se quisesse mandar no mundo.



- Seu namorado, Any? – perguntou ele, fazendo minha raiva ainda aumentar.



Não quis nem pensar na resposta que ela iria dar. Não esperei para ver se iria omitir, mentir ou dizer a verdade. Apressei-me em dizer o que eu ainda queria que fôssemos.



- Sim – respondi por ela.



Anahí me olhou com o cenho franzido, e pegou no meu braço, puxando-me para longe dele. Ainda olhei para trás triunfante, e o garoto apenas sorriu.



- Cuide bem dela, cara. Eu descuidei e a perdi. – respirou fundo, e eu parei de andar na hora.



Como assim?



Virei-me novamente para o garoto e ergui minhas sobrancelhas, tentando interpretar o que ele havia tentado dizer. Anahí ainda tentou pegar no meu braço novamente, mas eu me desvencilhei, aproximando-me do rapaz outra vez.



- Como assim? – perguntei confuso – Você a perdeu?



Eduardo a olhou sorrindo e assentiu.



- Fui o primeiro namorado da Anahí, mas acabei tendo que terminar quando me mudei para Minas – me olhou – Cuida bem dela, Anahí é... Cara...Não tenho palavras para ela. É um tesouro, mesmo...



- Eu sei que é – o interrompi – Preciso que ninguém me diga como tenho que tratá-la, não. Eu sei exatamente como cuidar dela!



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Autor(a): anyeponcho

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Anahí narrando: Peguei no braço do Alfonso e o arrastei até o quarto da Angelique, evitando que aquilo virasse discussão ou algo mais sério. Assim que entramos no quarto, Alfonso se sentou na cama da Angel com toda sua raiva, e eu fechei a porta. Tentei controlar meu nervosismo, coisa que não estava adiantando muito. Eu queria ficar ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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