Pov Dul

Eu estava no carro com Bel e Mai. Elas haviam vindo até meu apartamento para que nós fôssemos até o hospital. Eu não compareci à reunião desta manhã por motivos de: cansaço e mal estar. Como eu disse, passei a noite acordada e provavelmente dormiria em qualquer reunião que durasse mais que dois minutos. Bom, o motivo para que nós fôssemos até o hospital era que a nossa tentativa de compra estava complicando cada vez mais, ao contrário da venda do hospital, que estava quase fechada. O advogado sugeriu que para que a venda demorasse mais, nós pedíssemos uma “falsa demissão” até que a nossa compra tivesse êxito. Nós entramos no hospital e subimos o mais depressa possível para a sala de reuniões, onde Meredith, Ludwika, Poncho, Fercho e Any já nos aguardavam do lado de fora da porta. Poncho assentiu assim que nos viu e abriu a porta da sala de reuniões, onde o Ucker estava reunido com os compradores.

Ucker: O que…? (ele perguntou, visivelmente confuso, assim que entramos na sala).

Poncho: Eu me demito (ele disse, seguido da Any, Mai, Fercho, Bel, Ludwika, somente a Meredith que não, e pelo que as meninas me falaram no carro ela não renovou o seu contrato, por isso continuava demitida, pois estava aqui somente pra nos ajudar com a compra do hospital, pois não queria que o hospital que o pai lutou tanto pra criar, fosse demolido e fosse feita outra coisa no local. Quando chegou a minha vez, o Ucker me olhou, abismado e eu suspirei, o encarando).

Dul: Eu me demito (falei e percebi a decepção tomando conta do seu olhar. Me virei e saí da sala, seguida pelos outros). Eu espero que isso dê certo (comentei suspirando).

Poncho: Vamos falar com um doador hoje (ele disse suspirando e continuou). Ele é a nossa última chance (assenti e segui na direção do elevador. Bel me levou novamente até em casa, onde eu passei o dia todo sentada no sofá, fitando a parede na esperança que tudo fizesse sentido em algum momento, ou que, talvez, tudo aquilo fosse um pesadelo. Sabe, eu tinha uma vida boa antes de começar a trabalhar naquele hospital. Eu tinha um Harper Avery. Eu tinha uma fama excelente no meu ramo. Eu era uma boa cirurgiã e nada me tirava isso. Mas, depois que eu entrei naquele hospital, as coisas mudaram, pra pior. Eu perdi meu irmão. Eu perdi uma pesquisa inigualável para uma mísera residente. Eu fui rendida por um atirador ao entrar em uma sala de operação. Eu sofri um acidente de avião. Eu quase perdi o meu bebê. Eu estivesse beirando à morte e, agora, toda vez que eu pensava na possibilidade de voltar a operar, meu estômago gelava, e eu tinha medo que minha carreira tivesse acabado ali mesmo. Eu havia acabado de tomar banho e o relógio indicava que eram quase dez horas da noite. Eu estava lendo alguns artigos que eu havia acabado de imprimir encostada na bancada quando a porta foi aberta abruptamente e eu vi o Ucker entrar).

Continuaaaaaaa....