Fanfic: Falling Apart - AyA | Tema: AyA Ponny Alfonso Anahi RBD
Depois de mais um dia comum na escola, Anahí correu para não se atrasar em seu turno na Tulsi, a lanchonete de comida indiana mais conhecida na cidade. Ela havia conseguido um emprego lá por pura sorte, pois sabia que sua aparência não poderia ajudar tanto. De fato, ela ainda parecia pior vestindo uma camisa na cor mostarda com mangas marrons, com dois números acima do seu. Para completar, a vestimenta era composta de um chapéu em formato de Samosa, uns famosos pasteizinhos indianos.
Anahí se olhou no espelho do banheiro dos funcionários, que era localizado na parte de trás da lanchonete. Será que poderia ficar mais pavorosa? Fez uma careta, já sabia a resposta. Era óbvio que não. Arrumou novamente sua longa trança e limpou seus óculos na camisa.
- Anahí, você precisa sair logo. Seu turno começa em três minutos! – Falou seu chefe dando algumas batidinhas na porta.
- Eu sei Ranjit, mas como você mesmo disse, ainda tenho três minutos. – Respondeu, revirando os olhos.
- Tá bem, tá bem. – Anahí o ouviu resmungar e voltar para frente da lanchonete.
Soltou uma risadinha, seu chef viera da Índia a quinze anos atrás com a família. Era um indiano muito temperamental e seu sotaque às vezes era tão carregado que quando falava rápido, era quase impossível de entender o que falava.
Ela ajeitou o broche na camisa, em que seu nome estava estampado com "Sou Anahí", fazendo com que facilitasse a comunicação com os clientes, tornando o atendimento mais pessoal. Bem, assim seu chefe pensava que seria. Mas na verdade só dava liberdade ilimitada a alguns clientes, que não se comportavam com mínimo de respeito. Principalmente os alunos da sua escola que se faziam de engraçadinhos quando resolviam visitar o local. Ela aguentava tudo calada, pois precisava do dinheiro. Pretendia fazer um curso de verão de artes em Nova York e seu pai não teria condições de arcar com as despesas. Suspirando, ela foi em direção a parte da frente da lanchonete. Sua função era ficar no caixa, anotando os pedidos. O local era tipo um fast food indiano, não muito visitado pelos moradores locais, mas fazia sucesso na comunidade indiana.
- Oh meu Deus Chris, o que você faz aqui de novo? – Perguntou para o amigo, que estava sentado confortavelmente em uma das banquetas do balcão.
Ele sorriu maliciosamente e Anahí revirou os olhos. Seu melhor amigo constantemente pairava ao seu redor, como uma abelha no mel.
- Querida, você não pode me culpar pela comida deliciosa que servem aqui. – Piscou e Any não conseguiu conter um sorriso.
Sabia que o amigo detestava a comida do local, mas mesmo assim não deixava de aparecer para animar seus dias de trabalho. Ranjit havia reclamado várias vezes da presença de Christian, mas depois acabara por desistir e até ofereceu um emprego ao rapaz, que negou veementemente. Ele jurara a Any que nunca vestiria aquele uniforme pavoroso em sua vida.
- Eu não posso com você Chris, não mesmo. – Sacudiu a cabeça e foi para o caixa, fazer os pedidos dos clientes que haviam acabado de chegar.
Depois de algumas horas, ela estava entediada. O movimento do almoço já havia acabado e ela estava tentando anotar o pedido do último cliente da fila, que estava indeciso. Como alguém ficava indeciso com menos de dez itens no menu, incluindo as sobremesas? Ela não conseguia entender. Sua paciência estava no limite com o quarentão calvo que estava em sua frente, já havia mudado de pedido três vezes até que quando levantou sua cabeça do computador, observou um rosto familiar sorrindo para ela.
Suas mãos ficaram frias e começaram a soar. Ela desviou o olhar, mas não conseguia deixar de sentir a presença dele no ambiente. Tão perto dela. O que ele estaria fazendo ali? Seu coração ameaçou sair pela boca e ela acabou por não escutar o pedido final do cliente que estava na sua frente.
- Senhorita, você está me ouvindo? Eu já disse, vou ficar com o combo três. Pode por favor anotar? Estou com um pouco de pressa... – disse em um tom arrogante. Anahí voltou a si e mordeu a língua para não soltar o palavrão que estava pensando.
Ele quem demorara quase meia hora escolhendo o pedido e ainda estava com pressa? Era muita sua vontade de fazer o curso de pintura no verão, porque para aguentar aquilo não era para qualquer um.
- Sim senhor, seu pedido sairá em quinze minutos. Fique à vontade para esperar em qualquer uma de nossas mesas. – Apontou para os locais vagos e deu um sorriso forçado.
Alfonso se aproximou, com um sorriso de lado. O sorriso que ele achava ser irresistível a qualquer garota, mas que morreu ao ver que Anahí não parecia nada satisfeita em encontra-lo em seu local de trabalho. Ela estava com a cara fechada, assim como os punhos que mantinha grudado ao lado do corpo.
- Sabe, assédio é ilegal em qualquer local do país. – Falou com ironia, enquanto mantinha a sobrancelha erguida atrás dos óculos horrendos.
- Qual é Anahí, só quero conversar com você... – ele enfiou as mãos no bolso da bermuda e Anahí mantinha seus lábios grudados, formando uma linha fina.
Ela saiu de trás do balcão e Alfonso se conteve para não demonstrar pavor pelo uniforme horrível que ela usava. A blusa era enorme e parecia um saco de batatas tingido com uma cor mostarda, que deixava tudo pior. O chapéu que ela usava era totalmente brega, até para ele que não entendia nada de moda. Ele pensou que Jessy ficaria linda naquela roupa, porque Jessy ficava linda até mesmo em um saco de batatas. Mas Jessy não era mais sua namorada e ele não deveria lhe dirigir um pensamento sequer. Estava ali com uma missão, de chamar Anahí para sair.
- Você não vai ter nenhum intervalo? – Perguntou assim que ela parou em sua frente, de braços cruzados.
- Não Herrera, não terei nenhum intervalo. Tem pessoas que precisam trabalhar de verdade, ao contrário de outras, que tem tudo que querem e quando querem. – Debochou, com um sorriso irônico nos lábios. Seus olhos brilhavam com uma raiva contida e por um instante Alfonso achou aquilo fascinante.
- Eu vou fingir que não entendi sua indireta.
- Eu não sou inteligente. – Falou Anahí, sem rodeios.
- Desculpe?
- Eu não sou inteligente, se você achou que eu pudesse te ensinar alguma coisa.... Oh, ali está Anahí Portilla, uma otária que deve ser inteligente. Pois fique sabendo Herrera, eu não sou! – Alfonso a interrompeu.
- Anahí, pare. Eu não estou aqui querendo sua ajuda nos estudos.
- Eu não entendo. – Ela franziu o cenho, totalmente confusa.
- Se você não sabe, eu tenho a terceira maior média da turma e não preciso de ajuda em nenhuma matéria. – Afirmou com confiança e Anahí olhou para o Chris, que observava a cena calado. Ele confirmou com a cabeça veementemente e ela olhou novamente para Alfonso.
Qual era a dele afinal? Se não era ajuda nos estudos, não conseguia entender o porquê dele de repente ter começado a segui-la em todos os lugares, principalmente no último deles, que era o seu trabalho. Não sabia nem como ele descobrira que ela trabalhava ali e que especificamente hoje era o seu turno.
- Você está fazendo algum tipo de caridade para meninas socialmente desajeitadas ou o quê?
- O quê? Não, claro que não. – Sacudiu a cabeça rindo. – Você é sempre assim?
- Não. – Respondeu tentando soar verdadeira. Mas na realidade ela sempre fora muito desconfiada de tudo e de todos. Desde que sua mãe havia morrido, ela fora capaz de desenvolver esse escudo envolta de si mesma.
- Sim. – Respondeu Chris ao mesmo tempo que ela.
- Vamos lá Any, por cinco minutos, por favor... – pediu calmamente.
Estava a um segundo de soar desesperado. Alfonso Herrera nunca agia como desesperado, por ninguém. Mas Anahí estava a ponto de conseguir tal façanha e ele nem mesmo a havia beijado. Engraçado pensar em beijá-la, pois ele reparou seus lábios rosados e carnudos que naquele instante estavam presos pelos dentes dela.
- Acho melhor não Herrera, não vejo o que temos em comum para tentar conversar. – Tentou sair de perto, mas ele a segurou pelo braço.
- Cinco segundos, só me escute, ok? – Perguntou, ainda a tocando. Pôde sentir o calor emanando por debaixo da blusa horrorosa que ela usava e como se tivesse sido queimado, a soltou rapidamente. Anahí parecia ter percebido tal ato, pois estremeceu e tomava respirações profundas.
- Estou esperando. – Bateu o pé com impaciência.
- Eu queria falar com você sobre...sobre... – Olhou para baixo, em busca de uma desculpa e reparou no par de sapatos pretos e fechados que Anahí usava.
Será que a garota não tinha nenhum pingo de senso feminino? Quem comprava coisas como aquela? Ele tinha quase certeza que havia visto o zelador da escola com um par daqueles. Reparou que eles estavam bem sujos, com várias cores de tintas respingadas e então teve uma ideia.
- Sobre arte, sabe. Eu queria umas dicas, umas ajudas.
- Arte? Desde quando você faz arte? Eu nunca te vi em nenhuma das minhas classes... – falou desconfiada.
- É, mas é que com o futebol e o grêmio não sobra tempo então eu faço, hm, aulas extracurriculares. Eu vi os seus quadros e eles são...incríveis. – Sabia que havia tocado no ponto certo, pois Anahí abriu um imenso sorriso. – Se você puder me ajudar, eu agradeceria, sabe.
Pela primeira vez ele achou algo atraente nela, quer dizer, além dos lábios deliciosamente cheios e rosados. Deliciosamente cheios e rosados? Dá onde veio isso? Quase sentiu um pouco de pena por mentir tão descaradamente, afinal nunca havia visto nenhum quadro dela e muito menos sabia se eram incríveis ou não. Mas o sentimento sumiu rapidamente, quando pensou no propósito da aposta.
Anahí ponderou o pedido de Alfonso e quase cedeu a tentação de dizer não. Ela nunca permitia a entrada de novas pessoas em sua vida e deixar com que o garoto mais popular da escola se aproximasse, cheirava a problemas. Mas então, se lembrou da promessa que fizera a Josh e respirou fundo, com a decisão tomada.
- Claro, tudo bem. Qualquer dia desses nós podemos marcar. – Sorriu forçadamente.
- Que tal hoje à noite? – Sugeriu Chris, tomando um gole do seu refrigerante. Anahí o fuzilou com o olhar, querendo que ele se calasse. Aquela noite seria muito especial e não queria que Alfonso estivesse lá para compartilhar algo tão íntimo.
- Claro, hoje à noite seria ótimo! – Alfonso se animou com a ideia de Chris, estava se saindo melhor do que esperava. Pela noite tudo ficava mais romântico.
- Não, essa noite eu não... - Anahí tentou contornar a situação, mas Christian, o amigo da onça, mas uma vez se intrometeu.
- Toma Alfonso, pode ficar com meu ingresso e acompanhar a Any no Jasper. É um bar de jazz e hoje é a noite do microfone aberto. – Entregou o ingresso na mão de Alfonso, que rapidamente guardou no bolso.
- Nossa cara, obrigado. – Alfonso sorriu para Christian, que deu os ombros.
- Pera aí um instante... – Anahí disse entredentes e empurrou Christian, até que ele batesse com as costas na parede. – Eu bati em você no jardim de infância e posso bater de novo. – Murmurou raivosa, empurrando o ombro do amigo, que revirou os olhos.
- Primeiro, eu estava doente naquele dia e você tirou vantagem de mim. Segundo, você perdeu sua mente? O cara mais gato da escola está atrás de você, vai em dizer que não está nem um pouco curiosa? Vamos lá Any, não jogue essa oportunidade pela janela...
- É claro que eu reparei que o cara mais gato da escola está atrás de mim, você não acha isso nem um pouco estranho? Pelo amor de Deus Christian, o Herrera é problema. – Sussurrou desesperada para o amigo e deu um olhar enviesado para Alfonso, que observava a lanchonete com interesse.
Christian apenas cruzou os braços e ergueu a sobrancelha. Anahí revirou os olhos e admitiu a derrota.
- Tudo bem, você pode ir comigo. O estacionamento fica lotado, então me encontre lá na frente as sete horas, o show começa as sete e meia, por isso não se atrase. – Sem olhá-lo, voltou para trás do balcão.
- Você gostaria de ir jantar antes ou...
- Não, só não se atrase. – Falou ainda sem olhá-lo e Alfonso sorriu, concordando.
Assim que Anahí percebeu que ele havia saído, soltou a respiração que nem sabia que estava prendendo.
- Isso vai acabar muito, muito mal. – Falou temerosa, para Christian, que estava sorrindo com a cabeça apoiada na mão e o cotovelo na bancada.
Autor(a): Lost Graphics
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Alfonso estava pontualmente em frente ao local combinado. Olhou mais uma vez no relógio e mal haviam se passado um minuto. O telefone em seu bolso começou a tocar e ele atendeu sem nem mesmo olhar no visor. Estava nervoso, com medo de que todo seu plano fosse por água abaixo logo no início. Anahí estava sendo mais difícil do que ele imaginara, dessa vez seus músculos e palav ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 22
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Postado em 12/02/2018 - 23:26:19
Eita que a coisa vai esquentar entre os dois. Muito fofos os dois juntos *-* O jeito protetor do Poncho com a Anny é maravilhoso.
amandaportilla Postado em 12/02/2018 - 23:27:10
Esse comentário é meu hahahah
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anyherreira Postado em 12/02/2018 - 21:54:15
Continua, estou amando .
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ponnyayalove Postado em 05/02/2018 - 23:42:34
Continuaa haha Poncho com ciúmes é o melhor kkkk Anny está perfeita
Amando Ponny 👯 Postado em 12/02/2018 - 15:56:42
Ela é perfeita, só precisava de um empurrão *-----* Ele com ciumes é demais hahaha
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amandaportilla Postado em 28/01/2018 - 00:46:47
A Angel é uma fofa, como pode ser amiga da Jessy? E já vi que o Christopher vai ser um problema mais pra frente na relação AyA. Continuaaa :)
Amando Ponny 👯 Postado em 12/02/2018 - 15:55:50
É né? Infelizmente a popularidade fala mais alto...
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ponnyayalove Postado em 28/01/2018 - 00:11:13
Continuaa amando
Amando Ponny 👯 Postado em 12/02/2018 - 15:55:13
Postei ;)
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amandaportilla Postado em 26/01/2018 - 12:47:08
Comecei a ler agora e já estou apaixonada por essa web. Muito fofo o Poncho começando a se interessar pela Any, mesmo que ela ainda esteja com um visual não muito atraente. Continuaaa :)
Amando Ponny 👯 Postado em 27/01/2018 - 19:08:16
Seja bem vindaa!!!!! Sim, ele ainda não quer admitir mas está começando a se encantar por ela. Anahí é diferente de todas que ele conheceu e vai ajudá-lo a descobrir o melhor de si mesmo.
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izabelaSpaniColungaPortillaHer Postado em 19/01/2018 - 15:11:47
postaaaa mais!!!
Amando Ponny 👯 Postado em 19/01/2018 - 15:46:04
Mais tarde tem mais um!