Fanfics Brasil - Capítulo 9 Nos Braços Do Roqueiro -Adaptada-

Fanfic: Nos Braços Do Roqueiro -Adaptada- | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 9

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— Só não tome muito sol. Isso não é bom para o bebê.


 


Eu tropeço, percebendo que não tenho ideia do que é bom ou não para o meu bebê. Mais lágrimas acumulam nos meus olhos. Não quero machucar minha menina de qualquer forma, nunca. Depois da infância que tive, do monstro de mãe que eu tive, prometi que meu filho só conheceria amor e dedicação.


 


Pego a imagem que a técnica tinha me dado na noite anterior, que estava no bolso da minha calça jeans escondida dos caras, e acaricio as bordas da imagem.


 


— Há vários sites que pode visitar para descobrir o que pode ou não na gravidez em todas as fases —a enfermeira sugere enquanto me ajuda com a cadeira de rodas. De alguma forma consegue manter a porta aberta e atravessá-la sem qualquer problema.


 


Retiro o meu celular e abro o navegador da internet, já digitando as palavras na ferramenta de busca, já as deixaria salvas para ver mais tarde.


 


Os caras estão encostados na parede quando saímos. Poncho franze o cenho para mim quando vê meu telefone em minhas mãos.


 


— Nem fodendo, não! Você vai descansar, nada de trabalhar — ele arranca o telefone da minha mão e antes que eu consiga dizer qualquer coisa, ele o desliga.


 


— Mas não estava...


 


— O que é isso? — Ucker aponta para a imagem que estava na minha mão.


 


Eu passo a imagem a Ucker e os caras se colocam de cada lado meu enquanto a enfermeira me empurra em direção ao elevador.


 


— É uma imagem da ultrassonografia do bebê — mordo meu lábio quando ele pega a imagem com um ligeiro tremor nas mãos. Ele olha para a primeira imagem da nossa filha e eu o observo de perto. Ele está pálido, seus olhos azuis cristalinos estão vidrados, mas vejo o mais ínfimo dos sorrisos surgir em seus lábios enquanto olha para a foto em suas grandes mãos.


 


— Linda — ele sussurra. Todo mundo está quieto descendo no elevador. Poncho está à minha esquerda, os dedos esfregando suavemente meu pescoço enquanto Derrick inclina a cabeça para trás contra a parede do elevador e fecha os olhos. Ucker parece absorto enquanto continua olhando a imagem de seu filho. Quando a enfermeira me empurra para fora, Ian já tem dois táxis esperando por nós. Ele segura a porta aberta do primeiro para mim. Como se eu fosse uma inválida, Ucker vem à minha frente enquanto começava a ficar de pé e me levanta, colocando-me na cabine suavemente antes de se sentar ao meu lado. Derrick abre a outra porta e se senta do meu outro lado, então, Ian e Poncho têm que ir no segundo táxi.


 


Parece que leva uma eternidade para chegar no hotel, porque na noite anterior Jonathan não tinha levado tanto tempo para me levar até a sala de emergência. Eu me pergunto qual era a velocidade que estava.


 


Balanço a cabeça com o pensamento.


 


— O quê? — Derrick pergunta.


 


— Nada — sei muito bem o que vai acontecer se expressar meus pensamentos. Meus garotos são extremamente protetores e iriam fazer do Jonathan um pretzel se descobrissem que eu estava no mesmo veículo que ele enquanto dirigia como se estivesse numa corrida da Formula Indy. E, provavelmente, eles nem iram levar em consideração que eu estava meio inconsciente no momento.


 


Mas pensar nas habilidades de dirigir do roqueiro faz-me perguntar o que aconteceu com ele. Não o tinha visto desde antes de os rapazes chegaram na noite anterior.


 


— Onde está Jonathan? — Ucker dá de ombros.


 


— Não sei. Não me importo.


 


Derrick suspira. — Ele recebeu um telefonema de Belinda e disse que estava voltando para a Califórnia. Disse que deseja que melhore logo e quando se sentir melhor, é para ligar para ele.


 


— Oh — eu me pergunto se Belinda tinha ligado porque aconteceu algo de errado com Alexis. Quero mandar uma mensagem a ele para perguntar, mas não posso porque Poncho ainda está com meu celular. O olhar em seu rosto me diz que pedir ao Ucker se eu poderia usar o seu só me colocaria em apuros, então, aperto minhas mãos juntas e suspiro.


 


Não é fácil, mas de alguma forma, consigo para todos nós um voo para a Cidade do Panamá naquela noite. De lá, leva uma hora de carro para nossa casa de praia. Tinha alugado um enorme SUV em que todos nós cabemos, mais o espaço necessário para nossa bagagem, e acertei para que o resto fosse enviado para a casa depois. Derrick dirige, enquanto Ian e Poncho estão sentados na última fileira de bancos, eu fico com o do meio e posso me esticar mais. Está ficando tarde e estou exausta. Nós não viajamos muito de avião, a não ser que os caras precisem estar em alguma premiação, ou lançamento de filme, só quando pode demorar um dia ou dois no máximo. Odeio voar. Eu sempre sofro com enjoos e passo a maior parte do tempo com um saco na mão ou no banheiro. Com esses enjoos matinais não ficou nada fácil, e no momento que desembarcamos, os caras ameaçaram me levar para outro hospital. Quando finalmente fui capaz de tomar uma garrafa inteira de refrigerante de limão e não vomitar, eles não pressionaram mais.


 


Assim que chegamos na casa de praia, que é tecnicamente só um enorme chalé, já estou dormindo.


 


Braços fortes me levantam e não me incomodo em abrir os olhos enquanto meus braços passam ao redor do pescoço de Ucker e caio no sono de novo. Luzes brilhantes transbordam da minha janela pela manhã.


 


Pego outro travesseiro e coloco sobre a minha cabeça, impedindo essa de me incomodar. Minha bexiga reclama quando tento voltar a dormir, e eu me sento lentamente para o meu estômago não ter muitas razões para me odiar. Num olhar, o meu quarto é bonito: teto abobadado, portas francesas que se abrem para uma varanda e paredes cor de creme com um tapete marrom macio. Tenho uma TV de sessenta polegadas na parede em frente a minha cama, que está acomodada em um painel bege e creme.


 


Levantando, caminho silenciosamente para o banheiro no meu quarto. Detalhes em verde-água adornam as paredes, velas em todos os lugares com aromas frescos de algodão e jasmim. Tem uma Jacuzzi e um chuveiro. Eu vi as imagens da casa on-line e sabia que essa era a suíte principal porque é a única com uma Jacuzzi. Eu me pergunto se os caras tinham me colocado aqui pelo luxo.


 


Se assim for, odeio dizer-lhes que não posso usar a Jacuzzi porque estou grávida. Eles tinham sido tão atenciosos, isso aquece meu coração. Sorrindo, uso o banheiro, e em seguida, tomo um banho rápido. Meu estômago resmunga por comida pela primeira vez, e tenho uma vontade louca de comer bacon e mingau de queijo.


 


No andar de baixo, encontro a cozinha toda preparada com suas belas bancadas em granito e os aparelhos de aço inoxidável. Conforme solicitado, a geladeira e despensa estão bem abastecidas com alimentos e refrigerantes, mas não consigo encontrar nenhum bacon ou mingau em qualquer lugar.


 


Não tinha solicitado esses itens, não tinha comido mingau desde que era uma garotinha. Meu estômago ronca e eu suspiro. Nada soa mais atraente. Não sei se consigo comer qualquer coisa se não posso ter os meus bacon e mingau de queijo. Pegando uma Sprite, abro a garrafa e tomo um pequeno gole.


 


— Bom dia, Dul — Ian atravessa as portas de correr que levam para fora. Ele está coberto de suor, depois de terminar sua corrida na praia. — Como você está se sentindo? — ele pergunta, abrindo a geladeira e pega uma garrafa d’água.


 


— Eu estou com fome — eu digo com um pequeno beicinho.


 


— Isso é uma boa notícia — ele se senta em uma cadeira da mesa da cozinha. — Você pode fazer alguma coisa pra mim também?


 


— Nós não temos mingau — há uma oscilação na minha voz e uma lágrima escapa pelo meu olho esquerdo. Vou chorar por não ter mingau? Mas que inferno?!


 


Ian,vendo minhas lágrimas, rapidamente me acalma. Ele pega minhas mãos e dá-lhes um pequeno aperto.


 


— Então, faça outra coisa, querida.


 


Nego com a minha cabeça.


 


— Quero mingau — eu sussurro. — Acho que é algum desses desejos loucos de gravidez, porque não sei se vou conseguir comer qualquer outra coisa. Eu quero bacon e mingau de queijo... Do mesmo jeito que a minha mãe fazia quando estava sóbria —meu peito dói só de pensar na minha mãe, e dói tanto por dentro que começo a soluçar.


 


Pobre Ian, fica sem saber o que fazer. Ouço passos correndo em direção a cozinha, e a voz irada de Poncho xigindo saber o que está acontecendo, e então sinto seus braços fortes me envolverem.


 


—Dul? O que está errado, querida?


 


Não posso responder, só enterro meu rosto em seu pescoço e continuo a soluçar. Não tinha chorado pela minha mãe quando tinha morrido. Na época, estava tão aliviada. Ela era um monstro da pior espécie me espancando constantemente.


 


Crescer em um trailer, onde sempre havia garrafas de bebidas vazias ou pela metade no meio dos cachimbos de crack e agulhas de heroína, é uma maravilha que tenha me tornado meio normal.


 


— Ela quer mingau — ouço Ian falar para Poncho. — Com bacon e queijo, como sua mãe costumava fazer.


 


— Então, vá buscar esse maldito mingau e o bacon, Ian! — Poncho grita, exasperado.


 


Ele levanta-me e me senta em seu colo. Ouço Ian saindo rapidamente, batendo a porta dos fundos.


 


— Dulce, está tudo bem. Nós traremos o mingau para você querida.


 


Ele fica me balançando, falando no tom que costuma usar quando está magoado por alguma coisa.


 


Balanço a cabeça.


 


— Não será igual. Não vai ter o mesmo gosto. Ela fazia um tão bom. Adorava esse mingau. Era o meu favorito.


 


— Oh, Dul — ele suspira, frustrado. — Querida, ela mal estava coerente em noventa e cinco por cento do tempo. Por que está pensando nela agora?


 


— Eu não sei — soluço mais forte. — Ela era má e não deveria deixá-la invadir minha mente. Mas... Ela era minha mãe, Poncho— meu nariz começa a escorrer e sem pensar, eu o limpo em seu ombro enquanto ele continua a balançar meu corpo trêmulo. — Tudo o que consigo pensar é o quanto quero uma tigela do bacon e mingau de queijo que ela fazia.


 


— Tudo bem, querida. Eu juro que você terá alguns, e vou me esforçar em fazer as malditas coisas até que fiquem do jeito que você gosta... Só, por favor, pare de chorar. Você está acabando comigo — há um pequeno tremor em sua voz, e levanto a cabeça e encontro seus grandes olhos verdes lacrimejando.


 


Meu choro para. Não percebi que quando sofro, ele sofre também.


 


— S... Sinto muito.


 


— Isso faz parte dos hormônios da gravidez que ouvi falar? — pergunta ele, passando a mão sobre a sua cabeça careca. — Porque se for, não acho que sobreviverei a esta merda por muito tempo.


 


Um riso me escapa.


 


— Eu acho que sim... Nunca penso sobre a minha mamãe. Isto é tão confuso —não gosto e odeio gastar um segundo sequer chorando por essa cadela má. Fazendo uma careta, limpo os olhos com as costas das minhas mãos e noto que a camisa de Poncho está encharcada com lágrimas e ranho.


 


— Desculpe por sua camisa. Ele a tira e a usa para secar meu rosto.


 


— É apenas uma camisa, querida. Sim, agora está melhor. Minha linda Dulce está de volta. — Ele dá um beijo na minha testa, me senta na cadeira e se levanta.


 


— Eu preciso de café. Poncho faz uma garrafa cheia de café forte. O cheiro enche toda a casa e logo Derrick tropeça na cozinha, meio dormindo e serve-se de um copo da bebida especial do Poncho. A bebida é tão grossa que é como engolir gelatina. Só bebi isso uma única vez. Tive cólicas por horas, e era como se estivesse drogada.


 


Nunca mais bebi isso de novo! Ucker acabou de se juntar a nós, vestindo calças de pijama pendurada em seus quadris estreitos, quando Ian entra com dois sacos de compras. Ele parece mais sem fôlego agora do que depois que fez sua corrida matinal.


 


— Comprei todos os grãos que eles tinham,Dul. Um de cada marca. Não sabia se tinha queijo ou que tipo você queria, então peguei de vários tipos diferentes. E espero que o bacon seja suficiente.


 


Jogo meus braços em torno dele, não me importando que ainda esteja encharcado de suor.


 


— Obrigada, Ian.


 


Ele estava completamente sem saber o que fazer, mas foi tão gentil em trazer tudo o que eu queria, porque estava muito chateada.


 


Ele beija minha bochecha.


 


— Qualquer coisa, desde que a faça feliz, querida.


 


— O que tem o mingau? — Ucker pergunta, colocando açúcar em sua caneca de café. —Estou faminto.


 


— Dul quer bacon e mingau de queijo — diz Poncho abrindo um pacote de bacon e o jogando numa panela no fogão. — Então, Dul vai ter bacon e mingau de queijo — ele pisca para mim começa a guardar o resto dos mantimentos. — Do jeito que a mãe dela fazia.


 


Oi,oi,meninas.  Comentem! Vou responder os comentários no próximo capítulo que sai a noite mais tarde.



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Autor(a): Vanessa Fray

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Com a minha barriga cheia de mingau do Poncho, que acabou sendo espetacular, mesmo que nenhum deles tenha provado o da minha mãe, resolvi passar o resto da manhã deitada na praia.   Temos cerca de meio quilômetro de praia particular e vou aproveitar.   Derrick leva uma espreguiçadeira para mim até a areia, e eu levo o guarda-so ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 34



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  • mandinha.bb Postado em 03/02/2018 - 13:11:58

    Ansiosa é curiosa pela naração do Ucker....

  • daisy_alves Postado em 02/02/2018 - 20:44:49

    Quando VC vai postar a narração do uckerman

  • beatris Postado em 30/01/2018 - 05:49:56

    Gostei, apesar de acha que poderia ter um pouco do casamento e do parto mais tudo bem

  • beatris Postado em 29/01/2018 - 18:34:45

    Não tá abrindo o epílogo gata posta de novo

  • samayra Postado em 29/01/2018 - 18:22:32

    Não estou conseguindo ver

  • carolcasti Postado em 29/01/2018 - 17:44:21

    Não estou conseguindo ler o epilogo, está abrindo o capítulo 13 quando clica no epilogo, estou mega ansiosa pra ler ele, vê oq está acontecendo plissssssssssssssssssssssssssssss

  • taibm Postado em 28/01/2018 - 19:51:45

    Continuaa

  • carolcasti Postado em 27/01/2018 - 23:53:10

    Estou louca pra meter a mão na cara do Ucker, mas me conformei um pouco pois ele perdeu ouvir os batimento do coração da filha, mas o Poncho bem que podia ir lá e perguntar pra ele se ele sabe de onde o Poncho acabou de chegar e ai o Ucker nega e o Poncho diz que acabou de chegar do hospital com a Dul e acabou ouvindo o coração da filha dele e que isso era pro Ucker ouvir e não o Poncho e o Poncho ainda diz q se ele quiser ver a filha pela primeira vez no ultra pra largar essas vadias e ir lá atrás da Dul e pedir desculpa, pois é ele que tem q ir com a Dul amanhã e não o Poncho, o Poncho tem q abrir a cabeça do Ucker e se precisar dar até uma surra no idiota do amigo, posta logoooooooooooooooo

  • beatris Postado em 27/01/2018 - 09:32:22

    Sabe até que eu não seria contra marca sua cara linda depois dessa, mais o bom é que quem perdeu foi ele que não ouviu o coração do filho. Continua linda

  • samayra Postado em 26/01/2018 - 18:39:11

    Amo demais , posta sim por favor todas elaskkkkkk


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