Fanfics Brasil - Cap 4 part IV👩‍✈️ final Riscos da paixão (vondy)

Fanfic: Riscos da paixão (vondy) | Tema: Vondy


Capítulo: Cap 4 part IV👩‍✈️ final

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A maioria das mulheres não gosta de mim ou não confia em mim, e os
homem só querem fingir que são meus amigos na esperança de conseguir algo
mais. Com exceção da minha mãe, do Dom, das irmãs dele e, mais
recentemente, da Saint, minha vida tem sido bem solitária.
– Acidentes acontecem. O que aconteceu com o Christopher não foi culpa sua, a
gente sabe disso – ela respondeu. Então seu olho castanho assumiu uma
expressão séria, e o azul, uma expressão inquisidora. – E você, sabe?
Me deu vontade de dizer que é tudo culpa minha, que tenho a impressão
de que, agora, só consigo cometer um erro depois do outro, mas não tive
oportunidade, porque um ar de pânico tomou conta de seu lindo rosto e, em um
piscar de olhos, a Anny levantou da cadeira e voou até o outro lado da sala, onde
ficam os banheiros. A voz grave do poncho retumbou em uma ladainha de
palavrões. Sua mãe o repreendeu, mas ele a ignorou e entrou atrás da noiva
miudinha no banheiro feminino. O poncho também ignorou a enfermeia que
chamou sua atenção por isso, e todos os rapazes se juntaram para dar risada.
Fiquei pensando no que a Anny havia dito sobre culpa e, de repente, o
lugar vago ao meu lado foi ocupado por um corpo bem maior e masculino.
Sempre que fico a uma distância em que posso tocá-lo, meus sentidos entram em
curto-circuito. Ele passou um daqueles braços compridos por trás da minha
cadeira e me olhou de soslaio.
– Você está bem? – perguntou, com a voz um pouco mais delicada do
que de costume, bem perto do meu ouvido.
Engoli em seco e balancei a cabeça.
O fato de o ucker ter perguntado isso, de eu achar que ele se importa
mesmo se estou bem ou não, apagou todos os sinais de alerta que faz questão de
me dar para ver se me mantenho longe dele.
– Estou. Que bom que subi com você. É uma coisa legal de se ver.
– O quê?
Fiz um gesto vago com a mão, abrangendo a sala toda, na direção de
onde a Karla e o Jack estavam aninhados um no outro, de onde o Eddy
abraçava a Zora, de onde o poncho tinha sumido atrás da Anny e até de onde os
pais dos irmãos Herrera estavam, juntinhos.
– Felicidade. Companheirismo. União. Cresci apenas com a minha mãe,
que pulava de homem em homem, sempre procurando alguma coisa que não
conseguia encontrar. É muito legal ver casais que querem estar juntos de
verdade. Estabilidade não faz parte do meu repertório.
O ucker pôs as pernas para cima e ficou mais ou menos na mesma
posição que a minha. Tremi de leve quando seu corpo encostou no meu. Ele deu
um sorrisinho ao perceber minha reação.
– Você pode ter toda a estabilidade do mundo se parar de querer
procurar encrenca.
Ele deve ter razão, mas isso me parece muito mais divertido neste
momento. Além disso, o que quero e o que preciso são duas coisas
completamente diferentes. Não respondi. Em vez disso, me esforcei para ficar bem quieta, porque
senti as pontas dos dedos do ucker se mexerem em meu longo rabo de cavalo
pendurado na parte de trás da cadeira. Pensei que o rapaz não havia se dado
conta de fazer isso, pelo menos até eu olhar para ele e ver que seus olhos
Castanhas brilhavam. Esse homem não faz nada sem saber direitinho o efeito
provocado nas pessoas à sua volta. Não é apenas uma encrenca, é algo poderoso
e que oferece muito mais perigo do que os crimes que vejo acontecerem nas
ruas todos os dias.
Em algum momento daquela espera interminável e monótona, que se
esticou por horas e horas noite adentro, o murmúrio baixinho das vozes, o som
dos sapatos de borracha no piso de linóleo e todos os demais ruídos acabaram
embalando meu sono. Em determinado momento pensei em como aquela noite
havia sido estranha, em como, quando eu estava me sentindo a última das
criaturas, aquela rede de pessoas maravilhosas estava ali para me salvar. Não
estou acostumada a ter com quem contar além do Dom, e preciso admitir que é
muito bom ter algo macio para aterrisar uma vez na vida, em vez de tomar a
pancada brutal de sempre.
Mas é claro que, como todas as coisas em minha vida nos últimos
tempos, tirar um cochilinho não ia ser fácil e revigorante. Assim que tudo ficou
escuro, ele apareceu. O dia que mudou tudo para sempre.
Ouvi os tiros. Ouvi os gritos dos policiais que haviam chegado ao local
antes de nós. Ouvi os moradores da região tagarelarem ao lado do edifício
abandonado que tinha sido convertido em um monstruoso laboratório de
metanfetamina. Ouvi as sirenes. Ouvi o rádio comunicar que vários policiais
haviam sido baleados. Era uma situação terrível em todos os sentidos, mas o
Dom e eu éramos treinados. Fazia parte do nosso trabalho cotidiano entrar em
situações difíceis e melhorá-las.
Ouvi o Dom dizer que devíamos ir pelo beco, e eu concordei cegamente.
Ouvi seus coturnos rasparem no metal da escada de incêndio quando ele
começou a subir. Comentei que estava bem atrás, sempre fazíamos isso um pelo
outro. O Dom gritou para eu ficar alerta e lhe dar cobertura. Não fazíamos ideia
de quantos atiradores havia, se o prédio estava vazio ou não, mas repito: éramos
treinados, e aquilo fazia parte do nosso trabalho.
Empunhei minha arma. Fiquei observando, olhando fixamente para o
céu acima da cabeça do Dom, cuidando para que ninguém pudesse atingi-lo.
Ouvi mais tiros, não sabia se haviam sido disparados pelos bandidos ou pela
polícia, mas nem liguei, só me importava com o bem-estar do meu parceiro.
Ouvi o barulho que o Dom fez ao chegar no alto da escada de incêndio. Posso
jurar que ouvi cada floco de neve que caiu no chão de terra perto de meus
coturnos.
Ouvi o Dom gritar que o prédio estava vazio, vi meu parceiro ir na
direção de uma janela quebrada e então ouvi... Pouco mais que um sussurro. O
ruído distante de uma lata ou qualquer outra coisa que estava no lixo rolando no
asfalto. Tirei os olhos do Dom por um centésimo de segundo, meio piscar de
olhos, e as portas do inferno se abriram.
Um moleque, um menino que tinha acabado de sair da puberdade, apareceu no teto, começou a atirar naquela posição mais alta e acertou o Dom.
Ele levou dois tiros no colete à prova de balas, e um atravessou seu braço. O
impacto e a surpresa o fizeram cair de costas até chegar no corrimão da escada
de incêndio e começar a rolar até o chão. Uma última bala acertou em cheio a
lateral de seu corpo, mas foi a queda que causou o maior estrago.
Depois disso, só ouvi gritos, meus e do Dom, que continuou caindo.
Comecei a atirar, acertei o moleque bem no meio do peito, e ele caiu, morto.
Não me importei. Achei que o Dom havia morrido e não conseguia parar de
gritar.
Acordei assustada. Minha pele brilhava de suor, e eu tremia
visivelmente. Por sorte, dessa vez não fiz nenhum barulho, e acho que ninguém
percebeu meu estado perturbado, até porque o Christian e a Maitê haviam acabado de
chegar, e todo mundo foi lá cumprimentá-los. Fiquei observando o ucker dar um
abraço bem apertado na irmã, que é bonita de um jeito impressionante.
Foi como se a Angel e o bebê soubessem, como se o filho dela e do Sebastian
estivesse esperando o momento certo para sua grande estreia no mundo. Parece
que o garoto sabia o minuto exato em que sua família estaria toda reunida para
conhecê-lo, porque o Reyer Remington Herrera só nasceu quando a turma toda
estava no hospital.
Preciso dizer que essa foi a melhor coisa que eu poderia presenciar
depois dos pesadelos daquela noite horrível, e serei sempre grata por terem me
deixado participar desse momento.


 


Gente fim do capítulo 4 agora eu acho que todos já conhecem nossos personagens e entendem seus fantasmas👻.


Ate a próxima com a visão do ucker



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Autor(a): beatris

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • capitania_ Postado em 18/05/2018 - 15:28:20

    Continua logo

  • capitania_ Postado em 18/05/2018 - 00:04:11

    Continua logo

    • beatris Postado em 18/05/2018 - 09:11:23

      Postado linda

  • dulcete.vondy Postado em 17/05/2018 - 01:26:54

    Continua por favor, posta mais capítulos, tô ficando muito ansiosa para o desenrolar da fic

    • beatris Postado em 17/05/2018 - 17:33:52

      Postado linda. Mais tarde posto mais dois tá

  • dulcete.vondy Postado em 26/04/2018 - 20:22:39

    Li tudo de uma só vez e já amei demais a fic, continua por favoooor

    • beatris Postado em 28/04/2018 - 07:48:30

      Que bom que gostou linda. Capítulo fresquinho postado pra vc.

  • eduardaaaa Postado em 18/02/2018 - 18:26:53

    Continua posta mais

    • beatris Postado em 19/04/2018 - 13:46:10

      Postado linda

  • Perséfone♡ Postado em 15/01/2018 - 21:21:27

    Postaaaaaaa, já amei a sinopse...

    • beatris Postado em 15/01/2018 - 22:48:32

      Que bom a história é bem legal posto já


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