Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

         Anahí acordou algum tempo depois com seu braço latejando e uma enorme dor de cabeça.

         Sua mão foi automaticamente para o seu braço ferido, e ela arrancou a coberta para ver o estrago.

         Bandagens grossas envolviam seu braço, pareciam estar limpas e cobriam apertado o ferimento. O menor toque causava uma onda de choque e a dor percorria seu braço.

         A temperatura no ar dizia-lhe que o fogo tinha morrido e que estava sozinha no escuro há algum tempo. Como não havia janelas no quarto, ela não sabia que horas eram.

         Ela também ainda estava nua, fato que lhe causou mais do que uma ligeira consternação. Será que ninguém vestia os presos por aqui? Agarrando o cobertor, ela o envolveu em torno do corpo e deslizou para fora da cama, seus pés tocaram o chão de pedra. Assim que ela colocou o peso sobre as pernas, uma onda de dor formigou subindo pelas pernas, lembrando-lhe que ela precisava chegar à costa, e logo.

         Em silêncio, pés doloridos, ela foi em direção à porta de madeira grossa. Uma corrente de luz fraca brilhou por baixo da porta. Suas mãos tatearam ao longo do batente da porta, à procura de uma maçaneta, e chegaram a uma tranca de metal grosso. Ela moveu-a fora do lugar e puxou a porta.

         Não abriria. Ela estava trancada lá dentro.

         Ela não percebeu imediatamente. Ela deu outro puxão na porta, pensando que tivesse subestimado o peso. Quando o segundo puxão foi igualmente inútil, ela começou a entrar em pânico. Usando a mão boa, ela bateu na porta com esperança de que os sons fossem ouvidos, porém seus esforços foram inúteis.

         Eu não posso nem mesmo chamar por ajuda, ela pensou amargamente. Ela ouviu o arrastar de pés fora da porta e o murmúrio de vozes. Encorajada, ela bateu na porta novamente, sua mão doeu.

         Alguns instantes se passaram e, então houve uma batida suave no outro lado da porta.

        — Posso entrar, criança? — Era uma voz macia, masculina, não do Alfonso ou dos homens que ela havia conhecido.

         Anahí abraçou o cobertor perto do corpo e deu alguns passos para trás da porta, ficou sentada na beirada da cama e esperou. Um homem pequeno entrou e sorriu para ela. Usava longas vestes cinzentas, e seu cabelo era cortado em formato redondo com uma espessa franja.

           — Eu sou o Padre Andrew. Lord Alfonso pediu-me para sentar com você por um tempo.

         Provavelmente para ver se ele poderia obter respostas dela, pensou ironicamente.

         O padre puxou um banquinho de madeira para perto de sua cama e sentou-se, sorrindo ligeiramente.

         — Você tem um nome, criança?— Anahí assentiu com a cabeça e balbuciou o nome seu para ele, tentando enunciar. Foi inútil. Ele lhe deu outro sorriso fraco e balançou a cabeça. — Sinto muito. Eu não entendo você.

         Frustrada, Anahí imitou segurando uma caneta e rabiscos. Talvez ela pudesse escrever para ele.

        Ele observava seus movimentos e inclinou a cabeça para o lado, tentando entender.

        — Sua mão dói?

        Ela desejou poder gemer sua frustração.

        Deve ter demonstrado em seu rosto, porque o sacerdote deu-lhe outro olhar de embaraçado.

        — Talvez pudéssemos tentar de outra maneira, então. Seu um nome é comum?

        Anahí deu de ombros. O que era comum para ele?