Pov Dul

Dul: Espera (eu disse surpresa). Então vocês querem comprar o hospital porque ele vai ser vendido e desmontado?

Fercho: Sim (ele disse suspirando e continuou). Precisamos de todo o dinheiro que conseguimos.

Dul: E o dinheiro que nós temos é suficiente?

Bel: Não, mas nós podemos tentar conseguir algum apoio.

Dul: Vocês têm ideia do que estão prestes a fazer, não tem? Vamos ter que dirigir um hospital e realizar cirurgias e… (a Mai me corta e diz)

Mai: O Derek e o Ucker podem dar conta disso.

Dul: Falando nisso, Ucker sabe disso tudo? Pelo menos de que o hospital vai ser desmontado?

Bel: Não (ela disse apressadamente e continuou). E nós precisamos que você não conte nada para ele pelo menos por enquanto.

Dul: Minha nossa (falei chocada e então continue). Isso é loucura. Totalmente loucura. Mas eu topo.

Any: Perfeito (ela disse e todos vibraram).

Poncho: Amanhã nós vamos nos encontrar com um advogado, precisamos de você lá.

Dul: Não posso fazer muito esforço ainda e tenho que ver como farei pra poder sair sem que o Ucker saiba, pois agora que preciso de cuidados ele não vai sair do meu pê, mas farei um esforço e estarei lá.

Poncho: Obrigado (ele disse com um sorriso estampado no rosto. Eles continuaram ali por mais algum tempo, me explicando detalhes que eu precisava saber sobre a compra e o processo. Eu não quero implicar, mas eu tinha uma noção básica dessas coisas e eu sabia que não era só chegar lá e dizer “oi, eu quero comprar este hospital”. Tinham muito mais coisas envolvidas. Coisas que eu não sei se eles sabem. São inúmeros desafios e, pelo o que o Poncho me mostrou, nós precisávamos de muito mais dinheiro do que já tínhamos. Uma quantia quase que astronômica que eu não sei se conseguiríamos. Quando eles saíram, fiquei sentada no braço do sofá enquanto fitava o chão, digerindo tudo o que eles haviam me falado. Então, o Ucker não fazia ideia que estava sendo enganado e eu não podia contar para ele para que não houvesse nenhum empecilho no nosso plano. Ele estava sobrecarregado e eu via isso na expressão dele. Ele se esforçava para dar o seu melhor e mesmo assim era enganado. A porta foi destrancada e ele surgiu. Vi ele tirar seu casaco e pendurar perto da porta, tirando seus sapatos em seguida. Ele me olhou e eu estendi meus braços para ele que andou até mim, Ele se aproximou e eu fechei meus olhos, o sentindo me envolver em um abraço aconchegante, permitindo que seu cheiro inebriante tomasse conta do lugar. Enquanto jantávamos, ele evitou falar sobre o hospital e eu também procurei não tocar no assunto. Assistimos a um filme e logo fomos dormir, mas eu não consegui pegar no sono nem uma vez. Eu estava deitada, virada de lado o olhando dormir serenamente. Eu não podia contá-lo sobre nada, mas saber que ele estava sendo enganado me deixava extremamente culpada. Eu sabia que a onda de coisas ruins só estava começando e que a tendência era só piorar. Aliás, eu até tinha ouvido algumas enfermeiras comentando sobre atrasos de salário e más condições de trabalho, o que resultava em uma revolta coletiva. Sim, as coisas iriam mudar, e isso não indicava boas energias. Pelo contrário, a sensação de ansiedade e angústia só aumentava. Era como se eu quisesse fazer alguma coisa, mas eu nem sabia por onde começar, ou como fazer. O Ucker se remexeu na cama e eu peguei sua mão, a entrelaçando com a minha. Apoiei-me em seu peito e me aproximei de seu rosto).

Dul: BB (sussurrei e ouvi ele gemer em resposta). Nos amamos você (coloquei minha mão livre na barriga e a acariciei e senti seus braços envolverem minha cintura e me puxar para mais perto, voltando a dormir novamente. Deitei minha cabeça em seu peito e fechei meus olhos, na esperança de que o sono finalmente chegasse, na esperança de esquecer dessa bola de neve que meus colegas me trouxeram por apenas cinco minutos.

Continuaaaaaaaaaa....