Pov Dul

Dul: Obrigada Any, você foi um anjo que apareceu em minha vida (ela sorri pra mim enxugando as minhas lágrimas). Ah, meu Deus (alei e comecei a chorar de felicidade e disse). Eu ainda vou ter o bebê.

Any: Sim amiga, você vai (ela disse já chorando como eu, mas depois e tentei me controlar, mas eu simplesmente não conseguia parar de chorar, estava muito feliz, queria ver o Ucker, precisava ver ele e então abri um sorriso e a Any me olha sorrindo e diz). Que carinha feliz é essa?.

Dul: O Ucker está aqui no hospital? (ela apenas balançando a cabeça em confirmação segurando minha mão entre as suas, enquanto as lágrimas desciam pelos nossos rostos e então ela respira fundo e diz).

Any: Você quer que eu chame Ucker? (ela perguntou e eu a olhei). Ele está em cirurgia, mas ele pediu que eu avisasse se você acordasse. Ele não sai muito daqui desde que você entrou neste quarto.

Dul: Não (respondi respirando fundo e digo). Não eu preciso de um tempo (pra processar tudo isso, mas quando ele acabar a cirurgia peça ele pra vir aqui.

Any: Tudo bem (ela disse e se levantou, enxugando as lágrimas). Me chame se precisar (dei um meio sorriso e ela saiu do quarto. Passei a mão que estava livre de agulhas pelo rosto e comecei a chorar. Eu me sentia feliz apesar de tudo, pois ainda tinha meu bebê comigo e por isso prometo a mim mesma, que vou me cuidar e não vou fazer muito esforço e vou ser uma ótima mãe pra esse bebê, e então levei a mão a minha barriga e senti que ela já tinha um leve protuberância, mas claro eu já estava com 4 meses, sorri pra mim mesma ao meio das lagrimas eu me sentia feliz, pois não havia perdido o meu bebê e ainda iria ser mãe de um filho do homem que eu amo e que me ama, eu estava completa. Mas o estranho que pensar nisso causava um aperto horrível em meu peito, me fazendo chorar ainda mais. Eu me sentia sufocada, angustiada, sozinha, com medo. Eu queria levantar daquela cama e sair correndo sem nem sequer olhar para trás. Eu queria ver o Ucker novamente. Eu precisava dele. Mas eu não sabia se conseguiria olhá-lo sem começar a chorar ou achar que o mundo estava contra mim. Talvez estivesse e isso fosse um castigo por me envolver com alguém depois de tudo o que me aconteceu no passado. Ou fosse aquela coisa que eu ouvi alguém sussurrando pelos corredores de que aquele hospital era amaldiçoado e quem começava a trabalhar lá, perdia coisas. Ou bebês, mas isso eu não perdi, mas ainda tinha o fato que eu podia ter perdido as minhas razões para continuar vivendo. Fiquei ali pensando em tudo e acabei adormecendo ao meio desses pensamentos. Já se passavam das seis da tarde e eu encarava a chuva pela janela. Eu estava entorpecida, sentindo como se o mundo desenrolasse devagar em volta de mim, como se o tic-tac do relógio estivesse em câmera lenta e o único gasto de energia que eu tinha era pra manter meus olhos abertos. Ouvi o barulho da porta sendo aberta e a olhei, vendo o Ucker parado lá, ofegante, enquanto segurava a maçaneta, me encarando. Todo o meu pré-preparo psicológico para não chorar ao vê-lo foi por água abaixo assim que eu o vi.

Dul: Ucker (sussurrei e comecei a chorar. Ele fechou a porta e andou até mim, também começando a chorar, deitando-se na cama ao meu lado). E não o perdi). Falei enquanto ele me puxava para seus braços). Eu não perdi o nosso bebê (sussurrei em meio ao choro e ele beijou minha cabeça e disse sorrindo ao meio as lagrimas).

Ucker: Sim meu amor, você não o perdeu, vocês foram fortes e voltaram pra mim (ele disse e suspirou, me abraçando mais forte). Eu vou cuidar e proteger vocês de agora em diante e não vou deixar nada acontecer com vocês (sorrio pra ele e digo)

Dul: Eu não sei o que fazer (sussurrei o encarando e disse). Eu não sei porque nós dois ainda continuamos aqui e... (ele me interrompe e diz)

Continuaaaaaaa....