Fanfic: Amor sem medidas (adaptação vondy) | Tema: Vondy
Meia hora depois, estava de volta à oficina Chávez , debaixo de um incrível Ford Galaxie 1965,
embalado pelo som do Guns N’ Roses nas alturas e pelo prazer que sentia no trabalho. Adorava
investigar os veículos que chegavam à oficina. Sempre adorara tudo aquilo, desde que o pai lhe
apresentara o primeiro motor, quando ele tinha 10 anos. Ucker fora o único dos quatro filhos de Vítor Uckermann que demonstrara algum interesse pelo negócio do pai, que se empenhara bastante em prepará-lo
para assumir tudo, inclusive pagando seus estudos na Universidade de Nova York.
Não que isso tivesse servido para alguma coisa...
Com um suspiro, ucker pegou uma chave de roda. Ele não deixaria a relação complicada com o pai
estragar o seu dia. Além do mais, só podia culpar a si mesmo pela situação. Um processo por receptação
de objetos roubados e uma sentença de dezoito meses de detenção no presídio Arthur Kill acabaram com
todas as esperanças que Park pudesse ter em relação ao futuro empresarial do filho. Um antecedente
criminal não o levaria muito longe.
– Ei, Uckermann está aí embaixo?
Cristopher sorriu ao ouvir o tom de voz agitado de Cristian chaves.
– Estou, cara. O que houve?
Botas surgiram na lateral do carro, na altura dos tornozelos de ucker.
– Preciso que me ajude com estas notas fiscais. Estou ficando vesgo de tanto olhar para elas.
Cristopher riu e parou o que estava fazendo. Com um impulso dos pés, fez a prancha deslizar e sair de
baixo do carro. Piscando por causa das luzes fortes no teto, ele olhou para Cristian , que parecia exausto.
– Matemática não é comigo – resmungou Cristian, acenando com um punhado de papéis bem diante do nariz de ucker.
– Socorro!
Bufando, Cristopher se levantou da prancha e pegou os papéis das mãos do amigo.
– Eu ajudo, claro.
Cristian havia herdado a oficina depois da morte do pai. Durante algum tempo, até conseguiu administrar o negócio, mas, cerca de um ano e meio antes, tinha sido internado numa clínica de reabilitação por causa
das drogas. Fora um período bem difícil, mas, enquanto Cristian se recuperava, Cristopher assumiu a Chávez com a ajuda financeira de Alfonso amigo dos dois, e fez com que o lugar continuasse a lucrar.
Eles já eram amigos por quase uma década, e ajudá-lo era o mínimo que Cristopher podia fazer. Depois que Cristian voltara para casa, resolveram somar os conhecimentos que tinham de negócios e de carros e
tocar aquilo juntos, aproveitando o fato de Alfonso estar disposto a investir na oficina. Antes do tempo na
prisão e quase dois anos após ter se formado pela Universidade de Nova York, Cristopher tivera um negócio próprio: uma pequena mas bem-sucedida oficina mecânica, do outro lado da cidade. Claro que, durante
os meses passados em Arthur Kill, Cristopher perdera muitos clientes e, por fim, precisou vender a empresa.
Usou o dinheiro para quitar o apartamento e todas as dívidas que tinha, entre elas uma que herdou do pai:
os 100 mil dólares de mensalidades da graduação. Cristopher ficou arrasado por ter que abrir mão da oficina
daquele jeito, mas não tinha escolha.
Ele estava desesperado para voltar à ativa e a sociedade com Cristian surgiu como a solução perfeita.
Cristian pensava como ele e, agora que o amigo dividia o tempo entre a Virgínia Ocidental e Nova York,
a maior parte das responsabilidades administrativas da oficina ficaram nas mãos de ucker, o que ele
aceitou numa boa. Em geral, as pessoas o enxergavam apenas como um mulherengo sarado e cheio de
tatuagens – o que em parte era verdade. Porém, apesar das aparências, Cristopher era bastante inteligente e a
única coisa de que gostava mais do que mulheres e motores eram os números.
– Pronto para hoje à noite? – perguntou ele a Cristian, quando estavam entrando no escritório.
– Paintball? – indagou o amigo, fechando a porta. – Já nasci pronto, cara. – Estalou os dedos das mãos. – Prepare-se para se ferrar bonito.
Rindo, ucker sentou na cadeira atrás da grande escrivaninha de madeira.
– Você está sabendo que o meu irmão vai levar três dos antigos amigos fuzileiros com ele, não está?
Acho que não sou só eu que vou me ferrar.
– Não estou nem aí... – respondeu Cristian, com um gesto de desdém. – Desde que não mirem no meu pau, por mim tudo bem.
Ucker ergueu a sobrancelha.
– Eles são fuzileiros. Mirar no saco é o que eles fazem...
Os dois riram. Era bom ver Cristian tão relaxado e feliz. As coisas nem sempre foram assim. Era uma luta diária para se manter livre das drogas, mas a mulher dele, Maite, lhe dera uma nova vontade de
viver. E Cristopher não poderia estar mais alegre com isso. Acreditava que, de todos os seus amigos, era Cristian quem mais merecia ser feliz.
Os últimos doze meses tinham trazido mudanças importantes ao grupo de amigos mais próximos de ucker. Poncho estava casado havia quase um ano e, apesar de uns poucos momentos de turbulência no início, ele parecia mais apaixonado do que nunca. Lá estava Cristian, feliz da vida, e ainda havia os caras na
oficina, sempre falando das mulheres e dos filhos.
Cristopher imaginava que isso tudo era normal quando um homem e os amigos estão chegando à casa dos 30 anos: a vida muda e as pessoas viram adultas. Mas ucker não estava convencido de que iria cumprir essa última etapa, por mais idade que tivesse. Ainda assim, mesmo quando estava todo contente, mergulhando de cabeça no trabalho ou ligando para alguma garota da sua lista de sexo casual sempre que sentia necessidade – o que acontecia com bastante frequência –, ele se pegava imaginando como seria se finalmente decidisse sossegar.
Os pais tiveram um casamento feliz por mais de 35 anos, com quatro filhos, portanto a ideia de
assumir um compromisso sério com alguém não era uma realidade que ucker desconhecesse. Na verdade,
ele tinha 8 anos quando pensou nisso pela primeira vez...
– Então, e aí?
Cristopher ergueu os olhos e viu Cristian sentado do outro lado da escrivaninha. O amigo olhava ansioso para as notas fiscais, que ele encarava sem prestar a menor atenção. Não fazia ideia do que estava escrito
ali. Mesmo assim, passou a mão pelo queixo barbado e sorriu.
– Está tudo bem, cara. Não se preocupe.
Cristian estreitou os olhos.
– Tem certeza? – Voltou a se recostar na cadeira. – Tem certeza de que está tudo bem?
Cristopher conhecia aquele tom de voz. De vez em quando, Cristian o usava para implicar com o amigo. E a culpa era toda sua. Algum tempo antes, quando Cristian ainda estava paquerando Maite, ucker fez um
comentário idiota sobre perder o amor ou qualquer besteira do gênero e, sabe-se lá por quê, Cristian nunca se esquecera disso.
Aquilo só significava que o amigo estava preocupado, mas ucker não estava com a menor vontade de falar sobre o próprio passado, embora o sonho da véspera – a imagem detalhada da primeira vez que
tinha visto a garota, toda de rosa e com marias-chiquinhas ruivas – ainda ocupasse um espaço lá no fundo de sua mente. Era tão estranho... Fazia tempo que não tinha um sonho assim, e foi por isso que Ele chamou Carla para uma rapidinha na hora do almoço: um alívio passageiro para a tristeza que ainda persistia.
Enquanto a imagem da menina linda e ruiva continuava a dançar pelos números impressos nos papéis
que tinha nas mãos, ele pigarreou, tentando ao máximo manter as lembranças bem trancadas em sua mente.
Dulce.
Não, pensou ele, se punindo em silêncio. Aquilo era passado. E não havia como mudar o passado,
por mais que desejasse o contrário.
– Está tudo às mil maravilhas – respondeu ucker espalhando as notas fiscais na mesa.
Não era mentira. Estava dizendo a verdade. Tudo estava bem. Vinha trabalhando muito. Tinha ótimos
amigos e mulheres para esquentar sua cama sempre que quisesse. E, ainda por cima, morava na cidade
que tanto amava. Que motivo teria para se sentir triste?
– Pode parar – continuou, com os olhos ainda pregados nos papéis. – Dá para ouvir daqui a sua
cabeça dando voltas.
Cristian bufou e cruzou os braços.
– Ok. Fique aí então com os seus segredos.
Cristopher ergueu os olhos
Autor(a): beatris
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Cristopher ergueu os olhos. – É o que vou fazer – replicou, voltando a examinar as notas fiscais. – Hoje você chegou um pouco mais tarde do almoço – comentou Cristian, num tom descontraído, nitidamente tentando mudar de estratégia. – Quem era a garota? Cristopher soltou uma risada e balançou a cabe&cce ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 22
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minhavidavondy Postado em 22/02/2018 - 12:54:42
continue
beatris Postado em 22/02/2018 - 12:57:01
Postado flor
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Jaque Postado em 16/01/2018 - 14:33:27
Christopher é um galinha kkkkk ate modelo da vs ele ja ficou. posta maisss
beatris Postado em 21/02/2018 - 10:59:18
Vou posta agora gatinha. Desculpa pela demora
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Jaque Postado em 14/01/2018 - 13:13:56
aiaiai, espero que a Dulce esteja mt bem de vida pq olha... pelo visto o Christopher fez merda.
beatris Postado em 15/01/2018 - 11:24:29
Kkkkk e como fez, mais para frente você vai ver como ela tá mais pode ter certeza que nem tudo é rosas para nem um dos dois
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carol_a. Postado em 14/01/2018 - 02:42:39
Continua!!!! Tô amando!!!! ♡♡♡♡
beatris Postado em 15/01/2018 - 11:22:39
Que bom linda, já postei confere lá
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carol_a. Postado em 14/01/2018 - 02:19:17
Obrigada lindona! ❤
beatris Postado em 15/01/2018 - 11:23:02
Por nada gata
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Jaque Postado em 13/01/2018 - 02:06:39
Leitora nova, amei!!! Ansiosa pra "conhecer" a Dulce e pelos flashbacks que, acredito eu, ocorrerão
beatris Postado em 13/01/2018 - 06:08:27
Seja bem vinda Q bom que gostou, o encontro dos dois ainda demora um pouquinho mais vale a pena esperar, ;-)
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Perséfone♡ Postado em 12/01/2018 - 20:50:35
Continuaaaaaa, estou adorando
beatris Postado em 13/01/2018 - 00:08:53
Já vou posta linda e fico feliz que esteja gostando
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julia_stefani Postado em 12/01/2018 - 19:06:28
Continuaa
beatris Postado em 12/01/2018 - 20:23:39
Amanhã eu posto mais linda
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vondytasiempre Postado em 12/01/2018 - 14:29:35
Continuaaaaaaaaaaaaa
beatris Postado em 12/01/2018 - 18:22:09
Postado linda
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julia_stefani Postado em 12/01/2018 - 09:17:43
Eu adorei, continua
beatris Postado em 12/01/2018 - 11:55:00
Que bom que gostou amore irei postar já já