Fanfic: Falling Apart - AyA | Tema: AyA Ponny Alfonso Anahi RBD

Christopher encarava Alfonso do outro lado da sala, em um canto mais escuro. Ele estava com uma garota nos braços, mas nem mesmo sabia o nome. Só o fato de ser do time de futebol mais famoso da região, lhe garantia as melhores garotas, as que quisesse. O fato era que estava começando a se destacar, depois que Alfonso fora traído. E ele achava que o Herrera estava tão concentrado em conquistar a ‘esquisitona’ que todos os holofotes acabaram por se virar para ele. Até que Alfonso começou a andar com Anahí todos os dias, para todos os cantos e todos começaram a ficar interessadíssimos em como a garota menos popular da escola, havia conquistado a amizade do garoto mais popular. Ele estava ficando em segundo plano, de novo. Tudo culpa do grande Alfonso Herrera e da estúpida garota, pensou amargo...E agora toda essa repaginada que ele havia promovido, iria fazer com que Anahí ficasse em alto conceito com todos. Ele grunhiu de raiva, sabendo que iria perder a aposta.

- Até que ela ficou bem gostosinha... – Murmurou pra si mesmo, tomando um gole da sua cerveja. A loira em seus braços franziu o cenho.

- O que foi que disse? – Perguntou confusa.

- Nada querida, termine sua bebida. – Ele empurrou o copo em direção a boca dela, que sorriu. Era bom ter atenção de Christopher Uckermann, já que Alfonso estava ocupado.

De repente, ele viu Anahí subir as escadas e Alfonso olhar ao redor, procurando alguém. Ele deu um sorriso malicioso, quando o viu caminhando em sua direção.

- Querida, pegue mais uma bebida pra mim, sim? – Pediu, dando uma piscadela. A garota assentiu e quando se virou, ele deu um leve tapa na bunda dela, fazendo-a saltar e dar uma risadinha.

- Era você mesmo quem eu queria ver. – Alfonso parou em sua frente, com o semblante sério. Anahí havia ido ao banheiro e ele acabaria com aquela palhaçada agora mesmo.

- Fala parceiro, qual é a boa? – Sorriu malicioso – Pensei que você não fosse conseguir dar um jeito na feiurinha, mas agora é oficial, você faz milagres! – Ele riu, tomando o resto da cerveja. Alfonso rosnou e o empurrou em direção da parede.

- Chega, a aposta acabou e você venceu. – Declarou determinado. Christopher o encarou, não acreditando. Não era válido assim! Porque Alfonso sempre tinha que sair por cima? A raiva começou a invadir sua mente, mas ele se conteve.

- Como assim, parceiro? Você não pode simplesmente desistir...- Começou, mas Alfonso levantou a mão, dando um basta.

- Já disse que acabou Christopher e Anahí nunca vai saber sobre isso, ok? – Falou Alfonso, em tom ameaçador. Ucker cerrou os olhos, sabendo do que se tratava. Ele soltou as mãos de Alfonso sobre si, alisando sua camisa, agora amassada.

- Você se apaixonou.... - Falou com nojo - Você se apaixonou pela esquisitona. – Disse em tom jocoso e logo gargalhou.

- Não fale assim dela nunca mais, a não ser que você queira ter esse seu rostinho amassado. – Alfonso deu dois tapinhas de leve no rosto de Christopher, que afastou sua mão com raiva.

- Tudo bem, Herrera... – Deu um sorriso falso de lado. – Como você quiser. – A verdade, é que Alfonso ter se apaixonado, era a melhor coisa que poderia acontecer e ele com certeza usaria a seu favor. Ele pegou outra cerveja do balde de gelo que estava sobre a mesa e a abriu com um estampido, jogando a tampa no chão, enquanto via Alfonso se afastar e conversar com o anfitrião. Ele não perdia por esperar...Só acabaria quando ele decidisse.

*

No andar de cima, Anahí foi seguiu as instruções que Alfonso havia lhe dado sobre achar o banheiro. Queria na verdade, que ele houvesse ido com ela e se plantasse do lado de fora, enquanto ela esvaziava a bexiga e retocava a maquiagem igual Lilly havia lhe ensinado.

- Ops, desculpe. – Falou envergonhada a abrir uma das portas brancas enormes e ver um casal se enroscando quase nus na cama. Aquela festa estava ficando selvagem demais para o seu próprio gosto e não via a hora de Alfonso leva-la para casa. O casal a ignorou, então ela fechou a porta e seguiu para a que achava que fosse a correta.

Quase deu um grito de alívio quando viu o banheiro vazio. Estava tão apertada, que nem mesmo se importou com as várias garrafas pelo local, e camisinhas dentro da banheira. Fez uma careta de nojo, já sentindo pena da empregada. Ela lavou as mãos com cuidado, tentando não se intoxicar com aquela nojeira. Definitivamente, não era seu tipo de festa. Mas estava ali por Alfonso. Ela sorriu para o seu reflexo no enorme espelho e tocou os lábios, sonhadora. Estava tão apaixonada.

Ao sair do banheiro, ela quase tropeçou em Meg, uma gótica, também do último ano, que fazia aula de artes juntamente com ela. Meg apesar de ser uma renegada e desajustada, tanto quanto Anahí, as vezes lhe era cruel. Criticava suas obras de artes, mas não diretamente. Era do tipo mais sutil, o mais covarde. Anahí começara a se retrair durante as aulas, deixando de soltar seu espírito artístico, tudo por causa das palavras grossas e comentários venenosos de Meg. Ela não ligava, óbvio. Mas não era tola de ficar lhe dando artilharia para que pudesse deixar a outra debochar de sua cara.

Anahí reparou que Meg estava um pouco fora de órbita, roupa fora do lugar e maquiagem totalmente borrada. O lápis preto escorrido pelas bochechas, juntamente com o rímel. O batom vermelho totalmente fora dos lábios, como se fosse uma palhaça de filmes de terror trash. Ela resistiu para não rir da cara da garota, então resolveu passar direto. No estado que Meg estava, capaz de nem mesmo reconhece-la sem os óculos e o macacão jeans. Mas estava enganada.

- Olha o que temos aqui, a nova Miss popularidade do Thomas Jefferson High School. – Meg gargalhou, esparramada na porta do banheiro. Deplorável, Anahí pensou.

- Olá, Meg. – A cumprimentou educadamente. – Acho que você precisar dar um tempo na bebida, não?

- Sabe o que eu acho, Anahí? – Perguntou em tom jocoso – É que você deveria cuidar dos seus próprios assuntos...porque não refaz aqueles quadros horrorosos que você pensa que agrada à todos, hein? – Disse venenosa.

Anahí suprimiu as lágrimas e se lembrou das palavras de Alfonso. ‘Não deixe ninguém pisar em você’, ele disse. As palavras de Meg doeram, porque os primeiros quadros que Anahí pintara, sempre tinha algo que a fazia lembrar da mãe e todos na classe sabiam. Conforme as alfinetadas de Meg aumentavam, ela acabou por deixar de pintar o que mais amava. Até mesmo a professora estranhara, mas não fizera comentários. Any deu um sorriso malicioso assim que Meg fechou os olhos e abriu a boca. A garota era tão má, que mesmo estando quase em coma alcoólico, não deixava de brincar com os sentimentos de Anahí. Ela tinha direito a uma pequena vingança, afinal.

Abriu sua pequena bolsa e se pôs a trabalhar. Precisava ser rápida, antes que Alfonso desse por sua falta. Quando terminou, se afastou e ficou de pé novamente, sorrindo perante sua obra de arte. Ela havia achado no banheiro um pó clarinho, quase branco, que espalhou exageradamente sobre o rosto de Meg. Com um delineador, desenhou um losango em pé, em cada um dos olhos. Finalizou com o próprio batom vermelho de Meg, com uma enorme boca de palhaço e uma bolinha vermelha no nariz. Ela se afastou, rindo e logo foi em direção as escadas.

Estava mais relaxada, de finalmente ter tido uma pequena vingança sobre Meg. Ela não era esse tipo de garota, mas a outra bem que merecia depois de tudo. Quando pisou no último degrau, ela sentiu uma mão em seu ombro, com unhas rosas shock grandes e afiadas, cravando em sua pele. Ela respirou fundo e sacudiu o ombro, fazendo com que a mão se afastasse. Olhou ao redor, procurando por Alfonso e começou a se desesperar quando não o encontrou.

- Posso saber o que faz aqui? – Jessy perguntou com arrogância, seguida por Lola e Angelique, que estava totalmente sem graça.

- Assim como você, eu também fui convidada. – Respondeu no mesmo tom. Se Jessy pensava que iria assustá-la, estava enganada. Ela nunca se defendeu, porque não quis. Mas agora é diferente, sentia-se confiante. Parte disso, devia-se a Alfonso. – Agora, se você puder sair da minha frente, eu agradeço. Certamente precisarei de uma injeção, sabe, pra me desinfetar. – Apontou para o ombro, fazendo pouco caso.

Jessy quase rosnou quando a ouviu. Todos estavam comentando o quanto Anahí estava belíssima e interessante quando ela chegara. Toda sua atenção fora ofuscada pela esquisitona que Alfonso tentava lhe substituir.

- Olha só, a gatinha tem garras. – Riu com deboche e Lola a acompanhou. Angelique continuou calada, olhando para os lados. Não gostava da atitude de Jessy, afinal, Anahí não lhe fizera nada. – Você sabe que ele está tentando me substituir, não sabe? – Perguntou maldosa. Anahí gelou. Aquela possibilidade nunca havia lhe ocorrido, mas ela não deixaria Jessy plantar a semente maldosa em sua cabeça. Sabia muito bem o jogo que ela estava tentando fazer.

- E você está tentando me deixar confusa, pensando que eu iria me abalar por isso, mas no fundo está morrendo de raiva por Alfonso não está dando a mínima pra você, não sabe? – Rebateu e apoiou uma das mãos no corrimão da magnifica escada. Suas pernas tremiam à beça, mas nunca demonstraria para Jessy. – Acho que você se esqueceu, por um minuto, que eu não sou uma das suas seguidoras cegas, que fazem o que você manda ou algum tipo de pateta que acha você a rainha da escola.

Os murmúrios de espanto eram gerais, já que naquela altura um círculo se formara em volta das duas. Anahí a encarava, cara a cara, agora. A arrogância da garota à sua frente, estava lhe dando nos nervos. Ela nem mesmo era namorada de Alfonso, pelo amor de Deus. Bem, não oficialmente.

- Você não sabe onde está se metendo, Anahí. Esse não é o seu mundo, não é lugar pra você. Porque não volta pra sua patética aula de artes e se finge de invisível novamente? Garanto que ninguém sentirá sua falta. – Falou Jessy, venenosa.

- É isso que você gostaria, não é, querida? Está se sentindo ameaçada por mim? – Sorriu debochada. Para Jessy, fora como levar uma bofetada na cara. Anahí havia lhe cutucado em seu ponto fraco. Pela primeira vez sentia que poderia perder sua coroa de rainha no baile, já que todos estavam falando em votar em Anahí Portilla. Ela se enfureceu e se aproximou mais ainda de Anahí.

- Meninas, porque vocês não se acalmam? Está todo mundo olhando... – Pediu Angelique apaziguadora, sabia que Jessy era cruel e não queria que machucasse Anahí.

- Porque, Angel, algumas pessoas devem se tocar do lugar aonde pertencem. – Jessy deu um sorriso doce para Angel, totalmente falso e novamente se virou para Anahí. – E o seu lugar, Anahí, não é aqui. – Murmurou e ergueu o copo, despejando o conteúdo liquido e doce sobre a cabeça de Anahí.

Ela gemeu e limpou os olhos com cuidado, ainda tentando manter a dignidade. Algumas pessoas riam e outras esperavam por sua reação. Jessy e Lola mantinham um sorriso vitorioso no rosto, mas Angelique estava com a cara fechada, balançando a cabeça. Um gesto claro que não havia aprovado a atitude da amiga.

- Sabe, Jessy... – Começou Anahí, com um riso sem humor – É por isso que eu sempre evitei pessoas como você e lugares como esse. Você é simplesmente patética. – Sussurrou com ódio, olhando nos olhos da garota.

Jessy deu uma leve tremida, mas logo recuperou a postura. Não iria deixar Anahí tomar o seu lugar, não importa quando ela tentasse. Anahí começou a se afastar em passos rápidos, tentando desviar de todos que lhe perguntavam se estava bem.

- Any! – Chamou Alfonso, mas ela não se virou. Ele a alcançou quando estava na calçada da mansão. – Anahí, o que aconteceu? Ouvi que Jessy foi rude com você lá dentro, mas eu estava com Fr...

- Não quero saber Alfonso, estou indo embora. – Disse sem parar de andar. Pegaria o primeiro táxi que encontrasse, por sorte havia trazido dinheiro.

- Pera ai baby, me conte o que aconteceu. – A segurou delicadamente e ela finalmente se virou para olhá-lo. – Oh, eu vou matar aquela vagabunda. – Murmurou com raiva, ao ver os cabelos de Anahí ensopados com refrigerante. – Pelo menos você está com cheirinho de uva... – Ele tentou brincar e a puxou para os seus braços. – Hm... e tem gosto também. – Passou a língua pela bochecha dela e foi descendo pelo pescoço. Anahí suspirou, não conseguia mais se lembrar do que havia acontecido...não com a língua de Alfonso a acariciando daquela maneira. – Você não vai deixar aquela estúpida abalar você, vai? Ela só está com medo de perder a coroa do baile.

Anahí abriu os olhos, se voltando para a realidade. Ela pousou as mãos sobre o peito de Alfonso, detendo-o.

- Ela é louca? Eu nem mesmo me candidatei pra essa merda. – Falou exasperada, tentando se secar com o lenço que Alfonso lhe ofereceu.

- Sim, ela é louca. Totalmente psicótica com esse negócio de coroas e rainhas... – Alfonso riu e Any não conseguiu conter o sorriso também. – Quanto a se candidatar, você não precisa. Os alunos que escolhem e creio que depois de hoje, você com certeza vai entrar na disputa. – Tomou o lenço da mão dela e passou levemente sobre seu colo. Anahí se arrepiou e Alfonso mordiscou seu queixo. – Não ligue pra ela baby, essa noite foi especial e nada vai estragar isso, ok? – Ela assentiu, com um biquinho. Alfonso selou seus lábios e a virou de costas.

E foram andando assim, agarradinhos, com ele atrás e ela na frente, até o carro. Alfonso fazia piadas para Anahí rir e esquecer do que havia ocorrido, mas ele não esqueceria. Teria uma conversa muito séria com Jessy. Ninguém ameaçava Anahí, fazendo com se se sentisse indesejada ou inferior. Ele sorriu ao ouvir pelo pessoal que ela enfrentou Jessy de frente, sem recuar e que a sua ex havia jogado sujo, jogando refrigerante em Any, quando seus argumentos haviam acabado. Ela era sua garota. Antes de Alfonso abrir a porta do carro, para que Anahí entrasse, ele a imprensou contra a porta.

- Você é minha garota, baby. Ninguém vai machucar você, ouviu? – Segurou o rosto de Anahí em sua mão, vendo a fragilidade por trás dos olhos azuis, mesmo que ela tentasse esconder.

- Eu não preciso que você lute minhas batalhas por mim, Poncho. – Murmurou com suavidade, colocando as pequenas mãos sobre as suas.

- Sei disso, mas eu quero. Amo você Anahí, se lembre disso. – Ele desceu suas mãos lentamente pelo tórax dela, fazendo com que seus polegares roçassem de leve pela lateral dos seus seios. Ele gemeu. – Você está sem sutiã? – Murmurou, colando seu corpo ao dela. Anahí podia sentir a excitação de Alfonso contra sua barriga e suspirou.

- Sim, eu estou. – Falou baixinho, quase sem forças. Ela tremia com o desejo que sentia.

- Mulher, você vai me matar... – Gemeu novamente e escondeu o rosto no pescoço dela. Quando ele começou a beijar ali, cada pedacinho, e foi descendo os beijos até o início de seus seios, Anahí levantou o rosto dele com um dedo.

- Melhor irmos para um local com mais privacidade, não acha? – Ela sugeriu, com a voz rouca. Ele apenas assentiu, não tinha condições de dizer nada.

Ele a acomodou no carro e logo estavam a caminho do mirante da cidade.