Fanfic: Falling Apart - AyA | Tema: AyA Ponny Alfonso Anahi RBD

Alfonso estava frustrado, odiaria ter que perder a aposta para Christopher mas pelo jeito que Anahí lhe ignorou era isso que iria acontecer. Saiu do carro e foi direto pra cozinha procurar algo pra comer. Sua irmã Lilly era mais nova, com apenas quinze anos, e estava sentada com um pequeno espelho a sua frente e várias maquiagens espalhadas pelo balcão. Nunca entendeu porque as meninas tinham que usar tanta porcaria, ele era mais adepto a beleza natural, mas não é como se alguém já tivesse lhe perguntado sobre isso. Todas as garotas supunham que ele gostava delas maquiadas e com roupas justas.

A televisão de tela plana que havia no local estava ligada na MTV e ele teve que revirar os olhos quando viu o clipe que passava. O novo namorado da Jessy parecia ridículo, mas expressar isso em voz alta só geraria perguntas, as quais ele não estava nem um pouco afim de responder. Beijou a testa da sua irmã e viu o seu sorriso no reflexo do espelho, enquanto continuava a passar uma sombra escura nas pálpebras.

- Já arrumou uma substituta para a "rainha da mtv"? - perguntou com sarcasmo.

Alfonso riu e encheu um copo com suco.

- Então já ficou sabendo, né. - tomou um gole, enquanto arrastava um banco para sentar na frente da irmã.

- Por favor, você é Alfonso Herrera... - falou seu nome como se explicasse tudo. Alfonso franziu a testa. - Responde minha pergunta. - pediu, enquanto passava máscara de cílios.

- Não é bem uma substituta, está mais pra um...projeto. E não importa de qualquer maneira, ela me deu um fora essa manhã.

- Uhm... já gostei dela. - Lilly riu e parou o que estava fazendo.

- Qual é Lilly, falo sério... - Alfonso suspirou e tomou o resto do suco que havia em seu copo.

- Eu também Poncho, sei que é difícil pra você ser rejeitado dessa forma quando todas as meninas caem aos seus pés, mas você já pensou em se esforçar só um pouquinho?

- Me esforçar? Como assim?

Lilly revirou os olhos, as vezes queria bater na cabeça do irmão pra ver se ele acordava. Ao mesmo tempo que era firme e decidido, podia ser tão lerdo quanto.

- Olha, pelo visto essa garota não é como as outras. Você precisa saber o que ela gosta de fazer, os lugares que ela gosta de ir, saber o que a interessa e puxar assunto. - começou a juntar as maquiagens em sua pequena nécessaire.

- Boa, muito boa ideia. Mas, como eu consigo isso? Ela é uma completa estranha na escola, não tem amigas e eu só a vi com um cara até agora e ele é gay.

- Se ele é gay, melhor ainda pra você né? - riu e Alfonso apertou seu nariz - Poncho, voce é popular! Use seus contatos que vai conseguir... - ouviram um barulho vindo da entrada e Lilly se apressou, colocando a mochila nas costas. - Papai e mamãe chegaram, droga. Se perguntarem estou na casa da Alice. O irmão dela voltou do exército e é maior gato. - suspirou, saindo pela porta.

Alfonso riu, sua irmã mais nova era uma força a ser contida. Muito perspicaz para a idade e se perguntava com quem ela havia aprendido essas coisas. Que Deus o livrasse, mas machucaria quem chegasse perto da irmã e a enganasse. Lavou o copo e foi ao encontro dos pais, que estavam no hall de entrada.

- Poncho, como foi o primeiro dia de volta meu amor? - perguntou a mãe, que beijou sua testa.

- Foi tudo bem mãe, como sempre. - deu os ombros sem interesse e observou quando o pai conferia a correspondência.

- Jessy se divertiu no México?

- Acho que sim... Procurando alguma coisa pai? - perguntou, tentando soar desinteressado.

- Sim, as cartas das faculdades. É estranho que até agora nenhuma faculdade respondeu Alfonso, nessa época do ano já éramos pra ter recebido algumas pelo menos. - jogou a correspondência na mesa e passou a mão pela testa.

- Querido, fique tranquilo. Tenho certeza que chegará logo. - a esposa tentou acalmá-lo, passando a mão pelo seu peito.

- Eu vou ligar para o contato que eu tenho na Columbia e saber o que está acontecendo. - abraçou a esposa pela cintura e olhou para Alfonso.

- Eu concordo com a mamãe, pai. Vamos esperar, eu acho que até sexta pode chegar alguma coisa. Não precisa incomodar seu amigo com isso ok? - apertou o ombro do pai, vendo a resignação cobrir seu rosto.

- Está bem, será como vocês querem. Mas até sexta feira se nada chegar, tomarei uma providencia. - falou em um tom duro e aquilo significava "assunto encerrado".

Alfonso forçou um sorriso e começou a subir as escadas, em direção ao seu quarto.

- Filho, sabe onde está sua irmã? - perguntou a mãe, ainda abraçada ao seu pai. Ele não se deu o trabalho de virar, somente respondeu.

- Está na casa da Alice, mamãe.

Entrou em seu quarto batendo a porta, sabia que era infantilidade, mas não conseguiu evitar. Sentou na cadeira de frente pra sua escrivaninha e puxou um dos livros mais grossos de sua prateleira. Abriu o livro na metade, aquele era seu esconderijo desde a infância. No meio havia um buraco, que ele mesmo havia feito com estilete a muito tempo atrás. Permitia guardar objetos importantes que ele não queria que Lilly pegasse, bem, esse era o propósito no início. Mas com o passar do tempo, começou a guardar coisas que não queria que seus pais vissem, coisas do tipo as cartas das faculdades as quais se inscreveu.

Desdobrou os papéis relendo e tentando acreditar.

"Parabéns Sr Alfonso Herrera, o senhor foi aceito..."

Todas as cartas começavam da mesma forma. Ele havia recebido resposta de todas as faculdades que formavam parte da Ivy League: Brown, Columbia, Cornell, Dartmouth, Harvard, Princeton, Universidade da Pensilvânia e Yale. De todas as oito, ele só se importava com uma: Yale. Como enfrentar seu pai e tomar a decisão mais de difícil de toda sua vida? Ele estava dividido entre seu sonho e o medo de decepcionar seu pai. E se lá na frente ele tivesse escolhido errado e se arrepender? Se tudo desse errado somente por ele querer satisfazer um capricho? Bem, não era tanto um capricho em sua opinião.

Era seu sonho, já podia se imaginar andando pelos pátios da universidade, entrando pelas lendárias salas de aula e fazendo novos amigos. Estar em um lugar onde ninguém o conhecia e todos o tratavam da mesma forma, era o que mais ansiava. Ele releu novamente as cartas de aprovação, uma por uma e as guardou. Ele tinha até sexta feira para dizer ao pai, mas até lá, ele preferiria pensar em como conquistaria Anahí Portilla. Lembrando-se da conversa com sua irma, tirou o telefone do bolso, mandando mensagem para todos que conhecia e logo recebeu sua resposta.

Discou o número com rapidez e o telefone chamou duas vezes até a pessoa do outro lado da linha atender.

- Olá, Christian? É Alfonso Herrera...