Fanfic: Mentira Perfeita - Vondy - adaptada | Tema: vondy adaptada
— Vou levar essa. — Porque eu havia prometido a mim mesma que sairia dali com uma sacola. Não tinha nada a ver com besuntar Christopher e deixar aqueles ombros fortes escorregadios. Depois as costas. E então o peito, com aquela sedosa manta de pelos negros, a barriga sequinha...
Isso nem me passou pela cabeça.
— Boa escolha. Vou pegar uma fechada para você.
Enquanto ele ia para o fundo da loja, Evelyn passou por mim, acompanhando
o casal de idosos. Pararam na seção de vibradores e começaram a analisar um a
um. Desviei os olhos rapidamente. Aquilo é que era informação demais.
Fui para o caixa e paguei pela vela. Bom, depois de um tempo. O programa
que Guto usava estava todo bugado.
O rapaz colocou minha vela em uma sacola preta simples, sem nenhum logo
ou coisa do tipo, e me entregou um cartão da loja. Por precaução, decidi guardar tudo na mochila, com a sacola de equipamentos que eu havia comprado.
— Diz pra sua amiga relaxar e se divertir. — Guto acenou.
— Tá, obrigada. — Ele não precisava saber que a vela nunca seria usada.
Saí da loja o mais rápido que pude. Só tirei o cabelo da cara quando já estava a
duas quadras de distância, me sentindo muito ousada.
E muito idiota também. Eu tinha acabado de jogar fora vinte pratas.
Talvez eu devesse seguir o conselho de Christian e fazer terapia para aplacar um
pouco meu lado competitivo, que não suportava ser desafiado.
Meu celular tocou.
— Ei, eu estava agora mesmo pensando em você! — contei a Christian.
— Estou com saudade. Odeio que você não esteja do outro lado da rua.
— Eu também. Mas pode vir me visitar a hora que quiser. Você sabe disso, né?
— Eu acho que o Christopher não vai gostar muito. Claro que isso é apenas mais uma razão para que eu vá.
E isso me lembrou.
— O que aconteceu entre vocês dois na garagem do prédio, afinal? Por que estavam discutindo?
— Coisa de homem, florzinha. E aí? Me conte as novidades.
Expliquei os acontecimentos dos últimos dias, e ele fez o mesmo. Seu ex havia ligado algumas vezes, querendo conversar. Christian tinha encontrado o tal Cadu na cama com o entregador de pizza fazia pouco mais de dois meses. O desgraçado ainda teve a pachorra de dizer que fez aquilo porque estava de porre. Meu amigo fora esperto o bastante para mandá-lo à merda, mas Christian ainda não havia se libertado. Era como se o assunto permanecesse inacabado e o mantivesse preso, feito uma âncora.
— Vocês vão se encontrar? — eu quis saber, preocupada.
— De jeito nenhum, Dul. Não quero ter que olhar pra ele outra vez. — Mas ele
titubeou. — Você não vai acreditar. Ontem eu saí com o pessoal da joalheria e uma das meninas levou a amiga. Ela se chama Melissa e trabalha numa agência de eventos chamada Allure.
— Você está brincando!
— Falei com ela sobre você. Ela é legal, Dul. Queria fazer alguma coisa pra ajudar, mas não pode.
— Eu sei.
— O mundo é mesmo um ovo de codorna... Ah, preciso desligar. Chegou um cliente. Beijocas, florzinha.
Nem bem encerrei a chamada e meu celular voltou a tocar. Dessa vez era
Christopher. Hesitei em atender. Não sabia como agir depois de tê-lo beijado. Eu saíra de casa antes que ele tivesse acordado, naquela manhã.
Engolindo em seco, levei o aparelho à orelha.
— E aí, Pin? Onde você está?
Revirei os olhos. Era uma causa perdida tentar fazê-lo parar de me chamar daquele jeito.
— Estou no centro ainda. Por quê?
— Eu também estou no centro. Quer carona?
— Hã... Quero. — Por que não? Morávamos na mesma casa!
Depois de explicar onde estava, desliguei, me sentindo aliviada pelo fato de o clima não ter ficado estranho. Essa era uma das coisas que eu mais admirava em Christopher. Nada parecia abalá-lo.
Ele estava perto, e em questão de dez minutos encostava o carro no meio-fio.
Sorriu quando me viu, se desculpando ao apontar para a cadeira no banco do
carona. Abri as duas portas laterais e a transferi para o banco traseiro. Assim que entrei e passei o cinto, ele se inclinou para beijar meu rosto.
— Oi. — Enrugou o nariz. — Você trocou o perfume? Seu cheiro está diferente.
— Não. — Puxei a manga da blusa até cobrir minha mão besuntada de óleo.
— Deve ser por conta do incenso que tinha na loja de informática.
Ele franziu a testa, mas alguém buzinou atrás da gente e ele resolveu deixar o
assunto para lá.
— Descobriu alguma coisa sobre a sabotagem? — perguntou.
— Nada além de um vulto borrado. Não dá pra ver nem se é homem ou mulher. E o que me mata é não saber por que ele ou ela fez isso. Mas tudo bem, eu bolei um plano. Vou pegar esse filho da mãe.
— Tenho até medo de perguntar como.
— Melhor você não saber, Christopher. A Anahí é sua cunhada. Sei que você não
contaria, mas talvez se sinta culpado por não dizer o que sabe e eu não quero isso.
— Recostei-me no assento. — Minha cabeça parece que vai explodir.
Ele manteve o olhar na rua, mas um sorriso zombeteiro curvou os cantos de
sua boca.
— Então não deve ser um bom momento para te lembrar que hoje é noite de buraco com as meninas?
Eu gemi. Havia esquecido que, por conta da internação na semana passada, a noite de buraco tinha sido remarcada para aquela segunda.
— Saco. Definitivamente, não estou a fim de encontrar a Marlucy. Não entendo como minha tia a suporta. Uma parceira de buraco não vale tanta aporrinhação assim, não. Aposto que ela vai na sua casa só pra xeretar.
— Vamos fazer o seguinte. A gente sobe, troca de roupa, avisa a sua tia que
não vai dar pra ficar e aí vamos para o cinema. Que tal, Pin?
— Você vai mesmo ficar me chamando de Pin? Isso é tão irritante, Christopher.
Ele abriu um sorriso preguiçoso, e meu estômago reagiu imediatamente.
— Você vive dizendo que eu sou irritante. Não vai mudar de ideia se eu parar de usar seu apelido.
— Mas não é meu apelido! — grunhi.
— Para mim é.
Resmunguei, recostando a cabeça no banco e olhando pela janela. Caramba, já estávamos quase em casa. Quando chegamos ao subsolo do prédio, ajudei Christopher a retirar a cadeira e, enquanto ele a montava, chamei o elevador. No entanto, havia alguma coisa errada. Pressionei o botão com mais força, mas ele insistiu em ficar apagado.
— Acho que está com algum problema — eu disse a Christopher. — Vamos pela
frente do prédio. Talvez lá em cima esteja funcionando.
Ele não gostou da ideia, é claro. A rampa por onde os carros entravam era
muito íngreme e ele não conseguiria subir por ali sem ajuda, mesmo sendo tão forte. Segurei os apoios nas costas da cadeira e comecei a empurrar.
Ele me olhou por sobre o ombro, desconfortável.
— Odeio quando...
— Precisa de ajuda — completei. — Eu já tinha percebido. Mas todo mundo uma hora ou outra acaba precisando. Se segura aí, que nós vamos decolar! — brinquei, tomando impulso, pois Christopher não era nada leve.
Eu estava sem fôlego quando cheguei à calçada, mas ria enquanto meu coração tentava acalmar as batidas. Para minha surpresa, Christopher também estava rindo.
— Vai, confessa. — Eu o cutuquei no ombro. — Não foi tão ruim assim.
— Só porque com você tudo fica melhor. E eu adoro te ver corada assim. Seja pelo motivo que for. Você fica linda, Pin.
Com isso, as bochechas afogueadas pelo exercício entraram em combustão e
tudo que eu pude fazer foi desviar os olhos para o chão. Por que ele me dizia
aquelas coisas se não queria nada comigo? Por que tudo era tão confuso?
— Christopher, meu amor! O que faz aí?
Virei a cabeça em tempo de ver um casal acenar e se aproximar a passos acelerados. A mulher era linda, com cabelos ondulados e claros. O homem a seu lado devia medir pelo menos um metro e oitenta e, a julgar pelo desenho do queixo, certamente era um Uckemann.
— O que vocês estão fazendo aqui? — Christopher se aproximou da mulher.
— Vocês só viriam no sábado!
— As coisas mudaram quando soubemos que você tinha se mudado. Sem nos avisar! — ela adicionou, ressentida.
— Francamente, Christopher — o homem, que só podia ser o pai de Christopher, olhou torto para ele —, quando é que você vai começar a agir com um pouco de prudência e dar sossego para a sua mãe?
— Eu pretendia contar no sábado, pai. Pessoalmente.
— Preciso dizer que estou magoada, Christopher? — a mãe resmungou. — Você realmente não confia nos seus pais. Não sei o que fizemos para merecer isso.
Não sei mesmo.
— Mãe! — Ele fez uma careta. — Eu só queria fazer tudo do meu jeito dessa vez.
— Tudo bem, Alexandra — o pai disse, colocando a mão no ombro da mulher. —
O Poncho garantiu que ele está se comportando bem. E é melhor que esteja mesmo. — Ele lançou um olhar comprido a Christopher. Então, pareceu se dar conta da minha presença. — Olá, minha querida. Creio que ainda não fomos apresentados.
— Dulce, esses são Alexandra e Victor Uckermann — Christopher apontou para os pais. — Pai, mãe, essa é a Dulce, a babá que vocês me obrigaram a arrumar.
— Olha os modos, rapaz! — Victor deu um tapa leve na cabeça do filho.
No entanto, era todo animação ao se dirigir a mim. — É um prazer conhecer
você, querida.
— Com certeza — Alexandra concordou, pegando minha mão. — Tenho tantas perguntas, querida. Vamos subir para que a gente possa conhecer a casa do nosso filho, e então conversar um pouquinho?
Christopher olhou para mim, preocupado.
Ah, droga. Tia Berê! E provavelmente Magda, Inês e Marlucy. O que iríamos
fazer?
Autor(a): wermelinnger
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Christopher olhava para mim como se buscasse uma luz. E eu não tinha nada para oferecer. Sair pela escada de emergência com uma mulher cardíaca e três senhoras com mais de sessenta anos não parecia uma boa ideia. Balancei a cabeça para ele, me desculpando. Ele aquiesceu discretamente. — ...
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Comentários da Fanfic 202
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Vondy Forever❤ Postado em 20/02/2020 - 19:32:55
Nossa eu amei essa história do começo ao fim, e uma história linda de amor e de superação e bastante engraçada. Amei a tia Berê ter casado com o médico que acompanhou o seu caso no final. Abraços..
wermelinnger Postado em 29/02/2020 - 17:02:59
Oii eu tambem amei esse final feliz para a tia Bere. Obrigada por ler e comentar Beijinhos
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ana_vondy03 Postado em 18/02/2020 - 17:40:58
Aaaaa eu não acredito que acabou! Vou dar uma passadinha lá nas outras histórias! Simplesmente adorei o final da história, bem q poderia ter uma continuação né? Kkkkk
wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:38
Pois É nem eu acredito:( passa sim tenho certeza que vai adorar
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mari_vondy Postado em 18/02/2020 - 10:31:29
Ai que final lindo, dona Berenice se deu bem. Vondy finalmente juntos, tão fofo. Amei a fanfic
wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:06
Pois É dona Berenice finalmente realizou seu sonho de casar. Que bom que gostou
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ana_vondy03 Postado em 17/02/2020 - 13:19:11
Hahahaha amei a reconciliação! Aaaa eu n qro q acabe, vou sentir mta falta de ler a história! Continuaaa amoreee S2
wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:56
Eu tmb vou sentir falta
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mari_vondy Postado em 17/02/2020 - 10:30:22
continuaaaaaaaaa, que reconciliação mais fofa, amei
wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:55
Gostou? Tambem achei fofo!!
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ana_vondy03 Postado em 15/02/2020 - 12:04:59
Naaaao cara tô chorando aqui! O Christopher eh um fofo! Espero q agora ela perdoe ele! Continuaaa amoreee S2
wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:36
Ele quando nao tá sendo um idiota É um fofo mesmo
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mari_vondy Postado em 15/02/2020 - 08:45:02
continuaaaaaaaaa, aí Dulce vai atrás dele logo kk ansiosa pelos próximos capítulos
wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:08
Continuando
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ana_vondy03 Postado em 14/02/2020 - 13:10:15
Não tinha pensado q a Dulce era o alvo da Samantha, mas do msm modo ela tava louca kkkkk continuaaa amoreee S2
wermelinnger Postado em 15/02/2020 - 07:40:09
Quando eu li eu também não imaginav que era esse motivo Continuando
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mari_vondy Postado em 14/02/2020 - 10:34:21
continuaaaaaaaaa, tadinho do Christopher, ainda bem que Samantha vai ficar bem longe agora
wermelinnger Postado em 15/02/2020 - 07:39:18
Continuando....
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mari_vondy Postado em 14/02/2020 - 09:12:49
continuaaaaaaaaa, posta outro sim, nem imaginei que a Samantha queria era a Dulce, Vondy tem que se acertar logo
wermelinnger Postado em 14/02/2020 - 09:37:13
Prontinho... depois posto a continuação do cap