Fanfics Brasil - Capítulo 98 Os Opostos Se Completam

Fanfic: Os Opostos Se Completam | Tema: AyA Rebelde Opostos


Capítulo: Capítulo 98

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Alfonso narrando:




Aquele dia cheguei em casa soltando fogo por todos os lugares possíveis e imaginários. Não quis conversar com ninguém, e acho que foi melhor nem terem insistido. Do jeito que eu estava, era capaz de descontar toda a minha raiva no primeiro que aparecesse. Sem pensar se a pessoa tinha alguma coisa a ver com isso ou não. Eu simplesmente não estava conseguindo separar. O Cris acabou sentindo na pele o quanto eu estava irado. Acabei descontando nele o caminho todo, xingando por qualquer coisinha mínima que ele fazia com a moto, até mesmo quando parou para uma senhora passar na faixa de pedestre.



Tomei um banho demorado, deixando a água cair nos meus ombros, costas, cabeça, pescoço...Tentando de alguma forma aliviar toda a tensão que eu sentia. Jantei o arroz, feijão com bife da minha mãe que estava uma delícia. Se tinha uma coisa que não me faltava nem nos momentos de mais fúria, era fome. Anahí jamais me tiraria a fome, por mais besteiras que fizesse.



Logo subi novamente, tirei minha bermuda, apaguei a luz e me deitei na cama assistindo um programa qualquer para me distrair. Ainda eram 21h, e no dia seguinte eu não trabalharia, mas não queria ficar na sala e forçar sorrisos para não me perguntarem o que eu tinha. Não fazia meu gênero ter de fingir gentileza. Era melhor mesmo me isolar.
Fiquei horas zapeando os canais a toa, até minha mãe entrar no quarto por volta das 23h50m. Fechou a porta e sentou ao meu lado. Eu sabia que iria perguntar alguma coisa sobre Anahí, e foi só ela me lançar aquele olhar de “meu filho, eu sinto a sua dor”, que eu cai em um choro profundo, desejando abrir meus olhos e encontrar minha branquinha ao meu lado dizendo que era apenas uma brincadeira. Talvez para testar o livre-arbítrio como quando a pedi em namoro.



-Quer desabafar, amor? – perguntou em tom suave, enquanto acariciava minha perna.



- Mãe, eu preciso dela, ta ligada? Eu preciso da branquinha como precisei do pai quando saiu de casa. Mas ela não me quer, assim como o pai não quis – desabafei de uma vez, e minha mãe me abraçou forte, depositando toda aquela segurança de pai naquele ato.



- Tenho certeza que não é como seu pai, amor. A Anahí te ama, só está magoada. Tenta se colocar no lugar dela, filho... Ela te pediu desculpas e você agiu como uma criança mimada, orgulhoso. Não a desculpando e ainda a magoou na frente dos amigos de vocês.



- Ela também está agindo assim, mãe. Eu implorei – pausei – Implorei para que ela voltasse, e não resolveu. Eu repeti inúmeras vezes que eu a queria de volta, e tudo o que ganhei foi seu desprezo. Foi ela me mandando ir embora.



Minha mãe foi imparcial, se colocou no lugar de nós dois e me fez perceber que ambos estávamos errados, mas que eu já tinha admitido, e Anahí parecia querer algo mais de mim. Talvez ela tivesse com medo, mas eu também tinha. Nós dois tínhamos motivos para isso, por causa dos nossos pais, mas quando a pedi de volta e implorei para que ficasse comigo, eu estava pedindo de coração. Querendo-a com toda a minha alma.



-Não chora mais, meu anjo – ergueu meu rosto, limpando-o com os polegares. Está me doendo te ver assim. Vocês são dois turrões, sabia? Estão jogando a felicidade fora por causa de outras pessoas.



Eu sabia disso, mas Anahí estava centrada demais em me manter distante de sua vida. Acho que nem percebeu que estava fazendo exatamente o que Alicia queria. Estava nos separando por bobeira.



- Eu sinto falta dela, mãe – funguei – A senhora sabe que sou orgulhoso, mas se eu tivesse certeza de que dessa vez ela voltaria, iria à casa de Angelique agora, de madrugada. Não quero passar o Ano Novo sem ela, e nem ficar fora do primeiro aniversário. Eu preciso dela, mãe. Muito. Já ficamos tantos meses separados, chega, né?



Minha mãe ficou comigo até por volta das 2h. Como não trabalharia no dia seguinte, ficamos conversando e assistindo um filme até nossas pálpebras pesarem. Acabei me distraindo de certa forma, mas não completamente. Eu ainda precisava da Anahí para me sentir completo novamente.


Anahí narrando:



Com muito custo, acabei dormindo como não acontecia havia dois dias. Não dormir bem, porque a culpa do que tinha feito, estava caindo sobre os meus ombros, mas pelo menos um pouco, consegui me distrair do mundo confuso em que me coloquei.



Acordei no dia seguinte antes mesmo da tia Lima, que era a primeira. Como estavam todos de férias, ainda dormiriam no mínimo até 11h. a empregada e amiga da família, Leda, estava passando roupa na cozinha, enquanto assistia a pequena televisão branca que tinha em cima do armário.



-Bom dia – disse, assim que adentrei a cozinha. Dei um beijo em seu rosto que sorriu docemente, retribuindo com o enorme carinho de sempre.



- Bom dia – disse Leda – Tem uma moça querendo falar contigo, Any. Ela está ocupando o banheiro.



Eu estranhei completamente. Não estava esperando ninguém aquele horário, e se não conhecesse minha mãe, poderia até pensar que fosse ela. Mas, dona Regina jamais sairia aquela hora da manhã atrás de sua filha. Talvez para cuidar dos cabelos, mas matar as saudades...



Sentei-me no sofá e esperei alguns minutos, até que a tal moça saiu do banheiro. Ruth com seu sorriso doce e olhos atentos, caminhou até mim lentamente e eu me levantei para abraça-la. Aquele abraço dela era a coisa mais deliciosa. Abraço de mãe como sempre. Abraço acolhedor, onde toda a sua fúria se acalma.



- Tudo bem, minha linda? – deu-me um beijo no rosto, e se afastou o suficiente para me olhar – podemos conversar um momento?



- Tudo, graças a Deus e a senhora? – respondi, temendo pela segunda pergunta – Podemos, claro. Sente-se, por favor.



Ruth me observou por alguns instantes, como se tentasse encontrar as palavras certas. Eu sabia que algo tinha a ver com o Alfonso, e já sentia um frio enorme no estômago, só de imaginar o que seria.



- Eu não quero ser invasiva, mas preciso dizer algumas coisas que penso sobre você e o Alfonso – pausou, e eu encolhi os dedos das minhas mãos, escondendo o tremor que estava sentindo – Eu sei que vocês tem o motivo de vocês, mas me colocando no lugar de ambos, vou falar o que penso. Eu já falei para ele ontem, e vou dizer a você – pausou- Any, a vida é curta. Você terminou, pediu desculpas e ele agiu orgulhoso. Ai ele pede desculpas e você age com o orgulho ferido, com a intenção de fazê-lo sentir o que você sentiu. Eu entendo seu lado, e sei que ficou magoada pelas atitudes dele, mas meu filho não é de correr atrás desse jeito, amor. Conheço bem ele. Se veio até aqui e te pediu para voltar, é porque realmente te ama. E eu sei disso, porque fui eu que o consolei ontem quando estava arrasado e te pedindo de volta. Dizendo que estava se sentindo abandonado novamente, como se sentiu quando o pai foi embora. Foi doloroso ouvir que ele precisava de você, mas que não o queria mais – suspirou – Alfonso chegou a dizer que se tivesse certeza de que você voltaria, viria aqui de madrugada te buscar. Te implorar para voltar – disse, fazendo o meu coração doer muito – Meu filho tem mil defeitos, Any, mas ele te ama. Eu jamais o vi daquele jeito antes. Não o vi tão vulnerável nem quando o meu ex-marido foi embora. Naquela época, com 13 anos, ele agiu com maturidade, sabe? Como homem, mesmo. E ontem ele parecia um menino indefeso. Parecia ter a idade do Miguel desejando apenas uma pessoa ao seu lado – acariciou meu rosto – Você está sofrendo aqui, ele lá em casa. Depois de tudo o que passaram, tudo o que enfrentaram para estar juntos, não acha que já chega? – sorriu – Alfonso disse que queria passar o Ano Novo com você, e o seu aniversário. Vamos para casa, amor, conversa com ele.



Tudo o que Ruth havia dito, mexeu comigo de maneira profunda. Me senti burra, idiota, imbecil, orgulhosa, e talvez até um pouco infantil por tudo que tinha feito Alfonso passar. Não tinha como imaginá-lo chorando tanto como ela dizia. Ainda mais ele que sempre foi tão cheio de si. Vê-lo fraco por causa de uma garota era no mínimo de se estranhar. Meus olhos encheram de lágrimas durante toda a conversa. Eu sabia que Ruth não queria me magoar, apenas me fazer enxergar que estava errada, mas eu me senti mal.



- Eu não queria fazê-lo sofrer, Ruth. Estou confusa, entende? Magoada. Talvez por causa do meu pai, também – abaixei a cabeça, ainda me sentindo fracassada. Eu queria poder estar com o Alfonso sim, mas a vontade de que ele sentisse o que eu senti, era maior.



- Se entenda com ele, minha querida. Se está sofrendo assim, imagina se perde-lo de vez? – entortou os lábios – Eu conheço meu filho, Any, sei que não vai correr atrás de ti sempre. Se colocar na cabeça que não quer mais, ele não vai querer. Você o ama, não deixa o orgulho atrapalhar isso. Vai acabar perdendo Poncho, amor.



Perder Alfonso me apavorava, mas eu já tinha de certa forma jogado tudo para os ares. O neguei tanto, que dava medo de que agora ele não me quisesse. Apesar das coisas que Ruth disse, eu sabia que ele era orgulhoso o suficiente para não me querer e ainda mentir que tivesse dito tudo aquilo.



Respirei fundo, sentindo-me culpada por tudo, e meu estômago embrulhar. As coisas haviam saído tanto do meu controle, que naquele momento eu queria correr para tentar cegar à alguma saída. Chegar a algum lugar que eu realmente fosse feliz, e esquecer os meus problemas.



Fiquei sem ter argumentos para seu pedido, e comecei a me lembrar tudo que tínhamos vivido. Apesar dos momentos tristes como todas as vezes que ele rompeu nossa ficada, ou quando não quis me deixar ficar com ele depois que fugi do aeroporto justamente para isso...Havíamos passado muitas outras coisas felizes. Tantas, que até ocultavam as inúmeras vezes que chorei por sua causa. Meu coração acelerou só de imaginar seu sorriso, seus beijos e a sua mania de me chamar de branquinha. Imaginei como seria estar em seus braços novamente, matando a imensa saudade que estávamos um do outro. Eu não tinha mais como fugir. Eu amava o Alfonso e aquela situação poderia ser muito mais fácil se assumíssemos nossos erros de uma vez por todas e nos entendêssemos. Talvez estivéssemos complicando algo simples, e deixando nossa felicidade escapar pelos nossos dedos sem nem nos tocarmos.



- Vamos, amor? – perguntou, enquanto segurava a minha mão – Tenho certeza que o Alfonso vai amar te ver por lá. Amar saber que está de volta em sua vida.



Suas palavras me deixou eufórica. Eu só conseguia pensar em pegar minhas coisas e sumi com Ruth para a zona norte, encontrar meu menino. Acho que no fundo era isso que precisava, de um empurrãozinho para ver que ficar com ele, mesmo que às vezes fosse grosso ou orgulhoso, era bem melhor do que ficar sem ele.



- Vamos – curvei-me por cima da Ruth, e enchi seu rosto de beijos – Obrigada, Ruth! Acho que precisava de um apoio. Obrigada, mesmo!



- Não precisa agradecer, querida – sorriu – Mas, vamos lá. Troque de roupa e vamos, depois você volta para pegar suas coisas.



Subi feito um furacão até o quarto da Angelique, e coloquei a primeira roupa que encontrei por cima das minhas coisas. Nem penteei o cabelo, e calcei apenas meus chinelos, mesmo, para ser mais rápida. Prendi meus cabelos em um coque desleixado e desci rapidamente. Ruth se levantou, e caminhamos até a porta. Deixei o recado com Leda, para avisar Angelique para onde tinha ido. Nos despedimos dela e fomos embora.



Ficar no ponto de ônibus esperando-o, foi a maior tortura. Cada um que passava e não nos levava até a casa do Poncho, quebrava meu coração. A espera era imensa e eu estava completamente impaciente. Ruth conversava comigo no intuito de me acalmar, mas eu mal prestava atenção. Estava com medo de que meu maluquinho saísse de casa para fumar e encontrasse alguma garota para cessar sua carência, ou até mesmo Maite que estava por perto.



Meia hora depois chegou o ônibus que queríamos, e mais meia hora para chegarmos até o ponto na rua de cima de sua casa. Ruth se despediu de mim antes de virarmos sua rua, dizendo que tinha uma coisa a fazer. Não perguntei o que era, apenas me despedi e corri para encontrar meu amor. Ela havia me entregado a chave, e eu rapidamente abri, mesmo com as mãos trêmulas. Tranquei e fui até a porta. Destranquei, entrei e tranquei novamente, deixando a chave na fechadura. Subi as escadas como um foguete, e a cada degrau, sentia meu coração disparar de forma brusca, fazendo-me ter falta de ar. Abri a porta e soltei o ar dos pulmões, o observando de longe. A fechei, tranquei e caminhei até a cama devagar para não fazer barulho. Tirei os chinelos e mordi o lábio inferior.



Alfonso estava de bruços, com o rosto virado para a janela. Tirei o lençol de seu corpo e neguei com a cabeça ao vê-lo somente de cueca vermelha. Deitei-me por cima dele e beijei seu nuca, fazendo-o encolher o pescoço.



- Hum – murmurou, suspirando logo em seguida. Não sei se já imaginava ser eu, mas ainda não havia aberto os olhos.



- Vidinha – mordi seu pescoço – Me desculpa. Eu deveria ter voltado ontem, mas... – suspirei – Estava com medo. Eu estou meio perdida com os últimos acontecimentos, mas fico ainda mais perdida sem você!



Seus olhos se abriram, mas ele não se moveu. Continuou olhando distante, como se tivesse pensando, ou assimilando se era sonho ou realidade.



- É um sonho isso? – perguntou, olhando-me de lado – Se eu me mexer, tu some?



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Autor(a): anyeponcho

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Alfonso narrando: Ver Anahí ali colocou minha sanidade em dúvida realmente. Eu havia sonhado tanto com ela naquela noite, aparecendo de várias maneiras e me pedindo para voltar, que eu já não sabia definir se era sonho ou realidade ela estar deitada em minhas costas, distribuindo beijos pelo meu pescoço. Meu coração es ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 246



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  • degomes Postado em 16/08/2019 - 07:06:00

    Contínua 🙏

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:29:34

      Continuei =)

  • AnaCarolina Postado em 11/08/2019 - 18:54:57

    Mas como assim gente? Me diz que esse exame foi alterado

    • anyeponcho Postado em 27/08/2019 - 11:30:28

      Será? Vamos saber o que aconteceu daqui a alguns capítulos... Só digo uma coisa: a história é AyA, então....

  • AnaCarolina Postado em 30/07/2019 - 09:17:33

    Aaaaah esse momento é todinho meeeeu Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:52:08

      =) Foi pequenininho o poste, mas, mais tarde tem mais ;)

  • luananevess Postado em 28/07/2019 - 21:35:41

    Continua

    • anyeponcho Postado em 04/08/2019 - 16:51:23

      Continuando.... =)

  • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:16

    Continuada <3

    • anyeponcho Postado em 18/07/2019 - 23:37:48

      Postei 2 vezes hoje &#128512;

    • AnaCarolina Postado em 07/07/2019 - 22:19:44

      Continua* hehehe

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 18:36:10

    Caramba, que merda! Não vejo a hora de tudo se resolver de vez :'(

    • anyeponcho Postado em 14/06/2019 - 17:07:20

      Eu também :) Mas, infelizmente vai demorar um pouquinho pra acontecer

  • AnaCarolina Postado em 10/06/2019 - 13:59:58

    Oláaaa já já vou ler os capítulos e volto pra comentar <3

  • AnaCarolina Postado em 04/05/2019 - 00:05:27

    Cadê você?

    • anyeponcho Postado em 14/05/2019 - 20:49:51

      Volteiiiii!!! Passei por uns momentos ruins, mais agora estou de volta =)

  • AnaCarolina Postado em 09/04/2019 - 21:51:48

    Tadinha da Mai :(

  • AnaCarolina Postado em 31/03/2019 - 22:43:19

    Que bom que apesar de tudo o Ricardo entendeu e não demitiu ele... Continua


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