Fanfic: Efeito Borboleta - AyA |+18| | Tema: Ponny
Anahí retomara todas as atividades do pai quando ele morrera, de forma que a casa estava limpa quando ela chegou. Precisou chamar um chaveiro, mas enfim a porta abrira. Ela fechou a porta e se viu parada no hall de entrada, em frente a escada de madeira e o corredor para a sala. Sorriu, de olhos fechados. Era como se Alexandre fosse descer a escada a qualquer momento, e sorrir pra recepcionar ela. Os moveis estavam cobertos com lençóis brancos, mas ela tirou tudo, dando vida a casa de novo. Estava sem roupas – Precisaria sair, mas nesse momento não importava.
Ela caminhou pelos cômodos, sorrindo, se lembrando do tempo em que vivera ali. Fora a época mais feliz de sua vida, de longe. Foi até o escritório do pai, onde as lembranças doeram como uma ferroada, e, ignorando o cofre na parede, puxou o tapete do chão. Havia um alçapão com um segundo cofre, bem maior que o primeiro, e após ela colocar a combinação, ele abriu. Parte do dinheiro que ganhara de Ian estava ali, em maços grossos com o grampo de papel com as iniciais dele. Sentiria falta de Ian. Ela apanhou dois maços, juntando com o que tinha no bolso, e uma caixinha, apanhando um molho de chaves e tornou a fechar o cofre. Havia uma fortuna naquela casa, somando o dinheiro de Ian e o que Alexandre mantinha ali. Ela não usaria o banco pra nada: Sabia que a conta do pai estava sendo monitorada.
Uma vez no estacionamento, se deu de cara com seu primeiro carro. O deixara pra trás ao ir pra faculdade, mas parecia um velho amigo, ali esperando. Ela deu a partida, e após checar a rua familiar, que estava vazia, saiu. As ruas de Nova Jersey eram incrivelmente familiares. Foi até a primeira loja de departamentos que encontrou, e tratou de ser rápida: Algumas mudas de roupa, nada muito sofisticado, comida e artigos de higiene. Estava paranóica. Voltou pra casa, trancando tudo, e descarregou as compras. Comida congelada, um luxo que ela não se dava a anos. Tomou um bom banho, se livrando de toda aquela imundice que vivera, vestiu um vestidinho azul, simples, e colocou uma lasanha no microondas. Percebeu que estava até com desejo por ela. Sorriu com isso, acariciando a barriga.
Anahí: ...Entendeu? – Perguntou, ao terminar de contar a história, o celular amparado no ombro enquanto forrava a cama. Dulce estava muda fazia 5 minutos, isso não era bom sinal – E então, posso ir?
Dulce: Claro que pode, more comigo se quiser, mas e o passaporte? – Perguntou, preocupada – Anahí, eu falei que isso era loucura!
Anahí: Madison vai me conseguir. – Garantiu, terminando de forrar a cama e se jogando nela – Não posso demorar muito, senão acabo com a bateria do celular, mas te aviso quando estiver a caminho, ok?
Ela iria pra Londres. Tinha dinheiro suficiente pra uma vida. Ficaria com Dulce até a poeira baixar, então daria rumo pra sua vida. Teria seu bebê lá, longe dos Herrera e de sua loucura. Encontrou um frasco de remédios de dormir pela metade no banheiro do seu antigo quarto, passados da validade a anos, mas decidiu que tinha que tentar. Tomou dois comprimidos, apreensiva, mas a sorte estava com ela, e fez efeito. Dormiu a noite inteira, tranquila, abraçada a barriga.
Na manhã seguinte, Anahí, após se aprontar, ficou arisca. Madison podia ligar a qualquer momento. Ela estava ficando louca em casa, então decidiu sair. Usava uma calça moletom azul escura e uma camisa branca, confortável. Dirigiu pela cidade, e se encontrou na frente do St. Jude. As turmas estavam em aula mas os portões estavam abertos, e ela subiu metade da escadaria, se sentando, justamente como costumava fazer quando adolescente. Ficou ali boa parte da manhã, se lembrando do que era bom e acariciando a barriga distraidamente.
Por volta do meio dia, as turmas saíram. Os uniformes permaneciam os mesmos, era tradição. Ela sorriu ao ver as saias de pregas, os terninhos e as meias calças de seda branca. Foi assim que Alfonso, parado em seu carro na esquina da rua, a viu. Sorrindo, se lembrando da época em que sua felicidade era aterrorizar os ouros. Ele mostraria a ela. Anahí observou por um momento, mas decidiu sair; provavelmente pareceria uma maluca sentada numa escadaria que pertencia a adolescentes. Desceu as escadas (o celular sempre na mão, esperando por Madison), e ia embora, mas um grupo de 6 garotas a parou.
- É ela, tenho certeza!
- Claro que não é, olhe o cabelo!
- Ela pode ter cortado! É ela, estou dizendo!
Anahí parou, se virando, e viu as três meninas. A líder, que estava no meio, e que afirmava “que era ela”, usava uma tiara cinza no topo do cabelo. Anahí esperou, paciente, até divertida, então a líder resolveu falar.
XXXX: Com licença... Desculpe, mas você é Anahí? Anahí Portilla? – As outras murmuraram em concordância.
Anahí: Sou. – Era gostoso ser chamada pelo sobrenome dela de novo – Como você sabe meu nome?
XXXX: Eu disse que era ela! – Disse, exultante – Ah... Você está no anuário. – Anahí franziu o cenho – Do seu ano de formatura, está nos registros... – Ela ergueu a mão, sem dizer nada, e as outras se apressaram, passando um anuario pra ela.
Anahí olhou a foto. Era ela mesma, sorrindo, os cabelos imensos, bem tratados, os olhos felizes, um sorriso presunçoso no rosto. Ela sorriu pra si mesma, com carinho. Se lembrava do dia daquela foto. Os Herrera já haviam ido embora havia um ano, ela tinha ótimas notas e fora aceita em Yale – Estava plenamente feliz com a vida.
Anahí: Bom, sou eu. – Disse, fechando o anuário.
E de repente as garotas começaram a desfiar perguntas sobre tudo quanto era tipo de coisa da época do colegial de Anahí. Ela riu, reparando que a líder usava tiara em uma tentativa de imitá-la, e respondeu as perguntas, se sentindo alegre. Eram coisas bobas, sem preocupação ou ameaças. Alfonso apertou o volante ao vê-la toda alegre e sorridente, envenenando outras meninas a repetirem os feitos dela. Ver aquilo, estar naquela cidade de novo, isso o matava. Os garotos do colégio observavam elas, meio boquiabertos, e as meninas pareciam gostar.
Anahí: A Srta. Johnson ainda é a chefe da segurança? – Perguntou, e as meninas assentiram, maravilhadas, como se Anahí saber daquilo fosse a evidencia de algo fantástico – Ela nunca muda nada.
XXXX: Devia experimentar mudar aquela cara horrorosa. Cruzes. – As “minions” riram, e Anahí sorriu.
Anahí: É, deveria. Mas escute, a segunda gaveta da escrivaninha dela tem um fundo falso. – Silencio total. As meninas bebiam as palavras dela – No fundo falso tem o molho de chaves reserva da escola. Nós roubamos e demos uma festa de arromba na piscina, num sábado de noite, pra comemorar o fim do terceiro ano.
XXXX: Nós ouvimos falar dessa festa! – Disse, fascinada. Anahí riu. Era tão fácil agradar aquelas garotas! – Ouvimos dizer que o Bradley Jones trouxe 5 garrafas de champanhe, que roubou da adega do pai.
Anahí: Foram 12, uma caixa inteira. Eu era o par dele na festa. – As meninas assoviaram, radiantes - Foi a melhor festa que o St. Jude já teve. – Disse, tranquila – Foi ótimo conversar, mas eu preciso ir. Passei tempo demais aqui, tenho algumas coisas a fazer. – Fugir do país, por exemplo. – Foi um prazer.
Alfonso viu Anahí se despedir e voltar pro carro dela, um esportivo vermelho vinho, toda sorrisos. Ela entrou no carro e deu a partida, voltando pra casa. Só que o bairro de Anahí era residencial, e não era do tipo em que carros pretos luxuosos costumavam passar. Ela, olhando pelo retrovisor, passou direto pela entrada de casa. O carro a seguiu. Ela respirou fundo, mudou a marcha e seguiu em frente.
Alfonso a seguiu por grande parte da cidade. Queria que ela soubesse que era ele, que soubesse o que a aguardava no momento em que tivesse que parar. Por fim ela ganhou a ponte, pra voltar pra Nova York, onde se embrenharia entre os carros e fugiria de novo. Ele, de cara fechada, apertou o espaço entre os dois, e ela enfiou o pé no acelerador. Os carros dos dois ganharam velocidade, os motores zunindo, um colado com o outro. A cabeça de Anahí só pensava em algo: Ele ia pegá-la de volta. Ia matar o seu bebê. O pé dela desceu mais no acelerador, e agora as grades da ponte passavam zunindo...
Se ela achava que ia conseguir sumir de novo, estava enganada. Ele fechou o cerco em volta dela, que grunhiu, tremula, os olhos focados a frente. Mas o carro dela era só um esportivo, bonitinho, mas perdia pra potencia do carro dele. Ele a ultrapassou e ficou na frente dela, bloqueando seu caminho. Começou a reduzir a velocidade. Anahí rosnou, vendo o que ele fazia, mudou de marcha de novo e enfiou o pé no acelerador. O carro dela tombou com o dele, fazendo-o dar um salto pra frente, e ele riu, um riso que era meio que um rosnado. Ela saiu de trás dele, agora ficando lado a lado, mas não o olhou. Ele a empurrou, forçando-a a ir pro acostamento, e ela retribuiu o favor... Só que com força demais. O carro de Alfonso derrapou no acostamento, batendo na grade, que cedeu, e o dela capotou no vácuo, ambos caindo no vazio, as rodas girando caoticamente no ar... Caindo, caindo... Até ambos os carros caírem no mar com um estrondo, espirrando água pra todos os lados.
ㅤ
“Se ele a tivesse amado de volta... Eles seriam invencíveis. Mas agora que estão um contra o outro, no mesmo nível, é só uma questão de tempo até que se destruam.”
|Continua...
Gostou? Favovite, Comente e Compartilhe com amigas(os).
Para quem é novo muito bem vindo(a) e espero que goste da fanfic...
NA SEXTA-FEIRA COMEÇARÁ AS POSTAGENS DA 2° TEMPORADA. EU ESPERO QUE GOSTEM DESSA TEMPORADA TAMBÉM.
Autor(a):
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
SINOPSE Anos depois, o relacionamento de Anahí e Alfonso se tornou tão insuportável que desencadeou uma série de eventos que os levou a um grave acidente. Alfonso se recupera, mas Anahí permanece em um grave coma, e o principal: Grávida. Milagrosamente a criança resiste, o que dá a Alfonso uma nova perspectiva de vida. ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 235
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
jhulya__ Postado em 10/11/2020 - 23:26:10
Nossa,como senti falta de vc e dessa fic Espero que esteja tudo bem ctg
-
jhulya__ Postado em 09/01/2020 - 00:37:26
Eei, oq houve?vc sumiu dnv, tá tudo bem?
-
jhulya__ Postado em 20/11/2019 - 20:24:05
Aiii a enfermeira falou que ele é marido dla, tadinha, deve ficar toda confusa e envergonhada agr
-
jhulya__ Postado em 19/11/2019 - 20:48:28
Sabia que a Jennifer nn ia aceitar, agr tomara que ela nn faça a merda de fazer a Any lembrar de td
-
jhulya__ Postado em 18/11/2019 - 18:50:00
Ahhhhh eu sabia,ele quer tentar, vai fazer o casamento dar certo dessa vez,amando ela e sendo amado e o Nate vai ter uma família linda e feliz
-
jhulya__ Postado em 15/11/2019 - 22:22:45
Senti sdd ,tomara que seu cel volte ao normal logo
-
jhulya__ Postado em 15/11/2019 - 22:22:05
Ele vai pedir a todos pra nn contar nada a ela, ele vai começar do zero, assim como ela
-
jhulya__ Postado em 08/11/2019 - 19:59:00
Ela acordooooou,n acredito,o pedido do Nate funcionou,que lindo,posta mais 1 hoje,pf
-
jhulya__ Postado em 06/11/2019 - 22:40:05
Cada vez pior,essa mulher é um nojo. Já fazem 4 anos,será que a Any acorda agr??
-
larianna_ Postado em 05/11/2019 - 23:39:28
Nojo dessa Jennifer