Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

        Ela saiu da água e colocou as sandálias em seus pés, dando Anahí um olhar ofendido.

        — Deixe-me saber quando você estiver pronta para a minha ajuda.

        — Preciso de ajuda agora!

         Muffin balançou a cabeça e piscou um olho, sumindo.

        — Eu estarei de volta amanhã à noite. Suas palavras flutuaram ao vento.

        Apenas isso, e ela se foi. Anahí gemeu e bateu na água com aborrecimento, e depois se arrastou de volta para praia e deitou na areia. Ela não tinha escolha. Ela tinha que fazê-lo amá-la.

        Não demorou muito para que a dor tomasse seu corpo que começou a tremer com convulsões, e a água do mar entrou em erupção em sua boca. A dor apagou todos os seus sentidos, e depois acabou.

         Exausta, ela colocou a cabeça na areia macia e dormiu.

*********

         Uma coisa dura cutucou seu lado. Anahí se contorceu em seu sono, então rolou, não querendo acordar ainda. Ela estava tão cansada, e com a areia sob seus pés se sentia tão bem.

         A coisa dura cutucou seu lado novamente, e Anahí abriu os olhos num estalo com uma carranca para quem a estava incomodando.

         O senhor da guerra olhava para ela, seu rosto com barba por fazer,  sombrio e sério.

        — Você dorme como uma mulher morta.

        Anahí suspirou e deu um pulo, batendo a cabeça contra a dele sem querer. Ela colocou uma mão na testa e estremeceu desorientada.

         O homem se aproximou e segurou-a pelo braço e a colocou em pé.

        — Como você escapou da minha tenda? Você enganou meu escudeiro de alguma forma?

         Ela deu um suspiro irônico e franziu o nariz para ele. Ele cheirava a fumaça, suor e sujeira vincava seu rosto. Ele parecia exausto, mas ela se recusou a sentir pena dele.

        — Você é uma espiã terrível.

         Suas palavras suaves tinham um tom duro de divertimento.

        — Eu diria que a única coisa que você é pior do que espionar, é talvez escapar, ou se vestir.

         Anahí olhou para seu corpo com desânimo. Ela estava nua, com as pernas cobertas de areia da praia. Sua única roupa — a capa antiga — estava longe de ser encontrada.

        — Gurfi tem bom gosto para prostitutas, devo dizer. —  Ele a obrigou a girar, admirando seu corpo.

         Ela bateu em suas mãos, indignada, ganhando uma risada dele. Quando ela se virou, ela viu seus homens mais abaixo na praia, vendo seu senhor e esperando.  A humilhação queimava em seu rosto.

        — Lindos flancos —  o barão continuou, batendo a mão enluvada contra ela por trás. Anahí pulou, que ganhou uma nova rodada de divertidas risadas do barão. — Devo levá-la de volta ao acampamento nua? Eu acho que os meus homens apreciariam um vislumbre de seus tesouros, tanto quanto eu.

         Anahí balançou a cabeça, humilhada e horrorizada, com lágrimas riscando seu rosto. Ela abaixou o rosto, determinada a não deixá-lo perceber o que ele estava fazendo com ela.

         Um baixo fungar, quebrou o silêncio entre eles, e o Barão jurou.

        — Ossos de Deus! Mais nenhuma lágrima.

        Ele tomou o seu manto de seus ombros e envolveu-o em torno dela. O material vermelho era suave e quente, e ligeiramente úmido de suor. Anahí agradecida envolveu-o em torno de seu corpo e lhe deu um sorriso tímido, deixando-o saber de sua gratidão. Ele não era um homem tão ruim afinal, apenas era difícil.