Fanfic: 《• ↬ First Love ♡ Kim Taehyung ↫ •》 | Tema: imagine, longfic, fuffly, Kim Taehyung, BTS, V, music, colégio, romance, ficção adolescente
Meus pais haviam estranhado quando cheguei com ele ao meu lado, mas ao verem o estado do meu pé e pedirem milhões de desculpas por aquilo e me perguntarem se eu estava — e ficaria — bem, eles agradeceram ao Kim Taehyung e logo voltaram-se para mim, com os olhos cheios de lágrimas, enquanto eu tentava não chorar mais do que já havia chorado antes, porque eu não queria que ele — Taehyung — me visse chorar.
Depois de um longo tempo onde me fizeram prometer que eu faria tudo o que eles haviam ditado durante as duas semanas que decidiram viajar, meu pai entrou no carro e minha mãe já estava com os olhos inchados e o rosto banhado de lágrimas.
— Tem mesmo certeza de que não quer ir? — Ela indagou enquanto me dava mais um abraço apertado e eu suspirei.
— Tenho. Você sabe que preciso continuar aqui, é meu último ano. — Sussurrei e ela assentiu aos soluços.
Beijou minha testa e me fitou por um longo minuto, disse mais de três vezes que me amava muito e então ela também entrou no automóvel, sendo abraçada por meu pai enquanto eu acenava para os dois, com o choro entalado em minha garganta.
Observei o táxi se afastar levando-os para longe e tentei ao máximo não chorar, não com Kim Taehyung ao meu lado. Porém, os meus lábios trêmulos e a ponta do meu nariz mais vermelho do que o normal, demonstravam o quanto eu estava abalada. Ele parou a minha frente e eu me perguntei se ele era um anjo, porque seu cabelo liso castanho escuro caindo em cascata em sua testa, me faziam crer que sim.
— Eles vão ficar muito tempo fora? — Perguntou e eu senti o nó em minha garganta e o engoli, mandando-o de volta para o meu estomago.
Observei a fachada do prédio onde morávamos e que agora, eu passaria a morar sozinha. Meu lábio tremeu novamente e eu o mordisquei, porque só assim o pararia.
Eu teria que morar sozinha. A ficha parecia estar caindo ainda aos poucos. Sabia que tinha JB, mas ele estava ocupado demais com seus projetos e vinha me ver raras vezes. Estava animado agora que parecia que iria dar certo com um projeto chamado JJ e eu estava feliz por ele. Não queria atrapalhá-lo. Tinha meus avós também, mas eles moravam um pouco longe e não poderia vir me ver com frequência. Meus tios e minha prima, bom, eu não queria o encontrar tão cedo.
Os meus olhos voltaram-se para a minha frente, onde Kim Taehyung ainda continuava em pé, olhando a fachada do prédio e só então me lembrei que ele havia feito uma pergunta.
— Eles foram embora. — Apertei meus lábios e puxei meu casaco, para que pudesse me aquecer mais.
Kim Taehyung me olhou com tristeza e tombou seu rosto para o lado, ficando fofo daquele jeito que até me fez sorrir.
— Ficará sozinha? — Indagou perplexo e eu assenti respirando fundo. — Não é perigoso? — Disse se aproximando enquanto eu continuava com meus olhos fixado em seu rosto.
— Eu tenho um irmão que mora aqui. — Respondi rapidamente então ele sorriu mais aliviado.
Aquilo me fez sorrir junto, não entendia bem o porquê de um garoto que mal me conhecia se preocupar comigo, mas ignorei isso e curti apenas a sensação do quanto era bom outra pessoa que não fosse meus pais ou meu irmão, se importando comigo.
Ficamos algum tempo parados naquela neve fria que já estava nos cobrindo, nos olhando sem dizer uma palavra até que eu desviei meu olhar e desci o mesmo pelo seu corpo, observando que os casacos grossos escondiam o uniforme do mesmo lugar que eu estudava.
Vi a oportunidade perfeita para além de quebrar o silêncio, poder saber mais sobre ele e poder conversar normalmente sem parecer que eu fosse alguém que não soubesse falar mais que duas ou três palavras na frente de garotos.
— Oh, você é novo lá? — Indaguei e ele arqueou a sobrancelha não entendendo e eu apontei para o emblema do colégio — No colégio. Eu nunca te vi por lá. — Disse pensativa.
Tenho certeza de que nunca o vira antes. Seu rosto não seria fácil de se esquecer, era marcante e eu tinha a certeza de que ele fosse fazer sucesso entre as garotas do colégio, tornando-o assim um menino popular. Por isso, eu sabia que ele era novo.
— Ah, sim. Eu sou! — Abriu um sorriso grande e quadrangular e eu sorri fixando meu olhar ali — Aish! Eu esqueci. — Levou sua mão a cabeça e bagunçou seus fios escuros enquanto fazia uma careta fofa — Eu estava indo para lá, tenho que resolver algumas coisas antes de começar o próximo ano. — Bufou.
No mesmo instante em que eu quis sorrir, fechei meus olhos ao perceber que eu era a culpada do seu esquecimento.
— Você está atrasado por minha culpa, não é mesmo? Olha. Me desculpe mesmo, não queria atrapalhar. — Gesticulei com as mãos e ele riu.
— Não tem problema, eu posso deixar para amanhã. — Deu de ombros sorrindo fofo e eu assenti desviando meu olhar daquele sorriso, porque eu estava começando a achar que eu o olhava como uma boba e não queria que fosse assim.
Estava prestes a dizer-lhe que eu iria entrar e então me despedir, mas, eu não sei bem o que aconteceu comigo naquele dia, porque a ideia surgiu em meus pensamentos e sem que eu me desse conta eu já estava dizendo.
— Eu também não vou voltar para lá, visto que meu pé não está muito bom. — Comentei olhando para baixo — Então... — juntei minhas mãos próximas ao meu colo e o olhei e o mesmo me encarava com expectativa — Você... você me ajudou e eu te fiz perder o horário... — Mordi meu lábio inferior e ele tombou a cabeça para o lado, esperando o que eu iria sugerir — Não quer entrar? Não é querendo me gabar, mas eu faço um chocolate quente muito gostoso. — Sorri e ele abriu aquele sorriso enorme e eu desviei novamente o olhar porque não era normal a sensação que eu sentia só com o maldito sorriso.
— Hum... — O olhei e ele estava me fitando e então olhou para cima, possivelmente pensando se aceitava ou não e eu me encolhi envergonhada quando pensei na possibilidade de ele recusar — Com certeza! — Disse sorrindo e eu fiz o mesmo.
Eu não sabia mesmo onde eu estava com a cabeça ao o chamar para dentro da minha casa. Na verdade eu estava bastante animada por ter alguém diferente próximo a mim, me enxergando como alguém normal, sem me julgar e sem fazer aquelas brincadeiras de mal gosto que todos faziam no SOPA. Então não liguei se isso era loucura ou não, porque o que estava importando ali para mim era a boa sensação que eu estava sentindo.
Entramos no edifício e fomos em direção ao elevador. Apertei o botão do meu andar, que era o sexto e pude sentir os olhos dele em mim.
— O que foi? — Indaguei sorrindo e possivelmente corando, enquanto ele continuava a me observar.
Eu, apesar de costumar ser calada fora de casa, não era uma pessoa tímida. Costumava ser alguém que dizia tudo o que eu pensava na lata, não me importando o que achariam de mim ou não. Porém, com ele eu me sentia tímida e sentia que as palavras fugiam de mim.
— Nada. — Sorriu e olhou para baixo.
Tentei não me importar e dei de ombros. Vendo que ele não diria mais nada, encostei meu corpo na parede de aço, olhando o elevador passando os andares.
— Seu pé. — Ele voltou a dizer e eu o olhei — Temos que checar se não fraturou. — Disse pensativo enquanto fixava seu olhar em meus pés.
— Só foi uma pequena torção. Tenho certeza de que logo mais melhora. — Sorri dando de ombros e ele voltou a me encarar, porém, parecia estar com o pensamento distante.
O elevador parou e nós dois saímos. Apressei em abrir a porta e Taehyung parecia me olhar atentamente. Logo comecei a pensar se havia sido uma boa ideia ou não ter o convidado para entrar. Não sabia o que diria caso meus pais voltassem e visse ele ali. Mas lembrei de quando mamãe viu ele, o sorriso enorme que ela deu não precisava nem de palavras para eu saber que ela estava pensando que ele era possivelmente algum namorado meu. Minha mãe era bem diferente das outras mães que conheci. Ela costumava dizer que mesmo envelhecendo aparentemente, a sua alma continuava jovem e por ela, sempre vai estar. Meu pai não era muito diferente, mas era um pouco mais sério e, olhando para a minha situação era bem capaz de eles ficarem felizes e quererem fazer amizade com Kim Taehyung, já que eu não tinha amigos.
Assim que abri, entrei mancando dizendo para ele se sentir em casa e deixando a mochila pesada no sofá enquanto me sentava. Taehyung continuava parado olhando em volta e depois de observar todo o apartamento, ele se aproximou e sentou-se ao meu lado.
— Belo apartamento. — Elogiou enquanto eu cruzava minhas pernas para massagear o meu tornozelo. — Ficar sozinha nisso aqui vai ser tenso. — Finalizou e eu o olhei.
— Não é como se aqui vivesse animado. — Dei de ombros e ele franziu o cenho. — Meus pais não paravam muito em casa. — Expliquei e ele assentiu em silêncio.
— Mesmo assim. — Suspirou — Ficar longe dos pais não é muito bom. Você vai ver. — Disse colocando seus dois braços atrás da nuca e jogando seu corpo para trás, escorando-se no sofá enquanto tinha o olhar abatido focando o nada.
Quis perguntar como ele sabia daquilo, mas mesmo que eu estivesse morrendo de curiosidades sobre ele, não queria invadir sua privacidade. Afinal, havíamos acabado de nos conhecer, não podia sair o metralhando com perguntas.
— Eu vou ficar bem. — Suspirei após olhar para a cozinha e ver que minha mãe não estava ali como sempre estivera. Então estremeci.
— Claro que vai! — Ele voltou a se animar e eu o olhei — Você terá a mim! — Piscou e eu franzi meu cenho, não entendendo — Eu não pretendo te deixar sozinha nessa. — Sua mão agitou meus cabelos no alto de minha cabeça e eu continuava o encarando perplexa.
— Mas....mas a gente acabou de se conhecer. — Eu disse com a voz quase inaudível enquanto ele me olhava com aquele olhar misterioso.
— Você me disse que faz um chocolate gostoso, tenho certeza de que se eu provar vou viciar. — Piscou mordendo levemente seu lábio inferior e naquele instante eu senti minhas bochechas enrubescerem.
— É... — Voltei minha atenção para o meu tornozelo e massageei aquele ponto que doía, então soltei um grunhido baixo.
— O que foi? — Ele se aproximou mais, tocando minha mão que massageava o meu tornozelo — Ya! Não é assim. — Ele disse sorrindo e tirando minha mão. Fiquei o observando por ser tão para frente e já ir me tocando daquela forma. Mas ao sentir o toque de sua mão em minha pele, aliviando a minha dor, eu desisti de pedir para que ele parasse.
Ele levantou-se e se agachou a minha frente, retirando a minha meia.
Graças a Deus que eu não tinha chulé.
— Vamos ver se está tudo bem. — Disse concentrado enquanto eu o observava. Seus longos dedos finos tocaram o tornozelo com cuidado e carinho...? Não. Eu estava ficando louca já.
Esse era o problema de não socializar com as pessoas e ficar só assistindo doramas e animes. Eu não sabia como era ter um garoto por próximo demais.
Quando ele impulsionou seu polegar eu soltei um gritinho baixo e puxei meu pé. A dor quase me fez soltar um palavrão baixinho.
— Desculpa. Mas preciso ver se é mesmo só uma torção. — Ele estava com uma expressão de preocupação misturado com desespero, que o deixava fofo e então apontou para o meu pé pedindo permissão silenciosamente e eu deixei que ele pegasse novamente — Bom, o seu pé não está tão inchado e só está um pouco avermelhado. Acho que não chegou a ser torcido completamente. Sorte sua. — Finalizou me olhando e abrindo seu sorriso que me deixava encantada.
— Isso ocorreu graças a um anjo que encontrei, ou eu estaria com meu pé enfaixado agora. — Dei de ombros sorrindo e só quando ele deixou de sorrir e me olhou abobalhado foi que eu percebi o que havia feito.
Droga, droga, droga!
— Então eu sou um anjo? — Abriu um sorriso diferente dessa vez. Malicioso? E eu rolei os olhos com raiva de mim mesma. Eu não sabia decifrar um sorriso, como seria uma boa atriz?
— Não.
— Não sou um anjo? — Indagou fazendo uma carinha triste muito fofa e eu quis apertar suas bochechas.
— Não disse isso! — Me apressei em dizer então ele sorriu novamente.
— Então o quê?
— Ya! Eu vou fazer o chocolate quente. — Disse por fim, não querendo dizer mais nada daquele assunto. Ele me deixava desconfortável e sem palavras.
Ele se sentou ali mesmo a minha frente, com os braços para trás, escorando seu corpo neles e me olhando. Então me levantei. Porém, por causa da força que coloquei no meu pé, acabei sentindo a dor e caindo em cima dele.
— Oh, desculpa. — Pedi desesperada e ele sorriu enquanto eu me via mais perdida ainda em seu olhar.
Eu estava mesmo em cima dele e suas mãos estavam em minha cintura. Taehyung me olhava apreensivo e então abriu um sorriso.
— Te conheci hoje, mas já vi que seu lugar preferido é cair em cima de mim. — Disse convencido dando uma piscadela e eu sai do transe.
— Desculpa. — Me levantei desajeitada e ele ainda estava sorrindo.
— Não precisa ir fazer nada. — Ele disse segurando minha mão e eu olhei para ela. — Você tem que repousar. — Continuou assim que percebeu o meu desconforto então soltou minha mão e se levantou.
— Não. Eu quero fazer o chocolate. — Disse me escorando nos moveis para chegar até a cozinha.
— Deixa de ser teimosa. Eu disse que não precisa, posso tomar outra hora. — Estava vindo atrás de mim então eu sorri.
— Não vou fazer para você. — Olhei para trás e sua cara de chocado foi engraçada.
— Mas você disse que....
— Ya! — Eu ri alto — Foi engraçado a sua cara. — Falei em meio a risos e ele fez uma expressão de bravo, me lembrando o meu irmão e naquele mesmo instante senti falta de Jaebum e meu sorriso foi se fechando.
— Só não vou te atacar porque você está com o pé machucado. — Balançou a cabeça enquanto eu o olhava.
Franzi o cenho quando ele apoiou meu corpo no dele para que eu pudesse andar e eu o olhei mais uma vez querendo dizer para ele não ir me tocando daquela forma. Mas toda vez que ele lançava aquele olhar indecifrável para mim junto com aquele pequeno sorriso, eu esquecia disso e me deixava levar.
Enquanto eu preparava o chocolate descobri algumas coisas sobre ele. Não tanto é claro. Mas sabia que ele morava há três quadras da minha casa e que sempre caminhava na rua debaixo de manhã e as vezes ao entardecer. Tinha dois irmãos mais novo a qual era apaixonado e até mostrou fotos deles e eu sorri com as duas crianças fofas beijando sua bochecha.
Ele não me falou mais do que isso e passou a me especular perguntando sobre tudo. Então contei-lhe sobre minha família e sobre quem era o meu irmão. A sua cara de surpresa foi engraçada, mas depois de ter lhe contado sobre Jaebum e o que ele fazia, ele havia rido menos.
O chocolate ficou pronto e ele estava me contando sobre sua antiga escola e em como ele gostava dela e sentia falta dos seus amigos. Eu lhe estendi uma xícara vermelha e grande, recheada com o chocolate quente e chantili e me sentei a sua frente, ouvindo atentamente ele contando nostálgico sobre seu passado. E eu logo me vi gostando de ver e ouvir ele contando sobre coisas que ele gostava.
— Por que mudou de escola? — Perguntei quando ele parou de falar e o vi beber o chocolate depois de o encarar por um longo tempo.
A resposta não veio logo em seguida e eu dei o meu primeiro gole, fechei meus olhos me sentindo bem ao ver que eu havia feito uma boa bebida digna de ser elogiada.
— Meu Deus! — Ele disse e eu abri meus olhos o encarando um pouco preocupada, será que não havia gostado? — Isso aqui — Apontou para a xícara e fechou os olhos — Está divino! — Disse exagerado e eu ri.
— Não exagera, vai. — Tinha certeza de que minhas bochechas estavam coradas, porque eu procurei esconder meu rosto atrás da xícara. Não me dava bem com elogios.
— Oh meu Deus! Eu não posso mais viver sem isso. — Ele falava teatralmente se preparando para beber mais um pouco e eu ri enquanto o observava fazer uma expressão apaixonada colocando a mão no coração.
Era engraçado a forma que ele fazia e ali eu podia ver claramente que Kim Taehyung era exagerado.
— Deixa disso. — Pedi após ouvir pela milésima vez ele dizendo que havia amado e que não podia viver sem.
— Estou dizendo a verdade. — Murmurou com um bico que eu tive vontade de....
É o quê? Não tive vontade de nada.
— Você está é fugindo da minha pergunta. — Eu ri despejando mais um pouco do chocolate em minha xícara e ele estendeu a sua.
— Que pergunta? — Indagou confuso e eu tombei minha cabeça para o lado.
— Por que mudou de escola. — Sorri ao perceber que ele nem havia ouvido a pergunto e ele ficou sério.
— Ah... isso... — Disse fitando a xícara enquanto eu o observava — Bom... é porque é mais perto ué... — Deu de ombros e eu franzi o cenho e ele suspirou parecendo um pouco irritado — Da minha casa, oush. — Concluiu e eu assenti em silencio, disposta a não dizer mais nada para não o incomodar.
Parecia que falar sobre sua vida não era algo que ele gostava, e me senti bem ao ter fechado a minha matraca e não ter jogado um caminhão de perguntas em cima dele quando chegamos no apartamento.
Tomamos o chocolate quente em silencio até que ele suspirou e pegou minha mão que estava repousando sobre a mesa e eu o olhei um pouco assustada. Ela estava quente e eu senti algo subir pelo meu braço e aquecer meu peito, fazendo minha boca ficar entreaberta e minha respiração um pouco acelerada. O que era aquilo?
Ele tinha que parar de ir me tocando assim como se já tivéssemos intimidade.
— Desculpa, eu não quis ser rude. — Disse rápido e eu assenti retirando minha mão da sua.
— Tudo bem. Eu é que sou muito curiosa. — Puxei meus lábios em um sorriso e dei de ombros após também pedir desculpas.
— Eu... — Ele estava pronto para dizer algo, mas seu celular tocou — Ya! — Sua voz soou um pouco irritada e ele levou a xícara até sua boca onde eu fiquei observando aqueles lábios e quando o vi passar a língua no lábio superior eu respirei fundo — Não. Houve um contratempo. — Suspirou e então parou por um momento e começou a morder os lábios enquanto eu continuava fitando e gostando muito daquele show gratuito — Uhum... — Resmungou e então sorriu, passou lentamente a língua em volta dos lábios e eu senti o calor me aquecendo — Tudo bem Kook, eu já chego aí. — Ouvi dizer e ele passou a morder os lábios com mais frequência e dessa vez quem estava mordendo o lábio inferior era eu — Sabe, se você quiser morder tudo bem, eu deixo. — Disse e eu pensei que ele estaria falando ao celular, mas então ele estalou os dedos a minha frente, chamando a minha atenção e eu vi que ele já não falava mais com ninguém. — Uau! Você realmente gostou dos meus lábios. — Disse admirado, dobrando os lábios e eu foquei meu olhar em minha xícara.
— Não sei do que está falando. — Levei a xícara até minha boca e dei um gole do chocolate e aproveitei para que ela escondesse minha ruborização.
— Sabe sim. — Riu piscando — Durante todo o tempo que fiquei no celular estava querendo os meus lábios. — Deu uma balançada com a cabeça, sorriu e aquilo o deixou sexy.
— Você.... — Eu disse após sentir o liquido quente descer em minha garganta — Você não tinha que ir? — Indaguei indiferente e ouvi sua risada, mas meu olhar estava na mesa.
— Infelizmente sim. — Suspirou e eu o olhei. Ele bebericou o chocolate em sua xícara até que estivesse acabado e então se levantou — Mas... — rodeou a mesa e parou ao meu lado — Eu volto. — Piscou enquanto tocava rapidamente meu queixo e eu o olhei apreensiva e ele se afastou.
— Não precisa. É sério, eu sei me cuidar sozinha. Vou ficar bem. — Estava indo atrás dele e ele pegou sua mochila no sofá.
— Oh, sério? — Virou-se para mim com uma expressão triste — Estava tão animado que agora eu teria alguém para admirar meus lábios. — Disse baixo fingindo estar decepcionado e eu cruzei meus braços — Mas tudo bem, eu posso encontrar uma outra garota por aí, quem sabe ao virar a próxima esquina? — Sorriu dando uma piscadela.
Tudo bem que eu havia gostado dos seus lábios, eu admito, mas não era meio idiota ele tentar me fazer ciúmes sendo que havíamos acabado de nos conhecer? Eu queria dizer isso, mas preferi silenciar isso e mostrar a ele que eu não me importava.
— Quem sabe, não é? De qualquer forma, boa sorte. — Pisquei e ele me olhou chocado.
Eu não sou uma garota com muitas experiências com garotos, na verdade eu não tive nenhuma experiência com garoto, apenas quando era criança e era apaixonada pelo Minho que morava em frente a antiga casa que meus pais tinham, fora isso, tinha Jinyoung que era o único garoto naquele momento em que eu estava sentindo uma forte atração, e talvez estivesse apaixonada, mas ele não devia nem sonhar com isso e sem contar que eu tinha o meu irmão, que era amigo dele e jamais deixaria isso acontecer. Então eu não tinha, mas isso não quer dizer que eu não sabia como agir com os garotos, mesmo que fosse inexperiente — e muito ainda — tinha os doramas para me ensinarem como é que se faz.
— Ah, meus lábios não são atrativos para você? — Seus cílios bateram indecisos enquanto seus lábios foram puxados para baixo e eu fiquei sem o que dizer — Então você não pode ir desistindo deles assim, baby. — Apontou para mim piscando daquela forma que o deixava tão sexy e eu continuei sem reação — Eu disse. Eu volto. — Virou-se para a porta e eu fui atrás dele enquanto ele vestia seu tênis eu abria a porta.
Ali eu percebi que eu sabia sim como agir com os garotos, mas isso não se aplicava a Kim Taehyung. Não sabia o que responder para ele, por isso decidi ficar quieta olhando para o corredor vazio. Ele arou a minha frente e eu fiquei com vergonha de encarar seus olhos, mas a enfiei ela no fundo do meu ser e o olhei.
— Até mais, Mariah! — Bagunçou meus cabelos e saiu para o corredor — Tente não cair. — Disse rindo indo em direção ao elevador.
— Parece que quem me puxa para baixo aqui é você. — Brinquei e ele se fez de chocado.
— Está dizendo que eu sou um desastre na sua vida? — Abriu a boca em um O e levou suas mãos até lá, então desfez rapidamente aquela expressão e sorriu — É bom que seja apenas eu o seu desastre. — Piscou convencido, o elevador chegou e ele entrou dando uma última piscada e eu revirei meus olhos.
Mas quando o elevador desceu eu escorei na porta e suspirei alto, me perguntando se eu iria mesmo o ver outra vez.
"Você tinha razão sobre duas coisas: Eu não podia desistir dos seus lábios assim e você realmente foi o meu desastre em todos os sentidos. "
Autor(a): Black
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
7 de fevereiro de 2012. Eu não fui a escola no dia seguinte porque meu pé ainda não havia melhorado. Tentei andar, mas ainda doía um pouco. Ao ligar para o colégio dizendo o que havia acontecido, eles informaram que eu podia ficar em casa, mas que quando eu voltasse fosse conversar diretamente com meus professores ...
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