Fanfics Brasil - Capitulo 10 | Efeito Borboleta - Skyfall Efeito Borboleta - AyA |+18|

Fanfic: Efeito Borboleta - AyA |+18| | Tema: Ponny


Capítulo: Capitulo 10 | Efeito Borboleta - Skyfall

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Anahí: Sim. – Disse, sorrindo – Eu dei a entender que queria uma declaração publica, um pedido de namoro. Vou convidá-lo pra sua festa. – Brad daria uma festa pré-baile – Se eu estou certa, e acredite, eu estou, ele vai me pedir em namoro lá. Do jeito mais escandaloso que conseguir pensar. – Brad riu gostosamente e Anahí sorriu, encostando-se à parede – Sua chance de se vingar daquela surra que não deu nele. Pense em algo.


Brad: Vou pensar. Não quero bater nele, quero algo criativo. – Disse, os olhos distantes. Anahí sorriu.

Anahí: Agora preciso ir, tenho prova do meu vestido pro baile. – Disse, ajeitando a mochila no ombro. – Me surpreenda. – Disse, piscando pra Brad, e saiu. Ele nem fez questão de dar em cima dela, como era de costume. Sua mente estava focada em outra coisa.

A semana passou de forma turbulenta. Anahí e as minions na preparação para o baile: Vestidos, cabelo, maquiagem, tudo. Brad preparava a festa dele. Alfonso mal acreditava que ia pra festa – Nunca ninguém do grupo dele fora convidado. Aliás, o grupo dele mal acreditava no que via. Ele estava indeciso. Se fizesse... Se tivesse coragem... Levaria Anahí ao baile como sua namorada. Mas não conseguia ter o impulso, tinha medo demais pra isso. Perdeu o sono nos dias que vieram pensando nisso. A sexta-feira se anunciou em um dia bonito, tamanho deboche. Alfonso tinha um terno, e Anahí tinha um vestido preto, tomara que caia e curto, coberto com uma renda delicada preta, de mangas cumpridas. Era lindo. Ousado, pelo tomara que caia, mas recatado, pela renda que ocultava muito pouco. Havia uma tiara para acompanhar, feita do mesmo material. O dia foi de cabeleireiros, manicures... Todo aquele processo. Na casa dos Herrera, porém, o clima ainda era calmo. Rebekah não iria ao baile – Não havia como combinar um vestido apresentável com aquele gesso. Alfonso, porém se arrumava, determinado. Se vestira socialmente, e estava pronto. Falou com a mãe e saiu, sem mais.

Rebekah: Christopher! – Chamou, no corredor, apoiada nas muletas. Não podia sair do quarto. Christopher logo apareceu na porta de seu quarto.

Christopher: Que foi? – Perguntou, com dó da irmã parada no portal, proibida de sair.

Rebekah: Ele saiu. – Disse, angustiada.

Robert: Pra onde Alfonso vai vestido daquele jeito? – Perguntou, subindo as escadas, divertido. 

Rebekah: Por favor, vão atrás dele. – Disse, suspirando. Tinha um péssimo pressentimento. Rebekah não tinha raiva de Alfonso, sabia que ele estava cego. Essa é uma das vantagens de ter um irmão: Você pode cometer as maiores burradas com ele, mas no fundo eles nunca têm ódio de você – Estou com um sentimento ruim. – Pediu, e Christopher negou com a cabeça.


Robert: É a história da garota? – Perguntou, e Rebekah confirmou.

Rebekah: Ela vai aprontar alguma coisa com ele. Foi pra isso que ela o convidou. Por favor, Rob! – Disse, mudando de posição nas muletas – Vão atrás, só observem, pro caso dele precisar de vocês. Por favor, estou pedindo. – Insistiu. Robert encarou Christopher. A angustia da irmã atormentava os dois.

Robert: Eu dirijo. – Disse, batendo no ombro do irmão, e Rebekah respirou fundo, em agradecimento. Christopher assentiu, indo atrás.

A festa de Brad era um sucesso. Era em um espaço de festas da cidade. Tinha uma banda ao vivo e bebida que o irmão mais velho dele, de maior, comprara pra abastecer a festa. Era antes do baile porque depois desse os pais das garotas iam buscá-las, o que impossibilitava a festa. Ninguém nunca se embriagava, todos só se divertiam e depois iam pro baile. O lugar estava lotado. Anahí chegou, cercada das minions. Estava linda, os cachos do cabelo cheios de vida, decorados pela tiara que combinava com o vestido. Usava sapatos com salto médio, que a deixavam ainda mais bonita, e estava maquiada. A banda terminou de se apresentar, deixando o palco, e a musica foi pro eletrônico. Anahí viu Alfonso chegar. Ele sorriu pra ela, e ela retribuiu com o melhor sorriso que pôde. Demorou tanto que ela chegou a pensar que se equivocara. Se ele não tivesse coragem, ela nem sabia como ia repensar isso. Ia ter que ficar pra depois das férias. Então se ouviu o som de contato com o microfone, e incrivelmente todos estavam olhando o garoto Herrera sozinho, no palco que a banda deixara. Brad sorriu, se virando. Anahí se aproximou.

Alfonso: Boa noite, gente.- Disse, o rosto da cor de um tomate – Eu... Eu queria só... – Ele hesitou, então viu ela olhando ele, uma expressão ansiosa no rosto. Se lembrou de uma conversa que tivera naquela tarde, conversa essa que o dera coragem de ir até ali. Ela estava tão linda! – Eu só preciso dizer uma coisa. – Disse, ajeitando os óculos no rosto – Existe uma garota... Uma garota muito especial, no St. Jude. Até pouco eu não tinha contato com ela, claro que não, mas nos últimos tempos sim, e nesse breve tempo ela me mostrou ser muito diferente do que todos pensam dela. Porque as pessoas julgam sem conhecer. Ela se mostrou amável, inteligente, esperta... Enfim, especial. – Ele tomou fôlego de novo. As pessoas olhavam, caladas – E hoje eu quero que essa garota saiba, na frente de todo mundo, o quão especial ela é. Quero que ela saiba... Que saiba que qualquer cara no mundo teria muita sorte e muito orgulho de tê-la ao seu lado. – Brad murmurou algo pra um amigo, que assentiu, passando a mensagem. – E quero... Quero que ela seja minha namorada. – Encerrou, assentindo e encarando-a – Anahí, você gostaria de namorar comigo? – Perguntou, e então todo mundo se virou, procurando Anahí.


Dulce: Ai, meu Deus. – Gemeu, pondo a mão na testa. As pessoas se afastaram, de modo que Anahí ficou em destaque no centro do salão... Ela sorria. O silencio era esmagador. Alfonso esperou, morrendo célula por célula, enquanto ela o observava.

Anahí: É claro... – Disse, sorrindo. Ele respirou fundo, nervoso - ...Que não. – Disse, sorrindo em descrença, e caminhando alguns passos em direção ao palco. Nem podia acreditar que já podia se ver livre daquela criatura. Alfonso a olhou, confuso – Você acha que alguém aqui não sabe o quanto eu sou especial? O quanto eu sou bonita, desejável? Você acha que algum garoto aqui não teria orgulho de me ter ao lado dele? Você acha que eu preciso que você suba ai pra dizer isso? Como se eu precisasse da pena de alguém? Ajeita a porcaria dos seus óculos e olhe pra mim. – Disse, cruel - Eu estou acima disso.

Robert e Christopher entraram no salão, passando pelas pessoas amontoadas pra tirar Alfonso dali. Mas parecia todo mundo empedrado em seus lugares, de modo que eles tinham que passar na força, o que retardava o avanço. O salão era grande. Os amigos de Brad murmuravam uns pra os outros, e as pessoas começaram a recuar de perto do palco, tomando distancia. Alfonso via aquela cena toda como quem assiste um pesadelo. Aquela Anahí não era a Anahí que ele conhecera, era a Anahí que Rebekah descrevera e ele não acreditara. Ele se expôs a humilhação publica por uma mentira, por um capricho. E ela não parava...

Anahí: Você serviu pra me ajudar com uma nota, então o que? Eu te devo alguma coisa? A você, a sua família estranha, a sua irmã complexada, a sua prima caipira? – Perguntou, rindo em seguida – Não, garoto Herrera, eu não quero ser sua namorada. É a ultima coisa que eu quero na minha vida. Se enxerga. – Disse, dando de ombros e recuando um passo. Brad a encarou, esperando autorização, e ela assentiu.

Com um baque, um balde grande virou do teto, em cima de Alfonso, inundando-o com um liquido vermelho, viscoso. Sangue. Havia um abatedouro na cidade, e Brad conseguira um balde de sangue de cabra. Anahí comentara certa vez que o garoto Herrera tinha medo de sangue, isso seria hilário. Mas certas brincadeiras não são medidas. A verdade é que Alfonso ia ao Princeton-Plainsboro todas as tardes visitar o pai. Richard Herrera fora o melhor pai do mundo pros filhos, paciente, presente, carinhoso, atencioso... Até que fora diagnosticado com câncer no aparelho digestivo. A operação e a quimioterapia vieram, mas um ano depois o câncer voltou. Não havia o que fazer. Passara um bom tempo em casa, mas conforme a doença piorou, foi internado. Havia um rodízio entre os filhos: Christopher o visitava das 12 as 14, Alfonso das 14 as 16, Rebekah das 16 as 18. Grace estava lá quase o tempo todo. Jennifer viera como uma força de dar força aos primos, já que a mãe não podia estar lá o tempo todo. Robert quisera largar a faculdade pra ficar com o pai, mas esse não permitiu. Ele não devia se prejudicar por isso. Robert só voltara agora porque o pai continuava piorando, e todos estavam apreensivos. Aconteceu certa vez, na visita de Alfonso. Richard adormecera, sobrecarregado pelos remédios, e ele ficara velando o sono do pai, pacientemente, até que ouviu murmúrios pedindo ajuda no quarto ao lado. Ele ignorou a inicio, mas foi ver em seguida. Ele já ouvira falar da paciente que pedia ajuda. Ela tinha câncer de pulmão e de pele, em estagio terminal. Ele se aproximou, oferecendo ajuda, mas ela se coçava e gemia. Coçava os braços, e a pele fina descamava, ferindo. O sangue já brotara em vários pontos, e ela continuava coçando, se ferindo.


Não era pra Alfonso estar ali, vendo aquilo, vivendo aquilo. Ele era só uma criança. Ele tentou fazê-la parar, chamando uma enfermeira, mas ela continuou, e teve uma crise de tose... Havia sangue nas mãos de Alfonso... Então ela convulsionou, e cuspiu nele. Vomitou. Mais sangue. Nos braços, pescoço, em parte do rosto. Caiu na cama, asfixiando, e foi quando os médicos entraram correndo. Alfonso foi posto pra fora da sala, mas não conseguia não olhar. Viu os médicos trabalharem tentando reanimar a mulher, sem sucesso no fim. Estava morta, e o sangue dela o cobria. Enfermeiras o acudiram, vendo-o coberto de sangue e o tiram dali, mas era tarde. A partir desse momento tomara pavor de sangue, por mínimo que fosse. E agora estava coberto dele. Ele olhava as próprias mãos, cobertas de vermelho, tremendo. Nem lembrava mais da humilhação de Anahí. Não ouvia os risos ensurdecedores. Não viu os irmãos, que sabiam da fobia dele, se aproximando correndo. Suas orelhas zuniam. Ele via tudo vermelho, o cheiro estava em toda parte, os óculos sujos. Ele se lembrava dos gemidos da mulher morrendo, do modo como ela coçava a pele, arrancando-a... Havia sangue nele.


Robert: Pegue água. – Disse, e Christopher saiu correndo – Irmão, aqui. Olhe pra mim. Alfonso, olhe pra mim! – Disse, tirando os óculos de Alfonso e limpando-os. Não adiantou. Alfonso olhava as mãos, que tremiam. Não fez diferença quando os óculos limpos foram colocados no lugar. Estava em estado de choque. Christopher voltou com uma braçada de garrafinhas de água mineral. – Chame uma ambulância. – Disse, urgente, e Christopher pegou o celular. 

Alfonso não sentiu os irmão lhe prestando socorro. Não viu Christopher rasgando a camisa e o terno dele, limpando-o com o próprio casaco, com o celular na orelha, não viu Robert rasgando um pedaço da própria camisa e molhando, limpando a boca e o nariz dele, usando a água pra se livrar do sangue. Ele não sentia nada, só o sangue. Estava em toda parte. O salão estava girando... Então, em um reflexo mínimo, ele viu uma Anahí borrada, rindo gostosamente e saindo abraçada a Brad, rodeada pelas amigas. Todos estavam indo embora, pro baile, mas Alfonso se lembraria daquela cena. Havia sangue, havia dor, havia humilhação e havia uma Anahí, que o enganara, usara e traíra, dando-lhe as costas. Ela ria. 

Quando suas esperanças são despedaçadas e você é humilhado em proporções que machucam até a alma, feridas são criadas. Essas feridas deixam cicatrizes, que mudam o que você é, direto da sua essência. Quando você é enganado, traído e machucado nesse ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar, ou esperar o momento e a hora certa de se vingar.

Essa não é uma história sobre perdão.


 


 


|Continua...


OBS: E ai o que acharam do capítulo? Estão com raiva, ódio ou nojo da Anahí? Comentem aqui em baixo!!   E para quem é novo muito bem vindo(a) e espero que goste da fanfic...


 


 



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Autor(a):

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

12 Anos Depois...   Um prédio se erguia, imperioso, no centro de Nova York. Era a sede da Herrera Enterprises Holdings, Inc. Uma multinacional tocada pelos membros de uma família e amigos próximos. Sabia-se que havia começado como um negocio pequeno, tendo como base apenas uma idéia, algum fundo financeiro e muita força de von ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • jhulya__ Postado em 10/11/2020 - 23:26:10

    Nossa,como senti falta de vc e dessa fic Espero que esteja tudo bem ctg

  • jhulya__ Postado em 09/01/2020 - 00:37:26

    Eei, oq houve?vc sumiu dnv, tá tudo bem?

  • jhulya__ Postado em 20/11/2019 - 20:24:05

    Aiii a enfermeira falou que ele é marido dla, tadinha, deve ficar toda confusa e envergonhada agr

  • jhulya__ Postado em 19/11/2019 - 20:48:28

    Sabia que a Jennifer nn ia aceitar, agr tomara que ela nn faça a merda de fazer a Any lembrar de td

  • jhulya__ Postado em 18/11/2019 - 18:50:00

    Ahhhhh eu sabia,ele quer tentar, vai fazer o casamento dar certo dessa vez,amando ela e sendo amado e o Nate vai ter uma família linda e feliz

  • jhulya__ Postado em 15/11/2019 - 22:22:45

    Senti sdd ,tomara que seu cel volte ao normal logo

  • jhulya__ Postado em 15/11/2019 - 22:22:05

    Ele vai pedir a todos pra nn contar nada a ela, ele vai começar do zero, assim como ela

  • jhulya__ Postado em 08/11/2019 - 19:59:00

    Ela acordooooou,n acredito,o pedido do Nate funcionou,que lindo,posta mais 1 hoje,pf

  • jhulya__ Postado em 06/11/2019 - 22:40:05

    Cada vez pior,essa mulher é um nojo. Já fazem 4 anos,será que a Any acorda agr??

  • larianna_ Postado em 05/11/2019 - 23:39:28

    Nojo dessa Jennifer


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