Fanfic: Efeito Borboleta - AyA |+18| | Tema: Ponny
Os Herrera foram ao Princeton-Plainsboro naquela manhã, mas pela primeira vez ficaram no térreo. Christopher levara Rebekah a força pra emergência – já era maior, tinha autoridade pra isso – e com algumas radiografias foi descoberto que Rebekah tinha uma luxação na perna, o tornozelo desmentido e duas costelas fraturadas, resultado do jogo de hóquei. Isso rendeu a ela uma bota de gesso e a imobilização das costelas. Grace, apesar de estar aborrecida com a filha, quase enlouqueceu ao ver a menina chegando em casa carregada. Serviu para aproximar mãe e filha novamente, mas os problemas estavam longe de terminar. A próxima pessoa a chegar a casa foi Anahí, já pela tarde. Christopher a deixou aguardando na sala, e ela se sentou, até que seus olhos bateram em algo na mesa de centro. Era uma pasta marrom escuro, com o escudo do St. Jude em cima. Anahí ficou em duvida. Será que mandaram os resultados do MID pra casa do garoto Herrera? Ela olhou em volta, na duvida, e resolveu dar uma espiada rápida. Se fosse o MID, interessava a ela também. Mas a surpresa foi tão grande que a distraiu. Era uma ficha de aplicação para matricula.
“Nome: Jennifer Shrader Lawrence Herrera
Idade: 15 anos
Natural de: Louisville, Kentucky
Residindo em: New Jersey, EUA
Filiação: Karen e Gary Lawrence
Responsáveis: Richard e Grace Herrera
Escolaridade: Ensino Médio
Série a cursar: 3º ano”
E ela não pôde ler o resto. A pasta foi arrancada de sua mão com uma brutalidade que a fez se assustar. Olhou, e Jennifer estava lá, furiosa. O susto foi substituído por um sorriso maldoso no rosto de Anahí.
Anahí: Você realmente acha que tem porte pro St. Jude? Você? – Perguntou, deliciada. As orelhas de Jennifer estavam quentes.
Jennifer: Não é da sua conta. – Rosnou.
Anahí: E você morava no Kentucky! Olha, te juro, na primeira vez que eu olhei pra você, a primeira coisa que veio na minha cabeça foi “caipira”. E não é que eu tinha razão? – Perguntou, risonha.
Jennifer: Antes caipira que vadia. – Anahí parou de rir, sorrindo. Jennifer odiava aquelas tiaras que ela dera pra usar. Hoje usava uma com um laço vermelho, pro lado, os cabelos sempre impecáveis presos em uma polpa de lado, no mesmo lado em que o laço caía. Será que algum dia aquela garota se permitiria um deslize no visual?
Anahí: Você tem certeza, Little J? – Perguntou, segurando os joelhos. Estava com as pernas cruzadas – Aquele colégio é meu. Você tem certeza que quer arriscar entrar no meu território? – Desafiou, sorrindo – Quero dizer, olhe só a pequena Rebekah. Soube que precisou engessar o pé e tudo mais. – Disse, com falsa preocupação na voz, mas ainda sorrindo.
Jennifer: Quer saber? Tenho sim. Você não vai bancar a “rainha” pra cima de mim. Eu não vou permitir. – Enfrentou, e Anahí riu.
Anahí: Bancar a rainha? – Perguntou, como se estudasse a outra – Vê-se que você tem muito a aprender. No momento em que você pisar suas patas sujas de terra dentro dos portões daquele colégio, eu sou a rainha. Minha vontade é lei. – Disse, totalmente segura – E vai ser muito interessante ver quanto tempo você vai agüentar até voltar pra roça correndo e pedindo colo pra mamãe. – Disse, com um biquinho.
Jennifer: Até parece. Vou estar lá para garantir que você fique longe do meu primo. – Confrontou de novo. Anahí ergueu as sobrancelhas – Não sou Rebekah. Se você passar dos limites, eu acabo com você. – Ameaçou. Anahí franziu o cenho, os olhos azuis parecendo querer ver além da menina. O olhar incomodou Jennifer.
Anahí: Oh. Meu. Deus. – Disse, lentamente, ainda encarando a outra, um sorriso venenoso nascendo no rosto – Você gosta dele. Seu próprio primo, e você gosta dele! – As orelhas de Jennifer queimaram de novo. Anahí caiu no riso.
Antes que uma resposta pudesse ser dada, Alfonso chegou. Sorriu ao ver Anahí rindo. Queria que ela se sentisse confortável ali.
Alfonso: O que foi? – Perguntou, sorrindo, e Anahí olhou pra ele, as bochechas coradas do riso.
Anahí: Sua prima... É hilária! – Disse, parando pra rir em seguida – Estava aqui sozinha esperando, e em menos de 5 minutos de conversa e ela conseguiu me deixar maravilhada. Não é, Little J? – Jennifer odiava aquele apelido com todas as forças que tinha em seu corpo.
Alfonso: Ela está pensando em se matricular no St. Jude ano que vem. A família tem uma vaga, uma vez que Christopher se forma esse ano. – Disse, ajeitando os óculos e se sentando, ainda sorrindo.
Anahí: Isso vai ser fascinante. – Disse, a voz cheia de subentendidos, sorrindo e encarando Jennifer. A garota observava, mortificada.
Jennifer: Com licença. – Murmurou e deu as costas, sumindo dali. Alfonso franziu o cenho.
Alfonso: Que há com ela? – Perguntou, confuso.
Anahí: Nada. – Dispensou – Ultima revisão, então? – Ele sorriu com a animação dela.
Alfonso não tinha mais o que estudar. Passara direto, a MID acabou, de forma que ele só a auxiliava. Ainda assim, parecia cansado. Deu as apostilas pra ela repassar e se largou na poltrona, de olhos fechados, o óculos na ponte do nariz. Anahí observou por alguns instantes, esperando, então...
Anahí: Sabe... – Começou, marcando algo no caderno com um marcador rosa – Eu estive pensando naquilo que você me disse.
Alfonso: Aquilo o que? – Murmurou, ainda de olhos fechados.
Anahí: Aquilo... No dia em que você foi à minha casa. – Lembrou. Os olhos de Alfonso se abriram em placa debaixo dos óculos tortos. – Sabe, eu não namoro o Brad. – Disse, se fazendo de tímida.
Alfonso: Não? – Perguntou, o rosto totalmente corado, pondo os óculos no lugar.
Anahí: Não. – Ela suspirou, dando de ombros – Todo mundo acha que sim porque ele está sempre por perto, mas não. – Dispensou. Ela contou até 15, se concentrando pra fazer o sangue subir pro rosto e parecer corada – Eu... Eu achei legal aquilo que você falou pra mim.
Alfonso: Achou? – Perguntou, estancado no lugar.
Anahí: Achei. – Disse, ainda de cabeça baixa – E eu estava pensando... Se você quisesse, é claro... Nós poderíamos, não sei, ver um filme, alguma coisa assim. – Disse, em tom baixo, prendendo o riso. Alfonso quase teve um ataque cardíaco. Ela esperou, e ele ficou olhando-a... Olhando... Até que, com um choque, percebeu que precisava responder.
Alfonso: É claro! – Exclamou, desentupindo e se sentando direito. – Claro que sim! Quando você quiser! – Se apressou.
Anahí: Podemos comemorar as notas. – Emendou. Ele assentiu – Minha casa? Amanhã à tarde? Semana que vem eu vou estar às pressas, por causa do baile, que é na sexta. – Disse, angelical.
Alfonso: Claro. – Assentiu, então pareceu pensar em algo – As 16?
Anahí: As 16. – Disse, sorrindo pra fazer charme. Alfonso sorriu de volta, totalmente corado.
Mas não deu tempo do flerte seguir. Rebekah gritou no segundo andar e Jennifer desceu correndo, risonha.
Jennifer: Rob chegou! – Anunciou, sorridente, e correu pra porta. Alfonso se levantou, sorrindo pra receber o irmão. Logo Rebekah apareceu, retardada pelas muletas, sorrindo também. Sabia que desobedecia Grace indo receber Rob, mas a mãe não se chatearia. Ignorou Anahí.
O alvoroço com a chegada de Robert foi grande, todos dando boas vindas. Ele tinha o cabelo claro, olhos verdes, e era o mais velho dos Herrera. Anahí só sabia que estava na faculdade, cursando medicina. Não fazia idéia de porque voltara. Nem do porque abraçou a mãe, sério, nem porque isso levou Grace as lagrimas. Voltou sua atenção para a apostila, logo não viu Robert largando a mochila no chão e os outros irmãos o abraçando ao mesmo tempo, calados, se dando suporte, como se o fato de a família estar junta novamente, inteira, anestesiasse todo o resto. Ela não ligou. Eram unidos como família, se doía como família, eles pagariam como família, era assim que ia ser.
❖
Alfonso nem acreditava que estava na mansão dos Portilla, assistindo filme e comendo pipoca com Anahí. A verdade é que ela ficara nada menos que radiante quando saíram as notas da final dela e da MID, o que significava que ela estava livre. Ela escolhera um filme que ele nem dera bola pro nome, de tão nervoso, e a empregada apareceu, servindo a mesa de centro da sala com todos os tipos de guloseimas. Anahí comeu muito pouco, apenas algumas pipocas aleatoriamente. Sentou-se no mesmo sofá de Alfonso. Se ele contasse, ninguém acreditaria. O filme era um romance água com açúcar, e ele devia admitir que estava aliviado – esperara um melodrama. Ia assistir e fingir que adorara por ela, mesmo não fazendo muito sentido pra ele. Anahí ria nos momentos adequados, comentava algumas coisas... E ela foi se aproximando dele. Aos poucos, sutilmente até que os dois estavam bem próximos. A cena final do filme se anunciou com o mocinho parando o baile da escola pra se declarar pra mocinha. É claro, ela se derretia.
Anahí: Essa cena é uma das melhores cenas de todos os filmes. – Disse, suspirando, com uma pipoca na mão. Alfonso ergueu as sobrancelhas.
Alfonso: Algumas garotas teriam vergonha. Digo, de serem pedidas em namoro assim. – Disse, olhando o ponto onde os braços dos dois se tocavam. Anahí usava um casaco de renda fininha, branca, e o braço dele estava livre. Ele podia sentir a temperatura dela.
Anahí: Eu acho lindo. – Disse, sorrindo ao ver o casal do filme se beijando, após ela aceitar. Alfonso ficou quieto.
Anahí se aproximou mais ainda, e ele olhou ela. Disfarçadamente, é claro. Só que ela, intencionalmente, se virou pra dizer algo, e os dois se encararam em silencio. Durou por vários instantes, até que começaram a se aproximar. O coração de Alfonso batia desesperado dentro do peito: Ia beijá-la!
Nunca havia beijado ninguém, e ia beijar logo ela! Os rostos dos dois se encontraram, os lábios quase se tocando... E Anahí se retraiu, como se tivesse se assustado, se encolhendo. Se teve uma vez que Alfonso corou, foi aquela.
Alfonso: Me. Desculpe. – Disse, totalmente encabulado – Eu não sei o que me deu, eu não, eu não ia fazer isso, eu não queria, digo, eu queria, mas eu não ia... – Disse, se interrompendo, e ela o olhou, falsamente hesitante.
Anahí: Não é você. – Disse, e ele parou – Eu nunca... Eu nunca beijei um garoto antes. – Disse, forçando o sangue a subir pro rosto. Ele observou as bochechas dela corarem, e aquilo meio que o acalmou.
Alfonso: Nunca? – Confirmou.
Anahí: Não. Eu nunca... – Ela hesitou – Eu nunca quis ter ninguém tão próximo. Por causa do meu problema. Você sabe, dos folhetos. – Alfonso franziu o cenho – Eu sempre acho que alguém vai descobrir aquilo, e sinceramente, quem ia querer ficar com uma garota assim? – Perguntou, exasperada – É por isso que eu nunca namoro ninguém. Eu não vejo porque alguém poderia... Você sabe. Gostar de mim. – Ela deu de ombros, sem jeito.
Alfonso: Falei daquela vez, e repito quantas vezes você quiser: Você não tem motivos pra se sentir insegura. – Disse, tirando coragem de onde não tinha – Você é linda, e é inteligente, e é legal. Qualquer um gostaria de namorar você. – Reafirmou.
Anahí: Você acha? – Perguntou, e ele assentiu. Ele viu os olhos dela irem pra televisão, onde o casal do filme se beijava no palco da formatura, onde ele havia se declarado pra ela. Tocava uma musica melosa no fundo.
Alfonso pestanejou, pensativo. Aquilo... Não, claro que não. Então ela se aproximou, hesitante, como se tomasse coragem, e deu um beijo na bochecha dele. Um beijo demorado – Ele pode sentir os lábios dela. Eram macios. Depois ela corou e deu as costas, saindo da sala. Alfonso ficou, totalmente confuso, e olhou a televisão de novo. Anahí parou sua falsa saída envergonhada, se encostando na parede do corredor, observando. Ele apanhou o controle, voltando a cena em que o mocinho se declarava, observando-a concentradamente. Ela sorriu com isso. Na segunda feira...
Anahí: Você. – Disse, puxando Brad pela camisa pra um corredor vazio. O menino sorriu, olhando-a – Ele vai se declarar pra mim na sexta-feira.
Brad: Quem? O garoto Herrera?! – Perguntou, achando graça.
|Continua...
Autor(a):
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahí: Sim. – Disse, sorrindo – Eu dei a entender que queria uma declaração publica, um pedido de namoro. Vou convidá-lo pra sua festa. – Brad daria uma festa pré-baile – Se eu estou certa, e acredite, eu estou, ele vai me pedir em namoro lá. Do jeito mais escandaloso que conseguir pensar. – Brad riu gos ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 235
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jhulya__ Postado em 10/11/2020 - 23:26:10
Nossa,como senti falta de vc e dessa fic Espero que esteja tudo bem ctg
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jhulya__ Postado em 09/01/2020 - 00:37:26
Eei, oq houve?vc sumiu dnv, tá tudo bem?
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jhulya__ Postado em 20/11/2019 - 20:24:05
Aiii a enfermeira falou que ele é marido dla, tadinha, deve ficar toda confusa e envergonhada agr
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jhulya__ Postado em 19/11/2019 - 20:48:28
Sabia que a Jennifer nn ia aceitar, agr tomara que ela nn faça a merda de fazer a Any lembrar de td
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jhulya__ Postado em 18/11/2019 - 18:50:00
Ahhhhh eu sabia,ele quer tentar, vai fazer o casamento dar certo dessa vez,amando ela e sendo amado e o Nate vai ter uma família linda e feliz
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jhulya__ Postado em 15/11/2019 - 22:22:45
Senti sdd ,tomara que seu cel volte ao normal logo
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jhulya__ Postado em 15/11/2019 - 22:22:05
Ele vai pedir a todos pra nn contar nada a ela, ele vai começar do zero, assim como ela
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jhulya__ Postado em 08/11/2019 - 19:59:00
Ela acordooooou,n acredito,o pedido do Nate funcionou,que lindo,posta mais 1 hoje,pf
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jhulya__ Postado em 06/11/2019 - 22:40:05
Cada vez pior,essa mulher é um nojo. Já fazem 4 anos,será que a Any acorda agr??
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larianna_ Postado em 05/11/2019 - 23:39:28
Nojo dessa Jennifer