Fanfics Brasil - Capítulo 32 - Christopher Mentira Perfeita - Vondy - adaptada

Fanfic: Mentira Perfeita - Vondy - adaptada | Tema: vondy adaptada


Capítulo: Capítulo 32 - Christopher

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Alguém bateu na minha cabeça. Anahi, e não foi por acidente. Eu tinha ido até a casa deles para tentar ocupar a cabeça, ou acabaria enlouquecendo.
   Não que estivesse funcionando, claro.
   — Você ouviu uma palavra do que eu disse? — minha cunhada perguntou, irritada.
   Claro que não.
   — Claro que sim. Você estava falando sobre o casamento.
   Ela me olhou desconfiada, mas deixou por isso mesmo.
   — Aquela maluca da Melissa — falou Anahí — sugeriu colocar umas pombas na hora da troca de alianças. Consegue imaginar uma coisa dessas? Eu não ia
parar de rir!
   — Se você não gosta das ideias dela, por que a contratou?
   — Porque a Mari me obrigou! Ela disse que era a melhor, mas, sei lá, Christopher, a garota só dá ideias que não têm nada a ver comigo e... tudo a ver com a Mari.
   — Bom, a culpa não é dela, é? Você deixou a Mari no comando de tudo. Essa
Melissa só está tentando fazer você feliz.
   — É, pode ser, mas mesmo assim eu não quero pombas voando em cima dos convidados. Imagina se uma delas resolve... — ela recomeçou a falar e eu me desliguei da conversa outra vez.
   Não fiz de propósito, juro que não. Mas minha mente começava a vagar para os acontecimentos da noite passada — aqueles em meu quarto, antes de eu ter
agido feito um grande babaca e tido a péssima ideia de fazer a coisa certa, para
variar. É claro que Dulce não tinha entendido nada. Como poderia, se nem eu mesmo entendia?
    — Christopher! — Anahí chamou.
   — O quê?
   — Você continua não me ouvindo!
   — A costelinha está pronta. — Poncho apareceu na sala com um pano de prato sobre o ombro, equilibrando três latas de cerveja. Deus seja louvado!
   — Ainda bem! — Ela se levantou. — Estou quase passando mal de fome. Vem, Christopher.
   — Comam vocês.
Anahi se deteve, virando a cabeça para me encarar, boquiaberta.
   — Como é? — meu irmão perguntou, sem saber se deveria rir ou se preocupar.
    — Tô sem fome — resmunguei. — Mais tarde eu como alguma coisa.
   — Você tá legal? — Anahi pousou a mão em minha testa.


   — Claro. Por que não estaria?
    Mas foi Poncho quem respondeu:
   — Você não nega comida. — Ele chegou mais perto. Aproveitei para pegar uma lata. — Nunca!
   — Meu estômago não está lá essas l coisas hoje. — Assim como minha cabeça
e o centro do meu peito. Eu já tinha me conformado que não estava tendo um
infarto. Mas devia ter outra coisa, porque estava doendo pra caralho.
  — Christopher... — Meu irmão se sentou na mesa de centro, de frente para mim,
colocando as duas latinhas de lado. — Isso tem alguma coisa a ver com... hoje de manhã?
   — Você quer dizer a briga com a namorada? — Anahi quis saber.
   — Você tem a língua muito comprida, Poncho. — Olhei feio para ele. — E eu não estou namorando ninguém.
   — Ah. — Poncho apoiou os cotovelos nos joelhos e uniu as mãos entre eles. — Vocês não se entenderam.
   — Algo assim. — Abri a cerveja, apreciando o sussurro agudo, o aroma do malte pairando no ar. Era disso que eu precisava.
   — Por que não me conta o que aconteceu? Quem sabe eu consiga ajudar.
   — Eu fiz o que devia fazer, Poncho. E por causa disso ela não quer mais me ver.
    Porque eu fiz a coisa certa.
    — Isso nunca dá certo — Anahi gemeu.
   — Pois é. — Fixei os olhos na latinha em minha mão. — E eu não quero mais falar sobre isso.
   Levei a cerveja à boca, mas, antes que eu pudesse tomar um gole, meu celular vibrou no bolso da calça. Eu o peguei e senti um espasmo no peito ao ver a foto da garota tímida de olhar profundo me encarando por trás dos óculos.
   Eu não sabia ao certo o que ela queria,  se havia mudado de ideia ou não, mas ela havia feito a coisa certa quando foi embora. Ela merecia mais.
   Eu podia entender isso agora. Então, por que diabos ela estava me ligando?
   Tomei fôlego e apertei o botão para atender.
   — Alô — falei, o mais distante que pude.
— Christopher... — Sua voz estava trêmula. A resolução de me manter indiferente se esfarelou. — Por favor, me ajude. Por favor! Eu preciso... — mais soluços — ... de você.
   — O que aconteceu?
    — Eu não sei! A tia Berenice não está... ela não está conseguindo...
   Cacete!
    — Chego aí em dez minutos. — Desliguei, colocando a lata intocada na mesa de centro e já pegando a chave do carro. — Preciso ir — disse a Anahi e Poncho .
   — Por quê? O que está acontecendo? — Meu irmão ficou de pé.
   — Eu não sei. — Bati a cadeira em um canto do sofá ao manobrá-la. — Uma amiga precisa de mim, Poncho. A gente se fala depois.
   — Era ela? — Ele vinha logo atrás quando alcancei a porta.
   Fiz que sim uma vez.
   Ele se recostou no batente e enfiou as mãos nos bolsos da calça.
    — Certo. Se precisar de mim, você sabe que pode contar comigo. Para qualquer coisa.
   — Eu sei, Poncho. Mas é ela quem precisa de ajuda agora. — Deus, não permita que eu chegue tarde demais. Não permita que eu falhe com ela outra vez.
    Entrei no elevador e em poucos minutos estava no carro, acomodando o
trambolho no banco do carona. Devo ter tomado algumas multas por excesso de
velocidade no caminho, mas o que importa é que consegui chegar até a casa de Dulce em onze minutos.
   Mal tive tempo de desligar o motor e a porta do sobradinho verde se abriu.
Dulce, com a tia pendurada no ombro, passou pela varanda em um vestido longo branco de festa. Ela estava tão linda que tive de piscar algumas vezes para me assegurar de que eu não estava fantasiando. Ela era real. Mas aonde ia, vestida daquele jeito?
   Abandonei as conjecturas ao ver sua dificuldade para amparar Berenice, seu
esforço extremo para que seu corpo delicado e pequeno suportasse o peso das duas.
Trinquei os dentes, socando o volante com raiva. Impotente. Eu estava impotente. Levei a mão às rodas da maldita joça, pensando que Dulce poderia usá-la para trazer a tia até o carro, mas ela já estava na metade do caminho.
   Chegaria ao veículo antes que eu terminasse a montagem. Cacete.
   Dulce e a tia passaram pelo portão e eu destravei as portas. Quando a mulher finalmente entrou no carro, percebi como ela estava mal. Sua pele brilhava por conta do suor, em um tom cinzento de causar calafrios.
   — Dona Berê — murmurei, por culpa do nó na garganta.
    — Meu querido...
   Dulce se sentou ao lado dela, batendo a porta. Dei uma olhada rápida em seu rosto. Ela estava meio verde, como se fosse vomitar a qualquer instante.
   — Sabe onde fica o hospital? — Ela não esperou por uma resposta, foi logo
dizendo o endereço.
   — Coloquem o cinto — ordenei a elas, engatando a marcha.
   Passei em todos os faróis amarelos e em um vermelho. Dulce não pareceu se
dar conta disso, segurando Berenice com cuidado, aparando sua cabeça, acariciando os cabelos dela para longe da testa. Por duas vezes meu olhar se
encontrou com o seu no retrovisor. Eu queria dizer que tudo ficaria bem, mas não queria mentir para ela. Então apenas fiz um meneio com a cabeça, a que ela correspondeu com um apertar de lábios.
   Ao chegar ao hospital, embiquei o carro na área de desembarque, ficando a poucos metros da entrada. Dulce desceu antes mesmo que eu desligasse o motor e passou ventando pelas portas automáticas.
   Abri minha porta e comecei a montar o trambolho.
   — Aguenta aí, dona Berenice.
   Sua mão fria e trêmula tocou meu ombro. Girei a cabeça e encontrei os olhos fundos da mulher.
   — Preciso falar com você, meu querido.
   — Vamos conversar sobre o que a senhora quiser, depois que for atendida.
Ela balançou a cabeça, os olhos fechados com força.
   — Tem que ser agora.
   Ah, não. Não morra agora!
    Eu me apressei na montagem da maldita cadeira. Colocaria a mulher no colo e a levaria para dentro, se fosse o caso.
   — Eu sei, Christopher — ela sussurrou.
A roda que eu tentava encaixar na base caiu no chão. Inferno!
   — Sabe o quê? — perguntei, me inclinando com a ajuda do cinto de segurança para pegar a peça.
    — Tudo! — ela disse, num choramingo doloroso e preocupante que me fez olhar para ela outra vez. Sua expressão era grave. — Eu sei a verdade, Christopher. Sobre você e a Dulce.
Ah, caralho.


 


 


 Ixiii tia Bere sabe de tudo :O   



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Autor(a): wermelinnger

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    Passei pela porta automática do hospital feito um raio e fui direto para arecepção.   — Por favor, eu preciso... — fui dizendo, mas a garota de coque bem feito levantou a mão, me cortando.    — Um momento, por favor. — Pegou o telefone que tocava.   — Mas eu preciso...  ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 202



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  • Vondy Forever❤ Postado em 20/02/2020 - 19:32:55

    Nossa eu amei essa história do começo ao fim, e uma história linda de amor e de superação e bastante engraçada. Amei a tia Berê ter casado com o médico que acompanhou o seu caso no final. Abraços..

    • wermelinnger Postado em 29/02/2020 - 17:02:59

      Oii eu tambem amei esse final feliz para a tia Bere. Obrigada por ler e comentar Beijinhos

  • ana_vondy03 Postado em 18/02/2020 - 17:40:58

    Aaaaa eu não acredito que acabou! Vou dar uma passadinha lá nas outras histórias! Simplesmente adorei o final da história, bem q poderia ter uma continuação né? Kkkkk

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:38

      Pois É nem eu acredito:( passa sim tenho certeza que vai adorar

  • mari_vondy Postado em 18/02/2020 - 10:31:29

    Ai que final lindo, dona Berenice se deu bem. Vondy finalmente juntos, tão fofo. Amei a fanfic

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:06

      Pois É dona Berenice finalmente realizou seu sonho de casar. Que bom que gostou

  • ana_vondy03 Postado em 17/02/2020 - 13:19:11

    Hahahaha amei a reconciliação! Aaaa eu n qro q acabe, vou sentir mta falta de ler a história! Continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 19/02/2020 - 07:14:56

      Eu tmb vou sentir falta

  • mari_vondy Postado em 17/02/2020 - 10:30:22

    continuaaaaaaaaa, que reconciliação mais fofa, amei

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:55

      Gostou? Tambem achei fofo!!

  • ana_vondy03 Postado em 15/02/2020 - 12:04:59

    Naaaao cara tô chorando aqui! O Christopher eh um fofo! Espero q agora ela perdoe ele! Continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:36

      Ele quando nao tá sendo um idiota É um fofo mesmo

  • mari_vondy Postado em 15/02/2020 - 08:45:02

    continuaaaaaaaaa, aí Dulce vai atrás dele logo kk ansiosa pelos próximos capítulos

    • wermelinnger Postado em 17/02/2020 - 13:08:08

      Continuando

  • ana_vondy03 Postado em 14/02/2020 - 13:10:15

    Não tinha pensado q a Dulce era o alvo da Samantha, mas do msm modo ela tava louca kkkkk continuaaa amoreee S2

    • wermelinnger Postado em 15/02/2020 - 07:40:09

      Quando eu li eu também não imaginav que era esse motivo Continuando

  • mari_vondy Postado em 14/02/2020 - 10:34:21

    continuaaaaaaaaa, tadinho do Christopher, ainda bem que Samantha vai ficar bem longe agora

    • wermelinnger Postado em 15/02/2020 - 07:39:18

      Continuando....

  • mari_vondy Postado em 14/02/2020 - 09:12:49

    continuaaaaaaaaa, posta outro sim, nem imaginei que a Samantha queria era a Dulce, Vondy tem que se acertar logo

    • wermelinnger Postado em 14/02/2020 - 09:37:13

      Prontinho... depois posto a continuação do cap


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