Fanfics Brasil - Capítulo 2 Meu tudo é você ( PORTINÕN)

Fanfic: Meu tudo é você ( PORTINÕN) | Tema: Portinõn (AyD)


Capítulo: Capítulo 2

479 visualizações Denunciar


 


Faltavam exatamente dois quarteirões para chegar em casa e o sinal estava vermelho. Assim que sai dos estúdios coloquei um CD qualquer pra ver se animava um pouco meu humor me deixando mais descontraída e como sempre deu certo. Já estava balançando a cabeça, batucando o volante e cantando sem me importar se dava pra ouvir alguma coisa do lado de fora. O sinal abriu e eu continuei meu caminho até que entrei pelos portões de madeira estacionando.


Foi só quando sai do carro que percebi que as luzes estavam acesas. Será que minha mãe tinha voltado sem me avisar? Corri para a porta ansiosa a abrindo e fechando-a atrás de mim rapidamente. Ouvi o som baixo da TV ligada e segui o barulho até a sala de vídeo esperando encontrá-la, mas tudo o que encontrei foi Anahí sentada no meu sofá, comendo meu picles e assistindo algum DVD.


 


– Mas que absurdo! - Falei alto me fingindo ultrajada a encarando de cima com as mãos na cintura.


Quando me ouviu e viu o meu drama ficou imóvel sem piscar. Em sua mão direita havia um pedaço de picles que iria direto pra sua boca se não tivesse parado no meio do caminho. Continuei a fuzilando com os olhos até que não aguentamos mais e caímos na gargalhada.


– Você demorou. - Começou ela. - Quando cheguei vi tudo apagado e usei minha cópia. Me desculpe pela invasão mas não dava pra ficar do lado de fora esperando por tanto tempo.


– Você já é de casa - Peguei um picles do pote - É que eu não vi seu carro lá fora e pensei que era minha mãe. - Me deliciei colocando o picles na boca, não tinha percebido que estava com fome.


– Você não viu meu carro porque o "grude" me trouxe.


– Nossa! Novo apelido pra sua irmã. Esse aí eu não conhecia. - Ri da cara de entediada que fazia.


– Babá. Guarda-Costas. Grude. Chulé. Carrapato..


– Ahhh, tá bom. Eu já entendi! - Ergui as mãos em sinal de redenção. - Vamos. Quero comer alguma coisa.


Levantei indo em direção à cozinha sendo seguida de perto e em silêncio, Anahí apenas me observava. Enquanto fatiava o peito de peru pra fazer um sanduíche percebi que ela queria falar algo mas esperava por alguma coisa pra tomar coragem então comecei.


– Você está bem? - Peguei os pães de forma no armário. Ela continuou calada olhando diretamente pra mim como se quisesse achar palavras. - Anahí... - Tentei novamente, ela sorriu.


– Não é nada demais. Não precisa ficar preocupada, mas eu queria te contar uma coisa que eu vi. - Ela brincava com os dedos então parei de olhá-la, pois sabia que ela nunca contaria nada enquanto a encarasse.


– Então diga, estou ouvindo. - Comecei a fatiar um tomate.


– Você já viu duas meninas se beijando? - Meu coração se apertou.


– Por que essa pergunta? - Soltei a faca e a olhei curiosa mas isso a fez travar. Meu coração não iria aguentar, decidi continuar a cortar coisas enquanto ela falava. - Então, por que está me perguntando isso?


– Porque eu vi. E bom, foi nojento. - Meus nervos foram se acalmando aos poucos.


– E são conhecidas as pessoas que você viu? - Tentei soar indiferente continuando com a tarefa em cortar mas...


– Maite e a Angelique - Quase cortei meu dedo.


Fiquei petrificada olhando para minhas mãos enquanto largava a faca imaginando a cena. Não que eu queria imaginar, mas foi um pouco difícil fazer com que as imagens não viessem parar em minha cabeça. Eu achava a Mai completamente retardada, mas ficar com a Angel era nojento. Senti um arrepio e uma ânsia de vômito, mas me controlei esfregando as mãos no rosto e me virei pegando água gelada pra beber. Ao acabar com o copo o bati sobre a mesa e a encarei. Ela permanecia calma, esperando que eu falasse algo mas a única coisa que saiu foi:


– Meus Deus! - Ela deu um sorriso fraco.


– É eu sei, é nojento, e olha que você nem viu em.


– Meu Deus. - Continuei, comecei a andar pela cozinha. - Meu Deus, Meu Deus..


– Você só vai ficar falando isso agora é? - Ela estava começando a perder a paciência então respirei fundo passando minhas mãos pelo cabelo.


– Meu Deus! - Gargalhei ao perceber o que tinha falado. - Desculpa Anie, é que eu não esperava por isso, ainda mais a Maitê. - Acho que meus olhos estavam arregalados. - Quando foi isso?



– Sexta-feira no aniversário de um amigo do Cristian. Elas estavam muito loucas ai começou a tocar uma música mais sensual e a Angél começou a dançar de um jeito sedutor pra Mai. Um garoto que estava com elas disse que seria excitante se as duas ficassem e quando vi as duas estavam se beijando. - Ela fazia cara de nojo e provavelmente eu também já que ao olhar pra mim ela riu.


*********


A noite já estava avançada. Não sabia exatamente a hora, mas tinha a noção de que estávamos no meio da madrugada e por mais que eu tentasse não conseguia pegar no sono. Mais uma noite maravilhosa de insônia. Virei inúmeras vezes em minha gigante cama de casal procurando uma posição confortável a fim de conseguir dormir mas acabei desistindo olhando para o céu artificial de meu quarto. As estrelas em neon pareciam saltar do teto e dançar em minha frente, minha imaginação era tão fértil que às vezes me assustava. Virei o rosto para o meu lado direito e vi Anahí agarrada ao cobertor dormindo profundamente. Como eu a invejava naquele momento, como eu queria abraçá-la e me sentir protegida.


Olhei novamente pra cima levando as mãos ao rosto, apertei os olhos com força enquanto meus dedos massageavam minhas têmporas. Tudo o que eu queria era arrancar aquele sentimento horrível e confuso de dentro do meu peito mas não sabia como. Minha vontade era de sumir, morrer. Várias coisas vinham à minha cabeça como todas as noites e com uma força que desconhecia, eu conseguia ficar firme e não cedia para a voz que soava dentro da minha cabeça: "Ninguém se importa com você" "Você não faz falta" "Nada do que você faz vale a pena".


Eu estava enlouquecendo, essa era uma resposta plausível, mas por quê?


Desisti de tentar dormir e decidi ir arrumar algo para fazer pela casa. Me levantei com cuidado para não fazer barulho e passei pela porta com a maior paciência do mundo. Desci calmamente pela escada e ao passar pela sala vi que eram três e quinze da madrugada, ótimo, agora minha insônia tinha hora marcada pra aparecer. Um sentimento de raiva tomou conta de mim e uma sensação de dor terrível tomava conta do meu estômago. Minha vontade era de gritar, mas ao invés disso inspirei fundo e fui até o mini bar da casa.


Eu não sou muito de beber, mas naquele dia essa era a minha vontade então pelo menos uma vez na vida eu poderia fazer a minha própria vontade, não? Ainda mais sozinha, sem nada e nem ninguém para dizer ou impor algum exemplo de uma das modelos de perfeição da televisa.


Procurei alguma coisa que me agradasse pela garrafa e encontrei um Licor de Menta, pelo menos o cheiro me agradava e ao colocar no copo pude perceber que o liquido era um pouco espesso o que me fazia ter uma leve ideia de que aquilo deveria de ser doce, diferente das bebidas quentes e amargas que particularmente eu não gastava nem um pouco. Levei o copo até a boca e senti o doce sabor da menta, aquilo sim era uma bebida apta para se ficar bêbada. Peguei a garrafa e me dirigi até ao rádio o nivelando em um volume gostoso que ficaria somente naquele ambiente, fechei os olhos balançando levemente a cabeça com a batida da música, o som da guitarra fez meu corpo arrepiar e meus olhos lacrimejarem. Me virei em direção a poltrona, enchi o copo mais uma vez e percebi que ainda tinham restado alguns salgadinhos que estávamos comendo enquanto assistíamos TV. aquilo seria ótimo para cortar um pouco do álcool.


Me inclinei na poltrona e pensei mais uma vez no beijo entre Maitê e Angelique. Joguei o resto da bebida na boca a tomando em um só gole, tornei a encher o copo enquanto contorcia o rosto com a quantidade de álcool que passou pela minha garganta.


– O que você está fazendo?


O som daquela voz me deu um grande susto. Meu coração parou e voltou a bater com tanta velocidade que não sei como ainda continuei viva. Derramei o liquido verde na minha roupa com o sobressalto que dei e me levantei rapidamente na tentativa de não me molhar tanto colocando o copo na mesinha.


Anahí estava no pé da escada me encarando com um olhar confuso. Como ela tinha acordado eu não fazia a mínima ideia, a conhecendo do jeito que a conheço poderia ter caído uma bomba atômica na cidade que ela não acordaria.


– Anie! Assim você me mata do coração. - Me joguei no sofá colocando a mão sobre o peito.


Senti Anahí andando em minha direção mas permaneci com olhos fechados respirando profundamente me recuperando do susto. Esperei que ela falasse alguma coisa mas nada saiu de sua boca. Abri os olhos e a vi ainda de pé olhando diretamente para mim com uma expressão de preocupação estampada no rosto. Continuei encarando esperando alguma reação mas nada aconteceu. Eu ainda esperava por gritos e perguntas, porém não presenciei nada disso.


Ainda em silêncio ela se sentou na poltrona que antes era ocupada por mim e a única coisa que nós duas ouvíamos era a voz do Kurt Cobain ao fundo, aquele silêncio estava me matando. Nós sempre conversávamos sobre tudo, em qualquer momento, independente do que se tratava. Nunca tivemos restrições uma com a outra, sempre sabíamos o que a outra sentia e pensava, mas não era a questão agora. Ela não sabia o que estava acontecendo e eu não queria nem um pouco conversar sobre isso naquele momento.


Enquanto eu travava mais uma luta interna, ela permanecia calada com a mão esquerda apoiando o queixo, suas pernas estavam a mostra por causa do mini short preto que usava para dormir. Pisquei os olhos com força fazendo com que parasse de admirá-las. Subi um pouco mais e vi que usava uma camisa da Madonna que sinceramente já não sabia mais a quem pertencia uma vez que nós duas revesávamos, mas sem dúvida alguma ficava melhor nela do que em mim. Levei minha visão até os olhos castanhos e desisti de ficar calada. Sua expressão estava relaxada mas seus olhos demonstravam tristeza e eu mais do que ninguém sabia ler aqueles olhos.


– Okay Anahí. Pode falar, estou escutando. - Sentei no sofá de maneira que ficasse de frente para ela.


– Dulce, eu acho que quem tem que falar algo é você. - Ela cruzou as pernas apoiando as mãos no joelho.


Ótimo, ela achava e eu tinha certeza de que quem tinha que falar alguma coisa era eu, mas mesmo assim ainda tinha a esperança de que ela gritasse e ficasse tudo bem. Odiava ter conversas sérias, principalmente com ela. Suspirei em sinal de desistência, me levantei indo até ao interruptor e apaguei a luz.


– Dul!


– Desculpa, mas eu acho que é o único jeito de conseguir falar e isso funcionava com você. - Disse me deitando no sofá encarando o teto.


– Eu precisava desse método quando éramos pré-adolescentes. Nós crescemos! - A senti se levantando.


– Não! Fique sentada onde você está e apenas me escute, okay? - Pedi tentando enxergar em meio a escuridão.


– Tudo bem, pode começar.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 11 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

"Há algumas coisas sobre as quais não falamos Melhor continuarmos sem e simplesmente segurar o sorriso Caindo dentro e fora do amor. Envergonhado e orgulhoso Juntos todo tempo..."   ********** O discurso saído de meus lábios foi o mesmo que tinha feito para Ucher. Aparentemente quando se fala uma vez fica mais fácil dizer as pala ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 21



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Kakimoto Postado em 18/01/2018 - 19:03:44

    Dulce tem que deixar de ser frouxaa, tem que falar mesmooo. Continuaaaaaaa

    • Emily Fernandes Postado em 19/01/2018 - 21:40:24

      Dulce não é frouxa Duda. Dulce só tem medo. Apenas isso.

  • Kakimoto Postado em 18/01/2018 - 02:18:32

    UUUU ADMITIUU AEE Meu Portiñon vivissimoooo CONTINUAAAA

    • Emily Fernandes Postado em 19/01/2018 - 21:39:23

      Sim, ela finalmente confessou.

  • ester_cardoso Postado em 15/01/2018 - 21:58:55

    Hey garota de Bauru, gostou do meu retorno? kk Já disse que de suspeita eu não tenho nada, só falo vdds. Vc tbm sabe que é A escritora pra mim neh. Anie e Dul estão tão fofinhas, mas o medo está grande entre as duas, cruzando os dedos e torcendo por elas. Bjs gatinha <3

    • Emily Fernandes Postado em 16/01/2018 - 20:31:14

      Claro que eu gostei do seu retorno. Devo dizer que a pessoa que te consome está me impedindo de ter minha leitora aqui. Mas eu sempre espero vc retornar. Claro que estão fofas elas me fazem lembrar coisas puras. Bjs garota de Campinas.

  • ester_cardoso Postado em 14/01/2018 - 20:26:48

    Hey gatinha passando só pra dizer que vc arrasa e que estou amando a história. Beijos

    • Emily Fernandes Postado em 15/01/2018 - 07:37:19

      Hey, princesa rompeu as férias. Kkkk Já disse que vc é mais que suspeita pra dizer isso. Más como vc sabe. Vc é A leitora, não é... Porém não estou sendo a única responsável por aqui. Bjs garota de Campinas.

  • Lua Postado em 14/01/2018 - 13:24:05

    Estou simplesmente amando!!! História muito envolvente... Tô viciada! Vc podia postar mais de uma capítulo por dia e fazer elas darem pelo menos um beijinho né!? Pelo amor de Deus, continuaaaaa!

    • Emily Fernandes Postado em 15/01/2018 - 07:34:41

      Que bom que a história está agradando, fico feliz. Vou pensar sobre postar mais de um capítulo por dia, porém eu vou postar todos os dias kkk. É sobre o beijo já aconteceu. Acho que até eu já estava agoniada.

  • Kakimoto Postado em 13/01/2018 - 20:50:24

    ELAS ENRROLAM DE MAIS PARA UM BEIJO MEU DEUSSS, Emily, agiliza caraaa... KKKK QUE SDDS DE COMENTAR NAS SUAS FICSS, AAA TO SUPER AMANDO tirando a parte que ta demorando para ter o beijo mesmoo. Love u. Boa Milyy gostei também :)

    • Emily Fernandes Postado em 14/01/2018 - 09:04:54

      Nossa que apressada vc. Entenda que elas estão com medo. Pq tem a amizade em jogo, carreira e o simples fato que elas são famosas. Acho compreensível essa demora. Mas Jajá sai. Esse beijo. Ok. Bjs friend, tbm estava com saudades dessa sua exteria.

  • siempreportinon Postado em 11/01/2018 - 17:56:31

    Quando disse eu gosto assim é porque você termina uma e ja começar outra história sem intervalo.Isso é sensacional! Continue assim!!!

    • Emily Fernandes Postado em 12/01/2018 - 17:47:07

      Assim eu não me aguento ficar sem escrever. Kkkk é mais forte que eu. E sobre a vida é uma arte tenho uma coisa pra Fazer com essa fic. E logo vcs saberão.

  • vivian_silva_96 Postado em 11/01/2018 - 12:34:02

    Adorei a sua fic.

    • Emily Fernandes Postado em 11/01/2018 - 15:36:43

      Você não faz ideia de como eu fico feliz com novos leitores. Espero mesmo que a história te prende do início ao final.

  • siempreportinon Postado em 10/01/2018 - 23:17:04

    Eu gosto assim!!! Já marquei minha presença aqui. Continua

    • siempreportinon Postado em 11/01/2018 - 17:52:32

      Não entendi, nem ligo pra momento rbd meu negócio é Portinon Kkkk ainda vou começar a ler, estou lendo a arte da vida ainda kkkkk

    • Emily Fernandes Postado em 11/01/2018 - 08:51:38

      Vc diz baseada na banda. Kkk Porém tem um detalhe não terá momentos RBD. Sim mais uma vez vc me fará a honra de ler uma fic minha. Obrigada por estar aqui sempre

  • Kakimoto Postado em 10/01/2018 - 23:13:44

    AAAAAAAAA JA AMEIII, TE AMO EMILYY, UHUUU KKKKKKKKKK Voltei guys

    • Emily Fernandes Postado em 11/01/2018 - 08:50:00

      Tbm te amo my friend. Só espero que vc realmente goste


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais