Fanfics Brasil - Cap 1 parte III Riscos da paixão (vondy)

Fanfic: Riscos da paixão (vondy) | Tema: Vondy


Capítulo: Cap 1 parte III

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Passei o dedão no canto da boca e dei meu melhor sorriso de “caipira”.
Essa jogada já desarmou muita gente que estava a fim de ver sangue,
normalmente o meu sangue, mas não liguei de usá-la para evitar que o sangue da Dulce fosse derramado.


– E,  entre nós, a garota tem amigos na polícia – completei.


Como o outro sujeito tentava avaliar se eu falava sério ou não, inclinei o
queixo e continuei:


– O melhor amigo dela é policial. Se você ligar para a delegacia, é bem
provável que mandem ele para cá, porque ele sabe que a garota costuma vir aqui, e aí ela vai dizer que você e seus amigos passaram a mão nela sem
permissão, e os vídeos de segurança vão mostrar que foi isso mesmo.
Apontei para uma das câmeras que o poncho havia instalado e concluí:
– Você acha que isso vai ser bom para você?
O garoto ficou pensando numa resposta e, de repente, o vocalista da
banda falou no microfone, para todo mundo que estava no Bar ouvir:
– Vocês são uns bostas. Tirem esse amigo sangrando daqui e deixem
todo mundo voltar a se divertir.
Isso atiçou os frequentadores, que começaram a gritar “vocês são uns
bostas!”, e o bando de aproveitadores não teve escolha: foi obrigado a ir embora.
Eles não tiveram como livrar a própria cara e não quiseram pagar para ver se a
Dulce tinha mesmo um amigo policial.
O grupinho rastejou até a porta, e eu arrastei a Dulce até o balcão.
Pousei sua linda bunda em uma banqueta, onde dava para eu vigiá-la. Prendi a garota nos meus braços e cheguei tão perto que nossos narizes quase se tocaram.
Então sussurei:


– Senta aí. Olha, eu posso ligar para a Zoraide vir te buscar ou você pode
ficar sentada aqui, tomar uma água, comer algo bem gorduroso e horrível até esse porre passar e você ter condições de ir para casa sozinha. Essas são suas duas únicas opções, Ruiva.
Ela ficou piscando para mim com aqueles cílios que são um crime de
tão compridos, e posso jurar que estava com jeito de quem ia chorar. Ela engoliu
em seco e balançou a cabeça de leve, concordando comigo.
Quando abriu a boca, a voz quase não saiu:


– Não liga para a zora. Vou esperar aqui.
A Zoraide é a melhor amiga dela, namorada do meu amigo Eddy. É uma
mulher doce e tímida que, não sei como, consegue dar conta da atitude ousada e
meio insolente da Dulce savinón. As duas formam uma dupla estranha, mas
tenho certeza de que a Zoraide largaria qualquer coisa em um piscar de olhos para
cuidar da Dulce. Não posso condenar a garota por não querer que a amiga a
buscasse naquele estado. Ela estava um trapo. Ainda estava linda, de um jeito
louco, meio selvagem, mas, debaixo daquela beleza toda, o desastre queria se juntar com a confusão, com o perigo e mais um monte de coisa ruim, e é assim
que ela tem se comportado nas últimas duas semanas. Aquela não tinha sido a
primeira catástrofe causada por suas travessuras, e fui obrigado a evitar. Estava na hora de dizer que ela precisava parar com aquilo.


Me afastei da dulce, fui para trás do balcão e olhei feio para a Dixie,
que havia dado um tapinha na minha bunda a caminho da pista.


– Meu herói.


Apenas grunhi para a garçonete. Se tem alguém que não serve para ser
herói sou eu. Acho que estou mais para arqui-inimigo ou vilão. Servi água para a
Dulce em uma daquelas canecas de cerveja gigantes que ficam atrás do balcão
e pus na frente dela batendo o caneco no balcão, sem dizer uma palavra. Ela deu um pulinho de susto, e o arrependimento e o remorso começarem a se estampar
em seu rosto. A parte do seu peito que estava à mostra ficou vermelha, e a
vermelhidão subiu para as bochechas.
Fui até o outro lado do balcão, parando no meio do caminho para encher
alguns copos, fechar uma conta e recolher alguns pratos vazios. Aí cheguei na entrada da cozinha, que ocupa toda a parte de trás do bar. Normalmente, a gente só serve comida até a meia-noite, mas eu sabia que a Belinda Walker, a menina nova que o poncho contratou para trabalhar na cozinha como um favor para um velho amigo, ainda estava por lá, porque não cheguei a ver seu cabelo pink passar voando pela porta assim que seu turno terminou, como sempre acontece.
A Belinda é uma coisinha bocuda que, pelo que sei, só tem veneno e marra
correndo nas veias. É óbvio que ela não está a fim de trabalhar aqui. A Darcy,
sua mãe, é a gerente da cozinha, e o pai foi quem vendeu o bar para o poncho,
mas, pelo jeito, a Belinda não curte o lugar e aparece para trabalhar todos os dias
com jeito de quem está cumprindo uma pena. Como sou seu chefe, sou visto
como carcereiro. A gente não se dá exatamente bem. Acho que vejo nela muito do meu antigo comportamento sem noção e egoísta.
Chamei a Belinda. Ela não respondeu, então entrei na cozinha vazia e
caminhei até a câmera frigorífica. Como não tinha tempo a perder, peguei um
pouco de queijo, pão e uns pedaços aleatórios de fruta, e dei o assunto por
encerrado. Precisava enfiar alguma coisa que absorvesse a bebida goela abaixo
da Dulce, e então falar para ela parar de fazer merda e tomar jeito na vida.
Estava fechando a porta com o pé, porque minhas mãos estavam
ocupadas, quando, de repente, a porta do freezer de cerveja se abriu, e a Belinda apareceu de trás dela, mexendo no fecho da bolsa obviamente cheia. Ela me viu
e virou estátua, arregalou os olhos e, em seguida, os espremeu com uma cara
desafiadora.


– O que você está fazendo aqui? A cozinha já fechou.
Até parece que a Belinda tem direito de questionar aonde vou ou deixo de
ir dentro daquele bar. Aquela era uma tática de distração que conheço muito
bem.
Fiquei só olhando para ela e não falei nada. Dei uma olhada inquisidora
para a bolsa que ela segurava e depois para seus olhos azuis e frios.


– O que tem aí na sua bolsa?
Ela se mexeu no mesmo lugar, e não pude deixar de ouvir o barulho das
garrafas batendo na bolsa. A garota tentava roubar cerveja, óbvio. Era tudo o que
eu precisava naquela noite: lidar com mais uma mulher complicada. Que dor de cabeça.


– Nada.



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Autor(a): beatris

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A Belinda tentou passar reto por mim, e as garrafas se bateram de novo,fazendo ainda mais barulho.Como eu estava com as mãos ocupadas, pus o corpo inteiro na frentedela, para obrigá-la a parar. A Belinda puxou muito mais à Darcy do que ao pai. O Brite é um sujeito gigante e tem uma barba tão grande que muito cantor folk já deve& ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • capitania_ Postado em 18/05/2018 - 15:28:20

    Continua logo

  • capitania_ Postado em 18/05/2018 - 00:04:11

    Continua logo

    • beatris Postado em 18/05/2018 - 09:11:23

      Postado linda

  • dulcete.vondy Postado em 17/05/2018 - 01:26:54

    Continua por favor, posta mais capítulos, tô ficando muito ansiosa para o desenrolar da fic

    • beatris Postado em 17/05/2018 - 17:33:52

      Postado linda. Mais tarde posto mais dois tá

  • dulcete.vondy Postado em 26/04/2018 - 20:22:39

    Li tudo de uma só vez e já amei demais a fic, continua por favoooor

    • beatris Postado em 28/04/2018 - 07:48:30

      Que bom que gostou linda. Capítulo fresquinho postado pra vc.

  • eduardaaaa Postado em 18/02/2018 - 18:26:53

    Continua posta mais

    • beatris Postado em 19/04/2018 - 13:46:10

      Postado linda

  • Perséfone♡ Postado em 15/01/2018 - 21:21:27

    Postaaaaaaa, já amei a sinopse...

    • beatris Postado em 15/01/2018 - 22:48:32

      Que bom a história é bem legal posto já


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