Fanfic: Efeito Borboleta - AyA |+18| | Tema: Ponny
Alfonso: Inferno. – Rosnou, consigo mesmo, tirando a camisinha usada e dando um nó. Tinha se prometido que aquilo não ia acontecer de novo. – Mas você também... – Começou.
Anahí: “Você também” é o cassete! – Acusou, ultrajada e desaforada. Alfonso passou a mão no rosto, cansado. – Eu estava indo tocar piano, VOCÊ me atacou. – Ressaltou.
Alfonso: Você não devia estar se debatendo, e chorando, e tendo alucinações? – Perguntou, debochado. Anahí virou o rosto pro lado, a camada do cabelo curto caindo pela testa.
Anahí: Olhe bem pra mim. Estou com cara de quem está tendo alucinações? – Perguntou, irônica.
Alfonso: Não, está com cara de quem acabou de ser muito bem comida. – Respondeu, descaradamente. Anahí o encarou por um instante, sem reação.
Anahí: É de um cavalheirismo... – Murmurou, tirando o cabelo do rosto – Falando em gente mal comida, sua prima esteve aqui. Viu tudo. – Disse, apontando pro elevador com o braço. Alfonso olhou o elevador fechado.
Alfonso: Jennifer? Tem certeza? – Anahí assentiu, se espreguiçando. Ele gemeu, aturdido, e foi a vez dela de rir – Isso precisa parar. – Disse, decidido.
Anahí: Querido... Isso já parou. – Disse, dura. – Foi um acidente. Culpa sua, mas um acidente. Não vai se repetir. – Disse, e ele assentiu um instante.
Alfonso: Foi o que eu me disse da ultima vez, e aqui estamos. – Disse, e ela cobriu o rosto com o braço. – Algo que acontece uma só vez, pode não acontecer mais, mas se acontece duas vezes, a terceira é questão de tempo. Aprendi isso por experiência própria. – Avisou.
Não era uma briga (ainda). Era só uma situação, no mínimo, inusitada. Os dois nus, deitados no carpete da sala, Nova York fazendo plano de fundo, uma tempestade de chuva caindo, o Empire State Building brilhando no horizonte. Nenhum dos dois estava preocupado com a própria nudez, ou a do outro. Anahí era completamente a vontade com o próprio corpo, satisfeita, e Alfonso tinha uma segurança irrefutável.
Anahí: Se nós dois concordarmos... Sem brigas, dessa vez... – Ele a olhou, esperando – Se for de comum acordo que não vai acontecer de novo, nós podemos contornar.
Alfonso: Se você diz... – Disse, suspirando ao pensar no inferno que sua cabeça voltaria a ser daqui pra frente. Ainda tinha Jennifer, puta que pariu...
Anahí: E mesmo sem me dar a porra da senha, você precisa dar um jeito nesse elevador. Pessoas entram e saem aqui quando querem, não é natural. – Ressaltou, encarando ele, debochada.
Alfonso: Nunca foi problema antes. – Alfinetou, irônico. O sistema do prédio todo era assim, ele que dera sua senha a família toda.
Anahí: Pelo visto é agora. – Rebateu, obvia.
Os dois pararam, se encarando. Os olhos de Anahí tinham exatamente o mesmo tom de azul que a memória dele guardara. Já ela nunca parara pra reparar nos olhos dele, com aquele óculos infeliz sempre caindo, mas era de um verde muito bonito. Estava frio ali dentro (Gail se retirava quando Alfonso chegava, deixando o casal Herrera a sós, e como eles se atracaram no chão ninguém regulou o termostato).
Anahí: Eu não devia ter humilhado você. – Disse, por fim, em tom baixo.
Alfonso: Desculpe? – Perguntou, ajeitando a cabeça, como se pra ouvir direito. Ela revirou os olhos – Não escutei.
Anahí: Você me ajudou. Eu fui cruel, achava que porque a vida tinha sido dura comigo, eu tinha o direito de fazer o que quisesse. - Disse, dando de ombros - Não estou pedindo desculpas, só estou admitindo meu erro. – Disse, clara.
Alfonso: Antes tarde que nunca. - Alfinetou.
Anahí: Falando em "admitir meu erro", eu não joguei sangue em você. - Alfonso a encarou, duro - Não sabia que aquilo ia acontecer. Comentei com Brad, semanas antes, que você tinha se cortado e entrado em pânico. O resto foi idéia dele, não minha. Eu só soube quando aconteceu. - Ressaltou, se lembrando.
Alfonso: Acha que vai mudar alguma coisa você ter admitido isso? – Perguntou, duro.
Anahí: Seria ingenuidade demais. Eu ainda não suporto olhar pra sua cara, quem dirá. – Esclareceu, e ele sorriu, satisfeito.
Alfonso: Você reconhecer não muda nada. Você mal começou a pagar pelo que fez. Mas é bom saber que inteligência ainda é uma das suas características. – Disse, debochado. Anahí suspirou, revirando os olhos de novo – Não gosto quando você me olha desse jeito. – Avisou.
Anahí: Que jeito? – Perguntou, indignada.
Alfonso: Como se eu fosse uma criança mimada. – Continuou. Ela ergueu as sobrancelhas – Não repita.
Anahí: Senão o que? Vai me bater? – Desafiou, achando graça. O olhar que ele devolveu a ela fez ela se arrepiar.
Alfonso: Não me teste. – Avisou.
Era a primeira conversa civilizada que os dois tinham desde o casamento. Sem gritos, sem ofensas. Os dois se encararam por minutos. Era uma vida confusa, essa. Onde e quando se podia imaginar que o jogo ia virar, ao ponto do garoto Herrera e a Rainha Anahí chegarem nesse ponto? Após algum tempo ela viu a pele do braço se arrepiar pelo frio que fazia, e ergueu a mão, inconscientemente, passando as costas da mão pelo antebraço dele. Os dois observaram o ato.
Anahí: Eu não tenho experiência alguma, - Começou, e ele a olhou. Ela ainda olhava a mão que passava pelo braço dele. O desejo, a pouco saciado, se reacendia nos dois gradualmente, com o mínimo toque – Mas isso não pode ser normal. Eu mal consigo ficar no mesmo cômodo que você sem me irritar, e ainda assim... – Ela suspirou, a boca seca de vontade. Ergueu os olhos, encarando-o de novo, que manteve o olhar dela por um instante.
Alfonso: Algo nesse casamento é normal? – Perguntou, evidenciando que também não sabia explicar o desejo que mutuo que sentiam, tão forte quanto o ódio que tinham um pelo outro.
Alfonso encarou Anahí por mais um instante, então, com um som afogado vindo de seu peito, algo que lembrava derrota, se aproximou de novo, passando pra cima dela e beijando-a. Ela apenas o abraçou pelos ombros, lhe acariciando os cabelos e acolhendo-o entre as pernas. Alfonso era pesado, forte, mas ela gostava do modo como o peso dele a comprimia. E recomeçaram tudo exatamente dali.
❖
A chuva parara. O céu estava nublado, mas amanhecera. Haviam camisinhas usadas, amarradas pelo chão da sala. Anahí estava toda marcada, os lábios inchados, um dos lados do rosto vermelho, o pescoço e o colo cheio de marcas de chupões e mordidas, assim como os seios e a barriga. As coxas tinham as marcas exatas dos dedos dele. Alfonso tinha marcas de mordidas pelo peito, pelo pescoço, as costas quase em carne viva. Transaram a noite inteira, como se pra provar que a idéia da rejeição não ia dar certo. Olhou Anahí, que dormia ao seu lado, os cabelos curtos alvoroçados, parecendo exausta. Esse era um problema curioso: Um problema que meio que não era um problema. Apesar da noite que passaram, os sentimentos dele não mudaram, assim como os dela. A única coisa que mudou foi o sexo, que parecia se tornar melhor a cada vez. Ele se sentou, catando a calça embolada e vestindo-a, em seguida recolhendo o bolo de camisinhas usadas e guardando no bolso. Olhou ela dormindo.
Não podia deixá-la ali, nesse ponto ela tinha razão, qualquer um que tivesse a senha podia entrar, e a situação seria no mínimo constrangedora. Ele revirou os olhos, se abaixando, uma das mãos passando pelo joelho dela e a outra pelas costas. Quando ele ia carregá-la, deu de cara com um par de olhos azuis muito bem acordados e uma sobrancelha erguida.
Anahí: O que está fazendo? – Perguntou, desconfiada. Alfonso era bem capaz de jogá-la no poço do elevador enquanto ela dormia.
Alfonso: Amanheceu, preciso ir trabalhar. – Disse, obvio, apontando a parede de vidro. Alfonso acordava cedo, malhava por 2 horas, tomava café, e se aprontava pra sair. – Pensei que você estava dormindo. – Admitiu.
Anahí: Eu não durmo sem meus remédios. – Lembrou, obvia, apanhando suas roupas, espalhadas pelo chão. – Falando nisso, meus remédios estão acabando. Como você não deixa sair, faça meu psicólogo vir aqui. – Disse, direta.
Alfonso: E você achou esse o melhor momento pra falar isso? – Perguntou, observando-a. Ela fechou o short, se levantando. A blusa sumira em meio aos moveis, e o sutiã devia ter ido parar no central park.
Anahí: O assunto surgiu. – Disse, obvia, se esticando atrás do sofá. Ele observou as marcas das mãos dele, marcas claras de apertões nas costas dela. Desviou o rosto, irritado por estar se excitando de novo.
Alfonso: Temos assuntos mais urgentes. – Disse, obvio.
Anahí: Minha paz de espírito é a prioridade. Onde você jogou a porra da minha blusa? – Perguntou, exasperada, olhando em volta.
Alfonso: Você tem paz de espírito sabendo que vai transar comigo a cada deslize? – Anahí parou de procurar, encarando-o, pensativa.
Anahí: Não vou transar com você a cada deslize. Você é bom, mas nem tanto. – Debochou, e ele cruzou os braços, se encostando em uma poltrona.
Alfonso: Não? – Ele a encarou por um instante. Como que por comando os mamilos de Anahí se enrijeceram, e ela fechou a cara pra ele, que sorriu de canto – Tem certeza?
Anahí: Eu ainda preciso dormir, seu filho da puta. – Disse, voltando a procurar – Um problema de cada vez. – Organizou, pondo uma mão na cintura. Viu a manga da camisa perto do corredor – Ah! – Sorriu, indo apanhar.
Alfonso: Resolvemos o menos importante. – Disse, vendo ela vestir a blusa. Sem o sutiã não cobria quase nada. – Então...?
Anahí: Eu tomo dois comprimidos por noite. – Disse, cruzando os braços – Só tenho mais dois. O que significa que amanhã eu não vou mais dormir. – Disse, pondo a mão na cintura. Alfonso tinha tendência a fazer o contrário do que ela pedia – Eu sei que as coisas não mudaram, mas respeite pelo menos isso. – Pediu, séria.
Alfonso: O que acontece quando você cai no sono sozinha? – Perguntou, aguçando o olhar.
Anahí: Raramente acontece. Eu transei com você a noite inteira, meu corpo está exausto, mas não me ocorre a possibilidade de dormir. – Disse, direta.
Alfonso: E se você dormisse? – Insistiu.
Anahí: Não queira saber. – Disse, dura. Ele a observou por um instante.
Alfonso: Vou pensar no seu caso. – Debochou, e ela ergueu a sobrancelha – Já disse que não gosto que me olhe assim. – Anahí riu.
Anahí: Então me coloque no seu colo e me dê uma surra, porque eu sou uma garota muito, mas muito má. – Debochou, fazendo bico, e ele ergueu a sobrancelha.
Alfonso: É uma idéia. – Disse, se desamparando do sofá.
Alfonso fingiu dar a partida em direção a ela, fingindo começar a correr e Anahí arregalou os olhos, dando um gritinho e disparando pra trás do sofá. Ele riu, cruzando os braço de novo.
Anahí: Ridículo. – Disse, suspirando – Ok, vá trabalhar. Me dê o dia pra pensar. E eu preciso dos meus remédios.
Alfonso: Esqueça a questão dos remédios por um segundo. – Pediu, debochado.
Anahí: Conversaremos quando você voltar. Eu preciso pensar. – Alfonso assentiu.
Alfonso: Certo. À noite conversamos. – Disse, e deu as costas, deixando-a ali.
A verdade é que ele nem malhou naquele dia. Os dois tinham os corpos relaxados, sem tensão alguma, e ele se deu ao luxo de dormir um pouco. Anahí tomou um bom banho de banheira e foi pra biblioteca dele, procurar algo pra ler. Estava cansada, mas só podia se permitir dormir a noite. Quando Alfonso saiu ela nem viu.
|Continua...
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Prévia do próximo capítulo
Rebekah: Certo, acho que entendi. – Jennifer chorava, um choro de puro ódio e magoa. Demorou até Rebekah entender qual era o problema. – Bom, vocês já sabiam que eles tinham transado. – Disse, tentando conter a quase histeria da outra. Jennifer: Uma vez. – Disse, e Rebekah caminhou aos poucos, pensando em um modo de acalmar ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 235
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jhulya__ Postado em 10/11/2020 - 23:26:10
Nossa,como senti falta de vc e dessa fic Espero que esteja tudo bem ctg
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jhulya__ Postado em 09/01/2020 - 00:37:26
Eei, oq houve?vc sumiu dnv, tá tudo bem?
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jhulya__ Postado em 20/11/2019 - 20:24:05
Aiii a enfermeira falou que ele é marido dla, tadinha, deve ficar toda confusa e envergonhada agr
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jhulya__ Postado em 19/11/2019 - 20:48:28
Sabia que a Jennifer nn ia aceitar, agr tomara que ela nn faça a merda de fazer a Any lembrar de td
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jhulya__ Postado em 18/11/2019 - 18:50:00
Ahhhhh eu sabia,ele quer tentar, vai fazer o casamento dar certo dessa vez,amando ela e sendo amado e o Nate vai ter uma família linda e feliz
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jhulya__ Postado em 15/11/2019 - 22:22:45
Senti sdd ,tomara que seu cel volte ao normal logo
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jhulya__ Postado em 15/11/2019 - 22:22:05
Ele vai pedir a todos pra nn contar nada a ela, ele vai começar do zero, assim como ela
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jhulya__ Postado em 08/11/2019 - 19:59:00
Ela acordooooou,n acredito,o pedido do Nate funcionou,que lindo,posta mais 1 hoje,pf
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jhulya__ Postado em 06/11/2019 - 22:40:05
Cada vez pior,essa mulher é um nojo. Já fazem 4 anos,será que a Any acorda agr??
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larianna_ Postado em 05/11/2019 - 23:39:28
Nojo dessa Jennifer