Fanfic: Encruzilhada - AyA | Tema: Ponny, Hot

POV Anahí

Eu me levantei de supetão, ainda digerindo o que tinha acabado de ouvir.

- Isso... Isso é... Uma ótima ideia! Nossa, como eu não tinha pensado nisso antes?

- Caramba, eu sei que eu sou bom no que faço, mas eu não tinha noção de que você sentia tanta falta assim das nossas noites juntos. – Ele disse achando graça.

Eu tive que segurar a minha vontade de rir. Por favor, ele nem era tão bom assim.

- Ehn? Você acha que eu quero transar com você? Meu bem, o que você e eu tínhamos já está bem morto e enterrado. O que eu estava querendo dizer e você interpretou mal, é que você me deu uma ideia. Eu vou pedir para o Poncho ir comigo para a Itália e se passar por meu cliente.

- Poncho? Aquele cara que apareceu aqui agora há pouco? – Juanes estava me olhando como se eu tivesse criado uma segunda cabeça.

- E qual o problema?

- Olha, que ele estava afim de você, isso eu já tinha sacado. Mas se alguém me dissesse que Anahí Giovanna iria algum dia se render à um cara, eu nunca iria acreditar. Agora eu até mesmo admiro ele, porque domar você não deve ser tarefa fácil. – Ele começou então a bater palmas, se divertindo com a situação.

- Que porra você está falando? Ninguém me domou não, idiota. Você melhor do que ninguém deveria saber que eu não me submeto à homem nenhum.

- Então por que quer que ele seja o seu cliente?

- Ele não vai ser o meu cliente, entenda isso. Eu só quero que ele finja. - Falei devagar, como se estivesse explicando para uma criancinha.

- Então porque não posso ser eu o seu cliente de mentirinha? Pra quê arrastar o pobre coitado até a Itália quando eu já vou estar lá mesmo? – Ele sorria como se tivesse me pego no flagra.

- Porque... Porque eu acho que levantaria muitas suspeitas se você fosse o meu único cliente. Pensa bem, eu seria a garota nova que mal chega e já consegue a regalia de ter que dar só pro seu cafetão novo e gostoso.

Isso, Anahí. É só inflar o ego dele que então ele para de raciocinar.

- Você acha que as outras garotas pensam isso de mim? – Perguntou todo bobo.

- Ah, claro! Todas as putas devem estar morrendo de vontade de ter um pedacinho de você. – Tive que me segurar para não revirar os olhos.

- É, você tem razão. É melhor mesmo você levar esse Poncho. Bem pensado, Anny. Bem pensado.

(...)

Ouvi alguém bater na porta e, já sabendo que era o Poncho, o mandei entrar. Ele deu uma boa olhada em minha sala, como se procurando por alguém.

- O seu namoradinho já foi embora?

- Ele não é meu namorado, e eu nem sei de onde você tirou essa ideia de que eu tenho algo com ele.

As palavras do Juanes continuavam martelando na minha cabeça.

“Ele estava morrendo de ciúmes de você”.

Será?

- Que seja. Eu queria falar com você sobre uma coisa. – Ele me disse enquanto se sentava de frente para mim.

- Fale, então.

- Bem, eu já estou aqui há algum tempo e eu acho que eu já te dei provas o suficiente da minha lealdade. Eu te ajudei em seus esquemas, você mandou homens me seguirem e não encontrou nada de errado, eu fui cúmplice dos seus 4 assassinatos em Cancún, já não é hora de me dar um voto de confiança?

Eu me recostei na cadeira, achando engraçado que ele estivesse me dizendo isso justo quando eu estava pronta para confiar nele.

- Caso eu te desse esse voto de confiança, com o que você gostaria de trabalhar dentro do esquema?

- Eu não tenho como dizer, eu nem sei quais são todas as outras atividades com as quais vocês estão envolvidos.

- Justo o suficiente. Está bem, eu vou te dizer.

O queixo dele caiu com a surpresa, acho que nem mesmo ele acreditava que eu lhe contaria tudo.

- Tá falando sério?

- Mais sério impossível. Deixe-me ver, por onde eu começo... – Eu peguei de dentro da gaveta um mapa mundi, e o pus em cima da mesa. – Vendemos armas para quase toda a América Latina, com exceção do Chile, Bolívia e das ilhas. – Com uma caneta azul, eu marquei os países com quem tínhamos negócios. – Sequestros só no México, assassinatos encomendados na América Central e leste europeu. – Marquei novamente no mapa. – Lavagem de dinheiro no México e, por fim, prostituição por toda a América menos o Canadá, e também está presente em países como Espanha, França e Itália.

Ao final eu o mostrei o mapa, bastante rabiscado. Poncho parecia que ia ter um troço só de olhar para aquilo.

- Uau, é realmente impressionante.

- E então, com o que você quer trabalhar?

- Hum, não sei. Acho que poderia começar pela prostituição.

Eu sorri.

- Estava torcendo para você dizer isso. Pois bem, nós viajamos amanhã então.

- Espera, eu não estou entendendo nada. Viajar pra onde? – Perguntou confuso.

- Pra Itália. O que acontece é que aquele cara que você viu aqui antes é o chefe de nossas operações na Europa, não o meu namorado. Ele veio aqui para me dizer que suspeita que uma de suas prostitutas está vendendo informações importantes para outra máfia, a Camorra. Ele me propôs de eu me infiltrar como uma puta no bordel e ver o que eu posso descobrir, mas eu vou precisar que você se passe por meu cliente.

- Você tá me pedindo pra transar com você?

Talvez.

- Não, não é isso. Só fingir. O que me diz?

- Eu tô dentro.

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 Tá com cara de que as coisas vão esquentar nessa viagem... hahahah