Fanfic: Encruzilhada - AyA | Tema: Ponny, Hot

POV Poncho

Chegamos no Hotel Grand Fiesta Americana Coral Beach e ela se dirigiu até o balcão da luxuosa recepção enquanto eu carregava as malas.

- Bom tarde, tenho uma reserva no nome Colucci.

Não acreditei quando ouvi aquilo. Ela tinha acabado de dizer seu sobrenome. Eu poderia descobrir tanta coisa sobre ela com uma rápida busca por Colucci nos arquivos da polícia e do governo.

- Um documento de identificação, por favor. – Pediu o recepcionista.

Ela lhe entregou sua identidade, que ele checou e devolveu.

- Aqui estão as chaves das duas suítes, Sra. Colucci. – O funcionário lhe entregou dois cartões-chave. – Pode deixar suas malas aqui, o mensageiro vai levá-las.

Entramos no elevador e ela apertou o botão do último andar, o 48º. Estávamos em completo silêncio naquele demorado trajeto de subida, o único som que se ouvia era a irritante música ambiente. O elevador era panorâmico, então me virei para olhar a espetacular paisagem da praia.

Quando me virei de novo, notei que ela me encarava.

- Não fique muito animado, o nome é falso. – Disse com um sorriso de canto.

Ela tinha me pego outra vez.

- Eu nem tinha prestado atenção no nome que você deu na recepção, não tenho nenhum interesse em saber. – Falei pouco convincente.

Ela começou a rir.

- Eu finjo que acredito.

As portas se abriram no último andar e já no corredor ela me deu uma chave.

- Seu quarto é o 4802. Eu vou estar logo ao lado, no 4801.

Fiquei um pouco decepcionado. Nem sei porque, mas eu tinha uma remota esperança de que pudéssemos dividir um quarto, depois do que aconteceu entre a gente. Mas ela estava deixando bem claro que não gostaria de repetir a experiência.

- Hoje eu não vou precisar de você, tenho umas coisas para fazer sozinha. Então tome o resto do dia para curtir a praia, ou seja lá o que você gostaria de fazer. – Disse antes de fechar a porta da sua suíte na minha cara.

Se ela pensava que iria se livrar de mim assim tão fácil, estava tremendamente enganada. Eu iria segui-la e descobrir enfim que missão era essa em que estávamos.

Esperei em meu quarto pelo mensageiro com a minha mala, dei-lhe a gorjeta e abri prontamente a bagagem. Peguei um óculos de sol e um boné para me disfarçar um pouco, além de trocar de roupa.

Desci e a esperei em um canto discreto da recepção. Peguei um jornal e fingi estar lendo-o para esconder meu rosto. A cada 10 segundos eu olhava por cima do jornal para ver se ela tinha aparecido.

Após o que pareceu uma eternidade parado ali, comecei a me perguntar se ela realmente iria descer, e quando eu estava pensando em desistir e voltar para minha suíte, ela surgiu.

Caminhou até uma Ferrari 458 vermelha que estava estacionada em frente a entrada. Tinha um homem uniformizado junto ao carro, a quem ela pagou uma quantia de dinheiro e então ele lhe deu a chave do automóvel.

Corri para pegar um taxi que estava deixando uns hóspedes ali e disse ao motorista para seguir a Ferrari.

Tive de pedir diversas vezes para o senhor dirigir mais rápido ou iríamos acabar perdendo-a de vista. Como essa mulher gostava de correr.

Ela parou com o carro no estacionamento do Hotel Iberostar Cancún e se dirigiu em seguida ao restaurante à beira-mar que ali tinha.

Tive que ficar observando-a da praia, já que não teria como pagar por nada naquele caríssimo local.

Ela se sentou sozinha em uma mesa e pediu somente um drink, que logo chegou. Tirou aquele mesmo livro de psicologia, que lia no avião, de dentro da sua bolsa e começou a ler ali.

Estranhei sua atitude. Por que iria a um restaurante só para ler? Então me dou conta de que ela não estava usando seus óculos de leitura, sendo assim não conseguia realmente ler. Ela estava somente fingindo, mas não sei o porquê.

Depois de alguns minutos, um homem que aparentava ter aproximadamente 40 anos, se aproximou dela e perguntou se podia lhe fazer companhia. Ela aceitou e repousou o livro sobre a mesa. O homem pediu outro drink para ela e então começaram uma conversa que mais parecia flerte.

Ele as vezes tocava em sua mão e ela sorria. Já Anjo, sempre que podia mordia o lábio de maneira muito sedutora e pude notar também que roçou seu pé na perna do homem por debaixo da mesa.

Eu fiquei estranhamente irritado por vê-la seduzindo outro e precisei ser muito forte para me conter e não ir até eles para acabar com aquilo.

Após um tempo, ele pediu a conta e depois de pagá-la, levou Anjo até o carro dele no estacionamento do hotel.

Procurei desesperado por um taxi por ali, mas não encontrei nada. Não conseguiria descobrir para onde ela estava indo, nem o que faria com o sujeito. Mesmo que no fundo eu já soubesse exatamente o que ela iria fazer.