Fanfics Brasil - Cap 15 O Silêncio da Paixão *AyA*Ponny*

Fanfic: O Silêncio da Paixão *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA


Capítulo: Cap 15

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Capítulo Dez


Anahí tentou se virar e afastar, mas Herrera agarrou-lhe o braço e puxou-a de volta.


Parecia tão furioso quanto ela.


— Pegue suas coisas, Lady Anahí. Vamos embora.


Como se atrevia?!, pensou Anahí. Não tinha o direito de defendê-la, de tomar a si assuntos que diziam respeito somente a ela!


Pouco se importando com as dezenas de olhares voltados para ambos, libertou-se e reproduziu o enfático sinal de "não".


Ele nem ligou, embora houvesse compreendido muito bem. Ensinara-lhe aquele sinal, além de muitos outros, e ele aprendera rápido.


— Vou falar com sua cunhada — decidiu Herrera. —, e pedir desculpas a Lady Strathway. Agora, vá pegar suas coisas.


"Não", sinalizou ela novamente, e sentiu os dedos dele em seu braço outra vez.


— Anahí... — pediu ele, em voz baixa, tentando manter a compostura. — Sei que a constrangi, e que amanhã a esta hora toda a corte estará falando de nós, mas se não quiser que Sir Margate e eu protagonizemos uma tragédia, pegue suas coisas e venha comigo agora, antes que ele saia da água. Porque no instante em que ele sair, se ainda puder ficar de pé sem ajuda, eu irei matá-lo!


Anahí pegou seus pertences e, num minuto, acomodava-se no alto faetonte de Lorde Herrera.


Olhou mais uma vez para Lady Strathway, que chorava desconsolada amparada pelas duas filhas, e para a cunhada Catherine, ainda junto da pessoa que acabara de apresentar-lhe antes do início do espetáculo.


Camila não estava muito distante, ao lado do robusto Lorde Axel.


A beira do rio, vários cavalheiros prestavam assistência a Sir Margate, cuja fúria era visível mesmo a distância.


Diante disso, era bom mesmo abandonar o idílico local onde deveria ter acontecido um piquenique perfeito.


Assim que os demais veículos liberaram o caminho, o conde de Herrera pôs em marcha o leve faetonte.


Rodaram em silêncio os cinco primeiros minutos, ambos pensativos.


Convencida de que seu "defensor" podia ter resolvido a questão de maneira menos radical, Anahí cogitava qual a melhor maneira de expressar seu desprazer, se golpeando-o com a sombrinha, de longe a preferida de Camila, ou recusando-se a falar com ele e até mesmo a revê-lo.


A última opção parecia-lhe cada vez mais impossível, à medida que se acalmava. Talvez conseguisse passar um dia, ou mesmo dois, sem vê-lo, mas no terceiro dia sucumbiria.


A essa altura, já estaria desesperada e só o som de sua voz bastaria para fazer seu coração palpitar de prazer.


A constatação era angustiante e, ao mesmo tempo, irrefutavelmente verdadeira.


De algum modo, cometera a imensa tolice de apaixonar-se por um homem que já amava outra mulher.


Um homem que jamais a olharia com interesse, a não ser como amigo e, mesmo assim, em consideração a seu irmão.


Era horrível. O pior acontecimento que poderia ter esperado em sua temporada em Londres.


Sonhara com muitos eventos mágicos ali, mas apaixonar-se não estivera entre eles.


Percebera, havia muito, que jamais teria um marido, pois nenhum homem aceitaria uma mulher incapaz de falar com ele.


Uma vez aceito o fato, planejara de acordo.


Se Vincent não se casasse, assumiria o posto de Senhora de Vincent Hall, dedicando a vida à administração do lar. Seria uma vida solitária, mas nela encontraria satisfação.


Já se Vincent se casasse, pediria a ele que lhe providenciasse uma moradia próxima à escola para surdos-mudos de seu ex-tutor, o Sr. Christian Chávez.


Todos estranhariam o fato de a irmã de um conde tornar-se professora, para ela, porém, seria uma grande alegria.


Até poucos dias antes, tivera apenas essas duas opções de vida a considerar. Agora, vislumbrava mais uma.


Talvez se tornasse a amante de um homem.


Lorde Herrera explicara-lhe que era aceitável à sociedade que uma dama de alta linhagem, casada, arranjasse um amante, ou mesmo vários amantes, assim como um nobre podia ter suas cortesãs.


Ainda que ele não houvesse mencionado damas solteiras, uma moça não-casadoura como ela certamente podia se permitir alguma flexibilidade.


Desde o baile no Vauxhall, percebia que os homens, longe de apenas a admirarem, alimentavam idéias lascivas a seu respeito.


Não só poderia arranjar um amante, como escolhê-lo dentre dezenas de interessados.


O próprio Sir Margate por pouco não se manifestara em alto e bom som naquela mesma tarde. Não que o considerasse, naturalmente, ou qualquer um dos outros que externaram seu desejo.


Existia apenas um homem de quem poderia tornar-se amante, se ele um dia lhe pedisse isso.


O conde de Herrera.


Ele também a desejava, embora fosse educado demais para dizê-lo abertamente.


As vezes, surpreendia-o observando-a, o olhar concentrado em sua boca.


A princípio, aborrecera-se, imaginando que ele quisesse que falasse, após entender, porém, mostrava-se bem mais receptiva.


Amava-o e, ainda que ele jamais fosse sentir algo sequer parecido por ela, bastava saber que poderia significar-lhe algo.


Talvez fosse ignóbil tamanha certeza de uma vida em pecado, mas não se importava.


Considerando sua vida peculiar, tinha de agarrar-se ao mínimo de felicidade com o mínimo de culpa possível.


Havia tantas coisas que jamais partilharia com as mulheres normais, um marido, um lugar na sociedade, filhos, mas ao menos saberia o que era amar.


Iria sentir-se culpada, principalmente me relação à Srta. Perroni, que se tornara tão amiga, mas Lorde Herrera afirmara que os homens casados tinham amantes e, sendo assim, queria ser uma das dele.


Vincent protestaria, sem dúvida, se um dia descobrisse, mas tomariam cuidado... Bem, segundo Lorde Herrera, tudo acontecia muito discretamente, pois não?


O próprio Vincent fora tão discreto quanto a sua amante que nunca desconfiara da existência dela até se encontrarem por acaso na Bond Street.


Mas já estava fantasiando demais, concluiu, olhando para o perfil sério de Lorde Herrera, ainda de queixo duro.


Ele não lhe pedira para ser sua amante e, dada sua amizade com Vincent, talvez jamais o fizesse.


Ele pareceu sentir seu olhar, mas não a encarou. Em vez disso, foi diminuindo a velocidade do veículo, até pará-lo no acostamento da estrada.


Com as rédeas nas mãos, ele refletiu por um minuto inteiro antes de se manifestar:


— Não sei nem como começar a pedir-lhe desculpas, mas vou me arriscar. Nunca me comportei tão mal em toda a vida, diante de tantas pessoas, muito menos em prejuízo de uma dama. Não que me arrependa de ter atirado Sir Margate no rio, pois ele merecia castigo bem pior, mas pela vergonha e constrangimento que impus a você e aos seus. Lamento profundamente minha atitude e imploro seu perdão. Mas saiba que, se a situação se lhe tornar insuportável, ficarei honrado em passar mais corretivos.


Anahí não entendia bem o que ele quisera dizer.


Se Vincent não conseguisse passar corretivos, quem mais poderia?


Mas o conde de Herrera tinha de concordar num ponto, ninguém podia assumir as lutas dela. Ele não podia mudar a natureza das coisas, conceder-lhe o dom de falar com a facilidade das outras pessoas.


Ainda que se tornasse sua amante, não poderia poupá-la dos olhares, dos sussurros e das desfeitas.


Tocou-o no ombro.


Quando ele a encarou, fitou-o nos olhos cheios de remorso e apontou firmemente para si mesma.


— E-era pro-ble-ma m-meu.


Ele baixou o rosto.


— Você não teria conseguido resolver sozinha. — justificou. — Reconheço que devia ter tratado a situação de outra maneira, mas você não teria tido a menor chance. Estremeço só em pensar no que poderia ter acontecido se aquele cachorro nojento houvesse conseguido ficar a sós com você, no bosque ou sei lá onde... Você não teria podido nem gritar por socorro!


Ela ia protestar, mas ele a impediu.


— Não. Você não terá mais contato com Sir Margate, em hipótese alguma, caso compareçam a um mesmo evento vai ficar longe dele. Bem longe!


Anahí abriu sua pastinha dourada para pegar caneta e papel, mas ele pôs a mão sobre a dela.


— Sem discussão, Anahí. Se não atender a meu pedido para manter-se afastada de Margate, farei com que seu irmão o mantenha afastado de você. Saiba que, se eu contar a Lorde Vincent metade do que aquele porco me disse, você estará de partida para Vincent Hall num prazo de poucas horas, sendo que Sir Margate deverá considerar-se afortunado se ainda estiver vivo ao final desse mesmo prazo! — voltou-lhe o rosto afogueado. — Por que suportou o assédio daquele sujeito sabendo que bastava um olhar para me ter a seu lado?!


Ela sentia a garganta arder, tensa como estava, mas tinha de protestar:


— N-não e-ra pro-ble-ma s-seu! Só m-meu!


Ele endureceu as belas feições.


— Não é mais! Não permitirei que volte a se expor a outra situação dessas! — com isso, pôs o faetonte novamente em marcha.


Não voltaram a se falar até chegarem a Wilborn Place.


Se o faetonte não fosse tão alto, Anahí teria saltado sozinha, só para não se deixar tocar por Lorde Herrera, mas não pôde evitar que ele a pegasse pela cintura e, pousando-a no chão, a segurasse pelos ombros.


— Anahí... — murmurou ele, parecendo tão culpado que ela não teve coragem de rechaçá-lo. — Vai me convidar a entrar por alguns minutos? Por favor? Quero muito explicar por que...


— Lady Anahí? — uma outra voz se interpôs.


Lorde Herrera baixou as mãos e afastou-se um passo dela, o cavalheiro perfeito.


Anahí reconheceu de imediato a voz e, sem se importar com quem poderia ouvir, gritou de alegria.


Desviando-se de Lorde Herrera, viu-o de pé junto à porta de Wilborn Place, chapéu na mão, evidentemente de saída.


— Lady Anahí! — repetiu Christian Chávez, sorridente. — Que bom que chegou. — fez uma pausa ante o impacto de Anahí atirando-se contra ele. — Já imaginava que não nos veríamos hoje.


Anahí chorava, sem saber por quê.


Era embaraçoso, e tolo, mas estava feliz demais por rever a pessoa que por tantos anos fora sua única voz, que se empenhara tanto, apesar de sua teimosia, em dar-lhe uma voz própria.


Era seu professor, seu caro amigo, e estar com ele em meio às alegrias e loucuras de Londres proporcionava um alívio sem tamanho.


— Querida Lady Anahí... — mimou o ex-tutor, dando-lhe tapinhas no ombro. — Que saudade! Vim hoje na esperança de revê-la e, quando Lorde Vincent me disse que havia saído, fiquei muito triste. Mas ei-la aqui, minha cara, e agora está tudo bem.


Fungando, Anahí enxugou as lágrimas com os dedos enluvados e sinalizou: "Por que demorou tanto para vir? Pedi a Vincent que o convidasse para uma visita há muito tempo."


O professor tirou um lenço do bolso e emprestou-o a ela.


— Só agora tive a chance. Era preciso providenciar alguém para administrar a escola e supervisionar os trabalhos com os alunos na minha ausência. Não fosse Lorde Vincent, creio que não conseguiria comparecer ao seu baile. Não sei como, ele arranjou dois alunos do Instituto Francês para trabalharem comigo por um ano. Não é bom demais?


"Sim, claro que sim!", respondeu Anahí, fazendo os sinais com extrema rapidez. "Sei o quanto trabalha e estou tão grata por ter vindo. Não seria o mesmo sem você."


Tomou-lhe uma das mãos, como fizera tantas vezes quando criança, e beijou-a.


Ele lhe deu mais um tapinha no ombro e riu.


— Agora, pare com isso, minha Senhora. A honra é minha. Estou muito feliz por estar aqui para ver minha borboleta debutar. Não vai me apresentar ao cavalheiro que a aguarda tão pacientemente? Depois, irei embora.


"Não, não vá ainda!", pediu Anahí.


— Receio já ter tomado tempo demais de seu irmão.


"Por favor!", implorou ela. "Só mais uma hora. Tenho tanto a lhe contar. Por favor!"


Ele a fitou no belo rosto por um segundo e, por fim, cedeu.


— Está bem, minha querida. Se tem certeza de que Lorde Vincent não vai se importar...


 


 



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Autor(a): Mila Puente Herrera ®

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Lorde Vincent não se importou. Aliás, conforme Herrera concluiu de seu ponto de vista num canto da sala de visitas, meia hora depois, no que se referia a Lorde Vincent, o Sr. Christian Chávez caminhava sobre as águas. Tendo Anahí de um lado e o conde do outro, o especialista francês era tratado por ambos como um santo. A julgar pel ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 76



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  • tatahaya Postado em 17/02/2018 - 19:38:10

    Ahhhh que historia perfeita amei AyA ficaram juntos,Alfonso tão fofo apredendo lingua de sinal, Vicent e Catherine se casaram e vão ter um filho, Chaverroni e Axel e Camila também amei amei,esses padrinhos do poncho são idiotas odiei eles,que sociedade horrivel.Amei essa historia

  • ponnyforever10 Postado em 15/02/2018 - 20:09:57

    *Sim, seus bilhetes. — confirmou Herrera, beijando-a. — Guardei-os todos e sei todos de cor.* <33333. Ele aprendeu a linguagem de sinais aaaa *-----*. Amei a história vc sabe que histórias assim tem um lugar especial no meu coração né *----*

  • ponnyforever10 Postado em 14/02/2018 - 23:30:28

    Aiii que ódio dos padrinhos do Poncho, cada coisa que falaram pra ela :((, quero proteger Anahi. Ela ficar sabendo td assim desse jeito =. To com mt raiva !!!. Axel e Camila vão se casaaaa *------*

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2018 - 16:57:38

      Pois é:/ A gnt fica querendo gritar que ela escuta :/ Essa Anahí tinha que viver em um pote :3 Mentira tem perna curta né? :/ SIMMMM viu que sou difícil só no fim que deu certo KKKKKKKKKKK

  • tatahaya Postado em 14/02/2018 - 23:02:39

    ai esse Sir Hatton é um idiota ridiculo,não gostei dele ainda bem que o Christian e o Poncho deu um jeito nele,kkkkk morro com a Camila e o Axel são demais kkkkkk,aí que dor da Anny coitada esse povo tem uns pesamentos absurdos,tomara que fiquem tudo bem com aya

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 14/02/2018 - 23:13:09

      Sim ele é MUITO idiota :@ Somos sim u.u KKKKKKKKKKKK Veremos...

  • ponnyforever10 Postado em 14/02/2018 - 20:21:25

    Olha quando Camila deu um tapa no Axel eu fiquei feliz pq isso significou que td estava voltando ao normal kkkkk, e não é que parece que se acertaram *---* kk. Anahi e Eddy seguindo Poncho e Maite kkk. Anahi tem td direito de pensar que há algo entre herroni pq realmente parece né:(, tadinha.

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 14/02/2018 - 23:12:27

      MORTA KKKKKKKKKKKKK Pois é, ainda mais que nem sabemos direito oq está acontecendo :/

  • ponnyforever10 Postado em 13/02/2018 - 23:13:30

    Ai que bom que Christian chegou, não aguentava mais esse Hatton falando bobagens pra Anahi :(. Reta final =(

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 14/02/2018 - 16:06:04

      Pois é, o pior é ela *querer* isso :/

  • ponnyforever10 Postado em 08/02/2018 - 23:31:17

    *Esse Sir Hatton é um completo idiota, na minha opinião. Já chegou dizendo que Anahí não consegue falar devido a uma praga de Deus. Não sei como ela suporta tanta insensatez. As sessões se iniciam com Anahí de joelhos, implorando o perdão divino. Que ridículo esse homem ..., torcendo pra que Anahi saiba pelos dois sobre td :(

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 09/02/2018 - 17:06:33

      Pior é a Anahí fazendo isso achando que o Poncho tem vergonha dela :/ Tomara né? :x

  • ponnyforever10 Postado em 08/02/2018 - 08:40:54

    Anahi ta mt magoada e com razão, mas tadinho do Poncho tbm só quer proteger ela =

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 08/02/2018 - 16:10:03

      Pois é, a coitada tá com razão mas tmb ficamos com pena dele pq ele só quer proteger ela :/

  • ponnyforever10 Postado em 06/02/2018 - 20:32:25

    Anahi ta decidida mas morrendo de medo do que ela vai enfrentar em Londres :/

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 08/02/2018 - 00:23:14

      :c

  • ponnyforever10 Postado em 05/02/2018 - 20:47:56

    Porque eu acho que essa história dos dois irem juntos noa eventos não vai dae certo:/ medo de chegar na Anahi essas fofocas :(. Eita chaverroni tbm estão separados

    • Mila Puente Herrera ® Postado em 06/02/2018 - 17:02:07

      Pq será? :x Como diria minha mãe... *Mentira tem perna curta* Pois é :/ Só VinCat estão bem KKKKKKKK


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