Fanfic: Cem maneiras de matar você | Tema: Assassino de aluguel

 Naquela noite não era possível ver a lua nem as estrelas, eu me encontrava na varanda de meu quarto observando as nuvens carregadas que aos poucos demonstravam que uma tempestade estava por vir, por algum motivo observar o céu me acalmava, mesmo que ele não estivesse estrelado.

 Como havia sido um dia cansativo decidi ir para a cama mais cedo, não estava com animo para navegar na internet e nem para jogar no meu videogame, tudo o que eu queria naquele momento era relaxar enquanto escutava minhas musicas preferidas. Deitei em minha cama, coloquei meus fones, dei play em minha playlist e fechei os olhos, aguardando que finalmente caísse em sono profundo.

 Consegui dormir, porém fui acordado por um grito agudo vindo do quarto de minha mãe, rapidamente me levantei e olhei no relógio de meu celular, eram duas da madrugada, bocejei enquanto caminhava até o interruptor, apertei para acender a luz de meu quarto, porém nada aconteceu, pelo visto a tempestade havia feito a luz acabar.

“Deve ter sido apenas outro pesadelo, ela anda tendo muitos ultimamente.”

 Pensei enquanto voltava em direção a minha cama, porém novamente ela gritou e fui obrigado a mudar de ideia, precisava saber o que estava acontecendo. 

“Espero que não seja nenhuma barata, seria realmente estupido ela ficar berrando desse jeito por causa de um pequeno animal.”

 Quando abri a porta de meu quarto senti um leve arrepio que me paralisou por alguns segundos, fiquei parado em frente a porta enquanto observava o corredor que continuava escuro como de costume, porém naquela noite algo estava diferente, por algum motivo eu não queria ir ao quarto dela.  

“O que é isso? Será que estou com um mal pressentimento? Que bobagem, isso não faz sentido.”

 Comecei a caminhar aos poucos, minhas pernas pareciam mais pesadas que o de costume, era como se meu corpo se recusasse a continuar andando, como se estivesse suplicando para que eu não continuasse. Já fazia algum tempo que tudo estava silencioso, me perguntava se ela havia adormecido novamente.

 Assim que cheguei ao quarto, percebi que a porta estava entreaberta, abri ela aos poucos, porém não conseguia ver nada, o quarto estava escuro demais.

— Mãe? A senhora está bem? Acordei com os seus gritos.

 Recebi a resposta, porém não era a voz de minha mãe. Quando me dei conta estava sendo erguido pelo pescoço, sabia que era um homem pelo tom da voz, porém não consegui ver o seu rosto devido a escuridão.

— Muito bem, quer falar com sua mãe? Então vou te mandar para o mesmo lugar que ela se encontra agora.

 Eu entrei em pânico, queria gritar, mas não conseguia, queria sair, mas meu corpo não se movia. Vários pensamentos me vieram naquele momento, quem era ele? O que ele queria? Será que era algum ladrão? Me mandar ao mesmo lugar que ela? Será que minha mãe estava morta?

— Q- quem é você? Por que está fazendo isso?

 O homem deu um sorriso macabro, mas não disse nada, apenas apertava cada vez mais o meu pescoço. Ele parecia ansioso para me matar.