Fanfics Brasil - Capítulo 57 - Dulce - parte II Mentira Perfeita - Vondy - adaptada

Fanfic: Mentira Perfeita - Vondy - adaptada | Tema: vondy adaptada


Capítulo: Capítulo 57 - Dulce - parte II

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 Fui para o quarto. Meu pé derrapou no piso quando parei de repente ao ver a porta do quarto dele se abrir. Christopher surgiu sob o batente, os cabelos ainda molhados, vestindo jeans e camiseta vermelha. Soltei o ar com força.
   Ele ainda era enlouquecedoramente lindo.
  O olhar de Christopher percorreu meu corpo de alto a baixo, e eu tentei manter a postura. Até lembrar que estava vestindo uma blusa de Magda!
 Passei a mão nos cabelos, numa tentativa de parecer mais apresentável. Ah, que se dane. Eu não estava ali para impressioná-lo, de todo jeito.
  — Pensei que você tivesse saído — acusei.
  — Acabei me enrolando na fundação e cheguei mais tarde do que previ. Vou me encontrar com o Poncho e o Nick. Mas não se preocupe, já estou de saída.
  Dei de ombros, abrindo a porta do quarto onde eu e minha mãe tínhamos vivido por algumas semanas. Peguei as malas no canto e as coloquei sobre a cama, imediatamente puxando as roupas das gavetas e as enfiando de qualquer jeito na bagagem.
Christopher me observava da porta, exatamente como fizera no dia em que eu estava no mesmo cômodo, também com malas sobre a cama, mas fazendo o trabalho contrário. Aquilo me deixou um pouco nervosa, e muito atrapalhada.
  Acabei por derrubar algumas peças mais de uma vez.
  — Eu soube que a sua tia conseguiu o transplante — Christopher comentou. — Como ela está?
  — Ótima. Em alguns meses vai poder ter uma vida absolutamente normal.
  — Que bom. Fico feliz.
  Em menos de vinte minutos, eu verificava as gavetas, agora vazias.
  Certo. Peguei tudo.
  Fechei as malas e puxei a alça de uma, colocando-a no chão sobre as rodinhas. Fiz o mesmo com a outra e, com dificuldade, comecei a arrastá-las enquanto equilibrava as duas mochilas. Christopher  saiu do caminho e eu me embananei no corredor, as rodinhas se enroscando. Uma mão grande tocou a minha, enviando ondas elétricas por todo o meu corpo. Eu me afastei do toque imediatamente.
  Que droga! Meu corpo idiota ainda não havia entendido que eu não estava mais apaixonada por ele.
Porque eu não estava.
Não estava. Não estava. Não estava!
— Deixa eu te ajudar. — Ele puxou a bagagem com agilidade e desenroscou as rodinhas, liberando as malas. — Você veio sozinha?
  — É, o Christian teve que ir numa palestra.
— Ah... — murmurou. Algo no que eu disse o desagradou. — Então acho que vou te levar em casa antes de ir para o meu compromisso.
De jeito nenhum.
— Obrigada. Não mesmo, obrigada.


  Ele suspirou.
— Dulce, como você vai entrar no ônibus com toda essa bagagem?
— Eu me viro. Aqui está a chave. — Coloquei-a na beirada da estante da sala.
  — Ééééé... Tchau.
— Dulce, espera — ele chamou quando eu já empurrava a última mala para fora do apartamento. Mantive os olhos no chão. — Você está bem?
  — Ótima.
  — Estou falando sério. Você precisa de alguma ajuda com a sua tia, ou talvez com o contrato com a Allure? Porque eu posso conseguir um bom advogado pra você.
— Eu preferiria decepar minha mão direita a aceitar sua ajuda. — Chamei o elevador.
— Não era para ser assim. — Ele suspirou. — Não quero que você pense em mim como uma pessoa ruim. Só... muita coisa aconteceu e eu não tenho certeza se fiz a coisa certa.
O elevador chegou. Coloquei as malas lá dentro enquanto Christopher segurava a porta. Entrei e apertei a letra T.
  — Você nunca mais vai olhar para mim? — desafiou.
 Ergui a cabeça e meu coração deu uma cambalhota. Ele era tão lindo que doía. Mas parecia cansado, meio abatido. Em seus olhos verdes cristalinos faiscava uma emoção que, um mês antes, eu teria acreditado ser verdadeira.
— Eu realmente espero que não — falei.
Ele trincou o maxilar e abriu a boca, mas as portas se fecharam. Eu me apoiei nas paredes frias e soltei o ar com força. Tudo bem, eu havia sobrevivido a esse encontro. Agora nós poderíamos nos encontrar na rua e fingir que não nos conhecíamos, como sempre acontece com ex-amantes quando o romance acaba mal.
  Depois de uma boa briga com as malas para fazê-las chegar ao ponto, pensei que estava com sorte ao ver um ônibus encostar tão depressa. No entanto, o motorista, depois de dar uma bela olhada na minha bagagem, fechou a porta e partiu acelerado. O segundo fez a mesma coisa. O terceiro nem chegou a parar.
  Abri a mochila e contei o dinheiro que tinha. Uma corrida de táxi até minha casa custaria o equivalente a nossa conta de água. Fechei a carteira e a guardei.
 Tudo bem. O próximo ônibus pararia, com certeza.
  Um Honda prata passou do outro lado da avenida, fez uma manobra que eu tenho quase certeza de que era ilegal, então parou bem onde eu estava. O vidro desceu e a cara de Christopher apareceu.
  — Tem certeza que não quer uma carona?
  Outro ônibus se aproximava.
— Tenho! — Juntei as malas e endireitei os ombros.
O ônibus passou direto. Que droga!


— Eu acho que você está perdendo tempo. — Christopher coçou a nuca. — Ele nem parou.
— E como ia parar, se você está com esse carro estúpido no meio docaminho?
Ele se virou para a frente, mas ouvi o ploc da porta sendo destravada. A tampa do porta-malas se ergueu ligeiramente. Foi nesse instante que começou a chover.
  Cansada, encharcada, furiosa, os óculos embaçados.
  Quer saber? Eu podia muito bem entrar naquele carro e fazê-lo ir até o fim do mundo, onde ficava minha casa. A viagem seria insuportável, mas ficar esperando uma condução que nunca pararia seria pior, ainda mais àquela hora da noite. Era pedir para ser assaltada, mesmo debaixo de chuva. Ele me deviaisso!
 Joguei tudo no bagageiro e entrei no carro. Christopher  engatou a marcha e acelerou.
— Como andam as coisas na L&L? — ele perguntou depois de um tempo.
Dei de ombros, olhando pela janela.
Eu o ouvi bufar.
 — Dulce, as coisas não precisam ser assim. Eu sei que te magoei, mas nós podemos ser civilizados.
— Eu estou sendo civilizada. Não te mandei ir pro inferno nenhuma vez.
— Ainda — ele reclamou.
Mais silêncio. Dessa vez um beeeem longo.
— Você não vai perguntar como é que eu estou? — ele quis saber.
— Não.
— Não está interessada?
Não respondi. Porque eu estava preocupada com ele, mesmo que não quisesse. Ele parecia tão abatido. Teria relação com o que o deixara tão irritado no dia em que quase nos afogamos? Porque obviamente não podia ser por minha causa. Ele tinha aquela morena boazuda para esquentar sua cama.
  Ah, claro. Como eu era idiota. Devia ser por isso que ele parecia tão exausto.
 — Qual é, Dulce? O que custa perguntar? Nem que seja por educação?
Suspirei, exasperada, ainda olhando para fora.
— Como você está, Christopher?
— Eu estou bem.
— Que bom.
O farol fechou. O tic-tic-tic da seta ligada e o ush, ush, ush dos limpadores de para-brisa eram os únicos sons dentro do carro.
— Sabia que o elefante é o único animal com quatro joelhos virados para a frente? — Christopher  soltou.
Ergui os ombros, os olhos fixos na calçada. É claro que eu sabia.
— A Terra fica cem quilos mais pesada todo dia, devido à queda de poeira espacial. Sabia disso? E as minhocas podem ter até nove corações. E a Paris Hilton calça quarenta e três.
Eu o encarei, me perguntando se, por acaso, ele havia batido a cabeça e perdido o juízo.
— É sério. Baita pezão. — Ele riu, um pouco nervoso. — Sabia que, se um tubarão ficar muito tempo de cabeça pra baixo, ele entra em coma?
— Sério? — Eu não queria perguntar, juro que não. Mas foi mais forte do que eu.
— Supersério — assentiu energicamente, um vislumbre de sorriso lhe repuxando o canto da boca. — Ah, você vai adorar essa. A Torre Eiffel fica quinze centímetros maior no verão.
— Por causa da dilatação.
— É! E a Coca-Cola seria verde se não adicionassem corantes... — Ele continuou contando aquelas coisas absurdas durante toda a viagem.
Eu não queria ter me mostrado tão interessada, mas o que podia fazer?
Ele pegou no meu ponto fraco: cultura inútil era sempre divertido.
Quando dei por mim, ele já estacionava em frente à minha casa.
— Humm... Obrigada pela carona.
— Sempre às ordens. Você acha que é tarde para uma visita? — Olhou para a janela da sala às escuras.
— Provavelmente. Minha mãe anda dormindo um bocado esses últimos dias. Por causa dos remédios.
— Sua mãe? — Ele pareceu surpreso.
Ergui os ombros.
Desci do carro, indo para a parte traseira a fim de retirar a bagagem e amontoá-la na calçada. A chuva havia se transformado em uma fina garoa.
  — Peguei tudo. — Fechei o porta-malas.
Sua cabeça apareceu na janela do motorista.
— Esqueci de te falar qual é a mentira mais contada no mundo.
Eu me aproximei da janela.
— E existe uma? — eu quis saber. Ele fez que sim. — Qual é?
— É “eu estou bem” — proferiu, em tom soturno.
Ele me encarou por um minuto inteiro antes de acelerar, me deixando ali, no meio da rua, sob a garoa, assistindo-o dobrar a esquina, me perguntando se eu havia entendido o que acabara de acontecer.



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Autor(a): wermelinnger

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A casa estava em completo silêncio quando entrei. Deixei a bagagem logo naentrada, investigando.— Mãe?— Aqui em cima!Eu a encontrei no quarto, dobrando roupas e as colocando sobre a cama.— Eu faço isso, mãe. A senhora devia estar deitada!— Estou cansada de ficar sem fazer nada. Olha, não é adorável? &mda ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 202



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  • Vondy Forever❤ Postado em 20/02/2020 - 19:32:55

    Nossa eu amei essa história do começo ao fim, e uma história linda de amor e de superação e bastante engraçada. Amei a tia Berê ter casado com o médico que acompanhou o seu caso no final. Abraços..

    • wermelinnger Postado em 29/02/2020 - 17:02:59

      Oii eu tambem amei esse final feliz para a tia Bere. Obrigada por ler e comentar Beijinhos

  • ana_vondy03 Postado em 18/02/2020 - 17:40:58

    Aaaaa eu não acredito que acabou! Vou dar uma passadinha lá nas outras histórias! Simplesmente adorei o final da história, bem q poderia ter uma continuação né? Kkkkk

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:38

      Pois É nem eu acredito:( passa sim tenho certeza que vai adorar

  • mari_vondy Postado em 18/02/2020 - 10:31:29

    Ai que final lindo, dona Berenice se deu bem. Vondy finalmente juntos, tão fofo. Amei a fanfic

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:06

      Pois É dona Berenice finalmente realizou seu sonho de casar. Que bom que gostou

  • ana_vondy03 Postado em 17/02/2020 - 13:19:11

    Hahahaha amei a reconciliação! Aaaa eu n qro q acabe, vou sentir mta falta de ler a história! Continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:56

      Eu tmb vou sentir falta

  • mari_vondy Postado em 17/02/2020 - 10:30:22

    continuaaaaaaaaa, que reconciliação mais fofa, amei

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:55

      Gostou? Tambem achei fofo!!

  • ana_vondy03 Postado em 15/02/2020 - 12:04:59

    Naaaao cara tô chorando aqui! O Christopher eh um fofo! Espero q agora ela perdoe ele! Continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:36

      Ele quando nao tá sendo um idiota É um fofo mesmo

  • mari_vondy Postado em 15/02/2020 - 08:45:02

    continuaaaaaaaaa, aí Dulce vai atrás dele logo kk ansiosa pelos próximos capítulos

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:08

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 14/02/2020 - 13:10:15

    Não tinha pensado q a Dulce era o alvo da Samantha, mas do msm modo ela tava louca kkkkk continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 15/02/2020 - 07:40:09

      Quando eu li eu também não imaginav que era esse motivo Continuando

  • mari_vondy Postado em 14/02/2020 - 10:34:21

    continuaaaaaaaaa, tadinho do Christopher, ainda bem que Samantha vai ficar bem longe agora

    • wermelinnger Postado em 15/02/2020 - 07:39:18

      Continuando....

  • mari_vondy Postado em 14/02/2020 - 09:12:49

    continuaaaaaaaaa, posta outro sim, nem imaginei que a Samantha queria era a Dulce, Vondy tem que se acertar logo

    • wermelinnger Postado em 14/02/2020 - 09:37:13

      Prontinho... depois posto a continuação do cap


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