Fanfics Brasil - 07. On that day, I hate you. 《• ↬ First Love ♡ Kim Taehyung ↫ •》

Fanfic: 《• ↬ First Love ♡ Kim Taehyung ↫ •》 | Tema: imagine, longfic, fuffly, Kim Taehyung, BTS, V, music, colégio, romance, ficção adolescente


Capítulo: 07. On that day, I hate you.

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O sinal tocou anunciando que era hora do almoço e aconteceu o mesmo alvoroço de sempre; os esfomeados correndo como loucos para o pátio de alimentação da escola.


Eu não havia conseguido prestar muita atenção na aula e isso me deixou profundamente constrangida. Ainda mais porque o motivo era que eu estava pensando sobre Taehyung e Myumi. Me lembrava o quanto eles eram parecidos. Pensei que se Myumi era persistente, logo ela iria atrás dele — na verdade ela já estava atrás dele — e que, por ele ser convencido e sempre estar dando em cima de alguém, com certeza ele não diria não para ela. Ainda mais se ele descobrisse que ela era a garota mais linda e popular do colégio. Tinha uma leve impressão de que Taehyung era competitivo e isso com certeza seria um prato cheio para ele já chegar chegando no colégio, mostrando para os outros o quão foda ele era.


Uma ideia surgiu me fazendo parar no meio dos corredores. Será que deveria fazer aquilo? Não... eu estava me precipitando... 
Suspirei e voltei a andar, balançando minha cabeça dispersar esses pensamentos.


— Confesso que estou surpreso. — Uma voz conhecida disse ao meu lado e eu levantei meu olhar para a pessoa, que era Minjae.


Ele era um dos poucos, olha lá se não o único, que falava comigo. Pouco, mas ainda assim falava. O motivo de ele não ter se tornado tão próximo a mim, era que ele fazia parte dos populares da ala masculina e, falar com a estranha do colégio pegava mal e ele não admitia, mas eu sabia que ele tinha um pouco de medo do azar que continha em minha pessoa.


Minjae era o meu primeiro amor platônico. E eu sempre queria suspirar como uma tola quando ele sorria para mim.


— Oi... — Eu disse após vê-lo abrindo seu sorriso fofo que eu adorava admirar. — Com o que está surpreso? — Indaguei enquanto olhava três garotos apostando corrida até o saguão onde acontecia o almoço.


— Você aparecer namorando. — Disse sorrindo, parecendo desconfortável e eu arqueei a sobrancelha.


Mais um achando que Taehyung era meu namorado?


— Não somos namorados. — Apressei em dizer. Algo em mim quis mostrar para ele que eu estava disponível. Idiota eu sei. — Somos apenas amigos. — Conclui e ele levantou as duas sobrancelhas em surpresa.


— Ah, sim! — Levou sua mão até a sua nuca — É que desde que chegou com ele, estão todos dizendo que a garota... — ele parou de falar, sabia o que ele diria, era o meu apelido por ali então continuou, mas olhando para o chão dessa vez. — Que você estava namorando. — Deu de ombros.


— É eu tô sabendo. — Suspirei — Não param de falar nisso um só segundo. — Comentei e olhei para a porta que dava acesso ao pátio de alimentação.


Os corredores já estavam vazios e silenciosos, mas do outro lado da porta podia ouvir claramente que estava o oposto.


— Mas que bom que achou um amigo... eu acho. — Ele disse e eu franzi o cenho não entendendo. — Bom, eu tenho que ir na sala do diretor conversar com ele. — Disse rápido e eu assenti. — Tenha um bom almoço. — Mexeu em meus cabelos meio sem jeito e eu fiquei surpresa.


Ele nunca havia feito aquilo.


Percebendo o que eu estava pensando ele acenou rapidamente e saiu, me deixando sozinha na porta.


— O que deu nele? — Sussurrei para mim mesma enquanto o observava se afastar.


Vi ele virar na direção que dava acesso a diretoria e balancei a cabeça dando um pequeno sorriso. Quando passei pela porta, eu me assustei com o barulho que aquele povo fazia. Me perguntava como depois de toda gritaria, eles ainda tinham voz para aula de canto. Porque sério, eles gritavam demais, pareciam crianças.


Ainda estava perdida na ação de Minjae e um sorriso surgiu em meus lábios enquanto eu passava minha mão na região que ele tocara. Por que fez isso?


Fui em direção à cantina, estava indecisa se pegava o almoço ou comia algum lanche. A fila não estava tão grande quanto eu imaginei que estaria, então decidi almoçar. Se minha mãe descobrisse que eu não estava me alimentando bem no colégio, ela teria um enfarte. Mas ela tinha que entender que ficar naquela fila era o terror que eu tinha medo. 
Olhei a fila e voltei a me perder em meus pensamentos. Eu estava tão acostumada a ser sozinha, que esqueci de Taehyung. O fato de Minjae ter mexido em meu cabelo também foi o que causou isso. Eu ainda queria saber porque ele me tocara. Mesmo que aquele fosse um gesto normal, entre Minjae e eu não era.


Eu havia o conhecido no primeiro ano, quando Soon Young ainda era viva. Era uma aula comum, e eu tinha sido suspensa da aula porque Young começou a tacar bolinhas de papel em mim, eu estava concentrada, mas ela não. No fim, eu fiz uma enorme bola de papel e joguei nela, porém, acabou acertando na professora Yumi. Ela mesma. A infernal professora Yumi. Não preciso nem dizer que fui enviada para a detenção depois disso, certo?


E lá estava eu indo para a detenção, quando passei pela sala ao lado e o professor colocava um menino magrelo e um pouco mais alto que eu para fora.


— Já para a detenção! — O professor gritou antes de fechar a porta na cara dele e eu me assustei.


Minjae não viu que eu vinha logo atrás dele e acabou batendo em mim.


   — Desculpa! — Me reverenciei e ele estava puto.


— Tudo bem, eu que peço desculpas. — Foi a vez dele se reverenciar e eu sorri.


— Não que eu estava ouvindo seu professor te dando bronca, mas eu estava passando e...


— Eu vou para a detenção. — Ele disse suspirando e eu cocei minha testa dando um sorrisinho amarelo enquanto ele me olhava sem expressão.


Já havia o visto várias vezes e adorava o observar quando estava no pátio sem fazer nada. E sempre dizia a mim mesma que quando tivesse a oportunidade de conversar com ele, eu não iria desperdiçar.


— É. E eu também estou indo para lá. — Ajeitei minhas mãos em frente ao meu corpo e as entrelacei, balançando para lá e para cá enquanto  ele ficou surpreso.


— V-Você? — Abriu a boca em um perfeito O — O que fez para ir para lá, mocinha? — Sorriu e nós começamos a andar.


Contei a ele e o mesmo achou injusto apenas eu ir e Young não. E eu descobri que ele também havia feito o mesmo que eu, a diferença era que eu havia sido sem querer e ele de propósito. E assim passamos aquela aula inteira enfiados na biblioteca tentando não rir alto enquanto recebíamos olhares matadores da bibliotecária.
Descobri várias coisas interessantes sobre ele; como ele queria ser rapper, mas fazia o curso de ator também porque era o que seus pais queriam. Gostava de comida brasileira, por incrível que pareça ele foi o único que conheci que já havia frequentado o restaurante brasileiro que tinha na cidade. E quando ele soube que minha mãe era brasileira, logo se animou, dizia ele que apreciava o Brasil e me perguntou se eu tinha vontade de morar lá. Quando eu disse que tinha viajado para lá nas nossas férias ele pediu para que eu lhe mostrasse fotos de lá e que prometi mostrar depois.


E teríamos sido melhores amigos se dois meses depois a tragédia não acontecesse, fazendo ele se afastar.


— Kyung, querida. Já faz tempo que estou lhe chamando. — A senhora Park que estava servindo o arroz disse à minha frente, após dar um peteleco em minha testa. — É o seu novo namorado que está te deixando assim nas nuvens? — Ela sorriu enquanto eu me dava conta de que já havia chegado minha vez.


— Não... eu estava pensando.... Desculpe. — Reverenciei e ela sorriu, fazendo um gesto para que eu não ficasse envergonhada. Agradeci e terminei de colocar meu almoço.


Quando estava indo em direção a minha mesa foi ai que eu me lembrei de Taehyung e o procurei entre as inúmeras mesas no pátio. Varri meus olhos em todas onde se encontrava alguém sozinho. Mas não o encontrei.


"Talvez ele ainda não tenha chegado." Pensei e fui até à mesa que já era destinada apenas para mim. Ninguém se sentava nela, porque era ali que Soon-Young e eu costumávamos nos sentar enquanto riamos de alguma idiotice que ela fazia e outras meninas, que costumavam ser próximas de nós, se sentavam ao nosso redor. E todos diziam que se sentassem ali, poderia dar azar.


Sempre quis saber quem espalhava esse tipo de coisas. Com certeza tinha problemas com atenção e só fazia isso para se achar incrível. De qualquer forma, eu já estava acostumada mesmo e não me importava. Me sentei e comecei a almoçar tranquila, dando a minha olhada analítica em volta do pátio. Tinha vários grupinhos. Os nerds. Os que só iam para a escola para aprontar. Os que viviam cantando que até conversavam cantarolando. Na esquerda tinha os que era para eu estar no meio, atores, e viviam praticando algumas cenas entre si. E tinha os rappers também, gostava deles, mas eles não pareciam gostar de mim. E bem no meio, na minha frente... bom... centrei meu olhar naquela mesa e foi quando eu o vi, e quase me engasguei quando vi com quem ele estava acompanhado e onde ele estava sentado.


Kim Taehyung estava com Myumi, na mesa maior onde cabiam aproximadamente dez pessoas e que sempre ficavam os mais populares, incluindo Myumi e Minjae, que estava chegando perto deles. 
Myumi parecia estar feliz por enfim ter conseguido a atenção de Taehyung e ela continuava o olhando como se fosse devorar. Eu deveria começar a me preocupar e avisar o Tae? Talvez sim. Era ridículo a forma como ela se jogava para ele, dando sorrisos forçados enquanto ele parecia dizer alguma coisa idiota, que eu com certeza iria rir. Seus olhos ficaram pequenos quando ele mastigou a sua comida e pareceu se deliciar. Então ele ficou sério e pareceu estar procurando algo entre as pessoas, passando seu olhar pelas mesas, enquanto Myumi queria a atenção dele apenas para ela.


Eu me senti excluída, mesmo que eu quisesse dizer o contrário e dizer que tudo bem ele estar com outras pessoas, aquilo não me afetava, não era bem isso que eu sentia. Meus lábios ficaram entreabertos, porque assim facilitava a entrada do ar para os meus pulmões que imploravam por isso. Então como se fosse em câmera lenta, seus olhos pousaram na minha mesa e me fitaram. Sua expressão de início foi alegre e ele chegou a levantar sua mão para mim, mas então a abaixou lentamente e o seu sorriso foi desfazendo e foi nessa hora que eu ouvi aquela voz novamente...


"Você achou mesmo que quando ele soubesse a verdade ele continuaria sendo seu amigo?" Ela sussurrou em meu ouvido e eu estremeci, engolindo o nó que se formou em minha garganta e a vontade de chorar. Rapidamente abaixei meu olhar e tentei, a todo custo, eu tentei comer. Mas a vontade havia ido embora e rapidamente peguei minha mochila a colocando em minhas costas e levantei levando de volta minha comida, sabendo que a Sra. Park me daria um ralo.Mas para a minha surpresa, quando cheguei lá, pronta para ouvir ela dizendo que comida não era para se desperdiçar mesmo que fossemos ricos ou não, haviam pessoas que não tinham esse privilégio e me daria vários sermões onde eu sempre concordava e ficava com um peso na consciência. Mas ela não disse isso. Ela apenas me lançou um sorriso triste e um olhar de compreensão, assentindo com a cabeça e olhando para atrás de mim. Logo entendi que ela havia visto Taehyung com Myumi e que para ela, ele era meu namorado, assim como para o resto da escola que agora, por onde eu passava, me olhavam com pena.


— Ele... — Fechei minha boca rapidamente quando minha voz saiu áspera e trêmula e então respirei fundo enquanto ela continuava me olhando com carinho — Ele não é meu namorado. — Sorri firme — Ele só é o meu colega. — Disse mais para mim mesma do que para ela.


A Sra. Park puxou seus lábios para dentro e acariciou a minha mão dizendo que me entendia. Pedi desculpas pelo almoço deixando e me afastei. Como se já não bastasse eles me olharem por ser a garota estranha, agora me olhavam como se eu fosse a namorada traída. Ótimo. Não podia ficar melhor. Suspirei enquanto segurava a vontade de chorar e corri para dentro dos corredores, agradecendo por estarem vazios e assim eu pude deixar minhas lágrimas caírem.


Nunca havia chorado nos corredores do colégio e me odiei por isso, mas havia ficado impossível de controlar os soluços estavam ficando quase audíveis e eu me perguntava porque eu chorava tanto. Mas aquela maldita voz não me deixava em paz!


E pensar que há alguns anos eu a adorava.


Respirei fundo repetindo o mantra que minha psicóloga havia me ensinando, meu corpo estremeceu e eu ajeitei a alça da minha mochila e me perguntei para onde iria. Então vi a porta a minha frente e ia entrando no banheiro quando alguém me tocou. O desespero tomou conta de mim quando vi que alguém poderia me ver chorando e que aquele alguém poderia ser ele. Não queria que ele visse que eu estava daquela forma, ele poderia pensar que era por ele, e talvez fosse, mas era aquela bendita voz que me fazia ter medo e vontade de querer fugir e me esconder. A bem da verdade não queria que ninguém me visse assim.


Mas quando virei meu corpo, eu tive outra surpresa.


— Minjae? — Minha voz saiu em um sussurro e eu apressei em limpar minhas lágrimas. Mesmo que tivesse surpresa por ter Minjae ali, eu me senti desapontada por ver que Taehyung não tinha ido atrás de mim.


— Você está assim por que ele está com a Myumi, não é? — Foi direto e eu engoli em seco, enquanto meus lábios tremeram.


— Não.... Nada, nada disso. — Gaguejei e ele me olhou com pena — Sério, não tem nada a ver. — Tentei sorrir.


— Então por que saiu do pátio daquele jeito? E por que está chorando? — Suspirou parecendo cansado e eu apenas estremeci.


— Você não vai entender. — Sorri em meio às lágrimas.


— Tente. — Abriu os braços.


— Você não vai entender porque você é igual a ele, igual a todos daqui. — Soltei e ele arqueou a sobrancelha parecendo em choque.


— Eu não entendi, Kyung.... — Sua voz saiu baixa.


— Todos vocês me culpam pela morte da Soon-Young e todos agem como se eu fosse um monstro. Ele era a única pessoa que eu havia me aproximado tanto desde que ela morreu, sem ser alguém da minha família. — Solucei — Mas só foi ele entrar aqui, no primeiro dia e todos falarem quem eu era, que ele.... Ele.... — Eu não conseguia falar — Ele me deixou... — Chorei mais ainda e os olhos de Minjae estavam marejados e ele não sabia o que dizer. — Assim como você, Minjae. Assim como você... — Repeti trêmula e uma lágrima escorreu de seus olhos.


Ele deu um passo para frente afim de me abraçar, mas eu dei outro para trás. Não queria abraços agora, era tarde demais, ele poderia ter me abraçado quando ela se foi e todos se afastaram. Apenas lancei um olhar vazio para ele antes de entrar no banheiro. E quando eu me afastei eu pude ver quem estava atrás dele me olhando também com os olhos marejados e com pena.


Kim Taehyung estava lá, com os olhos vidrados em mim e eu fechei a porta do banheiro na cara deles.



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Autor(a): Black

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