Fanfics Brasil - Capitulo 18 | Efeito Borboleta - Skyfall Efeito Borboleta - AyA |+18|

Fanfic: Efeito Borboleta - AyA |+18| | Tema: Ponny


Capítulo: Capitulo 18 | Efeito Borboleta - Skyfall

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A noticia que Alfonso espalhou quando amanheceu foi de que eles estavam realmente viajando, no litoral, quando Anahí começou a se sentir mal. Resolveram voltar pra Nova York, e assim que voltaram ela teve o ataque. Ele precisava manter a história do casamento normal. Convenceu a todos. Madison apenas o encarava, os olhos duros, enquanto ele contava a história a Grace e Alexandre. Ao terminar de contar ele simplesmente se sentou e deixou cada um tirar suas conclusões. Estava muito calado, desde a madrugada. Anahí amanheceu bem melhor. Não era o tipo que ficava no chão muito tempo depois de tropeçar. Já levantara, e assim que os médicos liberassem, voltaria pro “marido”. 

Alexandre: Oh, querida. – Disse, entrando no quarto. Ela sorriu, um sorriso sincero, pra variar – Fiquei tão preocupado quando Alfonso ligou! Como você está? – Perguntou, acariciando os cabelos dela.

Anahí: Estou bem, papai. – Dispensou – Foi só um desmaio, Alfonso é super protetor. – Mentiu, mas viu o alivio no rosto do pai.

Alexandre: Ele disse que você não vinha se sentindo bem desde o litoral, por isso voltaram. – Disse, segurando a mão dela – O que há?

Anahí: Foi só um desmaio. – Tranqüilizou novamente. 

Alexandre: Você está se alimentando, Anahí? – Perguntou, os olhos severos e preocupados. Ele nunca se recuperara do susto da bulimia dela. 

Anahí: Como uma porca. – Debochou, e ele riu – Não foi nada. Logo vou receber alta.

Alexandre: Você não está... Quero dizer, talvez você não possa estar grávida? – Perguntou, e Anahí riu gostosamente.

Anahí: Papai! – Repreendeu – Eu me casei antes de ontem! – Disse, achando graça.


Alexandre: Sim, mas vocês vem saindo juntos há quase 6 meses. – Rebateu, e ela sorriu. Alexandre não sabia que Anahí jamais superara o trauma em relação a sexo – Ela fizera todo o possível para ele acreditar que ela superara, e funcionou. Na verdade, ela meio que superara. Depois de anos de terapia entendia que, sendo consensual, era bom e as pessoas gostavam. Isso só não se aplicava a ela. Ela tinha nojo só de pensar na possibilidade de alguém tocando-a novamente.

Anahí: Não estou grávida. O casamento, a mudança de cenário... Foi só exaustão. – Garantiu. – Está tudo bem.

Aquele foi um dia de visitas. Dulce sondou para ver se não foi Alfonso que tentou matá-la, mas não conseguiu nada. Grace veio, preocupada e atenciosa, se certificar de que estava tudo bem. Deu um beijo na testa de Anahí, um beijo doce, desejando sua melhora, que deixou a outra sem reação. Ah, sem contar com Greg, que levara um buquê de rosas cor de rosa para ela.

Alfonso: Sabe que dar em cima da sua cunhada é errado, não sabe? – Perguntou, entrando no quarto quando o menino entregava as flores. Já havia se trocado, se barbeado, estava composto de novo, com uma calça social e uma camisa azul escura.

Greg: Você tem mesmo que aparecer o tempo todo? – Perguntou, exasperado, e Anahí riu.

Alfonso: Tenho. Mamãe esta te chamando, vocês já vão embora. – Greg suspirou, frustrado.

Greg: Bom, melhoras. – Disse, todo rapazinho.

Anahí: Ora, venha aqui. – Disse, se esticando, e deu um beijo estralado na bochecha do menino, que corou – Muito obrigada pelas flores. Foi muito galante. – Elogiou.

Alfonso: Vamos, garoto, ela é minha mulher, dê o fora. – Greg suspirou, e após se despedir, saiu.

Sobraram Anahí e Alfonso no quarto. O silencio foi esmagador. Ela esperou deboche da parte dele pelo que descobrira, ou no mínimo um bombardeio de perguntas, mas ele apenas a encarou. O sentimento de ódio mutuo entre os dois não sumira, só mudara de tom.


Alfonso: Você está de alta. – Disse, tirando uma maleta do ombro. – Trouxe roupas. Robert vai vir até aqui dar algumas recomendações. Mande me chamar quando estiver pronta. – Disse, duro, e saiu antes de esperar uma resposta.

As duas semanas que vieram depois foram um calvário. Alfonso não atacou Anahí, porém os dois não se falavam, e evitavam estar no mesmo cômodo. Debaixo dos gritos de Robert, ele devolvera os remédios de dormir dela. Não haviam visitas. A paz era tão estranha que Anahí quase chorou quando acordou e o viu passando no corredor, falando com alguém no telefone preso a orelha, usando calça social, camisa branca e um colete. Finalmente a maldita lua de mel acabara. Ela se levantou, tomou banho, se trocou, vestindo uma saia lápis cinza e uma camisa branca. 

Anahí: Dulce vai embora hoje. – Disse, entrando na cozinha, onde Alfonso orientava Gail. A primeira frase nas duas semanas que se passaram – Fiquei de ir com ela ao aeroporto. Qual a senha do elevador? – Perguntou, direta. Anahí reparou que a farta mesa de café da manhã não estava lá.

Alfonso: Você não vai. – Disse, achando graça – A propósito, acabou a mordomia. A partir de hoje, você cozinha. – Gail saiu da cozinha, dando privacidade aos patrões.

Anahí: Como é que é? – Perguntou, exasperada.

Alfonso: Qual parte? – Perguntou, passando por ela e atravessando a imensa sala. Nova York rugia lá embaixo, através da parede de vidro. 

Anahí: Gail cozinhou esse tempo todo, porque essa mudança agora? – Perguntou, seguindo-o. Alfonso cheirava a sabonete e loção de barbear, além de um perfume masculino particularmente agradável. 

Alfonso: Ora, estávamos em lua de mel. Onde estaria o meu cavalheirismo se eu deixasse você cozinhar? – Perguntou, calçando os sapatos. – A lua de mel acabou, logo o cavalheirismo também. A dispensa está cheia, se vire. – Disse, claro, sumindo dentro do closet.

Anahí: Eu não sei cozinhar! – Disse, exasperada.


Alfonso: Problema seu. – Disse, voltando com um terno e uma gravata preta na mão – Não tente subornar Gail, ela está muito bem instruída. E a respeite: Ela não é sua empregada. Nem sua, nem de ninguém. – Anahí balançou a cabeça em choque. Parecia que algo maior estava escapando dela.

Anahí: O que quis dizer com “você não vai”? – Perguntou, observando-o fechar os punhos da camisa.

Alfonso: Você não vai levar Dulce ao aeroporto. – Esclareceu, fechando as abotoaduras de prata com as iniciais dele.

Anahí: Ok... – Disse, lentamente – Qual é a senha do elevador? – Perguntou, lentamente. Ele sorriu, deliciado.

Alfonso: Você entendeu, não é? – Perguntou, vestindo o terno.

Anahí mal podia acreditar. Já havia checado: As saídas de emergência e dos empregados estavam trancadas a chave, e ela não fazia idéia de onde estas estavam. A única saída dali era o elevador, que só atendia perante a senha. Alfonso se deliciou ao ver a expressão de pânico no rosto dela.

Anahí: Você não pode me manter presa aqui! – Guinchou, subitamente se sentindo sufocada.

Alfonso: Na verdade, posso. – Disse, sorrindo, com o queixo pra cima enquanto dava o nó na gravata. – Você concordou.

Anahí: É claro que não concordei! – Quase gritou. Aquele homem era louco!


Alfonso: Está no contrato. Você teve uma crise histérica ao passar pelo item que dizia que você ia cozinhar, e depois simplesmente assinou o papel sem ler o resto. – Explicou, falsamente paciente, parado em frente ao espelho enorme que havia no fundo do closet dele. Anahí o seguiu, em passos lentos – Está no contrato: Você só sai daqui comigo ou com a minha permissão, no momento em que eu quiser. Pegue sua cópia do contrato e cheque, se não acredita em mim, mas de nós dois, não sou eu o mentiroso aqui. – Disse, terminando de se aprontar e saiu do quarto – Tenha um bom dia, querida. – Debochou.

Anahí o seguiu, sem voz. De repente as paredes, as obras de arte, tudo parecia sufocá-la. Estava presa com por aquele lunático. Alfonso apanhou suas chaves no potinho que ficava na mesinha da ante-sala, e deliberadamente discou os números do elevador. Números demais, rápido demais, ela não conseguiu gravar. 

Alfonso: A propósito... – Disse, se virando enquanto o elevador subia – Se você tentar digitar a senha errada três vezes, o elevador desce até o porão, ficando lá até que a chave de segurança seja usada. Cada morador tem uma. A da cobertura fica comigo. – O elevador chegou e ele entrou – Tenha um bom dia. Volto às cinco. Espero ter um jantar razoável me esperando. – Disse, tranqüilo, e o elevador se fechou.

Anahí se amparou na parede do elevador, olhando os números. Jamais adivinharia. Ela escorregou até o chão, se sentando com as mãos na cabeça, tentando pensar em um modo de escapar disso. Pelo visto, a trégua acabara. Entretanto...

Alfonso: Ian? – Disse, no telefone – Herrera. Preciso de um favor seu. – Disse, ao se sentar em seu escritório – Preciso que você levante o passado da minha esposa. Qualquer coisa é relevante. Desde a infância: Históricos médicos, vizinhos que a conhecessem, qualquer coisa. E tenho urgência. – Ian perguntou mais algumas coisas, Alfonso respondeu e logo o telefonema acabou.

Quem procura, acha. Vamos ver se, nessa guerra desmedida, Alfonso vai gostar do que vai encontrar.



Anahí tentou não entrar em pânico. Foi ate a dispensa, abrindo-a, e havia comida a perder de vista. Ela não sabia fazer nada. Foi então que viu Gail passando, tranqüila, em direção ao quarto de Alfonso, com um saco da lavanderia na mão. Anahí disparou atrás, mas a fidelidade da governanta era clara. Ela tinha lá seus 50 anos, cabelos acobreados, vestindo uma camisa branca, social, calça de linho e tamancos de salto baixinho, os cabelos presos em um coque.


Anahí primeiro tentou fazer ela cozinhar, depois apelou por ajuda, mas as ordens de Alfonso foram claras: Nada de dar a senha do elevador, e ficar distante quando Anahí tentasse cozinhar.

Anahí: Ok, eu estou implorando. – Disse, abrindo os braços em frente à porta. O quarto de Alfonso, diferente do de Anahí que era neutro, tinha personalidade. A porta do closet era preta, os lençóis eram brancos e grafite, enfim, tudo muito masculino. A cara dele.

Gail: Senhora Herrera, não posso ajudar. Perdoe. – Disse, sem jeito.

Anahí: Eu pago a você o dobro do que ele estiver pagando. – Gail sorriu.

Gail: Não é por dinheiro. Eu cuido do menino Alfonso desde que ele veio pra cá, logo após perder o pai. Quando se tornou independente, me trouxe pra cá com ele. É como um filho. – Disse, andando pelo corredor. 

Anahí: Pois ele vai passar fome. – Anunciou, derrotada – Juro por Deus.

Gail: Olhe. – Disse, parecendo em conflito. Anahí se empertigou – Massa nunca é uma idéia ruim. Há carne na geladeira. – Disse, quieta, então deu as costas, saindo.

Seria cômico se não fosse trágico. Os bifes estavam prontos, mas Anahí não os temperou – Levou ao fogo e terminou queimando. Em um momento uma labareda subiu pelo fogão, o que fez ela gritar, correndo na direção oposta. Recorreu à massa, tentando fazer uma macarronada, mas colocou na água fria. O macarrão se juntou de um modo impossível: Foi isso que Alfonso encontrou quando chegou. Com um sorriso debochado, ela cortou um quadrado do macarrão, pondo no prato dele e cobrindo com um molho de lata. Alfonso sorria. Ela se sentou em seu lado da mesa, evitando olhar seu próprio quadrado de massa.


Anahí: Bom apetite, querido. – Disse, debochada. Ele cutucou a massa com um garfo, com um sorriso de canto.

Alfonso: Isso foi o melhor que você conseguiu? – Perguntou, apanhando uma faca de carne e cortando uma fatia da coisa. 

Anahí: Espero que esteja do seu agrado. – Disse, tranqüila.

Alfonso: É uma pena... Eu tive um jantar de negócios antes de vir pra casa. – O sorriso de Anahí morreu na hora – Estou farto. Mas por favor, sinta-se a vontade.

Alfonso e Anahí se encararam por um bom tempo, mas ela estava faminta. Só comera bolachas de água e sal o dia todo. Ele observou ela comer a massa, que parecia borrachuda, com um gosto particular de vitória. Anahí comeu metade, e não agüentou mais. Teve dor de estomago durante a noite. Nos três dias que se seguiram, foi bem assim, só mudaram os pratos.


 


 


 


|Continua...


 



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A fome já era um sentimento permanente nela, sempre presente, nunca saciada totalmente. Havia um piano de cauda, preto, no canto da sala, perto da vidraça. Anahí sabia tocar piano porque o pai gostava de ouvir, então pedira pra ter aulas. Agora tocava um lamento triste, de uma peça antiga que ouvira em um musical. Achara que podia vencer es ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 235



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  • jhulya__ Postado em 10/11/2020 - 23:26:10

    Nossa,como senti falta de vc e dessa fic Espero que esteja tudo bem ctg

  • jhulya__ Postado em 09/01/2020 - 00:37:26

    Eei, oq houve?vc sumiu dnv, tá tudo bem?

  • jhulya__ Postado em 20/11/2019 - 20:24:05

    Aiii a enfermeira falou que ele é marido dla, tadinha, deve ficar toda confusa e envergonhada agr

  • jhulya__ Postado em 19/11/2019 - 20:48:28

    Sabia que a Jennifer nn ia aceitar, agr tomara que ela nn faça a merda de fazer a Any lembrar de td

  • jhulya__ Postado em 18/11/2019 - 18:50:00

    Ahhhhh eu sabia,ele quer tentar, vai fazer o casamento dar certo dessa vez,amando ela e sendo amado e o Nate vai ter uma família linda e feliz

  • jhulya__ Postado em 15/11/2019 - 22:22:45

    Senti sdd ,tomara que seu cel volte ao normal logo

  • jhulya__ Postado em 15/11/2019 - 22:22:05

    Ele vai pedir a todos pra nn contar nada a ela, ele vai começar do zero, assim como ela

  • jhulya__ Postado em 08/11/2019 - 19:59:00

    Ela acordooooou,n acredito,o pedido do Nate funcionou,que lindo,posta mais 1 hoje,pf

  • jhulya__ Postado em 06/11/2019 - 22:40:05

    Cada vez pior,essa mulher é um nojo. Já fazem 4 anos,será que a Any acorda agr??

  • larianna_ Postado em 05/11/2019 - 23:39:28

    Nojo dessa Jennifer


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