Fanfic: 《• ↬ First Love ♡ Kim Taehyung ↫ •》 | Tema: imagine, longfic, fuffly, Kim Taehyung, BTS, V, music, colégio, romance, ficção adolescente
Desde o momento que Taehyung voltou para o meu lado, eu me concentrei em não o olhar. E quando foi minha vez de dançar, eu tive que fazer o meu ritual mais forte dessa vez, para ter total concentração e também, não o olhei. A aula seguiu em frente e o professor dividiu os alunos em grupos e eu e Taehyung não caímos no mesmo, para a minha surpresa e felicidade de outras, principalmente de Myumi, que era quem estava no mesmo grupo dele e o olhava como se fosse devorar a qualquer instante. Era assustador aquele olhar dela. De qualquer forma fiquei agradecida por ele não estar no meu grupo, porque eu ainda estava digerindo aquilo que ele havia feito na sua apresentação, que mais me pareceu uma provocação.
O professor nos disse o que fazer para a próxima aula e eu deixei meus olhos pousarem no grupinho onde Taehyung estava. Ele parecia bastante animado e tinha uma facilidade incrível para interagir com as pessoas, me fazendo ter uma certa inveja dele, mas que logo passou. Era bom que ele se enturmasse, não era só porque eu era a excluída que ele também deveria ser. Myumi continuava o olhando com aquele olhar assustador e ele esbanjava aquele sorriso quadrado para todos enquanto balançava seus quadris de forma engraçada, fazendo seu grupo rir. Suspirei e voltei a atenção para o meu grupo que, devo comentar, não estavam muito contentes por eu estar ali. Sempre era assim. O professor chamou nossa atenção e antes mesmo dele dizer que já estávamos liberados, eu sai. Era a primeira vez que eu saia antes de todos, nunca havia feito aquilo, mas eu estava incomodada com o fato de que Taehyung estava animado com seus novos amigos e não queria atrapalha-lo.
Me dirigi até o vestiário afim de tomar uma ducha e já estava no corredor indo pra minha próxima aula, quando ele apareceu me assustando.
— Uau! —Ele disse e eu fui pronta para estapeá-lo, mas desisti quando vi que ele estava soado e incrivelmente tentador. Foco Mariah! — Você realmente dança bem. — Disse dobrando os lábios em admiração.
Ele ao contrário de mim ainda não havia tomado banho, o que me fez pensar que ele havia ficado tempo a mais no estúdio de dança e com quem?
"Não pensa muito, Mariah. Vocês são apenas amigos." Falei em meus pensamentos enquanto ele andava ao meu lado.
— Obrigada. — Sorri agradecida, mas logo suspirei quando vi que Myumi estava a nossa frente nos encarando. Naquele momento me lembrei que tinha que o parabenizar e então me virei para ele entusiasmada — Ya! Parabéns por ter passado. — O empurrei com meu ombro e ele sorriu — Eu poderia te abraçar agora, mas você está muito soado. — Fiz careta e ele me olhou com um olhar malvado.
— Vem cá, eu quero um abraço, Kyung! — Seu olhar estava me dando medo e eu o empurrei.
— Nem vem! — Me afastei e ele gargalhou — Eu estava pensando, para comemorar você podia jantar lá em casa e eu faria seu japchae preferido e depois chocolate quente. — Sorri o olhando — Que tal? Ou pizza se preferir. — Ele parou de andar e eu fiz o mesmo.
Seus olhos estavam focando algum ponto sem importância e ele mordiscava seus lábios, estava pensativo e eu deixei de sorrir.
— Não vai dar. — Coçou a sua testa sem me olhar — Tenho um compromisso hoje, não posso faltar. — Me olhou pedindo desculpas silenciosamente e eu não posso dizer que não fiquei triste, porque fiquei, estava esperando ele aceitar animado a minha proposta e nós dois assistirmos a algum anime enquanto comíamos.
Foi como um balde de gelo, eu havia planejado aquilo e já até havia comprado mais chocolates e alguns doces que eu sabia que ele gostava. Porém, não esperava que o meu convite fosse recusado. Queria lhe perguntar que tipo de compromisso era, se era mesmo um ou se era uma desculpa porque ele não queria ficar perto de mim. Contudo, eu dei-lhe um sorriso e fingi que não havia me importado.
— Sem problemas. — Engoli o nó que formou em minha garganta e me senti ridícula por estar incomodada com aquilo, de qualquer forma eu voltei a andar.
Ele me seguiu em silêncio, nenhum de nós falamos nada até chegarmos no cruzamento dos corredores, onde eu ia para um canto e tinha certeza de que ele iria para outro.
— Hey, Kyung. — Ele me parou e eu o olhei. — Por que estão me dizendo para ficar longe de você? — Coçou sua nuca e eu fechei meus olhos enquanto fechava as mãos em punhos.
Eu havia me esquecido que isso chegaria em seus ouvidos mais cedo ou mais tarde, só não imaginava que seriam tão rápidos assim. Será que era por isso que ele havia recusado o meu convite? Não duvidava muito de que seria isso. Quis gritar, mas me contive, eu faria isso em meu quarto.
— Porque.... — Mordi meu lábio inferior, sufocando a vontade de chorar, eu estava irritada — As pessoas... — Parei e olhei bem no fundo dos olhos dele — elas são loucas. — Sussurrei e voltei a andar.
Não era uma resposta plausível, eu sabia, mas era uma verdade. O que elas tinham que se intrometer na minha vida? Qual era a graça de ficar inventando coisas das pessoas? Será que conseguiam dormir sabendo que estavam prejudicando as pessoas, causando mais dores? Era simplesmente ridículo. E eu só conseguia pensar que eram mesmo loucas.
— Mwo? Muito justa a sua resposta. — Voltou a ficar ao meu lado e eu suspirei.
— Eu acho que ela é perfeita para isso. As pessoas são loucas, inventam coisas porque gosto de ficar sozinha. — Menti dando de ombros e ele segurou em meu braço me fazendo parar e virar-me para ele.
Taehyung mordeu seu lábio inferior, pensando um pouco enquanto eu esperava que ele dissesse o que estava se passando pela sua cabeça, mas quando eu ia dizer algo ele me puxou para si e me abraçou. Seus braços me apertaram fortes e ele enterrou seu rosto na curvatura do meu pescoço, enquanto o meu estava enfiado em seu peitoral. O que diabos ele estava fazendo?
— Finge que está gostando do abraço. —Ele sussurrou antes que eu pudesse perguntar — Tem uma garota me seguindo desde quando cheguei. — Disse baixo e eu arqueei a sobrancelha mesmo que ele não pudesse ver e passei meus braços em volta do seu tronco.
No mesmo instante ele alisou minhas costas, me puxando mais para si e eu quis sorrir por sentir seu abraço tão confortável, mesmo que fosse só para despistar uma garota.
— Tem medo de garotas agora, Taehyung? Primeiro você dança coreografias femininas e agora....
— Nada a ver, Mariah! — Disse me soltando aos poucos e e eu senti um desconforto e balancei minha cabeça e olhei em volta.
— Então, quem é a louca que está afim de você? Me fala que eu irei até ela dizer que você não bate bem das ideias e que não seria uma boa coisa se envolver com você. — Falei ainda procurando alguma garota, mas estávamos no corredor da ala sul e todos haviam ido para o lado sudeste, porque já havia acabado as aulas naquela ala e a megera também tinha partido.
— Hahaha! Muito engraçadinha você. É melhor dizer que é porque você está na frente dela na fila, não por isso. — No mesmo instante eu parei estática e dei-lhe um olhar semicerrado.
— Kim Taehyung! Só corre! Corre muito antes que eu acerte a minha mochila na tua cabeça! — Disse entredentes e ele começou a fazer gracinha a minha frente. Levava os dedos até sua bochecha e enquanto os rodava ali, mostrava sua língua. — Insolente! — Eu disse estapeando seu braço e ele correu.
— Te espero no almoço! — Gritou enquanto andava para trás e o ignorei e dei as costas.
Fiquei pensando qual seria o seu compromisso para aquela segunda à noite, e mais uma vez percebi que Kim Taehyung sabia muito sobre mim e eu não sabia nada sobre ele. Tinha que mudar aquela situação, ou iria começar a dizer menos sobre mim. Talvez fosse uma boa fazer isso, quer dizer, eu não podia lhe contar tudo assim. Suspirei balançando a cabeça e segui para a sala. Eu tinha aula teórica de audiovisual antes do almoço e depois dele seria audiovisual novamente, porém na prática. O que significava que eu estava ferrada.
Andei sem muita pressa para a minha próxima aula. Me perguntei o que será que haviam falado de mim para ele. Será que ele sabia sobre a morte de Young? Será que quando ele soubesse ele pensaria que também era minha culpa? Um incomodo surgiu em meu peito e eu respirei fundo fechando meus olhos rapidamente e repetindo o mantra que minha psicóloga mandou eu fazer sempre que estivesse preste a chorar em lugar público.
Dispensei os pensamentos enquanto balançava minha cabeça e abri os olhos marchando com rapidez para a sala. Pensar sobre aquilo só iria me deixar pior, e eu não queria me sentir assim, não mais.
Quando cheguei no corredor da minha sala, eu pude ver a megera mascando um chiclete enquanto balançava a perna em um sinal claro de irritação. Não vinha coisa boa ali.
Myumi estava me encarando com uma cara nada boa na porta da sala, e eu sustentei seu olhar enquanto me aproximava da sala. Quando cheguei em frente a porta, esperei que ela me desse licença, mas tudo que ela fez foi arquear a sobrancelha me desafiando e eu apenas suspirei pesadamente antes de passar por ela.
— Hey, Kyung! — Ela me parou pegando em meu braço, eu encarei sua mão e depois a olhei e ela soltou — O que você é do garoto novo? — Indagou cruzando os braços.
— Não é da sua conta. — Respondi sem humor algum na voz e entrei na sala.
Myumi também queria ser atriz, o que significava que fazíamos as mesmas aulas desde o primeiro ano do ensino médio. O que era irritante. No primeiro ano ela costumava ser como eu, até ela se envolver com uma turma e querer se achar a chata.
Fui para a minha habitual cadeira, na última fileira e ouvi quando ela veio atrás.
— Se estou te perguntando é porque quero saber! — Sua voz se tornou um pouco mais alta e eu a olhei apenas quando me sentei.
Eu achava ridículo a sua forma de agir. Sempre querendo fazer barraco e aquela energia toda dela para brigar, me causava preguiça. Quero dizer, para que gastar a energia infernizando a vida de alguém? Era cansativa, não?
— Por que?
— Estou interessada nele! — Foi direta como sempre.
A minha vontade foi de dizer que eu já sabia e que ela deveria parar de o olhar como se fosse o devorar, mas eu sabia que se fizesse isso iria resultar em uma discussão que não tinha nenhum fundamento e a fofoca sobre Taehyung e eu namorando só aumentaria.
Myumi era uma garota muito bonita, eu assumo. E por sua beleza e por ser uma garota "cativante" ela se tornou uma das populares do SOPA. Ainda mais agora que ela era veterana. Mas o que fez Myumi se tornar popular mesmo entre os outros, foi que ela não se intimidava fácil, na verdade, eu nunca vi ela se deixando intimidar, a única pessoa que ela costumava não mexer e ficar quieta, era eu. O porquê vocês já sabem. Fora isso, Myumi era conhecida por ser persistente quando queria algo, nem preciso mencionar que por ela ser assim, quase sempre era uma das melhores alunas. E quando não era, ela se esforçava bem mais para isso. E claro, ela fazia sucesso entre os garotos e quando ela queria algum, era só estalar os dedos que ele vinha em sua direção, abanando o rabinho ainda. Era patético! E confesso que imaginar Taehyung naquela cena, mesmo que fosse incomodo, era engraçado e por isso eu ri fazendo ela tombar a cabeça, questionando silenciosamente o motivo da minha risada.
— Eu disse e vou repetir novamente. — Estalei os lábios — Não é da sua conta! — Finalizei e abri minha mochila pegando meu caderno pedindo aos céus que ela desistisse daquilo e me deixasse em paz.
Eu poderia dizer que Taehyung era só um amigo? Sim, poderia. Mas eu gostei de ver Myumi querendo alguém que possivelmente era meu.
Ouvi ela bufar, uma, duas, três vezes antes de dizer:
— Eu não desisto fácil, Kyung. Eu gostei dele e vou tê-lo. — Soou ameaçadora e eu apenas arqueei minha sobrancelha para ela e a mesma se foi me deixando pensativa.
"E se ela conseguisse ficar com Taehyung?" Indaguei em pensamento. Mas apenas balancei a cabeça, lembrando que éramos apenas amigos e que não deveria me intrometer nisso. Eu só esperava que eles não ficassem, porque não iria suportar ela.... mas, se eles realmente ficassem, algo me dizia que ele se afastaria assim como todos. E se ele se afastasse, eu não me sentiria bem. Tentei não pensar nisso e focar na aula, mas foi praticamente impossível.
Autor(a): Black
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