Fanfics Brasil - Capítulo 45 - Dulce Mentira Perfeita - Vondy - adaptada

Fanfic: Mentira Perfeita - Vondy - adaptada | Tema: vondy adaptada


Capítulo: Capítulo 45 - Dulce

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   Eu estava absolutamente dolorida enquanto arrastava os pés pelo corredor da L&L em direção ao elevador. Havia passado quase a noite toda devassando
minha máquina, com Américo pendurado em meu ombro.
   Hector se juntou a nós depois de um tempo e ambos assistiram repetidas vezes ao vídeo gravado pela minha câmera-espiã. Guto me ligou nesse momento, e tive de me desculpar, pois havia esquecido completamente que marcara com ele. Expliquei que tive problemas no trabalho e voltaria a ligar no dia seguinte, se tudo corresse bem.
Christopher também me mandou uma mensagem:
Está td bem?
Respondi que sim, que estava na L&L e pedi que avisasse à tia Berê que eu ia
chegar tarde.
   Hector estava furioso, me fez milhares de perguntas sobre Samantha.
   Não contei a eles que eu desconfiava de que a motivação da garota fosse uma
paixão doentia pelo meu... por Christopher.
    Hector e Américo logo pularam para teorias de conspiração — o que fazia muito mais sentido —, e não demorou para que meu chefe levantasse a suspeita de que ela andava trabalhando para um concorrente. A diretoria seria acionada; uma reunião de emergência seria marcada para o dia seguinte.
   Não foi exatamente uma surpresa encontrar o Honda de Christopher estacionado quase na entrada da L&L, e me senti extremamente grata.
   — Então, como foi? — ele perguntou assim que entrei.
  — Um pesadelo, Christopher. — Soltei um pesado suspiro. — E eu acho que foi
apenas o começo.
    — Vou te levar para comer alguma coisa, e então você me explica tudo com
calma.
   Sacudi a cabeça, exausta.
  — Só quero ir pra casa, se estiver tudo bem.
   Christopher me estudou por um longo segundo, e eu devia estar mesmo um
bagaço, pois ele não discutiu enquanto ligava o carro e tomava o caminho do seu apartamento.
  — Então... — ele começou, o belo rosto iluminado pelo painel do carro. — Vai me contar o que descobriu?
   Com um suspiro, comecei a narrar tudo o que tinha acontecido desde que eu saltara do seu carro. Ele balançava a cabeça vez ou outra, mantendo os olhos na estrada, e não deixou transparecer nenhum reconhecimento quando mencionei Samantha.


   — Você tem alguma ideia de por que essa moça fez isso? — ele perguntou.
Me diz você.
   — Deve ser como o seu Hector falou. Ela estava trabalhando para algum concorrente.
   — Você não acredita nisso.
  — Eu... hã... — Levei as mãos ao cabelo embaraçado depois de toda aquela chuva. Eu queria perguntar o que havia acontecido entre ele e Samantha, mas
estava cansada demais. — É impressão sua.
   Seus lábios se contraíram, formando uma linha fina reprovadora, mas ele não
insistiu, e dirigiu calado o restante do trajeto.
   Depois de deixar o carro na garagem do prédio, ele e eu fomos para o elevador, e encontramos o porteiro ali.
  — Ah, srta. Dulce! Que bom que eu a encontrei — seu Emerson foi dizendo. —
Encontraram a pantufa da sra. Berenice.
   — Que pantufa?
 — A que ficou enroscada entre o elevador e a parede do fosso. Foi por isso que o elevador parou ontem. Só que o sapato está destruído. Posso jogar fora, né?
  — É... É claro. — Não era possível. Ela não tinha feito isso!
  O elevador chegou, e eu e Christopher entramos. Assim que a cabine se fechou,
ele me encarou, a diversão e a perplexidade duelando em seu semblante.
  — Me diz que ela não fez isso de propósito. — Ele deu risada, incrédulo. — Me diz que ela não fez o único elevador deste prédio parar só para que eu não
pudesse voltar para casa e tivesse que passar a noite em outro lugar com você.
  — Eu... — Eu adoraria poder negar. Realmente adoraria. Recostei-me na
parede fria, mordendo o lábio. — Eu não sei. Tomara que não.
  — Meu Deus! — exclamou Christopher, correndo a mão pelo cabelo, rindo.
   As portas do elevador se abriram, assim como a do apartamento. Tia Berenice estava usando sua camisola verde-clara estampada de vaquinhas. Corri para abraçá-la, afundando a cabeça em seu pescoço com cheirinho de alfazema e de tia Berê.
   — Tia! A senhora não devia ter me esperado acordada.
  — Eu não esperei. Só levantei para tomar um copo de água e ouvi o elevador. Ah, meu amor, o Christopher me disse que você teria que trabalhar até mais tarde, mas não pensei que seria até tão tarde. Conseguiu resolver tudo?
  — Sim, claro. Vem, vou ajudar a senhora a voltar para a cama.
  — O Christopher mencionou que dessa vez era um problema bem grave — ela
insistiu.
  — Deu tudo certo. Pode dormir tranquila.
  — Que bom, meu amor. — Ela tocou meu rosto ao chegarmos ao quarto. — Fico mais tranquila. Não quero que se chateie por qualquer assunto que seja.
   Eu a ajudei a se deitar e a cobri com o lençol. 


  — Ah, quase esqueço. Encontraram uma das suas pantufas no fosso do elevador.
  — Ora, então foi lá que eu perdi. Saí para conhecer o jardim do prédio. Disseram que era bonito, mas não é... E só percebi que estava sem uma delas
quando cheguei em casa. — Seus olhos se fecharam. Não parecia culpada. Talvez tivesse sido um acidente, afinal. — Esses malditos remédios me transformaram numa máquina de roncar. Não consigo manter os olhos abertos.
   — Descanse, tia. Amo você.
  Ela não respondeu, pois já estava dormindo. Decidi tomar um banho, e ao
passar pela sala ouvi uma movimentação na cozinha. Fui para o banheiro e fiquei
um bom tempo sob a água, deixando o calor desmanchar os nós na musculatura
do pescoço, mas não ajudou muito. Quando terminei, encontrei a casa em
silêncio, embora a luz da cozinha ainda estivesse acesa.
  Hesitante, repousei a mão na maçaneta e a girei. Christopher estava arrumando a mesa.
  — Feche a porta — ordenou em voz baixa. — Não quero acordar sua tia de novo. Preparei uma coisa para você comer. Está com fome?
  — Não muita. — Mas, ao olhar para os sanduíches sobre a mesa, meu estômago roncou alto.
   Christopher riu de leve e puxou a cadeira.
  — Vem, senta aqui e come.
  Seu pequeno gesto me emocionou profundamente. Eu estava tão habituada a cuidar de alguém que era estranho que se desse o contrário.
  Tentei agradecer, mas não consegui.
  — Coma. Não precisa ter medo. Sou um cozinheiro razoável. Pode confiar em mim. — Ele empurrou em minha direção um prato com um sanduíche de peito
de peru, queijo, mostarda e alface.
Eu o observei por um longo instante.
  — Christopher, não quero que você me entenda mal, mas eu preciso saber o que
rolou entre você e a Samantha.
  — O quê?
  — Eu não perguntaria se não fosse tão importante. — Eu me desculpei, mortificada. — Ela ficou muito mexida quando soube que você e eu... que nós estávamos... bom... você sabe. — Contei o que havia acontecido no elevador enquanto mordiscava o sanduíche.
  — Você acha que eu me envolvi com essa garota que tentou te ferrar? — Uma
sombra obscureceu seu olhar. — Você deduziu que eu magoei essa moça e que
ela estava se vingando de mim usando você? — E se empertigou um pouco.
   Eu me encolhi de leve, abandonando a comida.
— A Maite me contou que você... bom... acordou a vida. Me pareceu lógico.


 Ele esfregou o rosto, parecendo magoado.
  — Dulce, eu nem sei qual delas é a Samantha!
   Observei seu rosto, da maneira como sua boca se contraía à raiva que chispava naqueles olhos sempre tão profundos, e que agora refletiam uma
franqueza indissolúvel.
  — Eu acredito em você, Christopher.
  Américo e Hector deviam estar certos. Samantha estava tentando prejudicar a
empresa. Provavelmente usara meu terminal porque me achava uma tola,
incapaz de descobrir sua fraude. Sendo honesta, ela teria mesmo sido a última
pessoa em quem eu pensaria.
  — Acredita? — Sua expressão mudou, seu olhar se tornou quente e capturou o
meu.
  Concordei com a cabeça, lentamente.
Sua mão deslizou pelo tampo da mesa, até encontrar a minha. Ele a levou aos lábios. Minha pele se incendiou no mesmo instante, uma chama ardente
lambendo meu corpo dos pés à cabeça.
  — Acho melhor... eu... humm... — Era muito difícil tentar formular uma frase
quando ele continuava a beijar meu pulso, chegava mais perto e continuava
subindo até alcançar a dobra do cotovelo. Quem poderia imaginar que aquele pedacinho de pele fosse tão sensível? — Christopher...
  — Humm... — Ele continuou com a carícia, agora na parte de dentro do meu
braço.
  — Nós combinamos... — comecei, mas me detive quando ele me puxou para perto e alcançou meu pescoço. Tudo o que pude fazer foi enredar os dedos
naquele cabelo sedoso.
  — Combinamos o quê? — Mordiscou minha orelha. — Combinamos o quê, Pin? — Sua língua traçou o desenho do lóbulo.
  Ahhhhhh!
  — Eu... eu não sei. — Fechei os olhos. — Estou confusa.
  — Eu também estou confuso. E lidar com isso tem sido um inferno, já que a
confusão só vai embora quando estou com você assim. — Com delicadeza, ele
me incitou a ficar em pé entre ele e a mesa, sua mão grande envolvendo minha cintura.
  Inclinando-se para a frente, ele beijou minha barriga e delicadamente suspendeu a camiseta do meu pijama, beijando meu estômago, minhas costelas, meu umbigo.
  — Quando você está comigo — continuou —, não há confusão. Tenho certeza de tudo.
  — Tudo o quê? — Apoiei as mãos em seus ombros largos. A essa altura minha
respiração voava.
  Ele levantou o olhar para mim. Uma mecha negra lhe caiu sobre um dos olhos de turmalina. Eu a empurrei para o lado.
— Tudo o que realmente importa, Pin.



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Autor(a): wermelinnger

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Comentários do Capítulo:

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  • Vondy Forever❤ Postado em 20/02/2020 - 19:32:55

    Nossa eu amei essa história do começo ao fim, e uma história linda de amor e de superação e bastante engraçada. Amei a tia Berê ter casado com o médico que acompanhou o seu caso no final. Abraços..

    • wermelinnger Postado em 29/02/2020 - 17:02:59

      Oii eu tambem amei esse final feliz para a tia Bere. Obrigada por ler e comentar Beijinhos

  • ana_vondy03 Postado em 18/02/2020 - 17:40:58

    Aaaaa eu não acredito que acabou! Vou dar uma passadinha lá nas outras histórias! Simplesmente adorei o final da história, bem q poderia ter uma continuação né? Kkkkk

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:38

      Pois É nem eu acredito:( passa sim tenho certeza que vai adorar

  • mari_vondy Postado em 18/02/2020 - 10:31:29

    Ai que final lindo, dona Berenice se deu bem. Vondy finalmente juntos, tão fofo. Amei a fanfic

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:06

      Pois É dona Berenice finalmente realizou seu sonho de casar. Que bom que gostou

  • ana_vondy03 Postado em 17/02/2020 - 13:19:11

    Hahahaha amei a reconciliação! Aaaa eu n qro q acabe, vou sentir mta falta de ler a história! Continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:56

      Eu tmb vou sentir falta

  • mari_vondy Postado em 17/02/2020 - 10:30:22

    continuaaaaaaaaa, que reconciliação mais fofa, amei

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:55

      Gostou? Tambem achei fofo!!

  • ana_vondy03 Postado em 15/02/2020 - 12:04:59

    Naaaao cara tô chorando aqui! O Christopher eh um fofo! Espero q agora ela perdoe ele! Continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:36

      Ele quando nao tá sendo um idiota É um fofo mesmo

  • mari_vondy Postado em 15/02/2020 - 08:45:02

    continuaaaaaaaaa, aí Dulce vai atrás dele logo kk ansiosa pelos próximos capítulos

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:08

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 14/02/2020 - 13:10:15

    Não tinha pensado q a Dulce era o alvo da Samantha, mas do msm modo ela tava louca kkkkk continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 15/02/2020 - 07:40:09

      Quando eu li eu também não imaginav que era esse motivo Continuando

  • mari_vondy Postado em 14/02/2020 - 10:34:21

    continuaaaaaaaaa, tadinho do Christopher, ainda bem que Samantha vai ficar bem longe agora

    • wermelinnger Postado em 15/02/2020 - 07:39:18

      Continuando....

  • mari_vondy Postado em 14/02/2020 - 09:12:49

    continuaaaaaaaaa, posta outro sim, nem imaginei que a Samantha queria era a Dulce, Vondy tem que se acertar logo

    • wermelinnger Postado em 14/02/2020 - 09:37:13

      Prontinho... depois posto a continuação do cap


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