Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

Nandacolucci : é meio fora dos padrões kk mas tenho certeza que vc vai amar.. Continuando...

_____________________________________//_____________________________________________//________________________________

       — Eu tenho uma fada madrinha?— Aturdida por esse conceito, ela balançou a cabeça. — Mas eu não entendo. Eu sou a pessoa mais azarada que eu conheço. Toda a minha vida eu tive uma maré de azar após outra. Teve aquela vez que fui baleada por uma arma de chumbinho quando caminhava da escola para casa. E quando pus fogo no churrasco da família, sem mencionar uma série de acidentes que fariam um dublê de Hollywood se assustar.

         Muffin ficou sem graça e olhou envergonhada.

         — Bem, eu não disse que era a melhor fada madrinha, criança. — Ela limpou a garganta. — Para ser honesta minha querida, isso é tudo culpa minha. —Ela acenou com a mão para os dois carros que pareciam nada mais do que duas sanfonas se beijando. — Eu deveria ter prestado mais atenção, eu sempre digo que essas coisas acontecem a todo mundo. — Ela deu um suspiro dramático.

        — Bem, pode acontecer a todos, mas é a minha vida e isso já é demais. Eu sou a única que terá que pagar por isso.

         Muffin fez uma careta e deu um tapinha no braço de Anahí novamente.

        — E eu lhe asseguro que tudo isto será cuidado muito rapidamente. Vamos resolver isto direito, não se preocupe. — Ela franziu os lábios, pensando muito. — A menos que você queira ir para o Paraíso agora? Você quer ir em frente e iniciar a sua vida após a morte?— A fada madrinha olhou esperançosa.

        — Não! — Anahí protestou, chateada pela oferta. — Eu quero terminar de viver minha vida normalmente.

        — Claro! Claro!  — concordou Muffin, agitando as mãos. — O que eu estava pensando? Apenas porque eu resolveria todos os meus problemas se você quisesse ir para o céu agora.

          Ao ver o olhar sombrio Anahí, ela sorriu de novo. 

        — Mas, claro que não. Você é jovem e é linda naturalmente você quer fazer todas as coisas que os jovens gostam de fazer. — Ela piscou para Anahí tranquilizadora. — Nós vamos corrigir isso. Não se preocupe.

         Anahí não poderia ajudar, mas se preocupar, sim. Afinal, era o seu corpo deitado no carro, e ele parecia um pouco quebrado. Além do vidro que estava saindo de sua testa, pescoço e costas estavam dobrados em um ângulo um pouco estranho que não parecia ter conserto. Ela sentou na calçada e esperou que Muffin desse uma solução possível e tentou não entrar em pânico sobre o que tinha acontecido. O choque havia entorpecido sua mente, tudo isso parecia que estava acontecendo com alguém próximo, mas não com ela. A mulher no capô do carro era uma estranha, não uma mulher jovem, a dois dias de receber o seu diploma em design de moda, pronta para enfrentar o mundo.

         Minutos se passaram, e Anahí assistia Muffin com os olhos expectantes. A fada madrinha não encontrava o seu olhar, entretanto, andava para cima e para baixo da rua que já estava cheia com carros de polícia e ambulâncias e paramédicos que pululavam ao redor de seu carro.

        — Não consigo pensar com todo esse barulho — Muffin murmurou, pegando sua bolsa. Ela tirou uma varinha fina, brilhante e sacudiu-a no ar.

        O tempo parou em torno delas. Os paramédicos congelaram no lugar, as luzes das ambulâncias pararam de piscar, e até o vento parou de bater os longos cabelos de Anahí em seu rosto. O mundo ficou em silêncio.

         Muffin sorriu. 

         — Não é muito melhor? Agora eu posso pensar. — Ela procurou em sua bolsa novamente e tirou um pequeno livro, “Contos Completos de Grimm”. Muffin lambeu um dedo e começou a folhear as páginas, seus lábios se movendo enquanto examinava-o. — Eu tenho certeza que há algo aqui que caberá em nossa situação.

        — É um livro de contos de fadas — destacou Anahí — eu não acho que existam muitos acidentes de carro neles.

               A fada madrinha olhou para ela com ar de repreensão novamente.

        — Vocês, humanos de pouca fé! — ela repreendeu. — Enquanto cenário, em particular, pode não ser ideal, eu tenho certeza que podemos encontrar a solução perfeita neste pequeno guia prático. — Ela bateu no livro.