Fanfics Brasil - Capitulo 22 - Christopher Mentira Perfeita - Vondy - adaptada

Fanfic: Mentira Perfeita - Vondy - adaptada | Tema: vondy adaptada


Capítulo: Capitulo 22 - Christopher

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    Anahí e Mariana arrumavam o armário do quarto do meu apê naquela tarde de sábado. Poncho apertava os parafusos do varão da cortina do banheiro enquanto eu terminava de instalar as barras de apoio dentro do boxe.
    Quando terminei, apoiei o cotovelo nelas, testando a resistência. Firmes como pedra.
    — Certo, terminei aqui. — Meu irmão sacudiu a barra, que também se manteve estável. — O que falta ainda?
    As barras no vaso sanitário e na pia já estavam prontas, minha mobília chegara e cada coisa havia sido colocada no devido lugar.
    — Acho que falta guardar toda aquela tralha de cozinha nos armários e acabamos. — Esfreguei o punho na testa, me livrando do suor.
    Fomos para a cozinha, e levou menos de meia hora para que tudo estivesse no lugar. Quando terminamos, fomos para a sala. Mari e Anahí se jogaram no meu novo sofá.
    — Deus, estou quebrada.
    — Eu ofereceria uma cerveja agora, mas ainda não deu tempo de gelar. — A geladeira havia sido uma das últimas coisas a serem entregues.
    — E você pretende passar a noite aqui mesmo assim? — Mari suspendeu a cabeleira e a prendeu com um elástico no topo da cabeça.
    — Claro. Já está tudo em ordem. O que acham de pedirmos alguma coisa pra comer?
    — E quanto a sua cuidadora? — Poncho quis saber, de cara amarrada.
    — Eu não sabia se ia conseguir colocar tudo em ordem hoje, então ela começa amanhã — improvisei.
    — É alguém que a gente conheça? — Mari perguntou.
    — Não. Vocês não conhecem. Alguém tá a fim de uma pizza? Porque a gente precisa comemorar meu primeiro apê. Vou aproveitar e pedir umas geladas.
    Comida sempre era um assunto que causava debate, de modo que minha cuidadora foi esquecida por eles. Mas não por mim. Dulce não me saía da cabeça, e eu ainda sentia aquele nó na boca do estômago ao pensar naquele beijo. Não era algo que se pudesse ignorar.
    Diabos, eu havia jurado que seria um perfeito cavalheiro, que faria Dulce mudar de opinião a meu respeito, para não ficar sempre tão desconfiada quando eu estivesse por perto. E, claro, beijá-la cumpriria esse objetivo, hein?
    Idiota! Tremendo idiota!    
    É óbvio que desejei poder beijá-la mais de uma vez naquele jantar. Ao vê-la toda atrapalhada, as mãos delicadas tentando equilibrar o sanduíche, foi uma delas. E depois que ela o abocanhou e gemeu, lenta e profundamente? Ora, todo tipo de coisa surgiu em minha cabeça. Todas elas envolviam Dulce nua. Quando o canto de sua boca ficou sujo de mostarda, eu desejei poder lambê-lo e continuar vivo. E, claro, ela ter se oferecido para me ajudar com a mudança, mesmo estando sem tempo nem para almoçar, e dar de ombros como se não fosse nada de mais, me fez pensar: É oficial. Estou ferrado. E eu não queria — não podia — sentir aquelas coisas. Não ainda.
    Aquela garota iria me matar um dia desses. Eu não tinha dúvidas.
    Lá no restaurante foi fácil manter os desejos e minhas mãos sob controle, com toda aquela gente em volta e uma mesa entre nós dois. Ao ficarmos a sós no carro, porém, sem nada no caminho, eu a flagrei olhando para mim daquele jeito, como se eu fosse...
    Como se eu fosse alguém atraente de verdade. E foi aí que perdi a cabeça. De repente eu a tocava. De repente eu a beijava. E, meu Deus, ela era tão doce, sua entrega tão comovente.
Juro que não tinha a intenção de me demorar. Queria apenas prová-la, conhecer seu gosto, mas então a língua dela se insinuou por entre meus lábios, e perdi o controle de vez.
    Qual é? Se uma garota enfia a língua na minha boca, desperta o homem das cavernas que existe dentro de mim. Simples assim.
    Só percebi meu erro quando nossas bocas se separaram, e seu corpo todo ficou tenso. Ela estava assustada; se com a própria resposta àquele beijo ou com a minha, eu não sabia. Talvez as duas coisas. Eu tinha estragado tudo.
    — Que foi? Por que está bufando? — A voz do meu irmão penetrou meus ouvidos e me trouxe de volta para o presente.
    — Só lembrei de uma coisa que eu não devia ter feito. Agora já era. Mais uma? — Apontei para a latinha em sua mão.
    Eles ficaram até bem tarde, em parte porque Poncho parecia relutante em ir embora. Foi como no meu primeiro dia no jardim da infância.
    — Pode me ligar a qualquer hora — ele disse, depois que Anahí insistiu pela terceira vez que queria ir para casa dormir.
     — Eu sei. Vou ficar bem. Você sabe que eu nunca tive medo do bicho-papão.
    — Estou falando sério. Eu chego aqui em cinco minutos, Christopher.
    — Valeu. Pode ir tranquilo, Poncho. Não vou fazer nada tão perigoso quanto a Anahí tentando cozinhar. Só vou tomar um banho e cair na cama.
    Ele ficou me encarando por um minuto inteiro, como se doesse me deixar para trás. Esfregando a nuca, soltou o ar com força.
    — Ok, boa noite. E me...
    — Liga se precisar de qualquer coisa. Já sei.
    Eles tomaram o elevador, e eu esperei que as portas se fechassem para então entrar em casa.
    A minha casa.
    Andei pelos cômodos, me familiarizando com a disposição dos móveis, o espaço, os sons. Eu tinha conseguido. Estava por conta própria a partir de agora. Enchi o peito, olhando para a mobília que eu ainda não reconhecia como minha, me sentindo orgulhoso e assustado ao mesmo tempo.
    Acredito que seja assim que as pessoas se sentem quando se veem pela primeira vez no comando da própria vida. Era bom. 
    Recolhi algumas latinhas que Anahi e Mari haviam deixado sobre a mesa e as levei para a cozinha. Tentei lavar os pratos que havíamos usado, mas a cadeira ficava longe demais e eu acabei todo molhado. Eu tinha que dar um jeito naquilo o mais rápido possível.
    Então, depois de cuidar da louça, fui tomar banho, estranhando um pouco o jeito como a luz refletia nos azulejos brancos estampados de azul, o tempo que a água demorava para aquecer, o som que o puxar das cortinas produzia.
    Assim que fiquei limpo, fui para o quarto. A mudança havia acabado comigo, e tudo o que eu queria era cama. Dei uma olhada no celular, na esperança de que houvesse algum recado de Dulce. Eu tinha lhe enviado uma mensagem commeu novo endereço no dia anterior, mas tudo que ouvi dela foi silêncio. Eu estava louco para contar que estava deitado em uma cama paga com o meu dinheiro, com lençóis ainda cheirando a goma, e que o encanamento da cozinha fazia um barulho engraçado. Mas não fiz isso. Eu a tinha assustado, e pressioná-la só serviria para afastá-la ainda mais.
    Suspirando, deixei o telefone na mesa de cabeceira e apaguei a luz. A quietude se abateu sobre o quarto. Tudo calmo.
    Calmo demais.


 


 


 


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Autor(a): wermelinnger

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Comentários do Capítulo:

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  • Vondy Forever❤ Postado em 20/02/2020 - 19:32:55

    Nossa eu amei essa história do começo ao fim, e uma história linda de amor e de superação e bastante engraçada. Amei a tia Berê ter casado com o médico que acompanhou o seu caso no final. Abraços..

    • wermelinnger Postado em 29/02/2020 - 17:02:59

      Oii eu tambem amei esse final feliz para a tia Bere. Obrigada por ler e comentar Beijinhos

  • ana_vondy03 Postado em 18/02/2020 - 17:40:58

    Aaaaa eu não acredito que acabou! Vou dar uma passadinha lá nas outras histórias! Simplesmente adorei o final da história, bem q poderia ter uma continuação né? Kkkkk

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:38

      Pois É nem eu acredito:( passa sim tenho certeza que vai adorar

  • mari_vondy Postado em 18/02/2020 - 10:31:29

    Ai que final lindo, dona Berenice se deu bem. Vondy finalmente juntos, tão fofo. Amei a fanfic

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:06

      Pois É dona Berenice finalmente realizou seu sonho de casar. Que bom que gostou

  • ana_vondy03 Postado em 17/02/2020 - 13:19:11

    Hahahaha amei a reconciliação! Aaaa eu n qro q acabe, vou sentir mta falta de ler a história! Continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:56

      Eu tmb vou sentir falta

  • mari_vondy Postado em 17/02/2020 - 10:30:22

    continuaaaaaaaaa, que reconciliação mais fofa, amei

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:55

      Gostou? Tambem achei fofo!!

  • ana_vondy03 Postado em 15/02/2020 - 12:04:59

    Naaaao cara tô chorando aqui! O Christopher eh um fofo! Espero q agora ela perdoe ele! Continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:36

      Ele quando nao tá sendo um idiota É um fofo mesmo

  • mari_vondy Postado em 15/02/2020 - 08:45:02

    continuaaaaaaaaa, aí Dulce vai atrás dele logo kk ansiosa pelos próximos capítulos

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:08

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 14/02/2020 - 13:10:15

    Não tinha pensado q a Dulce era o alvo da Samantha, mas do msm modo ela tava louca kkkkk continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 15/02/2020 - 07:40:09

      Quando eu li eu também não imaginav que era esse motivo Continuando

  • mari_vondy Postado em 14/02/2020 - 10:34:21

    continuaaaaaaaaa, tadinho do Christopher, ainda bem que Samantha vai ficar bem longe agora

    • wermelinnger Postado em 15/02/2020 - 07:39:18

      Continuando....

  • mari_vondy Postado em 14/02/2020 - 09:12:49

    continuaaaaaaaaa, posta outro sim, nem imaginei que a Samantha queria era a Dulce, Vondy tem que se acertar logo

    • wermelinnger Postado em 14/02/2020 - 09:37:13

      Prontinho... depois posto a continuação do cap


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