Fanfic: Behind The Cameras | Tema: Camren, Camila Cabello, Lauren Jauregui, Cabello-Jenner, Kardashian

Durante o caminho, elas foram dialogando, e a dos olhos castanhos, estava em uma em uma ansiedade sem tamanho, o que deixava Lauren animada, muitas vezes gargalhando das coisas que Camila falava, uma vez que nessa curiosidade, ela supôs tantas coisas, tantos lugares, mas nem perto de onde elas verdadeiramente iriam. Quando saíram de NY, Camila ficou com medo, em partes.

Camila: Lauren, é sério, agora eu estou ficando com medo. -Os olhos arregalados em direção a morena que conduzia- Você está me sequestrando e eu nem me dei conta?

Lauren: Oh criatura chata, você hein? -Inquiriu gargalhando após ouvir a hipótese de ela estar sequestrando aquele Little Gnome-

Camila: Olha, meus pais são capazes de tudo para ter minha pessoa de volta. -Falou toda presunçosa-

Lauren: Eu não sei como eles te aguentam. -Trocou a música que tocava e então, deu início a um clássico do Ed Sheeran, Give Me Love-

Camila: Eu só não reclamo que mudou a música, porque entrou o Ed e ele é o dono do meu coração. Mas enfim, a minha mãe por exemplo não aguenta.

Lauren: Como assim? Pelo programa dá para ver uma mãe protetora, amorosa... -Falou se aludindo ao KUWTK-

Camila: E ela não deixa de ser tudo isso e muito mais, porém, ela as vezes nos sufoca com tanta proteção e mais que isso, ela não aceita o fato de eu viver como eu acho melhor.

Lauren: E eu achando que a Khloé era a rebelde da família. -Riu suavemente pelo nariz-

Camila: Ela é, mas nem tanto, já que no final, a empresária dela ainda é a mamãe, sendo assim, algumas vezes, ela não pode ir contra, justamente por ser a mamãe, mas eu não, eu busquei outra pessoa para preocupar-se com a minha imagem e isso foi algo que dona Kris abominou.

Lauren: Comigo já existiu esse fato de proteção exorbitante, por parte de mãe. Ainda mais quando eu disse que queria cantar, e em partes eu concordava com ela, mas nesses momentos, os pais precisam nos apoiar certo?

Camila: Claro, afinal estamos acompanhando o nosso coração. Mas o que ela fez? -Virou-se no banco para poder admirar melhor, Lauren -

Lauren: Ela, meio que me coibiu de ir fazer a audição no X-Factor, porém, meu adorado pai, ama burlar as regras e foi comigo em direção a esse sonho. Eu fiz a inscrição e minha mãe até aí, nem sonhava, pois que segundo ela, esse sonho deveria deixar para ser realizado somente após a conclusão do ensino médio, porém, eu fui aceita e aí ele teve que saber, pois eu teria de me deslocar em direção a Greensboro, para fazer a audição oficial.

Camila: Omg! -Disse rindo levemente- Ela disse o que?

Lauren: Ah, a princípio foi um choque, para ela e toda a família. Meus irmãos adoraram, porque mesmo eu nem tendo feito a audição, eles tinham a mais plena convicção de que a irmã mais velha deles, seria um sucesso. Você acredita se eu disser que eles já planejavam status em cima da minha possível futura carreira? -Falou indignada, mas ainda assim rindo, coisa que extraiu uma gargalhada gostosa de Camila-

Camila: Mas no final, é uma linda autobiografia! Eu acho linda a sua perseverança, digo, eu não sei se teria audácia de ir assim contra minha mãe, afinal, você tinha o que? Quinze ou dezesseis anos!?

Lauren: Dezesseis, tinha acabado de completar, tecnicamente. Fui lá, com a cara e a coragem e cantei If I Ain’t Got You da grande Alicia Keys, de quem sou mega fã. E bom, o final, ainda não chegou e espero que delongue muito, mas sobre o presente você tem conhecimento e posso dizer, que eu estou feliz, ainda que não seja o final. -Riu ao olhar para Camila-

Elas já estavam a chegar no destino final, sendo assim, conhecendo bem demais o caminho, Lauren fez uma curva suave a sua direita na NY-28 W, e com essa curva, ficavam faltando apenas em torno de cento e cinquenta e dois metros e meio.

Lauren: E você, como se descobriu cantora? Kenny nunca me contou! -Observou Camila abrir um lindo e sincero sorriso-

Camila: Minha família por parte de pai, sempre foi bem festiva, sempre gostou de celebrar tudo e sempre nessas comemorações, eles cantam, dançam e afins, que no final, é algo comum da cultura deles que é a cultura latina americana.

Lauren: Sei bem, minha família tem pé em Cuba!

Camila: Exatamente, esses países de lá são bem festivos e animados. E bom, meu pai sabe tocar violão, então, as vezes ele chegava cansado do trabalho, mas ainda assim, tocava uma música para mim. Nem todos sabem, mas mesmo eu vindo da família Kardashian Cabello-Jenner, eu sofri certo bullying, pois que eu sou a que mais puxou para o meu pai, dentre as Cabello-Jenner, quer dizer, eu sou quem mais tem traços cubanos, que hoje não demonstram tanto, porém já foi algo bem acentuado.

Lauren: Hoje você já se parece mais com suas irmãs, mas certa vez eu estava vendo fotos da Kendall quando criança, com a família e você os lembrava, mas não tanto. -Concordou com a cabeça-

Camila: Justamente. Então, voltando, eu cantava para amigos mais próximos, até mesmo no clube do teatro da escola, onde eu consegui fazer alguns amigos, mas de forma alguma tinha coragem de cantar para minha família. A primeira vez que meu pai me ouviu cantar, eu deveria ter uns doze anos, mas para isso acontecer, ele teve que se enfiar no meu closet, porque com a presença de algum familiar, eu simplesmente travava, até hoje eu fico vacilante quando alguém da minha família, vai me ver cantar. -Lauren assentiu ainda concentrada na estrada- Meu pai, mesmo tendo uma pose de durão, chorou como criança, ao meu ver cantar, pois ele havia me ensinado a tocar violão, mas nunca tinha me visto cantar. Foi depois desse episódio que eu mostrei a minha família, esse dom que Deus havia me dado. Mamãe como sempre exagerada, me levou em uma gravadora, que até então eu não sabia da sua importância, mas era a Syco que tipo, tem parceria com a Epic e foi lá, que eu ouvi o meu primeiro não. Creio que você saiba do que estou falando... -Afinal, Lauren já esteve nessa gravadora e sabe bem como as coisas são complexas por lá, tanto que tentou até que conseguiu sair-

Para Camila não é tão simples contar isso, pois ela ficou bem abalada diante do não tão grande e firme que levou, sendo apenas uma garota de quatorze anos, mas que tinha determinado sonho.

Camila: Aquele não que eu recebi lá, foi tão grande que ele ficou tatuado em meu coração. Mamãe, teve pretensão de acabar com a gravadora, não em si por ser com sua filha, mas com fato deles estarem traumatizando uma criança, quebrando um sonho. -Seus olhos marejaram na hora isso não passou desapercebido por Lauren, já que ambas não usavam mais os seus óculos escuros, tanto que essa, colocou sua mão na coxa esquerda da Cabello-Jenner- Eu passei quase um ano sem ingressar no estúdio, pois papai havia feito um estúdio para mim, lá em casa, a princípio eu levava mais na brincadeira, e quando entrei, foi para gravar Cinderella. Algumas pessoas ficaram cogitando a possibilidade de entrar na gravadora do Kanye, mas lá, é algo mais voltado para rappers. E bom, foi quando eu lancei, mas foi algo na esportiva, digo, sem uma expectativa, soltei em uma rede social e o pessoal da Sony Music Entertainment me contatou, por isso que eu sempre fiquei mais aqui em NY depois. -Camila havia entrado para Sony e não para suas afiliadas, como Epic e Syco, ou seja, ela ficou na “matriz”-

Lauren: Definitivamente é algo triste, eu passei por isso também, porque eu não ganhei o programa, mas eu tive apoio do Simon Cowell e L.A. Reid, contudo, as coisas não foram fáceis, eles são pessoas excelentes, mas as gravadoras em si... -Negou com a cabeça e por fim continuou o raciocínio- Não são todos os produtores que topam trabalhar com novatos, afinal, é um certo risco para eles, porque é uma pessoa desconhecida, então, teoricamente, você tem que tentar a primeira música na sorte e a depender dela, eles vêm para sugar sua alma, seu dinheiro e as vezes, sugam até o seu sonho.

Camila: Exatamente, hoje eu dou graças a Deus por estar na Sony, porque foi lá que eu conheci o Roger, meu empresário e tipo um pai, e sempre fui bem tratada. Quando você saiu da Syco/Epic, vimos a forma como eles tratavam seus empregados, well, da Sony eu só tenho a agradecer, não tenho nada a falar contra, mas as extensões que tem laços com eles, nem sempre são as melhores.

Lauren: Eu posso dizer que foi uma das melhores coisas que fiz, foi sair de lá. -Parou um pouco, respirou e falou em seguida- Fica triste não, Camz, olha o tanto de coisa que você conquistou. -Friccionou a mão na coxa da outra que riu levemente- Hoje você está apenas lá?

Camila: Não necessariamente, você conhece e sabe como isso acontece. -Lauren fez um som nasal em assentimento- Estou lá, o que me inclui também, na Universal.

Lauren: Está vendo, sua história começou complicada, mas está linda. Olhe para trás e sinta orgulho, não tristeza.

Camila: E você? -Perguntou vendo a mais velha dobrar na Oliverea Rd-

Lauren: Em termos de gravadora? Bom, atualmente estou com a Universal, Island que é uma extensão, por assim dizer e todas as aquisições da Universal, tecnicamente.

Camila: Isso é bom, quer dizer, isso facilita uma plausível parceria entre nós duas. -Explanou rindo, mas animada com a notícia-

Lauren: Pois é, quem sabe em breve, não? -Foi enigmática, mas a verdade é que ela tem uma pequena carta na manga- Enfim chegamos, criaturinha!

Camila: Uau!

Ela disse vendo Lauren manobrar o carro, parando em uma determinada área e logo foi tirando o cinto, Camila fez o mesmo. Ali, Lauren conseguia sentir o ar puro entrar por seu nariz. Camila saiu boquiaberta, diante da vista que é simplesmente perfeita. Lauren arrodeou, indo em direção ao porta malas, trazendo consigo a cestinha que havia preparado com ajuda de Ally.

Camila: Isso aqui é puramente perfeito! -Dizia abobalhada, pois de fato essa é a verdade-

Lauren: Também acho, sempre que quero paz, venho aqui. Gosto de pensar que aqui é o meu cantinho, não necessariamente sair por aí espalhando aos quatro ventos, mas considero aqui o meu cantinho.

Camila: Não tenho palavras para descrever isso aqui, é lindo, nossa olha essa vista Lolo! -Disse excitada, causando uma risada em Lauren- Acho que aqui conseguiremos conversar em paz.

Lauren: Penso o mesmo.