Fanfics Brasil - Capítulo 15 - Final Falling Apart - AyA

Fanfic: Falling Apart - AyA | Tema: AyA Ponny Alfonso Anahi RBD


Capítulo: Capítulo 15 - Final

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- Eu vou acabar com você, vagabundo! – Alfonso gritou e foi em direção a Christopher. Com toda sua força, aplicou um soco no outro, que caiu no chão com um baque.


Algumas meninas gritaram, apavoradas com o súbito ataque de fúria de Alfonso. Nunca haviam presenciado nada assim. Os garotos, tentaram segurá-lo, mas fora em vão. Ele avançou sobre Christopher, diferindo chutes na barriga, enquanto Ucker tentava se proteger, até que finalmente o treinador conseguiu segurar Alfonso, que bufava de raiva.


- Você pensou que ia conseguir mais uma vez, não é Herrera? Mas só acaba quando eu digo que acabou. – Christopher limpou o sangue que escorria no canto da boca, com um sorriso cruel.


Alfonso gritou novamente, como um leão enjaulado e tentou ataca-lo mais uma vez. O professor segurou com mais força os braços dele, pedindo calma.


- Eu nunca irei me esquecer do que você fez aqui. Você não podia ter feito isso com a Any, ela não merecia. – Sua voz era baixa e ameaçadora, os olhos injetados de raiva. Christopher apenas riu.


- Como você é hipócrita, Herrera. Que eu me lembre, não forcei você a aceitar a aposta. Não venha bancar o bom moço logo agora... – Rebateu com deboche. Todos estavam calados e só podia ouvir o eco dos rosnados de Alfonso pela quadra.


- Chega! Basta vocês dois! – Explodiu o treinador – Você vai comigo pra diretoria Herrera e Ucker, vá direto pra enfermaria antes de encontrar o diretor. – Alfonso bufou, mas assentiu. O treinador soltou os seus braços e ele se apressou a sair da quadra, quando ouviu passos atrás de si.


- Poncho, espera por favor! – Jessy andava o mais rápido possível em cima dos saltos.


Ela precisava de Alfonso novamente, agora que seu namorado a havia largado. Espumava de raiva toda vez que se lembrava das palavras dele no dia anterior.


- Sinto muito Jessy, mas eu preciso de uma mulher de verdade na minha vida. - falou Derrick com fingida pena - Você não pensou que eu iria continuar namorando você, né? – Derrick tinha no rosto uma careta de tristeza, totalmente falsa. Ela apenas engoliu o orgulho e juntou suas coisas da casa dele, batendo a porta com força. Não iria chorar por aquele babaca. Aquelas palavras...foram exatamente as mesmas que falara para Alfonso quando o largou. Uma pontada de culpa a atingiu, mas fora tão rápido que logo se recompôs. Ela precisava de Alfonso Herrera novamente, ou tudo o que tinha sonhado iria por água abaixo. E Derrick poderia ir se foder!


- Agora não Jessy. – Respondeu Alfonso, com a voz ameaçadora.


- Por favor, eu posso te ajudar... – Tentou soar verdadeira. Alfonso parou de andar e se virou, encarando-a.


- Estou esperando.


- Bem, eu tenho certeza que a...Anahí... – conteve o nojo em sua voz ao repetir o nome da rival – vai te perdoar. Eu vi o jeito que ela olha pra você Alfonso.


Ele continuou encarando Jessy, querendo acreditar com todas as suas forças em suas palavras. Nunca pensou que ela fosse admitir esse tipo de coisa pra ele um dia. Talvez ela tenha realmente mudado, pensou. Eu mudei depois que me apaixonei...completou.


Ele pôs o punho sobre a boca, os pensamentos a mil e por fim, resolveu acreditar.


- O que você propõe? – Perguntou interessado e com esperanças.


Jessy segurou sua raiva. Nunca poderia acreditar que Alfonso estava realmente apaixonado pela garota que ela considerava sem sal. Não se importava realmente com ele, mas precisava dele para ir ao baile acompanhada. Ela era a rainha, oras. Deu graças a Deus por Christopher ter soltado a informação da aposta antes dela, caso contrário, Alfonso nunca aceitaria sua ajuda se ela tivesse contado a verdade para Anahí. Agora aproveitaria a oportunidade, não apenas para afastá-los de vez, mas também para receber o que era seu de direito naquela escola.


- Primeiro, gostaria de me desculpar pelo que eu fiz com ela no dia da festa. – Fez um biquinho. Meses atrás, Alfonso acharia aquilo quente, mas depois de ter conhecido Anahí, ele apenas sentiu nojo. Continuou calado, mas aceitou as desculpas. – Mas eu pude ver que Anahí tem uma personalidade forte e sabe responder à altura quando quer. E como ela quer você, eu acho que você deveria provocar ciúmes sabe. – Disse despreocupada e conferiu o esmalte das unhas.


- Ciúmes? Ela está com raiva mortal de mim Jessy, essa ideia é simplesmente ridícula. – Disse óbvio. Jessy revirou os olhos.


- Você não entende as mulheres, Poncho? Anahí gosta de você e apesar de estar com raiva, ela irá lutar por você se achar que você está com outra... – Ela se encostou em um dos armários de metal e o encarou novamente – Você poderia me levar no baile. Eu faço com que a notícia chegue aos ouvidos de Anahí e ela com certeza irá te procurar e tentar tirar satisfação. Você aproveita a oportunidade e implora o perdão dela. Simples. – Concluiu ela.


Alfonso ponderou. Será que ela estava certa? Realmente não sabia nada de relacionamentos, mas Jessy parecia estar se dando bem com o tal Derrick. Uma coisa era certa: Anahí nunca o receberia em sua casa de bom grado e aquela altura, tanto o pai como o irmão, já deveriam ter descoberto o que ele fez. Se fosse procura-la, seria enxotado daquela casa e com razão. Ele suspirou e coçou os olhos.


- Tudo bem, que seja. Mas espero mesmo que isso dê certo, Jessy. É bom dar certo... – Sua voz voltara a adquirir um tom de ameaça e ela tremeu e sorriu forçadamente. Ele seguiu em direção a sala do diretor, sabendo que tivera tempo o suficiente para que o seu pai aparecesse lá. Agora era hora da verdade.


Os dias que se seguiram, Anahí passava trancada dentro do quarto ou no porão pintando. Apesar de estar sofrendo, ela apenas comentou o ocorrido com o pai e o irmão, se recusando a falar sobre. A única coisa boa daquela situação, era a sensação de leveza em relação a saudade da mãe. Não conseguia se conter mais e deixar de expressar em suas obras. Estava mais assídua no Jasper e colocou vários quadros em exposição. Era sábado de manhã e ela ouviu passos nas escadas. Encarou a obra à sua frente e prendeu o fôlego. O par de olhos verdes a encarava com muita intensidade e ela nem mesmo havia se dado conta que pintara os olhos de Alfonso, exatamente como eram. Ela fechou os olhos com força, querendo se esquecer dele, como fizera desde que descobrira sobre a aposta, mas parecia que seu próprio corpo a traia com reflexos programados. Não havia percebido que suas mãos trabalharam com rapidez para retratar os olhos do homem que a enganou. Ela suspirou quando ouviu a escada ranger, sabendo que era seu pai, de novo. Ele a checava incontáveis vezes ao dia.


- Telefone pra você. – Sacudiu o aparelho em sua mão e ela largou o pincel, esfregando a mão suja na jardineira jeans. Ela pegou o aparelho e levou ao ouvido. O pai voltou a subir as escadas, lhe dando privacidade, mas não antes sem lançar um olhar de preocupação.


- Olá. Sim, ela mesma. Aham, no Jasper. Isso. O QUE? ISSO É SÉRIO? – Seu coração começou a disparar e ela correu pelas escadas, até chegar na sala, sem deixar de encarar sua família. – É claro que eu aceito! Eu mandarei por fax hoje mesmo, não se preocupe. Muito obrigada. – Falou empolgada e jogou o telefone no sofá, dando pulinhos de alegria – Eu ganhei uma bolsa. Ganhei uma bolsa de estudos integral pra estudar na escola de artes em Nova York! – Seu tom de voz aumentou no fim da frase e seus olhos marejaram.


A felicidade foi geral. Seu pai a abraçou, tirando-a do chão e fazendo-a girar. Ela riu com tamanha felicidade que explodia em seu peito. Josh a abraçou com força, lhe dando os parabéns e ela se emocionou mais ainda, quando Henrique disse que ambos iriam lhe apoiar e que sua mãe estaria muito orgulhosa. A festa familiar foi interrompida com o som da campainha. Anahí foi empolgada atender e seu sorriso se fechou quando viu Christopher Uckermann na porta.


Ela até tentou fechar, mas ele colocou o pé no vão, impedindo-a.


- Por favor, deixa eu me explicar. – Ele pediu e Anahí bufou, saindo de casa e fechando a porta atrás de si.


Christopher conteve o sorriso. Ele ainda daria mais uma tacada final em Alfonso, só pelo despeito que ele teve em lhe dar uma surra na frente de todos. Estava com o olho roxo e o lábio cortado, mas Anahí não teve um pingo de interesse em perguntar o que acontecera. Ele ficou nervoso, temendo que ela não acreditasse em suas mentiras, mas não custava nada tentar.


- Então... – Ela cruzou os braços e ergueu a sobrancelha.


- Quero te pedir desculpas pelo que eu fiz. Fui um verdadeiro canalha e realmente mereço isso. Eu não conheço você e foi realmente cruel da minha parte ter aceitado a aposta que Alfonso ofereceu. – Christopher soava arrependido, mas Anahí continuou calada, ainda desconfiada. Ele havia acusado Alfonso de ter começado com a aposta, mas ela não tinha dado a oportunidade dele se defender, por isso, ficou com o pé atrás. – Depois que você saiu aquele dia, Alfonso brigou comigo por ter te dito a verdade, mas eu acho que ele não podia continuar te enganando daquela forma. Não era justo. – Continuou – Eu sei que você não vai mais ao baile com ele, mas acho que você não deve se esconder. Não foi você quem errou, Anahí... Fomos nós. Você me perdoa? – Pediu, com as mãos dentro do bolso do jeans.


Anahí deu os ombros. Para ela pouco importava a desculpas de Christopher. O que havia doído de verdade, era saber que Alfonso participara de tudo. Mentira sobre os sentimentos e lhe fizera acreditar que a amava. Conteve as lágrimas e mordeu o lábio com força.


- Claro que sim Christopher. Até porque a escola acabou e creio eu, que não nos veremos tão cedo mais. – Sorriu forçado. Ele assentiu, com um enorme sorriso no rosto.


- Então você não vai mesmo ao baile hoje? – Perguntou despreocupado, chutando uma pedrinha no chão. Ela acompanhou com os olhos a pedra rolar e o olhou de novo.


- Não, eu estou ocupada com outras coisas. – Respondeu calmamente.


- É, que pena. Fiquei sabendo que Alfonso vai com Jessy... – Deixou no ar a frase e por dentro, mais um pedacinho do coração dela se quebrou.


- Bom pra ele. Você já terminou? Eu realmente estou muito ocupada. – Coçou a nuca, tentando passar a imagem de que estava bem.


- Você quer ir comigo ao baile, Any? – Perguntou ele gentilmente, ainda sem desistir. – Vamos... assim você tem a oportunidade de calar a boca de todos e pode sair por cima.


Ela pensou. Vingança nunca fora seu forte e nem começaria a ser, mas ele tinha um bom ponto. Seria bom terminar o colegial calando a boca daquele pessoal que sempre a ignorou. Era óbvio que não acreditava na postura de bom moço arrependido de Christopher, não era tão estúpida. Todos eram farinha do mesmo saco e ela nunca mais cairia em uma conversa mole. Sabia que ele sentia inveja de Alfonso e apenas queria provoca-lo, saindo com ela. Bem, ela também queria. Só de pensar na cara de Alfonso vendo-a com Christopher, algo dentro dela se contorcia de felicidade. Mas logo sentiu-se decepcionada, porque tudo era mentira. Alfonso não a amava de verdade, logo, não se importaria se ela fosse até mesmo um cara que já estivesse na faculdade. Que se dane, pensou. Ela iria até lá e mostraria para Alfonso que não se importava com ele tampouco. Estava decidida.


- Eu vou com você. Me busque as sete. – Disse resolvida e logo entrou em casa. Rapidamente ligou para Lilly. Ela precisaria estar mais linda do que nunca.


Alfonso já não aguenta mais ouvir a voz de Jessy e nem haviam chegado na escola ainda. Estava com a cabeça explodindo depois da discussão que tivera com seu pai. Ele havia descoberto todas as cartas e chegara no escritório do diretor furioso e gritando impropérios. Finalmente ele teve coragem de dizer que não iria, nem amarrado, para a faculdade que o pai queria e sim para a que ele escolhera. Em casa a confusão havia tomado proporções estratosféricas, chegando a ser resolvida pelo seu avô. Ele decidira apoiar Alfonso e pagar seus estudos no final, mas seu pai ainda lhe dava olhares atravessados. Não poderia ser mais grato ao velho avô e lhe prometera que seria o aluno número um do campus.


Ele saiu do carro e Jessy se apressou, sabendo que ele não iria lhe abrir a porta.


- Estamos aqui apenas como amigos Jessy, não confunda as coisas. – Disse retirando a mão dela de seus braços. Ela bufou e fechou a cara, indo em encontro das amigas.


Alfonso se serviu se uma taça de ponche e passou o olhar pela quadra enfeitada. Queria estar ali com Anahí, tomando-a nos braços e dançando todas as músicas com o corpo colado ao dela. Ele estava tão mal por ela não ter lhe procurado... Havia espionado a casa dela durante toda semana, em busca de ver apenas sua sombra, mas infelizmente não aconteceu. De repente o salão se encheu de burburinhos e ele olhou para a porta, onde todos estavam olhando também.


Imediatamente, ele jogou o copo contra a parede com força, fazendo o líquido vermelho escorrer pela mesma. Seu peito subia e descia com rapidez, tentando conter a fúria que o dominava. Que inferno Anahí estava fazendo acompanhando Christopher? Esse foi o primeiro pensamento. Ele não conseguia entender como o outro conseguia ser tão baixo. O segundo pensamento foi de como ela estava maravilhosa naquele vestido vermelho e longo, com uma enorme fenda até a coxa, que aparecia com a medida que ela andava. Os cabelos cor de chocolate caiam em cascata sobre um ombro só e os lábios de vermelho sangue fazia com que seu próprio sangue entrasse em ebulição. Christopher ostentava um sorriso debochado quando olhou para Alfonso e ele sentiu que seria capaz de mata-lo naquele instante.


Ele caminhou em direção aos dois, com a raiva estampada no rosto, mas Jessy segurou sua mão e o puxou em direção a pista de dança. Naquele momento, os olhos de Anahí encontraram os dele e ela deixou de sorrir por um momento, mas logo se recompôs e aceitou dançar com Christopher.


Lilly estava na mesa conversando animadamente com Christian. Eles tinham muito em comum e ela lamentou profundamente ele ser gay.


- Chris, tá ouvindo isso? – Sussurrou Lilly para Christian.


- O que? Não estou ouvindo nada. – Respondeu, confuso. Mas Lilly apurou mais os ouvidos e pediu silêncio. As vozes foram ficando cada vez mais altas e eles se agacharam, enfiando-se em baixo da mesa quando perceberam que Christopher conversava baixinho com Jessy naquele canto do salão.


- Está tudo pronto Jessy, só falta você fazer sua parte. Eu vou levar Anahí para o motel Lover's assim que vocês forem anunciados como rei e rainha. O quarto 209 vai tremer essa noite... – Falou com malícia e Christian quis se levantar imediatamente, mas Lilly o segurou, querendo ouvir o que mais os dois planejavam.


- Ai, como você é nojento Uckermann. Por mim, que faça bom proveito. Vou fazer o que você pediu, porque não aguento mais Alfonso ficar babando por aquela sem sal. Aliás, preciso ir antes que ele vá até ela. – Lilly e Christian ouviram o barulho dos saltos se afastar e espiaram debaixo da toalha, conferindo se Christopher também já tinha saído.


Os dois se levantaram com pressa, tentando encontrar Anahí, mas nada. Logo foram em direção a Alfonso, mas ele começava a subir as escadas do palco para receber a coroa como rei. Sua cara não estava nada boa, mas Jessy o puxava pela mão. Ele estava com raiva pois Anahí não o viera confrontá-lo como ele queria e todas as vezes que ele tentara falar com ela, havia sido deixado falando sozinho. Porque ela perdoara Christopher e ele não? Pensou com amargura. Colocou a coroa falsa de má vontade na cabeça, enquanto Jessy sorria amplamente com os aplausos.


Ele olhou ao redor, mas Anahí não se encontrava lá. Mas ele viu então sua irmã e Christian acenando perto do palco com desespero e se abaixou, esperando os dois se aproximarem esbaforidos.


- Poncho, você precisa ir atrás da Any agora... – Lilly começou e ele interrompeu.


- Chega Lilly, ela não quer me ouvir. Não vou mais correr atrás dela, por mais que eu a ame eu tenho meu orgulho. – Tentou soar confiante.


- Você não está entendo Poncho, você precisa ir até ela... – Ela tentou novamente, mas ele levantou a mão, pedindo que ela se calasse. Lilly estava angustiada, porque o irmão tinha que ser tão estúpido?


- Alfonso Herrera, cala boca! – Rugiu Christian exasperado – Christopher está levando Any pro motel agora e planeja, você sabe... – Completou com raiva.


- O QUE? Nem por cima do meu cadáver! – Ele pulou do palco e jogou a coroa no chão.


- Alfonso? Onde você vai? Você não pode me deixar sozinha aqui seu idiota... – Gritou Jessy ainda no palco, espumando de raiva. Ela ficou dividida entre ir atrás dele e ficar ali. Mas sabia que não tinha mais chances com Alfonso, então preferiu receber sua coroa. Apesar que no seu interior, sabia que apenas tinha ganhado porque suas amigas colocaram votos falsos dentro da caixa.


- Qual lugar ele a levou? – Perguntou tirando o paletó e a gravata borboleta. Seu coração batia acelerado e ele começou a entrar em desesperando, pensando em uma Anahí frágil tentando se defender das tentativas de Christopher. Christian o informou e ele arrancou com o carro no estacionamento.


Alfonso estava frustrado. Christopher não estava mais no motel e nem sombra de Anahí também. Ele estava preocupadíssimo. E se ele tivesse levado ela para outro local? Agora já era tarde demais... Seus olhos ficaram úmidos perante a perspectiva de Anahí ter dormido com Christopher. Tudo era culpa dele e da sua estupidez. Ele não sabia que iria se apaixonar, mas o que ele fizera não estava certo mesmo que ele não tivesse se apaixonado também. Anahí merecia coisa melhor que ele, sem dúvidas. Era a melhor garota que ele havia conhecido. Era a garota que ele amava. Que o inspirou e trouxe à tona o melhor dele. Ele a amava e agora a tinha perdido.


Ele dirigiu até a casa dela, com o último fio de esperança. Josh abriu a porta, sua cara estava fechada.


- Posso saber o que faz aqui? Humilhar minha irmã publicamente não foi o suficiente? – O garoto foi direto e ele sentiu-se um lixo. Suspirou, sabendo que merecia aquela atitude hostil.


- Eu peço perdão, Josh. – Ele falou, derrotado.


- Porque você não vai embora, hein? – O garoto começou, mas Henrique apareceu na porta também.


- Josh, porque você não vai terminar de lavar a louça? – Ele passou a mão na cabeça do filho, que saiu com raiva. – Me dê um motivo para eu não chutar o seu traseiro porta à fora. – Henrique Portilla parecia ameaçador com braços cruzados. Pensou que levar uma surra poderia amenizar um pouco do sofrimento de Anahí pelo menos.


- Eu a amo. Eu a amo mais que a mim mesmo e sei que errei. Agi como um moleque inconsequente sem pensar nos sentimentos dela e sinto muito por isso. Mas eu a amo de verdade e preciso saber que ela está bem. – Falou a verdade em um só fôlego e Henrique continuou o observando, absorvendo suas palavras.


Ele apenas lhe deu passagem e o avisou:


- Não a machuque de novo se não, eu mato você. – Disse com a voz fria. – Ela está no jardim de trás.


Alfonso conhecia a casa como a palma de sua mão, devido aos dias que passara ali com Anahí. Tempos felizes. As luzes da piscina estavam ligadas e ele podia ver o fundo azul límpido. Haviam pisca piscas pendurados ao longo da varanda de madeira, dando um clima acolhedor. Então ele a viu, parada e olhando a cidade. Era uma vista privilegiada, não tanto quanto a do mirante, mas linda também. Anahí ainda vestia o vestido de festa vermelho e mantinha os braços envolvidos no corpo.


Ela sentiu a presença de Alfonso assim que ele pisara no gramado, assim como o vento trouxera o perfume másculo dele. Suspirou, contendo o choro de humilhação.


- O que faz aqui? – Perguntou com um murmúrio. Estava farta de brigar com todos.


- Vim saber se você está bem. – Se aproximou devagar, com as mãos no bolso da calça.


- Porque isso te importa? – Soou quebrada.


- Porque eu te amo, Anahí. – Ele disse com a voz firme e ela se virou. A maquiagem ainda estava um pouco borrada, mas ela continuava linda. Alfonso pousou as mãos nos braços dela, conferindo se estava bem.


- Pare de mentir Alfonso, chega... – Pediu sem forças, engolindo o choro.


- Ele te machucou? Me diz, por favor, porque isso está me matando. – Implorou com os olhos aflitos e ela negou. Ele soltou a respiração e a olhou nos olhos.


- Eu sabia que ele tinha segundas intenções comigo, não sou tão estúpida. Ele apenas queria machucar você, mas eu não entendia o porque ele queria continuar me usando...


- Ele sabe que eu amo você Any, todos sabem. – Ele começou e ela riu sem humor, desviando o olhar. Alfonso segurou o rosto dela em suas mãos, acariciando as bochechas. – Eu havia pedido pra sair da aposta ridícula, mas ele não quis aceitar e quis se vingar. Por isso armou aquele escândalo. Eu quis te contar, várias e várias vezes, mas eu tinha medo de perder você bebê. Por favor, acredita em mim... – Implorou novamente, em um sussurro. Ele grudou sua testa na dela, sentindo a respiração doce de Anahí em seu rosto – Eu amo você, como eu nunca amei ninguém. Não estaria aqui se não te amasse. Achei que indo no baile com Jessy você ficaria com raiva de mim e viria tirar satisfações, mas eu me enganei de novo. – Riu sem humor, ainda grudado nela. Ele enfiou as mãos no cabelo de Anahí, sem querer se separar daquele calor que ela emanava. – Me xingue, me bata, fale o que quiser, mas não jogue o temos fora por causa da minha estupidez. Eu te amo... – Completou por fim, esperando a resposta dela. Seu coração batia forte com a expectativa. Se Anahí o recusasse, ele estaria perdido.


Anahí estava sem palavras. Seus pensamentos estavam misturados e ela não conseguia repelir Alfonso agora que eles estavam tão perto. Realmente havia sentido no que ele falava. Porque ele ainda a procuraria se tudo fosse uma aposta? A escola acabara e ele ia para a faculdade, teria mil e outras garotas disponíveis aos seus pés. Essa ideia fez o seu sangue ferver de raiva. Não, ele era dela. Sempre seria. O gelo que envolvia o seu coração nos últimos dias começou a derreter não só pelas palavras dele, mas também pelo toque. Ela engoliu o bolo na garganta e pousou uma mão sobre a que ele ainda mantinha em seu rosto. Lambeu os lábios e encarou os lábios dele, com ânsia de beijá-los.


- Quando percebi aonde Christopher iria me levar, me fingi de sonsa. Ao entrarmos no quarto, ele tentou me beijar e eu o ataquei com vários golpes de defesa pessoal que meu pai me ensinou. Digamos que ele vai precisar de utilizar gelo nas partes baixas por um bom tempo...– Ela começou e Alfonso abriu os olhos, encarando-a novamente. Ele abriu um enorme sorriso.


- Porque eu pensei que você era frágil e indefesa? – Perguntou retoricamente.


- O único que tem capacidade de me machucar é você Alfonso. Por Christopher, eu não sinto nada. Se qualquer outro garoto tivesse feito o que você fez, eu não ficaria tal mal quanto eu fiquei. Mas você fez eu me apaixonar por você e isso me deixou frágil, indefesa. – Ela tentou se afastar, com medo de se quebrar novamente. Ele a segurou pela cintura, mantendo-a no lugar. Ela ofegou, ao sentir agora todo o corpo de Alfonso em contato com o dela. – Além do mais, eu ganhei uma bolsa de estudos na escola de artes de Nova York... – Tentou mais uma vez. Ele deu um sorriso sedutor, que ela não entendeu.


- Que bom então que Yale fica apenas a duas horas de distância de Nova York e bom, eu tenho um carro... – Mordeu o lábio inferior dela, que gemeu. – Volta pra mim. – Pediu em um murmúrio.


Apenas a duas horas de distância? Eles poderiam se ver sempre. O coração de Anahí explodiu de felicidade naquele momento e sem pensar duas vezes, ela lançou seus braços ao redor do pescoço dele, como se estivesse faminta.


- Eu te amo, eu te amo muito, pra sempre... – Ele falou com a boca ainda grudada à dela. Se perguntou se aquilo era um sonho, porque se fosse, não queria mais acordar.


- Eu perdoo você e também te amo. Muito. Pra sempre. – Repetiu e ambos sorriram, com os lábios grudados e um sorriso no rosto.


O verão que passaram juntos, fora o melhor da vida de ambos. Se conheceram ainda mais e naquele momento, Alfonso e Anahí se despediam do pai e do irmão dela. O carro dele estava entulhado de caixas e malas. Estavam prontos para começarem uma nova etapa da vida juntos, apesar de que em cidades separadas. A felicidade não cabia no peito. Ela limpou as lágrimas de saudade antecipada e entrou no carro. Antes que Alfonso desse a partida, ele a olhou.


- Pronta? – Perguntou ansioso. Ela sorriu, com o coração em paz. Fizera a escolha certa em perdoar Alfonso, afinal, para algumas pessoas o amor só aparece uma vez na vida.


- Pronta. – Assentiu e ele a puxou para um beijo. Partiram então, para a nova vida que lhes aguardava.






Fim



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Autor(a): Lost Graphics

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



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  • Postado em 12/02/2018 - 23:26:19

    Eita que a coisa vai esquentar entre os dois. Muito fofos os dois juntos *-* O jeito protetor do Poncho com a Anny é maravilhoso.

    • amandaportilla Postado em 12/02/2018 - 23:27:10

      Esse comentário é meu hahahah

  • anyherreira Postado em 12/02/2018 - 21:54:15

    Continua, estou amando .

  • ponnyayalove Postado em 05/02/2018 - 23:42:34

    Continuaa haha Poncho com ciúmes é o melhor kkkk Anny está perfeita

    • Amando Ponny 👯 Postado em 12/02/2018 - 15:56:42

      Ela é perfeita, só precisava de um empurrão *-----* Ele com ciumes é demais hahaha

  • amandaportilla Postado em 28/01/2018 - 00:46:47

    A Angel é uma fofa, como pode ser amiga da Jessy? E já vi que o Christopher vai ser um problema mais pra frente na relação AyA. Continuaaa :)

    • Amando Ponny 👯 Postado em 12/02/2018 - 15:55:50

      É né? Infelizmente a popularidade fala mais alto...

  • ponnyayalove Postado em 28/01/2018 - 00:11:13

    Continuaa amando

    • Amando Ponny 👯 Postado em 12/02/2018 - 15:55:13

      Postei ;)

  • amandaportilla Postado em 26/01/2018 - 12:47:08

    Comecei a ler agora e já estou apaixonada por essa web. Muito fofo o Poncho começando a se interessar pela Any, mesmo que ela ainda esteja com um visual não muito atraente. Continuaaa :)

    • Amando Ponny 👯 Postado em 27/01/2018 - 19:08:16

      Seja bem vindaa!!!!! Sim, ele ainda não quer admitir mas está começando a se encantar por ela. Anahí é diferente de todas que ele conheceu e vai ajudá-lo a descobrir o melhor de si mesmo.

  • izabelaSpaniColungaPortillaHer Postado em 19/01/2018 - 15:11:47

    postaaaa mais!!!

    • Amando Ponny 👯 Postado em 19/01/2018 - 15:46:04

      Mais tarde tem mais um!


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