Fanfic: O menino do mar. | Tema: amor, reconciliação, herança, familia

Afonso: Um dia todas as minhas empresas serão do meu filho.

Marina: Todas? Inclusive as que tem no exterior?

Afonso: Sim tia, todas!

Marina: Mas temos que encontrá-lo primeiro.

Afonso: O meu detetive está cuidando disso e eu já tenho alguns dados.

Enquanto isso, Pedro e Sandra conversam sobre o futuro deles.

Sandra: Venha viver comigo na fazenda Pedro.

Pedro: Mas eu não sei nem comer na mesa, sou pobre. Tem certeza?

Sandra: Sim, mas antes iremos nos casar escondidos ok?

Pedro: Não, primeiro temos que conversar com meus tios.

Os dois vão ao encontro dos tios de Pedro.

Pedro: Tios, estão aí?

Francisco e Maria Cruz: Sim meu querido, diga.

Sandra: Eu vim pedir para vocês que o Pedro se case comigo.

Francisco: Está debochando de mim?

Sandra: Não costumo debochar de ninguém, quero levar Pedro para fazenda e dar uma vida melhor para ele, acreditem, eu gosto dele.

Pedro: Estão ouvindo? É verdade gente, ela é sincera e eu sinto isso.

Francisco: Mas não pode ser!

Maria Cruz: Eu também acho que é mentira. A Senhora é tão educada, tão fina e meu pobre sobrinho que é um selvagem, um sem cultura.

Pedro: M-Mas ela gosta de mim tia e eu também gosto muito dela.

Francisco: Não, eu digo que não e é não!

Sandra: Porque não Senhor Francisco? Deixe-me casar com ele e vai ver como ele vai ser feliz.

É noite na fazenda Moraes e Sandra chega para ter uma conversa franca com seus pais.

Sandra: Boa noite!

Simone: Estávamos te esperando, temos uma grande notícia.

Sandra: Eu também tenho uma que vocês irão adorar, quem contra primeiro?

Simone: Eu, seu padrasto e eu teremos um filho.

Sandra: É sério? Felicidades para vocês dois.

Ângelo: Um bom motivo para lucrar mais com a fazenda, Sandra.

Sandra: Mas é claro queridão, com absoluta certeza.

Ângelo: Agora nos dê a sua notícia.

Sandra: Vou me casar depois de amanhã.

Ângelo: Então, você vai mesmo se casar?

Sandra: Lógico, depois de amanhã.

Ângelo: E não vai nos dizer com quem?

Sandra: Se quiserem eu digo agora ou preferem surpresa?

Ângelo: Claro, quem é?

Sandra: Será que não adivinha, Ângelo?

Ângelo: Não, sinceramente não.

Sandra: Com Pedro, o mendigo, o menino do mar!

Ângelo: Só pode estar de brincadeira com a nossa cara.

Simone: Mas Sandra!

Sandra: Não é nenhuma brincadeira.

Ângelo: Olha aqui Sandra.

Simone: Por favor amor, não se estresse.

Sandra dá um sorriso muito sarcástico e pensa: "Pedro foi um tiro na mosca pra irritar eles"

Ângelo: Como quer que eu não me irrite! Essa garota está passando dos limites.

Simone: Ela está brincando, não irá se casar.

Sandra: É óbvio que eu vou me casar, já disse e será com Pedro e eu já pedi a mão dele aos seus tios. Depois de amanhã no cartório de São Jerônimo eu me caso com ele.

Simone: Então não é uma de suas brincadeiras?

Sandra: Não mamãe, não é e se não estão acreditando, irão se convencer quando eu trazer ele para cá.

Ângelo: Pretende trazer aquele mendigo pra cá? Você está tentando nos irritar com essa atitude.

Sandra: Esta também é minha casa, ou pelo menos a parte não hipotecada dela.

Ângelo: ESTÁ ME EGOSTANDO SANDRA! EU SOU SEU PADRASTO E ME DEVE RESPEITO.

Sandra: E O QUE EU POSSO DIZER?

Simone: Ângelo por favor, não dê idéias para essa menina, sente prazer em nos provocar. Não vamos deixar que ele estrague o dia mais feliz de nossas vidas meu amor.

Ângelo: É tem razão, não vale a pena.

Sandra: Vão se convencer que não é brincadeira quando me virem entrar com o menino do mar por aquela porta.

Enquanto isso no quiosque da praia, Francisco entrega uma caixa com os documentos de Pedro e explica-os quais são.

Francisco: Pedro, esses daqui são seus documentos, eu não sei ler mas acredito que sejam sua certidão de nascimento junto com o nome dos seus pais. Estão todos aqui guarde eles por que te pertencem.

Pedro: Olha só, quanto papel que tem aqui. E essa carta? Essas cartas são de quem?

Francisco: Bem...

Maria Cruz: São do seu pai meu amor.

Pedro: Do meu pai!?

Francisco: Sim, seu pai mandou para nós há muitos anos atrás.

Maria Cruz: Olha meu bem, é bom que você saiba, um dia nós não vamos mais estar aqui.

Pedro: Porque? Vocês vai pra algum lugar?

Maria Cruz: Ué, nós vamos morrer um dia ninguém é eterno.

Pedro: Não, nunca que vocês vão morrer, nunquinha.

Maria Cruz: Todos teremos que morrer, para isso que nascemos e no dia que eu e seu tio morrermos, dentro dessa caixa está o endereço do seu pai para você ir procurá-lo se você quiser.

Pedro: Vocês não vão me deixar não! Mas, se Deus um dia levar vocês, a Sandra irá me consolar.

Francisco: Mas você quer mesmo se casar com ela, Pedro?

Pedro: Claro que sim tio, claro!

Francisco: Mas como é isso?

Pedro: Ela me ama muito tio Francisco.

Francisco: Eu fico até meio abestado com a notícia, será que ela não ficou louca, a dona da fazenda Moraes?

Pedro: A Senhora por acaso achou ela louca tia Cruz?

Maria Cruz: Achei muito ajuizada.

Pedro: Quer casar comigo por que gosta de mim e eu dela.

Francisco: Meu Deus, mas eles são as pessoas mais importantes de São Jerônimo.

Pedro: Não está casando obrigada, não fui eu quem pediu a mão dela.

Francisco: Vou ser obrigado a investigar no povoado se ela é louca ou se tem desvio.

Maria Cruz: Ah querido! Não começa.

Francisco: Nós temos que ver, já será depois de amanhã

Maria: Ai ai, senão casar ele vai ter um troço.

Pedro: Então nessa carta está o endereço do meu pai, uma pena que ninguém aqui em casa sabe ler, mas vou guardar dentro dessa caixa e colocar em um lugar bem seguro e especial. É muito bom, depois que eu me casar vou pedir a Sandra que me leve para procurar ele.

Sandra chega ao quiosque procurando por Pedro

Sandra: Pedro, oi.

Pedro: Oi, entra. Aqui, eu não tenho roupa pra casar.

Sandra: Não se preocupe, comprei um terno pra você.

Pedro: Você trouxe?

Pedro abre o pacote e vê um bonito e caro terno e se emociona, Pedro chora de emoção e abraça Sandra.

Pedro: Eu achei que você já tinha esquecido do casamento.

Sandra: Enxugue as lágrimas, eu quero ver você sorrir.

Pedro: Eu to emocionado, é depois de amanhã depois de amanhã.

CONTINUA...