Fanfics Brasil - Capítulo 7 Falling Apart - AyA

Fanfic: Falling Apart - AyA | Tema: AyA Ponny Alfonso Anahi RBD


Capítulo: Capítulo 7

922 visualizações Denunciar


Anahí sorriu, encabulada com os olhares que Alfonso lhe dirigia. Parecia...orgulhoso. Ele pediu mais um refrigerante para ela, já que naquela altura o dela estava morno e o seu próprio havia acabado, acompanhado de um prato de batatas com cheddar.


- Você faz alguma coisa de especial? – Ela perguntou, enquanto sugava o líquido pelo canudo.


- Eu? Especial? Igual ao que você acabou de fazer? – Ela assentiu e ele riu. – Não mesmo. Eu não tenho nenhum dom.


- Ah, qual é. Você deve saber fazer alguma coisa sim. Tocar violão ou arrotar o alfabeto.


Alfonso quase engasgou com o refrigerante, que ameaçou sair pelo nariz. Anahí começou a rir e lhe entregou um guardanapo. Ele rapidamente limpou o rosto, ainda rindo.


- Arrotar o alfabeto é algum tipo de dom? – Pegou uma batata frita banhada no queijo e mastigou.


Anahí deu os ombros.


- Eu não consigo fazê-lo e acho, bom, um pouco diferente quem o faz. De qualquer forma, esteja preparado. Um novato nunca vem aqui e não se apresenta, é a regra. – Ela sorriu maliciosa e Alfonso arregalou os olhos.


Estava perdido. Não sabia cantar, tocar ou declamar poemas. Nunca havia feito nada relacionado com música em sua vida e achava o pessoal da banda do colégio um bando de perdedores. Ele só sabia jogar futebol. Era bom com uma bola segura em seus braços, correndo pelo campo e derrubando adversários.


- Hoje nossa bela Anahí nos trouxe um convidado especial e como é a regra da casa, gostaria de chama-lo aqui. Lembre-se que aqui não julgamos ninguém, você é livre para apresentar o que quiser. Seja você mesmo! – O hipster disse ao microfone e uma luz fortíssima se apoderou sobre Alfonso, destacando-o na multidão.


Ele gelou e sentiu como se estivesse com uma bola atravessada na garganta.


- Anda, vai! – Anahí o cutucou e ele lhe fez uma careta.


- Any, eu não sei fazer nada! – Sussurrou em desespero e se levantou.


- Confio em você, Herrera. – Ela abriu um lindo e confiante sorriso. Alfonso encarou seus olhos através da lente dos óculos, que brilhavam sob as luzes do abajur. Não sabia o porquê, mas o olhar que Anahí lhe deu, o fez ter a sensação de que poderia conquistar no mundo. Ela confiava nele.


Ele subiu no pequeno palco, tentando não pensar nas pessoas que lhe observavam. O que ele iria fazer agora? Só sabia lidar com bolas e gramados. Coçou a nuca e teve uma ideia. Apalpou o bolso da calça e um alívio súbito o tomou.


Retirou a pequena bolinha de quicar do bolso, um pouco maior que uma bola de gude e jogou no chão. A bola quicou e assim que ia aterrissar, ele a aparou com o pé. Dali começou a intercala-la em ambos os pés, sem deixa-la tocar no chão. Ele não conseguia ouvir nenhuma voz, nem mesmo um sussurro. As pessoas estavam vidradas, acompanhando todos os movimentos do pequeno espetáculo, por mais simples que fosse.


- Segurar a bola... – Fez mais um passo, dando um giro completo, antes que a apanhasse novamente – Eles esperam de mim...- Jogou-a no ar com o peito do pé – Eu sempre tenho que segurar a bola, não posso deixa-la cair. – Sussurrou, mas o microfone não deixava de alcançar sua voz.


Para quem não o conhecia, aquela apresentação poderia ser confirmada como a mais estranhada de todas. Mas Anahí sabia do que ele falava, pelo menos pensava que sim. Ele tinha muitas funções na escola, muitas pessoas se espelhavam nele e o admiravam. Levar o título de capitão e ainda carregar o time nas costas não era tarefa tão fácil assim. Ela o admirou naquele momento. Percebeu, então, que Alfonso era como uma cebola: cheio de camadas. Ela precisaria retirar uma por uma para conhecer o verdadeiro Alfonso Herrera.


Eu preciso? Não, eu não preciso de conhece-lo. Só preciso ajuda-lo em artes, só. – Pensou, arisca.


Alfonso sentia o sangue batendo nos ouvidos, o coração acelerado e o corpo todo se movia freneticamente em conjunto com a pequena bola. Só ele sabia o quanto tinha que aguentar para não deixar a bola cair, metaforicamente falando. As cobranças, os discursos, os votos de fé, as piadas, os tapinhas nas costas. Nada disso era difícil de aguentar, ao contrário do que todos pensavam.


Ele era o filho perfeito. O irmão perfeito. O aluno perfeito. O capitão perfeito. Ele não podia deixar a bola cair.


Ele tremeu. Ser perfeito não era para ele, ele nunca seria e nunca desejou ser. Se deixou levar e se libertou. A bola caiu no chão e rolou para fora do palco. Ele encarou as luzes à sua frente, tentando enxergar no rosto das pessoas o que elas estavam pensando por ele ter falhado no final. Será que veria a decepção?


Os sons dos aplausos encheram o pequeno local e o apresentador lhe sorriu. Alfonso desceu do palco, ovacionado da mesma forma que Anahí. Ela conversava com a mesma mulher que cantava quando haviam chegado e logo se despediu, deixando os dois a sós e calados. Anahí lhe olhava de soslaio em meio as apresentações finais, mas Alfonso ainda estava muito nervoso para tentar puxar alguma conversa.


Após o fim, os dois caminharam pela calçada lado a lado.


- Eu não acredito que eu fiz isso! – Falou ele, animado.


- Bem, seria mentira se eu dissesse que também não acredito. – Murmurou, enquanto vestia o casaco.


- Foi tão ruim assim? Fale a verdade... – Pediu, encarando-a.


- Você foi bem. – Disse Anahí, lhe dando um leve tapa no braço para acalmá-lo. Continuou caminhando apressada e Alfonso seguia ao seu lado sem hesitar.


- Qual é, eu só chutei uma bolinha. O poema que você leu foi muito mais legal...


Anahí conteve um sorriso, não sabia que gostava tanto de provoca-lo.


- Você foi mal. Na verdade, você foi péssimo. Muito péssimo. – Falou com ironia.


Alfonso gargalhou, gostando da brincadeira.


- Está se sentindo melhor agora? – Ela sorriu, abotoando o casaco. Eles pararam na calçada, esperando o sinal abrir para que pudessem atravessar. Na verdade, nem ao menos sabiam onde estavam indo, já que o carro de Alfonso havia ficado perto do local e eles haviam andado mais de duas quadras.


- Eu não ligo. Mas se você quer saber, isso foi diferente. – Ele enfiou as mãos no bolso, encarando-a. – Eu já fiz muitos discursos, falei para tantas pessoas, mas isso foi...diferente. Ainda consigo sentir a adrenalina correndo pelas minhas veias. – Passou uma mão pelo cabelo, sem se conter. – Não ter nada planejado, nenhuma regra para seguir não foi nada do que eu esperava.


- Exatamente isso. Ser você mesmo não precisa de regras ou discursos prontos, Alfonso. Bastar ir e ser. – Ela desviou o olhar, encarando a calçada do outro lado da rua.


Alfonso não conseguia afastar os olhos dela. Observou seu perfil, o rosto fino, os lábios cheios e rosados. Nenhuma maquiagem. As sardas, salpicadas pelo nariz delicado. E as palavras que saiam de sua boca...sempre eram tão profundas e mexiam profundamente com ele.


- Quer parar de me encarar? Está me assustando. – Murmurou, olhando pelo canto do olho.


A verdade é que tinha o coração acelerado e as mãos suadas. Ela acabara por ficar confortável ao lado dele no fim das apresentações, o silêncio tinha sido ótimo. Mas agora, com ele o encarando daquela forma, deixava seus nervos à flor da pele. O que ele estava pensando dela, era a frase que dava voltas pela cabeça de Anahí, quase deixando-a tonta.


- Você sempre usa óculos? – Perguntou ele, interessado.


- Sim. Por quê? – Rebateu, ainda sem encará-lo.


- Por nada. – Deu os ombros e mordeu os lábios, tentando ficar em silêncio. Mas não conseguiu, claro. – Já pensou em usar lentes?


- Na verdade eu as tenho, mas nunca tive vontade... – Deu os ombros e se virou para ele. Retirou os óculos e piscou algumas vezes, para acostumar-se com a visão embaçada. – Só a ideia de tocar nos meus olhos é....estranha. – Riu, encabulada.


- É porque seus olhos são muito lindos. – Ele encaixou novamente a armação em seu rosto e tocou de leve sua bochecha.


Anahí tremeu e deu um passo para trás, erguendo automaticamente seu escudo de proteção.


- Ah não, por favor. – Disse em tom de aviso.


- O que? – Perguntou Alfonso, confuso. Anahí sempre se retraía e ele nunca sabia o porquê.


Seus olhos são muito lindos? Jura? – Repetiu, com ironia. – Você realmente usou todas suas armas dessa vez, né?


Alfonso se aproximou, mas Anahí se afastou, erguendo as mãos.


- Any, você tá entendendo tudo errado, eu só...


- Não, Herrera. Eu sou estúpida, tive um instinto e o ignorei. – Riu sem humor. A culpa é minha! – Falou com uma pitada de nervosismo na voz e sacudiu a cabeça, caminhando na direção que vieram.


- Anahí, espera... – Pediu Alfonso – Eu não estou te entendendo.


Ela parou de andar e se virou, encarando-o com o semblante fechado.


- Quer saber sobre arte? Quando o capitão do time de futebol e representante da turma toca o meu rosto e diz que os meus olhos são bonitos em uma rua escura, sem ninguém que conhece por perto, tem um nome. – Disse ela com ironia – É um famoso movimento da década de 20 e se chama surrealismo. – Bufou e continuou a andar.


- Any, por favor, como você vai voltar? – Ele perguntou preocupado, sem saber como agir.


- Não se preocupe, voltarei com Steve.


Alfonso rosnou, quem era Steve? Ele não havia sido realmente apresentado aos amigos de Anahí. Provavelmente era o cara que havia feito as apresentações, já que eles pareciam ser bem íntimos. Ele chutou uma lata que estava no chão e caminhou de volta para o carro, decepcionado. Quando pensava que estava chegando perto de Anahí, ela erguia seus muros, fazendo com que ficasse do lado de fora. Mas ele entraria, nem que para isso precisasse destruir os tijolos, um por um.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Lost Graphics

Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

A televisão ligada mostrava um programa qualquer da MTV, mas Jessy não queria saber de televisão. Ela queria se concentrar no gato que estava deitado em sua cama, somente com um par de cueca. Derrick estava com um braço por debaixo da cabeça, fazendo com que os músculos do seu tríceps se sobressaíssem e aquilo deixou Je ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 22



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Postado em 12/02/2018 - 23:26:19

    Eita que a coisa vai esquentar entre os dois. Muito fofos os dois juntos *-* O jeito protetor do Poncho com a Anny é maravilhoso.

    • amandaportilla Postado em 12/02/2018 - 23:27:10

      Esse comentário é meu hahahah

  • anyherreira Postado em 12/02/2018 - 21:54:15

    Continua, estou amando .

  • ponnyayalove Postado em 05/02/2018 - 23:42:34

    Continuaa haha Poncho com ciúmes é o melhor kkkk Anny está perfeita

    • Amando Ponny 👯 Postado em 12/02/2018 - 15:56:42

      Ela é perfeita, só precisava de um empurrão *-----* Ele com ciumes é demais hahaha

  • amandaportilla Postado em 28/01/2018 - 00:46:47

    A Angel é uma fofa, como pode ser amiga da Jessy? E já vi que o Christopher vai ser um problema mais pra frente na relação AyA. Continuaaa :)

    • Amando Ponny 👯 Postado em 12/02/2018 - 15:55:50

      É né? Infelizmente a popularidade fala mais alto...

  • ponnyayalove Postado em 28/01/2018 - 00:11:13

    Continuaa amando

    • Amando Ponny 👯 Postado em 12/02/2018 - 15:55:13

      Postei ;)

  • amandaportilla Postado em 26/01/2018 - 12:47:08

    Comecei a ler agora e já estou apaixonada por essa web. Muito fofo o Poncho começando a se interessar pela Any, mesmo que ela ainda esteja com um visual não muito atraente. Continuaaa :)

    • Amando Ponny 👯 Postado em 27/01/2018 - 19:08:16

      Seja bem vindaa!!!!! Sim, ele ainda não quer admitir mas está começando a se encantar por ela. Anahí é diferente de todas que ele conheceu e vai ajudá-lo a descobrir o melhor de si mesmo.

  • izabelaSpaniColungaPortillaHer Postado em 19/01/2018 - 15:11:47

    postaaaa mais!!!

    • Amando Ponny 👯 Postado em 19/01/2018 - 15:46:04

      Mais tarde tem mais um!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais