Pov Dul

Dul: Estou atrasada? (perguntei assim que me aproximei o suficiente dela).

Any: Nem um pouco (ela disse e sorriu pra mim e perguntou). Como vai?

Dul: Bem (falei sorrindo e continuei). Estou bem e antes que pergunte o Mattizinho também está bem (disse tocando a minha barriga e acariciando ela sorriu pra mim e eu disse). Podemos entrar? (eu disse e já andei na da porta, mas ela esticou o braço, me fazendo parar. A olhei com uma sobrancelha erguida e ela me olhou de volta).

Any: Para evitar atitudes inesperadas e constrangimentos precoces, eu decidi te esperar aqui fora pra te avisar que a Meredith e a Ludwika também estão aqui.

Dul: O quê? (falei sentindo um frio no estômago). Por que? A Ludwika não havia ido embora depois do que fez comigo e a Meredith não havia ido embora depois de tudo o que aconteceu?

Any: Sim (ela disse suspirando). Mas ontem à noite elas apareceram no hospital e a Ludwika disse que vai ficar e que não se arrepende do que fez e a Meredith disse que não pode deixar o hospital que o pai lutou tanto pra construir vá por água abaixo e ambas estão dispostas a nós ajudar.

Dul: Ontem? (perguntei, tentando não associar a “emergência” de Ucker com a volta delas).

Any: É (ela disse me encarando). Então, tudo bem?

Dul: E porque não estaria? (ela assentiu e abriu a porta. Todos já aguardavam pelo advogado. Estavam lá apenas Poncho, Mai, Bel, Ludwika e Meredith. Assim que entrei, senti os olhares da Ludwika e da Meredith sobre mim, mas eu apenas as ignorei, a olhando por segundos antes de me sentar ao lado de Poncho, que me cumprimentou com um “bom dia” em sussurro. A Any se sentou ao lado do Poncho e a Bel se sentou ao meu lado e eu suspirei, desejando que o bendito advogado chegasse de uma vez e aquele maldito clima acabasse logo. O advogado chegou cerca de cinco minutos depois e explicou todas as complicações e atitudes que devíamos tomar. A reunião durou cerca de quarenta minutos e, depois dela, eu, Any e Bel fomos até um café que havia ali na região. Nós nos sentamos em uma mesa ao canto do café, ao lado de algumas plantas, mais afastadas do resto dos clientes que estavam ali. Nós duas pedimos um cappuccino e alguns biscoitos amanteigados para acompanhar. A olhei e perguntei). Como andam as coisas lá no hospital? (perguntei depois que Any ficou contando como a Mia e o Miguel haviam crescido e de como eles estavam bonitos).

Bel: Não vou mentir, o BB está fazendo o possível, mas aquilo está um caos. Ele precisou cortar gastos e isso gerou uma revolta das enfermeiras, que não aceitaram bem as condições de trabalho. Vários médicos de lá já estão mandando currículos para outros hospitais. Além de claro, fecharem o PS.

Dul: Mas não tem como cortar gastos de todos os setores e manter o OS aberto?

Any: Derek e Mai fizeram justamente isso, mas parece que os compradores não querem que o PS continue aberto, então não há o que fazer.

Dul: Ah (suspirei). E o que aconteceu hoje?

Bel: Hoje? (ela perguntou sem entender).

Dul: É, o Ucker saiu bem cedo e disse que tinha uma emergência.

Bel: Não aconteceu nada (ela respondeu pensativa e disse). Eu mesma estava de plantão e não vi nada emergencial lá (assenti e dei um leve sorriso, tomando um gole do meu café. Eu, Any e Mai continuamos conversando por mais algum tempo e ela me levou até em casa. Quando abri a porta, o Ucker estava lá).

Continuaaaaaaaaa....