Pov Dul

Alguns dias depois a Any entra em meu quarto sorrindo e então retribuo o sorriso e digo

Dul: Posso ir embora agora?

Any: Você vai embora hoje à tarde (ela respondeu e eu sorri, forçadamente).

Dul: Amém. E Any, obrigada por tudo, mesmo ela sorriu e piscou para mim, saindo do quarto. Eu me virei na cama, encarando a janela, como eu fazia todo dia. Na verdade, esses dias serviram para muitas coisas. Em termos de reflexão, é claro. Eu ficava olhando as pessoas perambulando pelos corredores e pensando em como seria a vida delas, ou se elas perderam coisas para chegarem onde estão. Derek havia mandado o psicólogo vir até meu quarto já que eu me recusava a ir nas consultas que o Ucker marcava. Está bem eu confesso que, de certo modo, as consultas ajudavam. Eu estava começando a me permitir entender as coisas. Eu estava começando a me permitir entender que eu perdi coisas e que eu precisava lidar com isso, e podia ser agora, e que agora eu tinha uma vida dentro de mim que precisava de mim bem então, porque não? Eu perdi coisas irreparáveis, como minha família, meu projeto, alguns amigos que me faziam feliz, mas não havia perdido o meu bebê que agora era o que mais me importava nessa vida, ele e o Ucker, seriam meu enfoque, o suporte, os meus portos seguros e minha estrutura e até então, eu me recusava a pensar nisso. Era como uma ferida que não iria cicatrizar e eu não sabia como cuidar dela. Ninguém sabia. Vi o Ucker entrar no quarto com seu almoço, se sentando na poltrona depois de puxá-la para perto de minha cama). Como vai o dia? (perguntei enquanto ele me olhava).

Ucker: Tudo bem (ele disse e sorriu. Seu rosto se iluminava de um jeito leve e hipnotizante, e, sim, eu podia olhá-lo o dia todo).

Dul: Sério, como vai a venda do hospital? (Ele remexeu na comida e me olhou, suspirando).

Ucker: Eles, ou melhor, essa mulher que não sai do meu pé está analisando cada setor do hospital. Eles vão fechar o pronto-socorro.

Dul: E eles podem fazer isso?

Ucker: Podem (fiz uma careta e me recostei na cama, olhando para o teto). Quer almoçar comigo? (ele disse e eu sorri pra ele e disse).

Dul: Eu nunca diria não, ainda mais agora que temos alguém aqui que precisa ser alimentado e as enfermeiras não trouxeram o nosso almoço ainda (falei e ele sorriu de volta, beijando minha barriga e disse)

Ucker: Ei campeão estão matando você e a mamãe de fome é? (sorrio com essa linda cena e então ele me olhe sorrindo pra mim e então dividi o seu almoço comigo. À tarde, ele me levou de volta para casa e voltou correndo para o hospital. Eram cerca de nove horas da noite e eu estava assistindo, Grey Anatomy e usando um roupão por cima do pijama quando ouvi batidas na porta. A destranquei e a abri, esperando ver o Ucker, mas me deparei com Bel, Mai, Any Poncho e Fercho).

Dul: Oi? (alei e eles me olharam).

Poncho: Podemos entrar? (ele perguntou e eu dei espaço para eles entrarem. As duas crianças ficaram brincando no sofá e eu escutava atenciosamente todos os detalhes que eles me contavam).

Continuaaaaaaaaaaa....